por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 16 de janeiro de 2011

TARSILA DO AMARAL



Tarsila do Amaral (Capivari, 1 de setembro de 1886 — São Paulo, 17 de janeiro de 1973) foi uma pintora e desenhista brasileira e uma das figuras centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Anita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas.

JORGE MAUTNER






Lágrimas Negras
Jorge Mautner
Composição: Jorge Mautner

Na frente do cortejo
O meu beijo
Forte como o aço
Meu abraço
São poços de petróleo
A luz negra dos seus olhos
Lágrimas negras caem, saem, dóem

Por entre flores e estrelas
Você usa uma delas como brinco
Pendurada na orelha
Astronauta da saudade
Com a boca toda vermelha
Lágrimas negras caem, saem, dóem
São como pedras de moinhos
Que moem, roem, moem
E você baby vai, vem, vai
E você baby vem, vai, vem

Belezas são coisas acesas por dentro
Tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento
Lágrimas negras caem, saem, doem

Página oficial Jorge Mautner

Jorge Mautner, nome artístico de Henrique George Mautner (Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 1941) é um cantor, compositor e escritor brasileiro.

Dalida



Dalida, nome artístico de Yolanda Christina Gigliotti (Cairo, 17 de janeiro de 1933 — Paris, 3 de maio de 1987) foi uma cantora e atriz de origem egípcia que fez carreira na França alcançando enorme sucesso no mundo todo. Vendeu mais de 120 Milhões de cópias, recebeu 55 discos de ouro e foi a primeira cantora a receber um Disco de Diamante.


Uma surpresa , guardada nas páginas de um livro- Por Socorro Moreira




Hoje, folheando um livro sobre Tarot, que havia pertencido a José Normando, encontrei um seu registro, numa das páginas finais.
Assinado e escrito de próprio punho, Normando deixou-me curadora de uma mensagem, que ora compartilho com vocês .
Um presente póstumo, que me trouxe muita emoção. Se ele estivesse na terra , certamente estaria tirando onda , nos blogs... Onda de quem muito tinha pra dizer e ensinar.
Dedico esse escrito a todos que tiveram a ventura de conviver com aquela grande figura... E, porque estamos no azul sonhado, ele chega com um texto inédito.... Pura magia !

Tarô

No Jogo da vida
Sorte ou azar
Louco é quem fica de fora
Esperto é ficar por dentro
Sacando as cartas marcadas.

O sol nasce e abre a porta do mundo
A sorte é a lei.
No sofrer e morrer
É ter paciência.

O diabo é quando a casa pega fogo...
Mas a estrela logo me diz
Que a lua já vem trazendo a VIDA.

 NR

31.10.1990

Qual a idade que vocês me dão? – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Semana Santa de um ano muito bom de inverno. As chuvas caiam copiosamente tornando fértil o solo antes esturricado pela inclemência da seca. A fartura reinava naquele sertão, agora renascido. A paisagem de longe lembrava esse nosso Nordeste tão escaldante. A jovem médica Marília Cruz, da Secretária Estadual de Saúde, convidara um grupo de colegas médicos, todos eles professores da Faculdade de Medicina, para passar os feriados em sua fazenda. Todos os convidados aceitaram aquela oportunidade de um excelente repouso e compareceram acompanhados das respectivas famílias.

Quinta-feira Santa, após o almoço, os convidados repousavam no alpendre em redes ricamente bordadas. De longe, a doutora Marília avistou um vulto, alguém, ainda não identificado se movendo entre a mata verde do baixio. Aos poucos a silhueta ganhava contornos definidos e ela então identificou o seu querido tio Diógenes. Não obstante a idade avançada, ele cavalgava firme sobre o dorso de seu alazão marchando a passos largos em direção à casa grande. A sobrinha nada disse sobre a idade do tio, esperando ver a provocação que ele poderia fazer aos médicos.

Ao chegar, cumprimentou a sobrinha e seu marido, um conhecido deputado estadual, saudou o grupo de doutores, sentou-se no para-peito do alpendre e começou a conversar com os médicos. A principio a palestra versou sobre o bom inverno e a fartura que ele representava para o sertão.

