por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sobre Direitos Autorais...

Imagem/Internet

Lendo alguns textos pela internet e fazendo algumas pesquisas, encontrei um artigo escrito por Eliane Yachouh Abrão [formada e pós graduada em Direito pela USP, especialista com mais de 30 anos de atuação no Direito de Propriedade Imaterial, inclusive com destacada formação no exterior], falando sobre direitos autorais que eu achei simplesmente perfeito. E como é um assunto que interessa a todos nós, vejam o link logo abaixo.
Aqui no blog, como é um texto bem amplo, retirei apenas um parágrafo.
***
O que é e o que não é Direito Autoral

“A Internet não representa nenhuma mudança nos direitos autorais: todo livro, toda melodia, todo poema, toda obra, enfim, que todo mundo sabe que foi feita por outro que não você, que tem dono, tem de ser usada com respeito ao conteúdo e à integridade, e se o dono o consentir. O que é respeitar? É não modificar a obra, nem fazer modificações que alterem o pensamento de seu criador, quando se utilizar da obra em nome dele. É, também, não usar ou comercializar nada que não lhe pertença, sem pedir a devida e necessária autorização da pessoa física que a criou, ou da jurídica que adquiriu por contrato a condição de autor (o que, juridicamente, se chama de titularidade).A regra vale para qualquer mídia, e a Internet é só mais uma (nova) mídia.”

O que é e o que não é Direito Autoral /por Eliane Yachouh Abrão, São Paulo, Brasil, publicado Mercado Global, 4º Trimestre/2002, nº 112, p. 64/71

Toca Eremita- socorro moreira


!!

Toca, eremita!

A chave do meu interior...
Onde está?
Em qual lixeira da vida
Deixei ficar?
Tranquei parte dos meus anos
Tranquei parte dos meus sonhos
Violei coração,
Deixei passear
Minhas canções preferidas...
Arranhei meus vinis...
E o som do Tom,
Repete, insistente:
“Começou a consequência”,
Inevitável de você...”“.
Enjoada de todos os fumos
Refresco pensamentos e falhas...
Minha toca não tem chave, nem porta...
Ela é tosca, fincada no mato,
Que em mim cresceu

Newton Mendonça



Newton Ferreira de Mendonça (Rio de Janeiro, 14 de fevereiro de 1927 — Rio de Janeiro, 22 de novembro de 1960) foi um pianista, compositor, violinista e gaitista brasileiro.

Viveu entre 1933 a 1939 em Porto Alegre, onde estudou violino, e Aquidauana (MS). Aos 13 anos, iniciou seus estudos de piano clássico.

Em 1942 se juntou ao seu amigo de infancia, Antônio Carlos Jobim, com quem compôs várias canções que viriam a se tornar clássicos da Bossa Nova.

Boêmio, passou a maior parte das noites dos anos 50 tocando piano em boates de Copacabana.

O primeiro sucesso surgiu com "Foi a Noite", considerado por muitos especialistas como o início da bossa nova.

O grande sucesso aconteceu dois anos depois, quando João Gilberto gravou "Desafinado" e "Samba de Uma Nota Só". Seguiram-se "Meditação", "Caminhos Cruzados", "Discussão" e "Só Saudade".

Aos 33 anos, teve um enfarte fulminante, falecendo sem colher os frutos de sua parceria com Tom Jobim.

BISAFLOR CONTA HISTÓRIAS NO AZUL SONHADO – por Stela Siebra Brito

Florbela casou-se muito jovem. Teve oito filhos, dezenove netos e cinco bisnetas, que, carinhosamente, a chamam de Bisaflor.
Bisaflor contou histórias para os filhos, depois foram os netos que se aninharam no seu colo e adormeceram embalados pelas aventuras da turma do Sítio do Pica Pau Amarelo, de príncipes e princesas, dragões, caiporas, saci pererê, bruxas, ogros.
Depois vieram as bisnetas que agora se deleitam com as narrativas de Bisaflor: histórias de sapo que virou príncipe, de jabuti que foi a festa no céu, de macaco que enganou onça e por aí vai.
Recentemente a anciã foi convidada para contar histórias em um blog coletivo. E hoje, com muita alegria, Bisaflor conta uma história No Azul Sonhado.


