por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 13 de setembro de 2011

Colaboração de Cristina Diôgo



"Toda a natureza é um desejo de serviço.
Serve a nuvem, serve o vento, servem os vales.
Onde haja uma árvore para plantar, planta-a tu.
Onde haja um erro para emendar, emenda-o tu.
Sê aquele que afasta a pedra do caminho,
O ódio dos corações e as dificuldades do caminho.
Existe a alegria de ser bom e o prazer de ser justo.
Existe, sobretudo o sublime, a imensa alegria de servir"

Gabriela Mistral

Instituto de Ecocidadania Juriti - IEJ
www.bloguinhojuriti.blogspot.com

Sabe o que é nióbio???- colaboração de Chagas



Nióbio, o metal que só o Brasil fornece ao mundo. Uma riqueza que o povo brasileiro desconhece, e tudo fazem para que isso continue assim.
Como é possível o fato do Brasil ser o único fornecedor mundial de nióbio (98% das jazidas desse metal estão aqui), sem o qual não se fabricam turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super aços; e seu preço para a venda, além de muito baixo, seja fixado pela Inglaterra, que não tem nióbio algum?
EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro. Como é possível em não havendo outro fornecedor, que nos sejam atribuídos apenas 55% dessa produção, e os 45% restantes saíndo extra-oficialmente, não sendo assim computados.
Estamos perdendo cerca de14 bilhões de dólares anuais, e vendendo o nosso nióbio na mesma proporção como se a Opep vendesse a 1 dólar o barril de petróleo. Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser uma outra moeda nossa. Não é uma descalabro alarmante?
O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”.
Ninguém teve coragem de investigar… Ou estarão todos ganhando com isso? Soma-se a esse fato o que foi publicado na Folha de S. Paulo em 2002: “Lula ficou hospedado na casa do dono da CMN (produtora de nióbio) em Araxá-MG, cuja ONG financiou o programa Fome Zero”.
As maiores jazidas mundiais de nióbio estão em Roraima e Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Raposa – Serra do Sol), sendo esse o real motivo da demarcação contínua da reserva, sem a presença do povo brasileiro não-índio para a total liberdade das ONGs internacionais e mineradoras estrangeiras.
Há fortes indícios que a própria Funai esteja envolvida no contrabando do nióbio, usando índios para envio do minério à Guiana Inglesa, e dali aos EUA e Europa. A maior reserva de nióbio do mundo, a do Morro dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira (AM), é conhecida desde os anos 80, mas o governo federal nunca a explorou oficialmente, deixando assim o contrabando fluir livremente, num acordo entre a presidência da República e os países consumidores, oficializando assim o roubo de divisas do Brasil.
Todos viram recentemente Lula em foto oficial, assentado em destaque, ao lado da rainha da Inglaterra. Nação que é a mais beneficiada com a demarcação em Roraima, e a maior intermediária na venda do nióbio brasileiro ao mundo todo. Pelo visto, sua alteza real Elizabeth II demonstra total gratidão para com nossos “traíras” a serviço da Coroa Britânica. Mas, no andar dessa carruagem, esse escândalo está por pouco para estourar, afinal, o segredo sobre o nióbio como moeda de troca, não está resistindo às pressões da mídia esclarecida e patriótica.
Cadê a OAB, o MFP, o Congresso Nacional ???

Os bandidos são mais honestos.

O nióbio apresenta numerosas aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligas de metais não ferrosos. Estas ligas devido à resistência são geralmente usadas para a fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias.

* Usado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de nêutrons termais.
* Usado em soldas elétricas.
* Devido a sua coloração é utilizado, geralmente na forma de liga metálica, para a produção de jóias como, por exemplo, os piercings.
* Quantidades apreciáveis de nióbio são utilizados em superligas para fabricação de componentes de motores de jatos , subconjuntos de foguetes , ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências a combustão. Pesquisas avançadas com este metal foram utilizados no programa Gemini.
* O nióbio está sendo avaliado como uma alternativa ao tântalo para a utilização em capacitores.

O nióbio se converte num supercondutor quando reduzido a temperaturas criogênicas. Na pressão atmosférica, tem a mais alta temperatura crítica entre os elementos supercondutores, 9,3 K. Além disso, é um dos três elementos supercondutores que são do tipo II ( os outros são o vanádio e o tecnécio ), significando que continuam sendo supercondutores quando submetidos a elevados campos magnéticos.