Depois de aproximadamente meia hora, o tio Diógenes conduzia a conversa para o rumo que desejava. Os médicos se deliciavam com a palestra do sertanejo, cheia de sabedoria aprendida com os mais antigos, linguajar um tanto quanto arcaico, herdado dos antepassados, herança de um tempo colonial. A certa altura da conversação o tio Diógenes perguntou:
– Doutores, qual a idade que vocês me dão?
– Oitenta anos – responderam uns.
– Setenta e cinco anos – diziam outros.
Depois de muitos palpites, todos eles errados, o velho Diógenes falou com a sinceridade própria do nosso sertanejo:
– Senhores doutores, vocês precisam estudar mais! Eu tenho 98 anos e ainda trabalha na roça!
Diante da admiração geral, o velho emendou outra pergunta:
– Agora doutores, eu quero que vocês me expliquem por que é que uns morrem tão cedo e outros vivem tanto, assim como eu?
– É por causa de uma vida saudável aqui no campo. Alimentação regrada, sem preocupações. O senhor naturalmente dorme cedo, acorda cedo, nunca bebeu e nem fumou! – exclamaram os médicos a uma só voz.
– Num já falei que vocês precisam voltar à escola? Vão estudar mais! Eu só me alimento de comida forte, buchada, sarapatel, panelada, rabada e mucunzá com torresmo. Fui o maior farrista dessa ribeira. Era o maior namorador que por aqui existia. Bebia e ainda hoje eu bebo e fumo e, não dispenso um bom forró todo fim de semana!
Com essa resposta, os médicos concluíram que o tio Diógenes era uma rara exceção à regra, além de um mau exemplo para se alcançar a longevidade.

Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Nota do autor: Esse fato aconteceu e me foi contado pela sobrinha do sertanejo. As identidades dos personagens são fictícias.

Homenageando a nossa poetisa Josenir lacerda

O LINGUAJAR CEARENSE

AUTORA: JOSENIR A DE LACERDA
CADEIRA Nº 3 DA ACADEMIA DOS CORDELISTAS DO CRATO-CE

Todo poeta de fato
É grande observador
Seja da rua ou do mato
Seja leigo ou professor
Faz verdadeira pesquisa
Vasto estudo realiza
Buscando essência e teor

Por esse nato talento
Na hora de versejar
Busca o tema e o momento
Visa o leitor agradar
Não sente conformação
Se não passa a emoção
Que dentro do peito está

Neste cordel-dicionário
Eu pretendo registrar
O rico vocabulário
Da criação popular
No Ceará garimpei
Juntei tudo, compilei
Ao leitor quero ofertar

Se alguém é desligado
É chamado de bocó
Broco, lerdo e abestado
Azuado ou brocoió
Arigó e Zé Mané
Sonso, atruado, bilé
Pomba lesa e zuruó

Artigo novo é zerado
Armadilha é arapuca
O doido é abirobado
Invencionice é infuca
O matuto é mucureba
Qualquer ferida é pereba
Mosquito grande é mutuca

Quem muito agarra, abufela
Briga pequena é arenga
Enganação, esparrela
Toda prostituta é quenga
Rapapé é confusão
De repente é supetão
Insistência é lenga-lenga

Qualquer tramóia é motim
Solteira idosa é titia
Mosquitinho é mucuim
Recipiente é vasia
Meia garrafa é meiota
O exibido é fiota
Travessura é istripulia

Bebeu muito é deodato
Brisa leve é cruviana
O sujeito otário é pato
Cigarro curto é bagana
Fugir é capar o gato
O engraçado é gaiato
Quem vai preso tá em cana

Ter mesmo nome é xarapa
Muito junto é encangado
Água com açúcar é garapa
Cor vermelha é encarnado
Muita coisa dá mêimundo
Sendo Mundim é Raimundo
Valentão é arrochado

A rede velha é fianga
Com raiva é apurrinhado
Careta feia é munganga
Baitinga é o mesmo viado
O bom é só o pitéu
Bajulador, xeleléu
Sem jeito é malamanhado