A ONÇA E O BODE

Esta história aconteceu antigamente, muito antigamente, quando tudo no Brasil era quase só mata.
A onça queria fazer uma casa, mas todo dia adiava o projeto, até que um dia, finalmente, decidiu-se e foi procurar um terreno; encontrou um bom lugar, roçou o mato. Satisfeita com esse primeiro passo, saiu perambulando por aí afora, quem sabe procurando comida.
O bode também decidiu fazer uma casa e ficou muito alegre quando encontrou o terreno roçado pela onça:
- Ora, ora, que lugar bom pra fazer minha casa!
Tratou logo de cortar madeira, enfincou as forquilhas no chão e dando-se por satisfeito com o trabalho foi-se embora.
No outro dia chega a onça e vendo o trabalho feito pelo bode, diz:
- Alguém está me ajudando, ah, só pode ser Tupã que está me ajudando! Agora vou fazer minha parte.
E falando assim, a onça tratou de colocar as vigas nas forquilhas e a cumeeira e depois foi embora.
O bode quando voltou admirou-se e pensou que estava sendo protegido por Tupã. Colocou os caibros na casa e partiu.
Quando a onça voltou no outro dia se espantou muito mais e, satisfeita com o andamento rápido da construção da casa, colocou as ripas e os enchimentos e retirou-se em busca de alimentação.
É a vez do bode agora que chega e vai logo envarando toda a casa. Depois volta a onça e faz a cobertura. O bode veio e tapou, a onça veio e... Assim, cada um fazendo uma parte, mas sem nunca se encontrarem, aprontaram a casa.
Quem se mudou primeiro foi a onça, que armou um jirau como cama e lá se meteu.
Quando o bode chegou e encontrou a onça tão bem instalada lhe disse:
- Ah, não! Esta casa é minha, amiga. Fui eu quem enfincou as forquilhas, botei os caibros, envarei e tapei.
A onça nem se abala e bem deitada na sua cama responde:
- Não amigo, a casa é minha. Encontrei o terreno, rocei, coloquei as vigas, a cumeeira, as ripas, o enchimentos, o sapé, fiz tudo isso, a casa é minha.
O bode questiona, a onça questiona, debatem, mas por fim, a onça, muito astuta, já pensando em comer o bode, propõe que dividam a casa. O bode concorda em morar na mesma casa com a onça, mas, como está com medo, arma sua rede bem longe do jirau.
No dia seguinte a onça avisa para o bode que quando ele a vir franzindo o couro da testa, “tome sentindo, porque este é o sinal que eu estou com raiva”. O bode também revela o sinal da sua mudança de humor: “é quando, amiga onça, eu balanço minhas barbinhas ali nas goteiras e dou espirros; quando você me vir fazendo isso, fuja que não estou pra brincadeira”.
A onça ouviu o bode, mas não se alterou, resolveu sair em busca de alimento, caçou um grande bode, matou, trouxe pra casa, e atirando-o no chão, sugeriu que o bode esfolasse e tratasse o animal morto.
O bode ficou abalado quando viu aquilo, pensando com seus botões: “ela matou um grande assim, imagine eu...”, mas disfarçou seu receio.
No dia seguinte ele falou para a onça:
- Amiga onça, hoje quem vai buscar de comer sou eu.
E partiu para o mato, andou, andou, andou até avistar uma onça grande e gorda. O bode, então, disfarçou e começou a tirar cipós do mato. A onça grande foi-se chegando e, achando estranho aquilo, perguntou:
- Amigo bode pra quê tanto cipó?
- Pois sim! Não tá sabendo não, é? O negócio é sério, o mundo vai se acabar, vem um dilúvio aí...
A onça grande ficou logo alterada, com medo do fim do mundo, e o bode aproveitando-se disse:
- Pois trate de arranjar escapatória, amiga onça, venha se amarrar, que eu já me vou.
A onça grande escolheu uma árvore de tronco grosso e pediu ao bode que a amarrasse, o que ele fez com grande prazer. Foi enlinhando-a com os cipós e amarrando-a bem firme, até certificar-se de que não tinha outro jeito pra onça a não ser morrer. Matou a onça a cacetadas e arrastou o corpão pesado para casa. Lá chegando disse:
- Aqui está, se quiser, esfole e trate.
A onça não acreditava no que estava vendo, ficou muito espantada. E agora era assim: o bode com medo da onça, a onça com medo do bode, nos cuidados um com o outro, até o dia em que o bode ficou nas biqueiras da casa, tomando ar fresco, olhou de soslaio pra onça e ela estava com o couro da testa franzido. O bode sentiu medo, balançou as barbas, soltou um espirro. A onça pulou do mundéu, largou-se em grande carreira, ao mesmo tempo em que o bode também se precipitou em louca correria.
E dizem que ainda hoje eles correm, cada um pra um lado; quem viaja pelos sertões adentro conta que nessas andanças têm encontrado a onça em louca dispara e o bode noutra direção, um com medo do outro.
Dizem... Eu conto porque assim ouvi do meu pai, que escutou a história contada por seu pai, que ouviu da avó, que escutou de uma velha índia, e por aí vai, muitos já contaram e outros ainda contarão, não tem fim.

