por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 28 de abril de 2011

Cadê o tema!?... - Aloísio

Cadê o tema!?...


Com nó ou laço
Dê um tema
Que eu faço
Um poema

Poema
É sentimento
Não importa
O tema

Um tema
Com sentimento
Transforma-se
Num poema

O problema
Como tema
Vira lema
do poema

Outro tema
Outro poema
Isto é a vida
Sem dilema

A hipótese
Do tema
Virou tese
Do poema

Solução
Como tema
Faz-se canção
Eis o poema!

Aloísio

Lual - José do Vale Pinheiro Feitosa

Meu amor hoje sou palha de monturo,
Meu Luiz Gonzaga está esquecido,
As aves de arribação morreram num paredão de som,
Cada ligamento do meu mundo,
Hoje é um limbo na memória da juventude.

Pois era meu amor,
Ali o mundo se perpetuaria,
Mas agora é como uma fumaça,
Nem bem a manhã começa,
E os sonhos ficaram apenas comigo,
Elevou-se na presença do hoje.

Estes jovens de hoje,
Numa festa rave que chamam Lual,
É algo próprio, bem cearense,
Explodem o forró eletrônico,
Ouvem o funk carioca,
Não entendendo nada,
Mas disputam qual som é maior.

Meu amor estou perdido,
Não eles, se acham no turbilhão,
De suas tribos no território das caixas de som,
De todos os excitantes que excitam o nada,
Tanto esticam que ultrapassam a fronteira
Entre eles e eles mesmos numa eterna permanência,
No mesmo lugar.

E meu Luiz Gonzaga?
É matéria do meu desesquecimento,
Dos meus paredões de memória e emoção,
Das minhas vagas também pelo nada,
Nada muito diferente da moçada,
Que mesmo assim os amos.

Que jamais repitam o passado,
Sempre desconfie das minhas douradas conservanças,
Nelas nada fica que não,
As minhas poupanças de memórias,
Que não rendem correção e nem juros,
Apenas encargos que não os libertam.

Que eu morra,
Para que os paredões possam estourar os tímpanos de agora.

Afinal para serve a audição,
Se ninguém mais nos escuta?

Parodiando um pouco, neste mundo que anda louco-Por Rosemary Borges Xavier

Todas as palavras terminadas em isco podem ser entendidas como Francisco, então vamos a alguns exemplos: corisco, marisco, arisco. Vamos correr o risco, eu risco, tu rabiscas, esta é para Francisca, afinal seu companheiro não está só nesta. E sem esquecer claro cisco, pois quando cai nos zóios...

PAULO BARBOSA- por Norma Hauer


Foi em 28 de abril de 1900 que nasceu o compositor Paulo Barbosa, irmão de mais dois artistas: Barbosa Júnior, comediante, produtor do programa "Picolino", na Rádio Mayrink Veiga e Luiz Barbosa, cantor falecido precocemente, mas que deixou algumas gravações e atuações no cinema nacional.

Paulo Barbosa foi, principalmente, autor de valsas (comuns em sua época) e responsável pelo primeiro grande sucesso de Carlos Galhardo no ritmo em que este foi "rei": "Cortina de Veludo".

Compôs ainda, "Salão Grenat"; "Italiana"; "Colar de Pérolas; "Madame Pompadour"; "Lenda Árabe"; "Salambô"; “Um Beijo em cada Dedo”; “Canções de Toda Gente”... e muitos outros que foram sucessos, ainda com Carlos Galhardo.

CANÇÕES DE TODA GENTE

O amor que move as estrelas
Meu coração fez parar
O amor é como o silêncio
Que faz minh'alma cantar

No dia que a gente nasce
Começa logo a morrer
E o amor no dia em que morre
É que começa a viver

A minha casa é a fronteira
De um lindo e alegre país
Transpondo a sua soleira
Se encontra um povo feliz .

Mas Paulo não compôs só para Galhardo, embora tenha sido um dos responsáveis pelos maiores sucessos do cantor.

