por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 14 de janeiro de 2012

Rosa Luxemburgo


Rosa Luxemburgo, em polaco Róża Luksemburg (Zamość, 5 de março de 1871 — Berlim, 15 de janeiro de 1919), foi uma filósofa e economista marxista judeu-polaca naturalizada alemã. Tornou-se mundialmente conhecida pela militância revolucionária ligada à Social-Democracia do Reino da Polônia e Lituânia (SDKP), ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha (USPD). Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD).

Em 1914, após o SPD apoiar a participação alemã na Primeira Guerra Mundial, Luxemburgo fundou, ao lado de Karl Liebknecht, a Liga Espartaquista. Em 1° de janeiro de 1919, a Liga transformou-se no KPD. Em novembro de 1918, durante a Revolução Espartaquista, ela fundou o jornal Die Rote Fahne (A Bandeira Vermelha), para dar suporte aos ideais da Liga.

Luxemburgo considerou o levante espartaquista de janeiro de 1919 em Berlim como um grande erro. Entretanto, ela apoiaria a insurreição que Liebknecht iniciou sem seu conhecimento. Quando a revolta foi esmagada pelas Freikorps, milícias de direita composta por veteranos da Primeira Guerra que defendiam a República de Weimar, Luxemburgo, Liebknecht e centenas de seus adeptos foram presos, espancados e assassinados sem direito a julgamento. Desde suas mortes, Luxemburgo e Liebknecht atingiram o status de mártires tanto para marxistas quanto para social-democratas.

wikipédia

Festa no Azul Sonhado!


Ontem completamos aniversário de um ano, no Azul Sonhado. Motivo de sobra pra comemorar a vida com amizade, música, humor e poesia!
Destacamos as colaborações valiosas de escritores, como:
José do Vale, Joaquim Pinheiro, Emerson Monteiro, Ulisses Germano, Ângela Lôbo, Mara Thiers, Corujinha Baiana, Carlos e Magali Esmeraldo, João Marni, Zé Flávio, Rosa Guerrera, Stela Siebra, Norma Hauer, Pedro Esmeraldo, Tiago Araripe, Alexandre Lucas, Braz, Isabela Pinheiro, Geraldo Ananias, Pachelly, Marcos Barreto, Aloísio, José Carlos Brandão, Nicodemos,
Liduína Belchior, Lídia Batista, Rosemary Xavier, Aurélia Benício, Zélia Moreira, Chagas,Altina Siebra, Dedê,Bernardo Melgaço,José de Arimatéa, José Nilton Mariano, Domingos Barroso,Cristina Diôgo, Nívia UchôaTetê, Everardo Norões, Assis Lima, Maria Amélia, Vera Barbosa e outros!
Agradecemos as visitações, comentários... - Força motriz pra que ele continue vivo, arquivando nossos sentimentos e sonhos, em forma de prosa ou poesia.
Que o nosso blogue  possa sofrer alterações que aperfeiçoem a sua dinâmica, agregando afetos, inspirações poéticas e fortalecendo o espírito coletivo.
- Ele é de todos!

Erastótenes Frazão e Peterpan - por Norma Hauer


Hoje, vou apenas resumir o que seriam homenagens a Erastótenes Frazão e Peterpan.

Erastótenes Frazão, ou simplesmente FRAZÃO, nasceu no dia 17 de janeiro de 1901 e faleceu em 17 de abril de 1977.

Teve uma passagem pelo famoso Programa Casé e atuou em outras emissoras.

Mas seu "forte" foram suas compósições.
Obteve inúmeros sucessos, como as que fez com Roberto Martins:"Cordão dos Puxa-Sacos" e "Marcha dos Gafanhotos", ou com Benedito Lacerda "Lero-Lero",

Mas seu parceiro mais constante foi Antônio Nássara, com quem compôs a marchinha "Acredite quem Quiser", gravação de Dircinha Batista
"Acredite quem quiser.
Não exsite invenção mais bela.
O homem fala, fala, da mulher
Mas não pode passar sem ela..."

Ou "A Mulher que Mais Amou";"Coração Ingrato"; "Dono de Meu afeto", "A.M.E.I."; ""Florisbela" ...

Ou uma valsa composta para o carnaval de 1941:

"Nós Queremos Uma Valsa"

Antigamente uma valsa de roda
Era de fato requinte da moda..."

Uma valsa e um grande sucesso do carnaval de 1941, na voz daquele que seria considerado o "Rei da Valsa": CARLOS GALHARDO.

XXXXX

Outro vulto importante em nossa música, nasceu em 21 de janeiro de 1911: José Fernandes de Paula, que ficou conhecido como PETERPAN.

Peterpan era cunhado de Emlinha Borba, casado com sua irmã, também cantora, conhecida como Nena Robledo.

