por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

MANIPULAÇÃO "GROTESCA" - José Nilton Mariano Saraiva


Lá atrás, no governo Itamar Franco, foi o então supostamente íntegro e sério Ministro da Fazenda, senhor Rubens Ricupero que, flagrado em conversa informal com um dos repórteres globais (Carlos Monfort, seu cunhado) não percebendo que o microfone estava ligado, soltou esta pérola:
"Eu não tenho escrúpulos. Eu acho que é isso mesmo: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde".
Claro que teve que “se mandar”, tal o escândalo advindo.
Num segundo momento, no governo do fajuta “príncipe dos sociólogos” (Fernando Henrique Cardoso), quando se pensava que a “arte” de fraudar números na gestão pública houvesse sido obstada, estupefatos tomamos conhecimento que a presidência do Banco do Nordeste fora entregue a um exímio e descarado fraudador de balanços, senhor Byron Queiroz, “expert” em transformar prejuízos em lucros com o simples uso de uma caneta.
Descoberta a fraude grotesca, ainda assim foi absolvido por unanimidade pelos desembargadores de um desses tribunais regionais corruptos existentes no país, por interferência do padrinho famoso (Tasso Jereissati).
Agora, na gestão do comprovadamente despreparado Jair Bolsonaro, só através do rigoroso e ultraconservador jornal britânico, Financial Times (já que a mídia tupiniquim foi cooptada), tomamos conhecimento que o todo poderoso Ministro da Economia, Paulo Guedes (aquele, cujo única referência maior é a sua atuação deletéria no governo chileno do ditador Augusto Pinochet) apresentou números flagrantemente manipulados no tocante à situação econômica atual do Brasil, daí a humilhante manchete:
Falha nos dados econômicos brasileiros desperta preocupações entre analistas”.
Pego no flagra e sem ter justificativa alguma a apresentar, de pronto o Ministério da Economia tratou de apressadamente “revisar” os números fraudulentos das exportações brasileiras, pela segunda vez em menos de uma semana, deixando no ar, dentre outras, as seguintes dúvidas: 1) desde quando, sob Bolsonaro, os balanços brasileiros são “martelados” irresponsavelmente, a fim de escamotear a realidade do país; 2) até quando a mídia e especialistas brasileiros hão de aceitar passivamente os arroubos do charlatão Paulo Guedes e sua equipe, sem qualquer questionamento; 3) como fica a confiança e credibilidade do país ante a comunidade financeira internacional, já que o “engano” verificado em um só mês (novembro/2019) foi de “irrisórios” US$ 3,8 bilhões (de dólares, é bom não esquecer, e em um só mês).
Instado a explicar-se, o Ministério da Economia disse que tal erro foi causado por uma “falha” em registrar um grande número de declarações de exportadores nos últimos três meses, e que as exportações em setembro e outubro também foram sub-notificadas em US $ 1,37 bilhão e US $ 1,35 bilhão respectivamente.
Fato é que, ao receber do ignorante e abobalhado chefe “carta branca” para atuar livremente em todos os setores da administração pública (apesar do seu histórico medíocre como economista) Paulo Guedes é aquele tipo que não tem nenhum escrúpulo ou mesmo respeito por quem quer que seja, porquanto convicto servo do “deus-mercado”.
E como sabemos, o “deus-mercado” tem ojeriza a pretos, pobres e putas, priorizando, sim, os rentistas de plantão (o próprio Paulo Guedes atua com desembaraço no segmento).