Bater fofo é não cumprir
Etecetera é escambau
Sujar muito é encardir
Quem acusa, cai de pau
Confusão é funaré
Carta coringa é melé
Atacar é só de mau

Qualquer botão é biloto
Mulher difícil é banqueira
Pequenino é pirritoto
Estilingue é baladeira
Qualquer coisa é birimbelo
Descorado é amarelo
Sem requinte é labrocheira

Um perigo é boca quente
Porco novo é bacurim
Atrevido é saliente
Quem não presta é croja ruim
Dedo duro é cabruêta
A perna torta é zambêta
Coisinha pouca é tiquim

Parteira era cachimbeira
Dar mergulho é tibungar
Tem cucuruto, moleira
Olhar demais é cubar
Tem ainda ternontonte
Que vem antes do antonte
Ver de soslaio é brechar

Quem briga bota boneco
Sem valor é fulerage
Copo pequeno é caneco
Estrada boa é rodage
O tristonho é capiongo
Galo ou inchaço é mondrongo
E a ralé é catrevage

O velho ovo estrelado
É o bife do oião
Nervoso é atubibado
Repreender é carão
O zarôlho é caraôi
Enviezado, zanôi
Inquieto é frivião

A perna fina é cambito
Dar o fora é azular
Muito magrelo é sibito
Pisar manco é caxingar
Rêde pequena é tipóia
Tudo bem é tudo jóia
Fazer troça é caçoar

A expressão 'dá relato'
Que atinge mais de légua
'Tá ca peste!' 'Só no Crato!'
'Tá lascado!' e 'Aarre égua!'
'Corra dentro!' ' Qué cirmá? '
'É de rosca? 'Éé de lascar! '
'Vôte!' 'Ôxente! 'Isso é paid´égua!'

Se é muito longe, arrenego
Que Deus do céu nos acuda
É pra lá da caixa prego
Lá no calcanhar do juda
Nas bimboca ou cafundó
Nas brenha ou caixa bozó
Onde o vento a rota muda

Se é cheia de babilaque
É ispilicute ou dondoca
Ligeiro é 'que nem um traque'
Agachado é tá de coca
Sem rumo é desembestado
O faminto é esguerado
Bolha na pele é papoca

Chamuscado é sapecado
Nuca, cangote é cachaço
Meio tonto é calibrado
A coluna é espinhaço
Se está adoentado
Tá como diz o ditado:
'da pucumã pro bagaço'

Cearense tem mania
Chama todo mundo Zé
Zé da onça, Zé de tia
Zé ôin ou Zé Mané
Zé tatá ou Zé de Dida
Achando pouco apelida
Um bocado de Zezé

Fazer goga é gaiofar
O que é longo é cumprissaio
Provocar é impinjar
Toda pilôra é desmaio
Salto ligeiro é pinote
Bando, turma é um magote
Cesto sem alça é balaio

A comidinha caseira
Tem fama no Ceará
Tipicamente brasileira
Faz o caboco babar
No bar do Mané bofão
Pau do guarda, panelão
O cardápio vou citar:

Sarrabulho, panelada
Mucunzá e chambari
Tripa de porco, buchada
Baião de dois com piqui
Tem pão de milho e pirão
Carne de sol com feijão
Tijolo de buriti

Quem é ruivo é fogoió
O tristonho é distrenado
Tornozelo é mocotó
Cheio de grana, estribado
Jarra de barro é quartinha
O banheiro é a casinha
Sem saída, 'tá pebado'

A bebida e o seu rol
No Ceará todo habita
A fubuia e o merol
A truaca e a birita
Amansa sogra ou quentinha
Engasga gato, caninha
A meropéia e a mardita

O picolé no saquinho
Aqui se chama dindin
Se é o dedo menorzinho
É chamado de mindin
Riso sonoro é gaitada
Confusão é presepada
Atrevido é saidin

Papo longo e sem valor
É 'miolo de pote'
Muito esperto é vivedor
Adolescente é frangote
Soldado raso é samango
A lagartixa é calango
O tabefe é cocorote