Seus maiores sucessos foram "Se Queres Saber", gravação de Emilinha; "Você nâo me Beija", gravado por Carlos Galhardo, ou "Última Inspiração", um dos maiores sucessos de João Petra de Barros.

Há uma bela valsa, em parceria com Ari Monteiro, lançada por Carlos Galhardo na Rádio Mayrink Veiga, que nunca foi gravada. Seu nome

"MISTÉRIOS DA NOITE

Tarde morre o dia,
Triste como sempre...
Cedo a noite vai chegar.
Maior será então
A minha grande mágoa.
Meus olhos já estão
Ficando rasos dágua"...

Essa música (melodia e letra) está "gravada" apenas em minha memória.
Norma Hauer

Por João Nicodemos

se a vida é
uma viagem:
do berço à cova
da fralda à mortalha
bom mesmo é estar viajando

O direito de sonhar, de Eduardo Galeano


Jan 2008


Tente adivinhar como será o mundo depois do ano 2000. Temos apenas uma única certeza: se estivermos vivos, teremos virado gente do século passado. Pior ainda, gente do milênio passado.

Sonhar não faz parte dos trinta direitos humanos que as Nações Unidas proclamaram no final de 1948. Mas, se não fosse por causa do direito de sonhar e pela água que dele jorra, a maior parte dos direitos morreria de sede. Deliremos, pois, por um instante. O mundo, que hoje está de pernas para o ar, vai ter de novo os pés no chão.

Nas ruas e avenidas, carros vão ser atropelados por cachorros.

O ar será puro, sem o veneno dos canos de descarga, e vai existir apenas a contaminação que emana dos medos humanos e das humanas paixões.

O povo não será guiado pelos carros, nem programado pelo computador, nem comprado pelo supermercado, nem visto pela TV. A TV vai deixar de ser o mais importante membro da família, para ser tratada como um ferro de passar ou uma máquina de lavar roupas.

Vamos trabalhar para viver, em vez de viver para trabalhar.

Em nenhum país do mundo os jovens vão ser presos por contestar o serviço militar. Serão encarcerados apenas os quiserem se alistar.

Os economistas não chamarão de nível de vida o nível de consumo, nem de qualidade de vida a quantidade de coisas.

Os cozinheiros não vão mais acreditar que as lagostas gostam de ser servidas vivas.

Os historiadores não vão mais acreditar que os países gostem de ser invadidos.

Os políticos não vão mais acreditar que os pobres gostem de encher a barriga de promessas.

O mundo não vai estar mais em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza. E a indústria militar não vai ter outra saída senão declarar falência, para sempre.

Ninguém vai morrer de fome, porque não haverá ninguém morrendo de indigestão.

Os meninos de rua não vão ser tratados como se fossem lixo, porque não vão existir meninos de rua. Os meninos ricos não vão ser tratados como se fossem dinheiro, porque não vão existir meninos ricos.

A educação não vai ser um privilégio de quem pode pagar por ela.

A polícia não vai ser a maldição de quem não pode comprá-la.

Justiça e liberdade, gêmeas siamesas condenadas a viver separadas, vão estar de novo unidas, bem juntinhas, ombro a ombro.

Uma mulher - negra - vai ser presidente do Brasil, e outra - negra - vai ser presidente dos Estados Unidos. Uma mulher indígena vai governar a Guatemala e outra, o Peru.

Na Argentina, as loucas da Praça de Maio vão virar exemplo de sanidade mental, porque se negaram a esquecer, em tempos de amnésia obrigatória.

A Santa Madre Igreja vai corrigir alguns erros das Tábuas de Moisés. O sexto mandamento vai ordenar: "Festejarás o corpo". E o nono, que desconfia do desejo, vai declará-lo sacro. A Igreja vai ditar ainda um décimo-primeiro mandamento, do qual o Senhor se esqueceu: "Amarás a natureza, da qual fazes parte". Todos os penitentes vão virar celebrantes, e não vai haver noite que não seja vivida como se fosse a última, nem dia que não seja vivido como se fosse o primeiro.

Eduardo Galeano (1940-) é jornalista e escritor uruguaio. O texto foi publicado no diário argentino Página 12, em 29 de outubro de 1997, com o título "El derecho de soñar".
Postado por socorro moreira às 08:06 2 comentários Links para esta postagem
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Janela Sobre as Proibições



Na parede de uma botequim de Madri, há um cartaz que diz: Proibido Cantar.

Na parede do aeroporto do Rio de Janeiro, há um cartaz que diz: Proibido brincar com os carrinhos porta bagagens.

Ou seja: Ainda há gente que canta, ainda há gente que brinca.

Eduardo Galeano - As Palavras Andantes.