por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 18 de julho de 2011

Uma boa notícia!

O livro saiu do forno, e eu já comecei a preparar as postagens dos autores distantes- aqueles que enviaram os seus endereços.
Os demais, entendo, que se farão presentes!
Tudo em cima para nosso evento: lançamento do livro "No Azul Sonhado" !
É um livro modesto, mas bem legal!

Grande e carinhoso abraço!

A Arte Segundo Picasso



Dia da trova!

Deixe a sua trova!

Blogger Aloísio disse...

Trova é sempre improviso
Por isso não tergiverso
Pra completar este verso
Buscar sonhos foi preciso


Blogger Liduina Belchior disse...

Cheguei correndo de viagem
Para no Cratinho chegar
Vim curtir nossa estiagem
Pois Recife estava de alagar.

Corujinha Baiana

Fazer trova é um desafio
Que exige muito talento
E sempre a qualquer momento
Estar disposto a fazer arte

 Socorro Moreira

O talismã construído
Fruto/arte dos poetas
Será bem  distribuído
- Azul de portas abertas !



TUDO É MAIS SIMPLES DO QUE PARECE-José do Vale Pinheiro Feitosa



VERDADE E CIÊNCIA
Frente ao inevitável, a lição se conformava. Se o que estiver para acontecer fosse imponderável, a lição era de fé. As rochas tão sólidas e indestrutíveis contam a história de poderosas transformações. As águas tão incertas e tempestuosas: brotam a agricultura, abundam a pescaria e saciam os rebanhos.
Ao contrário do que muitos imaginam ainda hoje, a ciência nunca foi a voz da verdade. A verdade última das coisas. Isso é um atributo das religiões. Elas não precisam provar o que dizem, foram anunciadas pelas entidades superiores de sua crença. Só para as religiões, ideologias, ferramentas ou outros instrumentos para os quais se pretendam usos permanentes é possível anunciar a verdade última. Não para a ciência.
O discurso da ciência é no condicional É como um futuro condicional que não existe na língua portuguesa. Se isso e aquilo acontecer, é bem provável que o enunciado seja assim. Essa é a linguagem da ciência. Sempre poderá existir uma observação futura em que a verdade de hoje se colocará em questão.
Mas se o domínio de si e do mundo dependia das verdades de si mesmo e deste mundo, o que aconteceu para que a ciência, que não busca verdades definitivas, promovesse tantos impactos reais sobre a humanidade? A verdade congela a realidade de um mundo em transformação. Durante algum tempo determinada verdade é até válida para a sociedade, mas logo a seguir começa a desmilingüir-se. A condicionante para que determinada coisa seja válida é a matriz que nos permitiu reequilibrar o enunciado das coisas inevitáveis, imponderáveis ou contraditórias.
REPUTAÇÕES: CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO
O conceito que gozamos entre os outros humanos passou por enormes transformações. Primeiramente com a queda dos sistemas monárquicos e hierarquizados, a reputação se democratizou. Antes a reputação das pessoas de modo geral atingia sua vila, sua rua, a família e a parentela. Enquanto a reputação de reis, imperadores, papas, cardeais e bispos tinha por base milhares ou milhões de pessoas.
Com o advento da sociedade de consumo, das grandes nações modernas, dos meios de comunicação a reputação atingiu artistas, políticos burgueses, operários, esportistas, empresários, gente em geral da cultura. Aí a equação da reputação também mudou de patamar, deixou de ser o conceito da própria pessoa e passou a ser o conceito de uma super pessoa.
Nisso os conhecimentos científicos da psicologia social passaram a ter grande importância. A reputação não sendo mais das próprias pessoas, passou a ser propriedade dos meios que usam a psicologia social para criar a própria. Nisso a chamada mídia tem grande importância. Ela cria e destrói reputações.
Independe da pessoa. Elas até continua como zumbis em vida, pois a reputação pública nos tempos atuais transforma as pessoas em sombras da reputação. Em sombra de um enredo que pretendia ser a própria pessoa, mas que está muito além delas mesmas e costuma ser reflexiva como purpurina.