A lista é quase sem fim
Não cabe num só cordel
Tem alpercata, alfinim
Enrabichada e berel
Chué, baé, avexado
Bãe de cúia, ôi bribado
Quebra-queixo e carritel

Tem visage, sarará
Tem bruguelo e inxirido
Rabiçaca e aluá
Ispritado e zói cumprido
Bunda canastra, lundu
Dona encrenca, sabacu
Bonequeiro e maluvido

O caerense é assim:
Dá cotoco à nostalgia
A tristeza leva fim
Na cacunda da euforia
dá de arrudei na carência
Enrola a sobrevivência
e embirra na alegria.


Recomeço.Liduina Belchior.


Voltar para a casa da poesia
Rever velhos amigos com melodia
Vir olhar a janela do âmago,
Retocar o que ficou sem finalizar
Finalmente chegar de fininho e cantar.

Brincar
se alegrar
e enlaçar.

Josenir Lacerda, Feliz Aniversário !







Ilustre cordelista , nacionalmente reconhecida , é coisa nossa !
Cratense da clara e da gema.
Tem o nosso carinho incondicional !

Para Norma Hauer




Foto: Norma Hauer e Jorge Goulart

Jorge Goulart- Por Norma Hauer



Foi a 16 de janeiro de 1926 que nasceu, aqui no Rio de Janeiro, Jorge Neves Bastos, que se tornou conhecido como JORGE GOULART.
E por que Goulart? No início de sua carreira, havia um fortificante de grande aceitação naquela época, de nome Elixir de Inhame Goulart. Foi então aconselhado a adotar o nome artístico de Jorge Goulart.
E com esse nome, tendo conhecido o compositor Ari Barroso, este gostou de sua voz e deu-lhe para gravar um samba seu em parceria com Fernando Lobo, de nome "Xangô, ao mesmo tempo em que o levou para a Rádio Tupi.
Isso se deu em 1945.

Gravou outras composições, mas ainda não era um nome conhecido no meio radiofônico, até que lançou, em 1950, para o carnaval de 1951, seu primeiro grande sucesso:"Balzaquiana". Naquela ocasião, estavam muito em moda "os brotinhos", a partir de gravação de Francisco Carlos da marchinha de Humberto Teixeira e Lauro Maia, "Meu Brotinho".

Então surgiu a "Balzaquiana"

"Não quero broto,
Não quero, não quero,
Não quero não.
Não sou garoto ,
Pra viver mais de ilusão.
Sete dias por semana,
Eu preciso ver minha Balzaquiana."

"Balzaquiana" chamou a atenção para a voz de Jorge Goulart, logo convidado por Lamartine Babo para gravar os hinos do América (time do coração de Lamartine) e do Madureira. Os hinos foram lançados como marchas, na Rádio Mayrink Veiga.

Goulart, conhecido, foi convidado para participar do filme "Rio, 40 Graus", quando "estourou" com o samba de Zé Ketti "Eu Sou o Samba". Isso em 1956.

A partir dai, fez parte de um dos maiores programas musicais da Rádio Nacional: "Um Milhão de Melodias", onde cantava com a orquestra da emissora, ficando conhecido em todo o Brasil.

Como música romântica, lançou uma grande composição de Braguinha, que se expraiou por toda parte: "Laura". Talvez seu maior sucesso no gênero romântico.

Lembrar Jorge Goulart, é também lembrar de "Couro de Gato", de Grande Otelo e Rubens Silva..
."aquele gato que tanto zombava de mim.
Aquele gato não é mais gato, hoje é tamborim"..

Mas foi em 1964 que João Roberto Kelly deu para Jorge Goulart aquele que ainda hoje é um dos maiores sucessos dentro e fora do carnaval:"CABELEIRA DO ZEZÉ":

"Olha a cabeleira do Zezé,
Será que ele é?,
Será que ele é?..."

Depois de 1º de abril de 1964, foi afastado da Rádio Nacional, acusado de comunista (o que ele nunca negou) e saiu por esse mundo, levando a beleza de sua voz para terras estranhas, como as da então União Soviética e outros países da Europa (do leste e do oeste), sempre recebido com carinho, acompanhado de sua companheira Nora Nei, com quem depois foi casado.