Recebido por e-mail


Perguntaram numa ocasião a Mahatma Gandhi quais são os factores que destroem o ser humano, ele respondeu assim:

"A Política sem Princípios, o Prazer sem Responsabilidade, a Riqueza sem Trabalho, a Sabedoria sem Carácter, os Negócios sem Moral, a Ciência sem Humanidade e a Oração sem Caridade. A vida tem ensinado a mim, que as pessoas são amáveis, se eu sou amável; que as pessoas estão tristes, se estou triste; que todos me querem bem, se eu quero bem a eles; que todos são maus, se eu os odeio; que há rostos sorridentes, se eu sorrio para eles; que há rostos amargurados, se estou amargurado; que o mundo é feliz, se eu sou feliz; que as pessoas tem nojo, se eu sinto nojo; que as pessoas são gratas, se eu tenho gratidão. A vida é como um espelho: Se sorrio, o espelho me devolve o sorriso. A atitude que tomo na vida, é a mesma que a vida tomará ante mim."

"Quem quiser ser amado, que ame".

A única razão porque és feliz, é porque tu decides ser feliz

Madre Feitosa: A Dignidade Humana - José do Vale Pinheiro Feitosa




Em treze de setembro de 1921 nascia no coração dos Inhamuns uma das figuras mais ilustres que o Cariri teve no século XX e princípio do atual século. Falamos de Madre Feitosa, ou Maria Carmelina Feitosa, nascida em Tauá e criada em Arneirós. Filha de Crispim Morais e Maria Josina Feitosa, Madre Feitosa teve a sua terceira morada em Crato onde a encontramos até hoje cercada de festas pelo seu aniversário.

Não pelos laços de parentescos ou apenas pela grande amizade que minha família tem por ela, a verdade é que não teria oportunidade melhor para retornar a escrever nos blogs do Cariri que não os 90 anos de Madre Feitosa. Estive ausente do Rio desde a metade do julho passado e marco minha reestréia em companhia de uma grande figura.

São memórias, mas daquelas memórias que ficam mesmo quando o mais extremado esquecimento nos acontece. Era no quarto final dos anos 50 e fomos eu, minha irmã e minha mãe passar uns dias em Icó na companhia de uma tia que na ocasião morava ali. E o Icó causa impressão em qualquer um.

Foi ali que vi Madre Feitosa pela primeira vez, numa casa das irmãs de Santa Teresa, já guardando uma doçura que imaginei apenas efeito de sua religiosidade. Ela continua assim, uma fala mansa, gestual econômico e recatado e todos nós somos tomados de surpresa com a grande executiva da educação que ela é.

Madre Feitosa, pela duração de sua obra e pela grandeza das instituições que dirigiu, talvez seja uma das mais longevas dirigentes de ensino do Ceará. Não apenas no Crato ou somente no Cariri. E arrisco mais, talvez seja uma das dirigentes mais antigas em atuação no Estado, com escolas financeiramente equilibradas e que não cessam suas atividades.

Posso está enganado, mas Madre Feitosa, deva ser o dirigente em escola religiosa que mais tempo está em atividade, por estimativas não checadas, é possível que nenhum reitor do Seminário, diretor dos colégios religiosos, particulares ou públicos tenham superado a marca desta suave mulher construtora do futuro das gentes.

Madre Feitosa já tem “bisnetos” de seus alunos, e pensar que a longevidade e a dedicação desta mulher quebram o princípio básico da vida burguesa e capitalista. Quem imagina um “executivo” do ensino que não viva no luxo e com excedente de consumo. Aliás, se tornam educadores com este fito. Mas Madre Feitosa não. É uma questão religiosa por certo que é, mas é uma questão essencialmente humana, de caráter e ética que é devido a ela mesma.

Talvez que aos pais e sua família esta personalidade tenha sido estimulada. Estive recentemente nas duas terras inhamunzeiras em que Madre Feitosa nasceu e passou a infância. Ali ainda percebi uma dignidade, uma postura educada como uma era de cavalheiros. Pessoas com pouca educação, mas com um trato humano tão respeitoso que dão engulhos quando os comparamos aos novos ricos em suas Hilux e a grosseria de um som rompendo a calma da vida.