"Blue Star" Pra Sauska

Linda , linda ! Jerry Adriani gravou a versão, lembra ? "Depois do seu adeus a minha vida se acabou ..."


"All in One" !-por socorro moreira







Maria alimentava o coração , nos romances e histórias em quadrinhos. Desde pequena acontecia-lhe um interesse platônico , que logo se desfazia. Mas seu corpo de menina , cedo se transformou. Aos 12 anos já era uma mocinha , e não achava nenhuma graça nos folguedos infantis.Espreitava na calçada , a passagem de Raul, que já tinha jeito de homem, e até fumava Capri; usava camisa de duas cores, cabelo abrilhantinado, perfume não identificado ...
Arriscava um olhar, arriscava segurar o olhar, e admitia que aquele lá seria o seu primeiro amor, efetivado.
A pergunta clássica não demorou a chegar. Num gaguejo inocente e medroso , disse sim, e começou a namorar.
Noites frias de Junho , na quadra Bi-Centenária.Uma corrida nos intervalos para um riso perto, e umas meias palavras. Um pegado de mãos no cinema das 4h. Um tempo roubado da vida, num banco de praça , ou nas encostas de um pé de eucaliptos.
A paixão pode ser suave , mas é sempre imperativa. Esperar terminar os estudos, deixar crescer as afinidades, planejar o futuro parecia-lhe um fim de linha inatingível.
Quando se é adolescente só existe o presente. Quando ficamos adultos o futuro é uma ameaça constante... Quando amadurecemos, voltamos a ser crianças !
Maria era amante dos livros, mas odiava a ideia de ficar pra titia.
Depois de idas e vindas, Raul seguiu sua estrada. Continuou os estudos na capital, deixando a menina com a cabeça nos travesseiros, entre sonhos, diários, cartinhas e lágrimas de saudade.
Aos 16 anos , ela sabia o que queria , mas já renunciava a todos os quereres. Entregou pros altos seu destino.
Aceitou o que foi chegando no caminho: pedaços de desejos insatisfeitos ; desperdício de potencial.; acomodação estóica...
Final feliz é conto de fadas . Conversa pra boi dormir.
Não acreditar que a gente pode inverter a roda do destino faz o destino acontecer, aleatoriamente , e sem o cor-de-rosa da alegria.
Aos 18 anos os sonhos morriam !