Tivemos com Carmen Miranda e Barbosa Júnior "Casaquinho de Tricot e "Dona Gueixa"; com Castro Barbosa "Lig, Lig, Lé" e Marchinha do Grande Galo"; com Gastão Formenti "Jóia Falsa"...
Recentemente sua composição Lig, Lig, Lé, de co-autoria com Oswaldo Santiago e gravada por Castro Barbosa fez parte de uma novela da Rede Globo

LIG,LIG,LÉ

Lá vem o seu China
Na ponta do pé
Lig lig lig lig lig lig lé!
Dez tões, vinte pratos
Banana e café
Lig, lig, lig, lig, lig, lig, lé!

Chinês
Come somente uma vez por mês
Não vai
Mais a Xangai
Buscar a Butterfly
Aqui, com a morena
Fez a sua fé
Lig, lig, lig, lé!

Enfim, Paulo Barbosa marcou a fase áurea do rádio com suas mais de 100 composições, a maioria ao lado de Oswaldo Santiago.

Paulo Barbosa faleceu em 4 de dezembro de 1955, aos 55 anos.
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Norma

SAUDADE EM NOTAS MUSICAIS-Por Rosa Guerrera




Coloquei hoje pela manhã um CD cantado por Julio Iglesias .E deslizei num arco iris musical á passagens marcantes na minha vida.

Escancarei as portas do tempo e reví imágens que por muitas vezes julguei apagadas , mas que em frases melódicas na voz desse cantor de quem sou fã faz muitos anos , me fizeram sorrir para o passado .

Olhei meu rosto no espelho dos anos, e suspresa não enxerguei nem rugas nem cansaço no olhar.

Nenhum branco também visível nos meus cabelos ! Uma juventude inexplicável tomou conta de todo o meus ser . Parece incrível como algumas músicas conseguem materializar no hoje , os momentos já vividos ...

Flutuei nesse espaço colorido enquando o CD ia girando sem parar .

É interessante como uma frase, uma música, um perfume , uma flor possuem o dom de alimentar uma alma !

Um desfile de perfís amados bailaram dentro do meu coração!

Em cada música , uma lembrança... em cada lembrança pedaços meus ... fragmentos de sorrisos, de beijos , de carinhos, abraços e promessas .

Escutei todo o CD, e desliguei o som .

Não me sentí triste com o silêncio que se seguiu .

Sentí sim , uma sensação gostosa que marcou o meu dia , numa certeza gigante de que até hoje não viví em vão .

Valeram todos os minutos que amei , todos os sonhos que sonhei , todas a ilusões que me apeguei , todos os momentos de paixão aos quais me entreguei .

Mesmo sabendo que hoje eles se apresenta

TEMPO - por rosa guerrera


Houve um tempo em que eu não tinha tempo para entender o real valor do tempo , e assim deixei correr no espaço da minha vida , todos os dias, segundos e minutos que o outrora presente me ofertou.
Hoje gostaria muito de viver todos os tempos que deixei inutilmente passar !
E nessa busca inútil de tempos perdidos , aprendi que mesmo sendo efêmero o tempo de agora , eu preciso viver intensamente , todos os instantes e todos os presentes que o tempo ainda tem para me ofertar .
por rosa guerrera

Saudade- Por José do Vale



E solidão apenas o é pelo outro,
Quando digo só, já falo dos ausentes,
Não posso dizer ele,
sem que me sustente,
em eu e tu.

E por isso saudade é como bezerro,
apartado, separado,
longe das gentes e
do lugar.

Saudade é esta vontade de eternidade,
Que todos sentidos retornem,
para alguém,
para aquele canto do mundo,
para aquele momento da vida.

Saudades são as jóias do viver,
Encontradas no cascalho do trabalho,
entre uma obrigação e outra,
no intervalo se o suor vier,
é prazer do corpo em combustão.


por José do Vale

DEIXANDO A PONTA DA SERRA


Na ponta do pé da serra
Há um verde sem igual
Um cheiro que vem da terra
Passarim tem som lingual
 
Ulisses Germano