Madre Feitosa, aceite minhas lembranças por este dia. Espero que leia este texto, embora sabendo da volumosa homenagem a que é centro no dia de hoje.

"Já que colocam fotos de gente morta nos maços de cigarros, por que não colocar também: de gente obesa em pacotes de batata frita, de animais torturados nos cosméticos, de acidentes de trânsito nas garrafas e latas de bebidas alcoólicas, de gente sem teto nas contas de água e luz, e de políticos corruptos nas guias de recolhimento de impostos?"

porcelana

S'eu te chamar de meu amor
tu juras que acordas desse
sono profundo?

Os meus cílios deram pra cair
de hora para outra

e tu não estás ao meu lado,
assoprá-los e fazer um pedido.

S'eu te chamar de bailarina graciosa
tu te levantas da cama, lavas o rosto,
molhas os cabelos e vais pra calçada?

Talvez não saibas mas o sol
vive sob uma melancolia
entre pôr o pescoço de fora
ou ficar enrolado dentro
das nuvens: um sol
sem graça.

Meu amor,
minha bailarina graciosa,

sai do quarto, dá um pulinho
à esquina, toma um sorvete.

Sabe aqueles pombos?
Andam cabisbaixos.

Rejeitam de quem passa
migalhas de pão e arroz.

Um dia chegaram aos meus ombros
e perguntaram-me por ti "a menina
de tranças e de olhar triste"

Respondi-lhes
que não és
triste.

Apenas
santinha.

E que as tranças
é imaginação deles.

A dor e o menestrel - Emerson Monteiro


Lemos em algum lugar a história de um palhaço que perdeu a esposa e viu-se na condição de comparecer, no mesmo dia, ao picadeiro do circo e fazer rir a platéia que lotava o espetáculo onde tantas outras apresentações ali levara a efeito em condições satisfatórias.

No momento em que todos gargalhavam com desempenho magistral nunca antes presenciado pelo distinto público, dentro dele fervilhava a mais pungente amargura e desciam lavas amargas de dor, disfarçadas com maestria pela máscara que lhe cobria o rosto banhado de lágrimas.

Naquela hora, enquanto alegria sem igual contagiava os espectadores, no peito do homem ardia crise sem precedentes, propósito de quem conduz a vida aonde quase nada pode exprimir da veraz realidade que na alma impera, por força de produzir emoções nos outros humanos universos lá de fora.

A situação descrita, mudando o que merece ser mudado, caberia feita luva numa circunstância que se verificou em Crato, na madrugada de 28 de abril de 2001, quando, no Espaço Navegarte, assistíamos a uma apresentação musical.

No palco, o cantor pernambucano Geraldo Azevedo, voz e violão, que oferecia à numerosa platéia a bela música do seu repertório, boa parte de própria autoria. Aplausos efusivos animavam o clima ameno do lugar, evidenciado nos flashs constantes dos fotógrafos que registravam o acontecimento, entremeados de relâmpagos insistentes que clareavam o céu escuro, à distância, cenário detrás do palco para as bandas da Ponta da Serra.

Isso se manteve ao ritmo das letras e cordas afiadas do instrumento bem praticado daquele artista popular, nas sombras chuvosas da noite caririense.

Duas ou três canções antes do término da cena, porém, numa das falas com que ilustrava os intervalos das canções, o músico comunicou aos presentes que, na véspera daquela data, ocorrera a passagem de sua genitora desta vida para a outra, pondo-se, logo depois, a interpretar uma composição de autoria dela, refletindo na voz o sentimento que se pode imaginar de um filho em situação semelhante.

Ao lembrar os detalhes disso que contamos, vemo-nos também emocionado, a refletir quanto à condição de vida dos artistas e sua proximidade com as multidões, vínculos que se estabelecem no decorrer da existência do trabalho. Enquanto dentro de si lhes sacodem o peito um coração quantas vezes macerado pelas guantes imprevistas do destino, repassam, igualmente, a imagem de quem habita os condomínios da mais pura felicidade.

Missão semelhante, o exemplo do palhaço de que falamos no início. Uns dançam, riem, se divertem. Outros padecem, representam, dissimulam. De íntimo transtornado pelos ardores do sofrimento de perder a mãe querida, o músico prosseguiu com a função até o fim, desfolhando versos e notas, solitário, ausente das convenções deste mundo; isso tudo em nome do amor ao sonho da arte, herói sobranceiro da magna inspiração, porquanto o show haverá sempre, de manter seu curso ininterrupto para o centro dos corações em festa.