" La Mer " - Uma Música Inesquecível

Composição imortal (1943 )de Charles Trenet, num arranjo magistral e renovado de Ray Connif e sua sensacional Orquestra.




A HISTÓRIA NÃO-OFICIAL - por Ulisses Germano


 Desenho de Ziraldo



 QUEM VESTIU A CARAPUÇA
NO SACI PERERÊ?


Eu vi Saci Pererê
Deixar o feijão queimar
E fazer um fuzuê
Pelo prazer de assustar

Sendo assim, fomos achados sem querer. Cabral não sabia que existiam terras na outra margem do oceano. Então as caravelas desviaram seu caminho das Índias e num borrifar do destino  e as naus cabralinas descobriram “terra a vista!”.  À vista também foi o escambo, as trocas de mercadorias. Na Carta de Pero Vaz de Caminha sobre o achamento do Brasil, está escrito este intrigante contato entre o índio brasileiro com semi-deuses do velho mundo e seus presentes exóticos:

“(...) E daqui mandou o capitão Nicolau Coelho e Bartolomeu Dias que fossem em terra e os deixassem ir com seu arco e setas, e isso depois que fez dar a cada um sua camisa nova, sua CARAPUÇA VERMELHA...”

Gostaria que o leitor prestasse um pouco mais de atenção em relação a palavra “Carapuça”. Segundo o pai dos burros mais famoso do Brasil, Dicionário Aurélio, carapuça é uma palavra de origem italiana que significa “barrete cônico”. Descascando o texto de Caminha descobriremos que o sinônimo de “barrete” é  “cobertura que se ajusta à cabeça e que ordinariamente é feita de tecido mole e flexível; gorro, gorra.” Conclui-se, obviamente, que um dos primeiros objetos presenteados pelos portugueses ao silvícolas foi um “barrete” vermelho, isto é , um gorro vermelho que mais adiante, segundo a imaginação de alguns estudiosos no assunto, iria pertencer ao lendário menino Saci Pererê. 
++++ +++++ ++++

Quem vestir a carapuça
Irá logo dar um salto
Fuçando o dedo na fuça
Do cidadão incauto
Pode parecer bisonho
Porque ninguém furta o sonho
No arroubo do assalto

(Do cordel -A História do Espinho que furou o olho de Lampião - Ulisses Germano)



noite

noite maior do que tudo
e mal cabe na aba do sonho
tão sem tamanho!

entre sombras de telhados
uma igreja no claro
assombração com o som cortante
dos carros que passam
passam passam passam
passar é destino

acima um arco marca
um ponto contra a fragilidade de tudo
tudo atando nossa pele à superfície
áspera das coisas
cadeiras, copos, corpos
tudo em nós escuros
tudo um tanto escuro tudo

os bêbados e seus tropeços
cadê?
os fumantes, os amantes,
de agora e de antes,
cadê?

deslizam em país de mentira
país de argila,
os pés embebidos de escuro
olhos consumidos de susto
na solidão da noite
ilusão de quem foge do sono
perscrutando estrelas
quando não pode vê-las
no poema