Regressando ao Brasil, e devido também ao hábito de fumar, foi acometido por um câncer, exatamente em seu bem mais precioso: suas cordas vocais. Antes de ser operado para a retirada do tumor, gravou várias músicas que antes foram conhecidas pelas interpretações de outros cantores, mas que vieram enriquecer seu repertório.
Após o falecimento de Nora, também vítima do cigarro, Jorge Goulart casou-se recentemente com uma pessoa muitíssimo simpática, que lhe tem grande amor e afeição

Superando o grande trauma que foi a perda das cordas vocais, hoje ele se apresenta fazendo "mímica", usando "play-back", o que o faz ser aplaudido em todos os lugares por onde passa, até mesmo nas apresentações carnavalescas no palco que todos os anos é erguido na Cinelândia, em frente à Câmara Municipal.

Nos anos de 2009 e 2010 fez várias apresentações em alguns palcos (um deles o Salão do Fluminense Futebol Clube , outro no Clube Militar) em alguns colégios e Igrejas, estes com fins beneficientes.

Hoje, completando 85 anos, continua firme e preparando novas apresentações, nas quais sempre leva alguns convidados, como Peri Ribeiro, Adelaide Chiozzo, Ademilde Fonseca e outros colegas ainda em atividade.

A Jorge Goulart, PARABÉNS pelo seu aniversário , que continue firme em suas atividades

Norma

Foto: Norma Hauer e Jorge Goulart

Poema sugerido por Cristina Diôgo





Prazer de Servir

-Gabriela Mistral-




Toda a natureza é um desejo de serviço.
Serve a nuvem, serve o vento, servem os vales.

Onde haja uma árvore para plantar, planta-a tu.
Onde haja um erro para emendar, emenda-o tu.
Sê aquele que afasta a pedra do caminho,
O ódio dos corações e as dificuldades do caminho.


Existe a alegria de ser bom e o prazer de ser justo.
Existe, sobretudo o sublime, a imensa alegria de servir.


Como seria triste o mundo se tudo já tivesse feito;
Se não houvesse um roseiral para plantar,
uma empresa que iniciar.


Que não te atraiam somente os trabalhos fáceis.
É tão belo fazer uma tarefa que os outros recusam!


Mas não caias no erro de que só se conquistam mérito,
Com os grandes trabalhos, há pequenos serviços
que são imensos serviços: adornar a mesa,
arrumar as cadeiras, espanar o pó.


O serviço não é só de seres inferiores.
Deus que dá o fruto e a luz, é o primeiro a servir.
Poder-se-ia chamá-lo assim: "Servidor".
E ele, que tem os olhos em nossas mãos,
nos pergunta todo dia; "Servistes hoje? A quem?
A árvore, ao teu amigo, ou aos teus familiares?".


Gabriela Mistral - Poetisa chilena (7/4/1889-10/1/1957). Foi a primeira escritora latino-americana a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1945. Sua poesia única e repleta de imagens singulares não mostra influências do modernismo nem das vanguardas. Lucila Godoy Alcayaga nasceu em Vicuña, uma vila do norte do Chile. Seu noivo cometeu suicídio em 1907, fato que marcou a obra e vida de Gabriela Mistral. Ela nunca se casou e se dedicou somente ao trabalho. Venceu um concurso literário chileno em 1914 com Sonetos de la Muerte, assinados com o pseudônimo Gabriela Mistral. Seu primeiro livro de poesias, Desolación (1922), inclui o poema Dolor, no qual fala da perda do amado. Representou seu país como consulesa em Nápoles, Madri, Lisboa e Rio de Janeiro. Em 1954 publica Lagar. Lecionou literatura espanhola na Universidade de Columbia. Morreu em Hempstead, no estado de Nova York.

Interessante !