Repentes amorosos - por socorro moreira





descobri o amor
em tenra infância
colo de avó
cuidados de avô
com meu pai
que me entregava
o seu domingo
chuvoso ou ensolarado
enquanto a mãe fazia mimos

conheci o amor
quando sentia na madrugada
a mão zelosa de mãe
trocando os lençóis mijados
as colheradas de mel
a flanela na garganta
pra acalmar minha tosse
das poeiras e das artes
que eu trazia comigo
do quintal e da calçada.

conheci o amor
quando aprendi com os mestres
as lições pra toda vida,
inclusive o catecismo...

aprendi a amar
sem rumo e sem prumo
experimentando o amor
em todas as suas formas
de expressão e valor

agora tenho um  caminho
já marcado com meus  passos
aprendo o amor com  Victor
que é puro e devotado
às vezes nos desligamos
tomamos sustos danados
ao confirmar que o amor
é presa do nosso lado.

o amar é inerente
ao ser humano e divino
quem não adota esse verbo
só  pratica desatinos
tem que aprender de novo
a grande lei que é divina :
amar a todas as coisas
amar ao próximo mais próximo
e também ao mais distante
amar o desconhecido
e aquele que é no sangue
o nosso elo mais forte

o pecado no amar
inexiste, está provado ...
mas é bom que se defina
que o amor que se procura
é solução do destino.
dissolve o medo,
a tensão ,
cura até desilusão
sana o corpo e alma
cura tudo feito erva
que Deus jogou lá na serra,
pra espantar nossos males.

Amar é palavra-verbo
a mais doce
a mais completa
mas pra amar de verdade
é preciso que se tenha
por nós o desejo interno
de amar com liberdade !

Corrente do desafio, chamando ...!- por Socorro Moreira




A cidade era bonita , numa vida bem pacata. Eu vivia com a família de gênio muito abrandado., e quse sempre feliz !
Papai pintava os carros, a minha mãe ensinava, e costurava uns vestidos, além de cuidar da casa.. Na sua moderna "Singer", escutava a zoadinha, que a tal máquina fazia, pra costurar meus vestidos.
Ainda quase menina, cumpria alguns recados:
"Menina , me compre já, linha corrente-laranja, na cor branca e rosa chá"!.
Mas a corrente da rede, que a vó me balançava, namorava o armador, ora pra lá e pra cá. Enquanto cantarolava, ela bem devagarzinho, com seus pés bem pequeninos , saía silenciosa , e me deixava a sonhar.
A correntinha de ouro, que perdi no mês de Agosto, foi presente do meu tio, quando completei 10 anos. Ela tinha uma medalhinha, só não sei qual era o santo.
Depois entrei na corrente do rio no Maranhão, cantava com o barqueiro, aquela velha canção:

" eu vi
as águas do rio correr
e a canoa do negro passar..."

Lembro a expressão feliz,
do sol, naquela manhã
achava que todo canto
era na sua intenção.

Correntes nunca me atam,
não me escravizam , nem matam
não as tenho em sentimentos
nem tão pouco em pensamentos

" acorrentados ninguém pode
amar..."
diz o refrão de uma música
que eu já não sei mais cantar.

mas deixo um tolo conselho
não siga, se não gostar
não acorrente alguém
pensando que vai ganhar
um amor pra vida inteira
sem deixar ele voar

amor é contra-corrente
é livre e gostador
pródigo em carinhos e beijos
mas precisa respirar
no jardim da sua dor.

Finalizando a palavra
vejo que falei demais
pois então complete agora
o jeito de versejar
use a palavra " primeiro"
senão a loa não para
nem com a luz do luar.

Sertão - por Socorro Moreira


Eu já vivi por aí
já andei por muita estrada
do mar até o sertão
cruzei com gente encantada
cansei de arrumar a mala
voltei pro sertão do Crato.

Sou sertaneja , e me orgulho
embora eu goste do mar
mas o mar verde da flora
vejo do lado de cá
avisto a minha chapada
e tento me acomodar.


sertão tem a sua gloria
coisas boas de provar
o cheiro de mato,
o açude,
a chuva que cai do ar
molha mangueira e caju
pois o sertão é um mar !