Separando as sílabas-Por: Rosemary Borges Xavier

Como é fácil separar a palavra Sertão
Olha o resultado que dá: Ser tão

Não furtamos ... herdamos !- por socorro moreira



Conversávamos no dia de ontem, eu e Zélia ( minha irmã) sobre as pequenas heranças artísticas e patológicas das famílias, incluindo a nossa.
O falar cedo e explicado x o não falar , e falar enrolado foi o primeiro ponto de análise, compreensão e riso.
Minha mãe , l0go ilustrou a conversa , confessando que aos nove anos , ainda possuía um dialeto próprio, intraduzível. Foi quando chorou um dia e uma noite , querendo da mãe sua " pôa, pôa". Anoiteceu, e de candieiro na mão , vovó Bibia , ainda procurava incansável, o tal objeto,pra agradar a filha.
Abriu por fim um velho baú, e saiu tirando peça por peça...Quase no final, quando puxou uma combinaçãozinha de cetim , a minha mãe gritou feliz : achei minha pôa, pôa !!! Vestiu, e foi dormir tranquila.
Melhor foi quando ganhou dois periquitos pra cantar um bendito. Cantava desafinado, e tão engraçado, que valia uma sessão de terapia do riso. Alguns dos nossos, repetiu na infância essa dificuldade, que modernamente , com ajuda dos fonaudiólogos, foi-se resolvendo.
Pior são as consequências patológicas : aneurismas, diabetes, pedras na vesícula e rins, alergias, depressão, etc,etc.
Meu pai mesclou o nosso conteúdo genético ( já herdado também) de todas as artes, e alguns vícios. Mas, acho que é desse jeito que a nossa cultura se reproduz , e se alicerça.
Zélia e Verônica tão por aí, como exímias artesãs !
E todos os dias , descubro algo diferente sobre a minha mãe : um namorado do passado, uma aptidão que começou a se desenvolver, e não seguiu adiante... Como o dom de tocar bandolim e violino. Disse-me que sabia ler com facilidade em pentagramas, mas cantava desafinado...E chegava a juntar gente pra ouvi-la, quando nas aulas de canto, solfejava. As pessoas riam, (magando) , e ela não perdia o rebolado, achando sempre que estava arrasando !
Olhando a fotografia dos meus pais, no dia do seu noivado,, acho em mim alguns dos seus traços. Numa crescente projeção me vejo agora, e por mais 10, 20 anos, se eu chegar até lá...!
Tenho o suor dos Lima, no bigode; o espírito teimoso e personal dos Moreira, e o caminhado miudinho de Chico Nunes, além de outros trejeitos.
Em síntese, "somos todos irmãos por parte de Adão e Eva..." Sendo assim não dá pra criticar , algum defeito, num cidadão comum.
Vamos trocando de espelhos !

Colaboração de Fátima Figueiredo


A FAXINA
Martha Medeiros


Estava precisando fazer uma faxina em mim...Jogar fora alguns pensamentos indesejados,Tirar o pó de uns sonhos,lavar alguns desejos que estavam enferrujando.....Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais.Joguei fora ilusões, papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei...Joguei fora a raiva e o rancor nas flores murchasGuardadas num livro que não li.Peguei meus sorrisos futuros  e alegrias pretendidas e as coloquei num cantinho, bem arrumadinhas.Fiquei sem paciência! Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão:paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste...Mas lá havia outras coisas... belas!!!
Uma lua cor de prata...o choro de meus filhos ao nasceremseus primeiros passos,os abraços....aquela gargalhada no cinema, o primeiro beijo.....o pôr do sol.... uma noite de amor
Encantada e me distraindo, fiquei olhando aquelas lembranças.Sentei no chão,Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou.
Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima -pois quase não as uso - e também joguei fora!
Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o quefazer, se as esqueço ou se vão pro lixo.
Revirei aquela gaveta onde se guarda tudo de importante: amor, alegria, sorrisos, fé…..
Como foi bom!!!
Recolhi com carinho o amor encontrado,dobrei direitinho os desejos,perfumei na esperança, passei um paninho nas minhas metase deixei-as à mostra.Coloquei nas gavetas de baixo lembranças da infância;
em cima, as de minha juventude, e...pendurado bem à minha frente,coloquei a minha capacidade de amar... e de recomeçar...

SOBRE OS RIOS


Todo rio que eu conheço
Se recusa a ser canal
Seu viver é no apreço
Não tem a intenção do mal
Se o planeta é uma bolha
Nós só temos uma escolha:
Trabalhar o racional.

Ulisses

D'Arte-fotos...Pachelly Jamacaru

Clic na imagem para ampliar!


Direitos reservado.

Sempre aos Domingos !



