por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Nasci numa família formada por  pai, mãe e avós paternos.os tios, filhos de Donana:  Auri e Ivone, já haviam concebido alguns dos seu rebentos.Era uma casa feliz,principalmete,musical.Todos eram amantes de música, e meus ouvidos capatavam um pouco de tudo, ou quase tudo.O filho mais velho de tia Auri,Francisco, bem menino, já  tinha ganho seu primeiro acordeon, e executava bem  música instrumental, alem de boleros e tangos.O Natal, S,joão era sempre uma festa especial.Acontecia na casa da Pedra Lavrada com quitutes, bandeirolas, bolas de gude, e presentes  que deixavam na lona as economias dos nossos pais.Juntavam-se a esse grupo a família de Tia Ivone e tio Joãozinho com seus sete filhos.A meninada nas calçadas brincando de roda, e todas as diabruras que enfeitavam os anos  50.Quando o cansaço chegava, sentávamos no batente da casa para ouvir histórias contadas pelos meus avós, enquanto eles tomavam um cafezinho.Nesta turma não faltava, por vezes, a presença de Ana Maria, única filha  do tio José, falecido precocemente.
Assim fomos criados na primeira infância e adolescência.Tînhamos muitos tios e primos, de segundo grau, que não faziam diferença, entre os legítimos( mas isso é história para um outro dia.Como os netos de tia Fausta,Pigusta,Fantina...enfim!)
Nas férias escolares,  meninas de combinação, viajavam para Mauriti, sob a custódia de vovó Donana.Tia Auri nos recebia  de uma forma amorosa demais.Doces no tacho, zelo, e observãncia  total, quando começamos a namorar .Minha tia  fazia os pudins para a merenda da moçada.Comprava todos os LPS que Socorro queria.Desta  discoteca, fazíamos as nossas tertúlias. O horário era limitado, mas suficiente pra gente deslizar no mosaico da sala.Tempos inesquecíveis. patamar da Igreja com riscado de giz ou carvão, banho no balneário dos Dantas, alfinim num engenho  quase no centro da cidade.
Depois que crescemos, casamos, houve uma dispersão geral, mas o contato com nossas tias nunca deixou de existir.
O acontecido nesta data, acordou um carinho adormecido, plantado e regado pela família Moreira.
É porisso que a saudade é maior...Saudade do passado, do presente, e saudade dos rostos que já não veremos.
Deus  nos privilegiou ,nascidos  de um tronco fortalecido de amor; Donana e Alfredo Moreira Maia.
Se haverá reencontro é tudo que desejamos, e entregamos a Deus que nos propicie essa alegria...No plano espiritual, a beleza e a felicidade  são contínuas.
Esperemos!