Mar de luar bonito
de gente simples, calejada
que passa o dia na roça
mas de noitinha ela dorme
com a cabeça no lugar.

Me despeço nesse verso
do povo do Cariri
quem quiser nos visitar
pode chegar e roer
um caroço de pequi !

Estou ligada no vídeo
assistindo um filme lindo
"Te amarei para sempre"
é o título desse filme
Quem puder, pode alugar
garanto que é bonito !

A palavra que eu sugiro
é de cinema ou novela
Pois então faça a escolha
e se livre do que é vício,
no ócio que se revela !

O Core Ingrato - José do Vale Pinheiro Feitosa


Uma das canções mais belas do século XX. Catari, Catari, ou como mais comumente a conhecemos: O core ingrato! E mais bela é a melodia tão no sentimento como a canção "meridionale" ou a "napolitana" tem sido. E o improvável mundo pobre, da desgraça, vítima do preconceito e dos chefetes locais, como o sul da Itália fez uma canção que o norte separatista não chega nem aos pés. A não ser a bela ópera e suas arias, mas aí estamos falando numa "máquina" produtiva que se espalhava por toda a Europa além de Milão. Compare a riqueza da música nordestina, tanto a rural como a urbana para sentir o quanto do pulso da vida tem em comparação com outras. E quando chegamos no sul maravilha a seiva da vida está empoçada em alguns retalhos do tecido social. Mais comum naquele tecido roto, aquele esgaçado, mal costurado: o samba dos morros, as histórias da pequena classe média.

Não digo que a qualidade seja a salvação da pobreza. Apenas digo que mesmo para os ricos as palavras amargas, o desprezo e a traição são a regra do açougue. O tempo passa, a vida é tempo e com ele certos tipos. E diante de tanta dedicação ao foco, ao focar-se, objetivar-se vem Catari e lhe planta um gosto amargo.

Catarina, Catarina
Porque me dizes estas palavras amargas?
Por que me falas ao coração com estas tormentas, Catarina?
Não esqueças que te premiei meu coração, Catarina...
Não te esqueças....
Catarina...


Feliz aniversário, Norma Hauer !



"Adoro escrever e relembrar a música brasileira até os anos 60.Vivo com ela, mas não sou saudosista. Apenas gosto do bom que é. Tenha 20 ou 200 anos." (Norma Hauer)

Ela é de Curitiba , mas mora no Rio de Janeiro. Acompanho os seus rastros, e colo na minha vida as suas memórias.

Hoje é o aniversário dessa mulher especial, que aprendi a amar, respeitar e admirar.

Parabéns, Norma Hauer !




Um pouco sobre ela, dito por ela :

"Tenho preferência especial por Carlos Galhardo. Rio antigo, Bondes seus, seus cinemas "de rua",suas tradicionais lojas (Mesbla, Sloper, Casas Pernambucanas, Água Hidrolitol, Galeria Cruzeiro, Fábrica do Elixir de Nogueira e na Glória ..., Ainda, viagens, serestas e meu querido bairro de Santa Teresa, que deixei há 16 anos mas que vive em meu coração.
Gosto de futebol. Claro que para assistir na televisão ou no campo se se tratar de meu querido clube e injustiçado: O América Futebol Clube. Pratico (muito pouco natação), ciclismo e caminhada.
Escrevo (contos, Poemas,Crônicas sobre valores de nossa música de raiz.) ,frequento Centros Culturais, maiores ou menores, se houver música de seresta.
Aprecio todos os livros da Agatha Christie, Crônicas do Rio Antigo, "O Rio do Bota-Abaixo" (sobre as reformas feitas por Pereira Passos no início do Século 20). Gosto também de José de Alencar e Machado de Assis. Há um livro diferente de nome "Os Exilados da Terra" (originalíssimo) que já "devorei" várias vezes.Recentemente saiu um livro de nome "Os Pavilhões do Passeio Público, Theatro Casino e Casino Beira-Mar dois" Existiam sobre prédios que não Passeio Público, do lado da Praça Paris. Livro é sempre benvindo, Mesmo que seja apenas para consulta, Como um de nome "Ruas do Rio" (não confundir com guia de ruas). Biografias de cantores e compositores de nosso meio musical, inclusive um que escrevi sobre Carlos Galhardo, Com o título: "Carlos Galhardo-Uma Voz que é Um Poema".
Minhas músicas prefeidas estão no repertório de Carlos Galhardo. Mas também gosto de Noel Rosa, Lamartine Babo, Oswaldo Santiago, Francisco Alves, Orlando Silva, João Petra de Barros, Gastão Formenti, Jorge Goulart (meu amigo pessoal) Vicente Celestino, Silvio Caldas e outros da época de ouro do rádio.
Vejo muito pouco TV aberta. Prefiro a TV por assinatura (infelizmente o canal 65 da NET virou "Cult" sinônimo de "porcaria"). Há um novo canal da NET que exibe filmes antigos. é o n ° 91.Está ver TV difícil. Revejo filmes clássicos, e vídeo em DVD. Jornais Quando o assunto é variado, com pouca política.