Porque é domingo, viajei no cinema antigo... Revi rostos nunca esquecidos, lembrei enredos, guardados na memória. Fui cinéfila desde criança. Aliás, todos da minha geração, assistíamos tudo que chegava de estréia, nos cinemas do Crato. Meu pai, manualmente, fazia os famosos cartazes, em quadro-negro, faixas, cartolina e nanquim.. Pra completar, colecionava Cinelândia, que acabavam folheadas pelas crianças. Todos os filmes que não consegui assistir naquela época, eu os cato, hoje, um por um.

A Flor que não morreu com Audrey Hepburn
O Bebê de Rosemary com Mia Farrow
Até o último alento com Natalie Wood
A Noviça Rebelde com Julie Andrews
Doutor Jivago com Julie Christie
Confidências à meia noite com Doris Day
Um anjo sobre a terra com Romy Schneider
Casablanca com Ingrid Bergman
Melodia Imortal com Kim Novak
Um raio deSol com Marisol
A Malvada com Bette Davis
Gigi com Leslie Caron
Gilda com Rita Haworth
A Felicidade não se compra com Elizabeth Taylor
Os Girassóis da Rússia com Sofia Loren
Um Homem e uma Mulher com Anouk Aimée
Irma la Douce com Shirley MacLaine
A Condessa Descalça com Ava Gardner
Safári na África com Capucine
Trapézio com Gina Lollobrígida
Dívida de Sangue com Jane Fonda ...

Uma mulher nota dez teria na época, os olhos de Liz; o talento de Jeanne Moreau; o pescoço de Audrey Hepburn; o charme de Anouk Aimée, a sensualidade de Brigitte Bardot; a boca de Shirley Maclaine; a voz de Doris Day, a boca de Candice Bergman: o sorriso de Romy Schneider e as pernas de Leslie Caron, ou senão, a beleza perfeita da Ava Gardner !

Todas eram divas, estrelas, e a gente colecionava fotos, num álbum de figurinhas:
Virna Lisi, Mônica Vitti, Catherine Deneuve, Ingrid, Bergman, Vivien Leigh, Janete Leigh, Rita Haworth, Katherine Hepburn, Melina Mercury, Anne Brancroft, Sandra Dee, Débora Kerr, Silvana Mangano, Marilyn Monroe, Liza Minnelli, Anita Ekberg ,Sarita Montiel , Joan Crawford, Florence Marly, Debbie Reynolds, Marlene Dietrich , Shirley Temple, Florinda Bolkan , Simone Signoret, e muitas outras!





Kim Novak





Kim Novak, nome artístico de Marilyn Pauline Novak (Chicago, 13 de fevereiro de 1933) é uma atriz estadunidense.

Kim Novak resistiu às pressões da Columbia Pictures, estúdio ao qual tinha contrato, para que adotasse o nome artístico de Kit Marlowe, e apenas concordou com a mudança de Marilyn para Kim para evitar que as pessoas a confundissem com a também atriz Marilyn Monroe.

Em 1957 fez uma greve em protesto contra o salário que recebia na época.

Afastada do cinema, atualmente cria cavalos e lhamas no Oregon e na Califórnia.

Possui uma estrela na Calçada da Fama, localizada em 6336 Hollywood Boulevard.

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Richard Wagner



Wilhelm Richard Wagner (Leipzig, Alemanha, 22 de maio de 1813 — Veneza, Italia, 13 de fevereiro de 1883) foi um maestro, compositor, diretor de teatro e ensaista alemão, primeiramente conhecido por suas óperas (ou "dramas musicais", como ele posteriormente chamou). As composições de Wagner, particularmente essas do fim do período, são notáveis por suas texturas complexas, harmonias ricas e orquestração, e o elaborado uso de Leitmotiv: temas musicais associados com caráter induvidual, lugares, ideias ou outros elementos. Por não gostar da maioria das outras óperas de compositores, Wagner escreveu simultaneamente a música e libreto, para todos os seus trabalhos.

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