por José do Vale Pinheiro Feitosa

Nas águas do Cariri - socorro moreira

foto de Pachelly

São pássaros que aqui pousam
No verde de folhagens rosa
Vale serrano
Das imagens
Poesia da luz.
De Bel chiar,
Lima, graúna.
Ali mais terra
Severamente há

Ardo,
Num sentimento múltiplo.
Lupas e Demos
Iluminando o mundo
Bradam
No monteiro sacro

No melaço dos nossos nós
Uma flauta em dó menor
Maga sorte
Esmeralda estrela
Nos olhos
Do menestrel
- Irmão de tantos nossos

Imaginem o Cariri,
Se não fossem os nós,
Entre o doce da cana...!

Isso ainda é pouco ...
Se faltam tantos
É porque são muitos!

BARBOSA LIMA SOBRINHO - por Norma Hauer



No dia 18 de julho de 2000 faleceu um grande jornalista: BARBOSA LIMA SOBRINHO,
cabeça MARAVILHOSA, aos 102 anos.

No dia em que faleceu saiu seu último trabalho no Jornal do Brasil.

Ele escrevia as matérias às 5ªs feiras e as publicava aos domingos.

Mas, nessa 5ª, ele passou mal, foi internado e no domingo faleceu.

Enquanto líamos seu último trabalho (que arquivamos,como alguns outros) tivemos notícia de seu falecimento.
Foi ele o primeiro a pedir o "impeachment" de Collor.

Velado na Academia Brasileira de Letras, seu corpo foi levado à ABI para a última homenagem de seus colegas jornalistas.

É claro que lá estava um bando de puxa-sacos.

Homem igual a esse ainda está para nascer.

Para ele, meu preito de saudade.

MINHA APOSENTADORIA - por Rosa Guerrera



Dei entrada hoje na documentação para a minha aposentadoria , pendurei chuteiras ! Parece no entanto que foi ontem que iniciei minha carreira jornalística Fui uma grande vibradora , não nego , dentro da profissão que escolhi para amar. São tantas as lembranças das reportagens que fiz não apenas em jornais , mas em noticiários de tv , e em várias rádios da capital.Foi uma longa jornada é verdade , mas apaixonante para mim. Amei todos os instantes em que fui uma atuante “ repórter de rua “. Tive contato com personagens marcantes da política , astros de novelas , cantores famosos , e percorri muitas noites reportando nas delegacias os dramas terríveis que a vida também nos oferece .Muitos colegas de outrora chegavam mesmo a me considerar uma pessoa “fria” quando meu rosto mantinha a expressão serena ao levar para o publico uma noticia chocante , fosse um latrocínio , um homicídio , um desastre com óbitos, um incêndio que ceifara vidas ,ou um relato sobre crianças alegres num circo ou num parque de diversões . Sempre tive em mente que era minha missão levar para o leitor, o ouvinte ou espectador a noticia , e como porta voz dela ,no momento em que eu a enviava , o importante era o meu relato , e não a emoção que mesmo existindo dentro de mim , não se fazia necessário ser transparecida ...

Pendurei chuteiras, é verdade ! Para todos nós existe realmente o momento do ‘basta”.
Mas são tantas as emoções que vivi , tantas as histórias que participei , tantas as alegrias sentidas que relembra-las me parece vive-las hoje . E com que carinho irei guardar esses 35 anos de profissão ! É como se tivesse escrito um grande livro, preenchido página por página , cada minuto , cada instante vivido nesse imenso mundo jornalístico.
Esse será o meu livro de cabeceira a partir de agora ... E quando a saudade apertar, abrirei uma página qualquer , e dentro das lembranças irei saborear e reviver com o mesmo amor todo o meu trilhar nessa missão que um dia escolhi para ser a maior parte da minha vida .

Ros@