Quase não vou ao cinema , pois os filmes atuais são muito ruins. Só tem "efeitos especiais, Violência e sexo explícito.Antes, ia quase todos os dias. Hoje, em vídeo, revejo filmes dos anos que considero "de ouro" do cinema.
Não suporto cigarro, alho e cigarro.
Não consigo viver sem comida, bebida não alcoólica, sem minha filha e minha neta, sem música, sem seresta.
-Gosto de tudo, no seu devido lugar !"

Uma ode para os cratenses! - Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Hoje eu acordei com versos fervilhando em minha cabeça. Um poema que o russo Vladimir Maiakovski bem poderia ter escrito especialmente para nós cratenses. Mas em muita boa hora, Eduardo Alves Costa, um poeta fluminense radicado em São Paulo foi o autor dos versos que muitos erroneamente atribuem a Maiakovski, mas que provavelmente foram escritos diretamente para nós, simples mortais cratenses. Um povo escondido nessa mais que perdida cidadezinha envolvida pelas fraldas da bela Chapada do Araripe, único bem que nos resta e que talvez os donos do poder não poderão jamais nos subtrair.

"Na primeira noite eles se aproximam.
Roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
Pisam as flores, matam nosso cão,
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
Entra sozinho em nossa casa,
Rouba-nos a luz,
E conhecendo o nosso medo
Arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada!
Já não poderemos dizer mais nada!"

Todas as flores dos nossos jardins foram despetaladas ao longo dos anos em que nossas lideranças foram sepultadas pelo voto que destinamos a candidatos de outras terras. De que adiantou aos cratense ajudar a eleger tantos deputados sem nenhuma preocupação com o Crato?
Somente sabemos choramingar quando perdemos melhorias ou entidades que poderiam vir para o Crato. Mas precisamos reconhecer que existe em cada um de nós cratenses, um comodismo sem igual. Ou uma alienação geral. Como que, esperamos que os benefícios caiam do céu como a chuva que molha toda uma região, indistintamente. Se nada vem para o Crato, nada também pleiteamos porque não escolhemos pessoas comprometidas com a terra, que nos representem e lutem pelo Crato junto aos governos federal e estadual.
Choramos porque os benefícios vão para o Juazeiro. Mas lá não há acomodação, o povo trabalha. Há mais de dez anos que ouvíamos notícias de que os deputados federais daquela terra lutavam para conseguirem uma Universidade Federal.
Quando prestei meus serviços ao governo estadual, fui testemunha de um fato que poderia servir de exemplo aos cratenses. Vi uma comitiva de lideranças juazeirenses: todos os deputados federais e estaduais daquela terra, lideres comerciais e representantes da sociedade nas pessoas dos dirigentes de clubes de serviços, todos juntos saindo do gabinete do Secretário de Estado para reverterem para cidade do Juazeiro a sede regional do DETRAN que estava prometida ao Crato.
Se não houver uma conscientização do eleitor cratense, principalmente daqueles que trocam seu voto por favores, continuaremos sendo fim de linha. Dentro de breve tempo, nem quem tem negócios a fazer com o Crato, porá os pés nessa cidade, pois os retornos já se encontram fechados.
Por Carlos Eduardo Esmeraldo

"Leite derramado" - José Nilton Mariano Saraiva

Se, enquanto teoria, a criação e implantação da Região Metropolitana do Cariri conseguiu ludibriar muita gente, através da propagação de mentiras e devaneios mil, na prática, a partir do momento em que passou a ser operacionalizada, converteu-se em um colossal embuste, uma farsa sem tamanho, uma nua, crua e indigesta realidade, principalmente para os cratenses.
Fato é que, para camuflar a escolha de uma única cidade (Juazeiro do Norte) como receptora preferencial dos investimentos governamentais ao sul do Ceará (assim como o fizera com Sobral, ao norte), o Governo do Estado contou com uma legião de treinados e amestrados “multiplicadores” (deputados estaduais da sua base de sustentação, secretários de Estado e meia dúzia de cratenses (???) escorregadios e cooptados) que, hipócrita e irresponsavelmente, saíram às ruas a dourar a pílula, alardeando, difundindo e propagando as futuras benesses advindas da criação da Região Metropolitana do Cariri; só que, internamente, entre quatro paredes, já havia a determinação política em se evitar a pulverização dos investimentos governamentais entre as diversas cidades da Região do Cariri (desprovidas do “componente político”), centrando-os em uma só urbe, na mafiosa perspectiva que os benefícios fluiriam e se espraiariam entre as demais comunidades (e naquela ocasião, alertamos aqui sobre o perigo da passividade com que aquela conversa mole passara a ser digerida).
Mas foi assim, verbalizando tão incrível lorota diuturnamente (em alto e bom som), e valendo-se de um pseudo “regionalismo” alavancador do progresso, que foram criados e passaram a operar em Juazeiro do Norte (e só em Juazeiro, pt saudações) o Aeroporto Regional de Cariri, o Hospital Regional do Cariri, a sede regional da Receita Federal, o campus regional da UFC/Cariri, a delegacia regional da Polícia Federal, a unidade regional da Receita Federal e tudo o mais que pudesse ser rotulado de “regional”. Castrando e obstaculando qualquer tentativa de descentralização, tudo tinha obrigatoriamente que ser em Juazeiro (posteriormente, na esteira do prestígio chancelado pela preferência governamental, a instalação de empreendimentos privados foi apenas conseqüência). Quanto às demais cidades da região (inclusive e principalmente o Crato), ficaram a ver navios, a esperar por quem não ficou de vir, e tendem à estagnação absoluta, à involução, a virarem meros satélites errantes a vagar sem rumo e sem norte na órbita juazeirense.
O mais estapafúrdio nisso tudo é que, à época da criação da tal Região Metropolitana do Cariri, por deslavada conveniência política, falta de justificativa consistente para esconder o marasmo administrativo, ou mesmo na vã tentativa de justificar o injustificável, os (maus) cratenses, inclusive e principalmente suas atuais autoridades constituídas (que deveriam, sim, ser responsabilizadas pelo estágio a que chegamos), convencionaram e passaram a adotar o cretino bordão de que, como éramos “UM SÓ POVO, UMA SÓ NAÇÃO CARIRI”, o progresso e a aura desenvolvimentista viriam de forma equânime, igualitária, simétrica (e ai de quem ousasse pensar diferente). Tanto é que o prefeito do Crato e seus áulicos sempre se fizeram presentes e nunca deixaram de bater palmas e tecer fartos elogios a tudo que era inaugurado em Juazeiro. Não podem, agora, chorar o leite derramado.
Deu no que deu. E como o esvaziamento do Crato é notório e acachapante, hoje, hipocritamente, as mesmas autoridades e formadores de opinião que engoliram o bolo sem mastigar, que teceram loas àquela criminosa ação governamental, que se deixaram bovinamente estuprar intelectualmente, que se extasiaram com o canto da sereia, e que covardemente, sim, se omitiram em questões cruciais, posam de indignados, choram ante as câmeras, manifestam surpresa sobre os rumos da Região Metropolitana do Cariri, reclamam do tratamento “desigual” a que foram submetidos Crato e as demais cidades da região.
Pois bem, o mote da vez, agora, é reclamar contra a perspectiva (sombria, triste e desmoralizante) de que o tal “lixão do Cariri” seja instalado em Crato (com todas as mazelas daí advindas), omitindo o fato de que o próprio vice-prefeito Raimundo Bezerra (certamente que com o aval do prefeito do Crato), num passado não tão distante empreendeu viagem ao sul/sudeste do país a fim de conhecer as tais usinas de processamento de lixo e os “benefícios” e “maravilhas” que adviriam da sua fixação em nossa cidade, objeto de ampla reportagem num dos blogs da região (e é bom não esquecer que, à época, como nos posicionamos peremptoriamente contrários, bem como mostramos que a criação da tal Região Metropolitana do Cariri não passava de mais uma grotesca farsa do governo do Estado objetivando privilegiar uma única cidade da região, os “puxa-sacos”, os “ensaboados” e os “escorregadios” da vida trataram de tentar nos desqualificar, de nos acusar de bairrista, retrógrado, conservador e coisas tais) porquanto – na míope e caolha visão deles – os benefícios se espraiariam por todo o Vale do Cariri, dentro daquela cachordice de que somos “um só povo, uma só nação Cariri”). Pura hipocrisia, deplorável jogo de cena, falsidade em estado absoluto e latente.
E Juazeiro do Norte, que nasceu, cresceu e marombou-se à sombra de um grande embuste, uma farsa grotesca (o tal do “milagre da hóstia”), continua adotando e valendo-se do mesmo heterodoxo “modus operandi”, da mesma estratégia suspeita de tramar na calada da noite, que o catapultou à condição de centro receptor de tudo que provém do poder central estadual (com a inestimável colaboração do “componente político”).
Ou alguém não lembra da séria denúncia do professor Cacá Araújo, veiculada aqui mesmo, segundo a qual um dos “graduados” de Juazeiro (de nome Celestino) teria verbalizado de forma irônica, em alto e bom som, numa das emissoras da região, todo o seu desprezo para com a nossa cidade, ao indagar “quem o Crato pensa que é pra tomar alguma coisa de Juazeiro” ???
Alfim, simplórias indagações: qual o problema da prefeitura do Crato se manifestar de forma contundente, incisiva e oficial sobre a não aceitaçao do tal "lixão" na cidade ??? Quem manda na cidade: seu prefeito ou o governador do Estado ??? Já não estaria na hora de dá um murro na mesa e se impor ??? Pra que toda essa "rasgação de seda" na tentativa de promover um determinado "vereador-suplente" ???

Despedidas- socorro moreira




Vivo despedidas
Espero reencontros

Cada visita amiga
traz consigo
uma lembrança

- Fio da meada
que o destino apronta.

A distância é  curta
Num pulo, o pensamento alcança

Mais  além-
que pode ser num instante-
o carro que nos leva
desaparece
na curva do caminho

Temos perdido coisas e pessoas
A palavra de ordem
É desprendimento!

Não consigo dispensar
Imagens vivas do meu tempo
Vivo uma enorme saudade
Esperando bons dias
Até o último dia !

Pronunciamento da Shell Oil Co.-colaboração de Nívia Uchôa



Recentemente, após três incidentes nos quais telefones celulares inflamaram gases durante operações de enchimento de tanques de gasolina, a Shell Oil Company emitiu a seguinte advertência:


No primeiro incidente, o telefone havia sido colocado sobre o capô traseiro do carro durante o abastecimento; o telefone tocou, e em seguida, um incêndio destruiu o carro e a bomba de gasolina.


No segundo, uma pessoa sofreu sérias queimaduras da face quando gases se incendiaram conforme respondia uma chamada celular enquanto abasteciam seu carro.


E, no terceiro, um individuo teve seu quadril e virilha queimados conforme gases se incendiaram quando seu celular, que se encontrava em seu bolso, tocou enquanto estava abastecendo o carro..

É muito importante você saber que:

- Telefones celulares podem incendiar combustíveis ou gases

- Telefones celulares, que se acendem ao serem ligados ou quando tocam, liberam força suficiente para gerar energia capaz de provocar uma faísca capaz de iniciar um incêndio

- Telefones celulares não devem ser utilizados em postos de gasolina, ou quando estiver abastecendo cortadores de grama, barcos!, etc...

- Telefones celulares não devem ser utilizados, ou melhor, devem ser desligados, quando houver por perto outros materiais que possam gerar gases inflamáveis ou explosivos ou poeira gasosa (i.e. solventes, elementos químicos, gases, poeira de grãos, etc.)
Em suma, aqui vão as:

Quatro Regras para o Abastecimento Seguro

1) Desligue o Motor
2) Não Fume
3) Não use seu telefone celular -
deixe-o dentro do veículo ou desligue-o
4) Não retorne ao seu veículo durante o

Antônio José Rocha de Oliveira
Professor de Acupuntura e Terapias Orientais(M.T.C.)



Fotos de Nívia Uchôa