FOLHA.com 13/01/2011 - 16h31
Astrônomo defende novo zodíaco; veja se o seu signo mudou
DE SÃO PAULO

As mudanças no alinhamento da Terra podem ter alterado as datas de muitos signos do zodíaco. É o que defende o astrônomo Parke Kunkle em entrevista à rede NBC. Segundo ele, pode até mesmo haver um novo signo: Ophiuchus.
Ophiuchus, também conhecido como Serpentário, é um signo que já existia em algumas versões do zodíaco. Também há uma constelação com o mesmo nome.
Kunkle diz que conforme a Terra e o Sol se movimentam, os signos mudam. Segundo ele, essa mudança não aconteceu do dia para a noite.
Os 12 signos que conhecemos hoje foram definidos há quase 3.000 anos, quando a astrologia começou, e desde então, sua posição em relação ao Sol mudou.
Veja as mudanças no zodíaco de acordo com Kunkle.
Capricórnio: 20/01 a 16/02
Aquário: 16/02 a 11/03
Peixes: 11/03 a 18/04
Áries: 18/04 a 13/05
Touro: 13/05 a 21/06
Gêmeos: 21/06 a 20/07
Câncer: 20/07 a 10/08
Leão: 10/08 a 16/09
Virgem: 16/09 a 30/10
Libra: 30/10 a 23/11
Escorpião: 23/11 a 29/11
Ophiuchus: 29/11 a 17/12
Sagitário: 17/12 a 20/01



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/860078-astronomo-defende-novo-zodiaco-veja-se-o-seu-signo-mudou.shtml

NOTÍCIAS DO NOSSO LIVRO !

Amigos e Amigas

O projeto do nosso livro está bem encaminhado. Temos ótimos textos, seja poesia, seja prosa.
Continuo fazendo uma leitura cuidadosa. Pois é isso que sou: uma leitora.
Breve estarei remetendo todos os textos para Socorro, que é a responsável pelo contato com diagramador e editor.

Sim, que sugestões vocês dão para o título do livro? Aguardamos (Socorro e eu).

Abraços para todo mundo da poesia e da prosa, da música e da letra, da água e do fogo, da terra e do ar. E claro, das estrelas.

Stela

* Recebemos a primeira sugestão (para o título) do nosso colaborador ASSIS LIMA :

"Chão e estrelas"
Ganhou meu voto ! 
 


Vitrine virtual - Fotos de Emerson Monteiro

Esta casa tem história. Vamos relatá-la?
Esta flor tem delicadeza ...Vamos defini-la ?
Esta imagem tem mistério...Vamos desvendá-lo ? 

pra recordar o vinil ...

Um filme, uma música ...

Empadão de Palmito




Massa
500g de farinha de trigo
1 colher (chá) de sal
250g  de margarina gelada
3 gemas
50ml de água gelada


Faça uma cova com a farinha misturada com o sal. Jogue a margarina , as gemas e a água no meio e apertar com as pontas dos dedos até começar a dar liga. Não trabalhe demais a massa, este é o segredo para uma massa leve. Divida a massa em duas, sendo uma delas algumas gramas a mais que a outra. Esta será o fundo do empadão. Envolva em filme plástico com folga e aperte com um prato até que fique com 1cm de espessura. Leve à geladeira para descansar por 30 a 40 minutos.
Abra a massa mais pesada entre dois filmes e forre o fundo da forma. Espalhe o recheio frio e cubra com a outra massa.
Pincele gema e leve ao forno pré-aquecido a 180ºC por 40 a 50 minutos ou até que a superfície esteja bem corada.


Recheio de palmito

2 colheres (sopa) de azeite
1 dente de alho picadinho
1/2 cebola picadinha
1 vidro de palmito de qualidade
1/2 xícara de azeitonas verdes ou pretas picadas
1 xícara de leite
2 tomates maduros sem pele e sementes picados
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
cheiro verde picado
sal e pimenta do reino moída na hora
molho de pimenta a gosto


Escorra o palmito, lave bem e coloque numa panela. Cubra com água e leve ao fogo. Deixe 5 minutos depois que abrir fervura. Escorra e pique. Este processo vai tirar a acidez do palmito.
Refogue o alho no azeite. Junte a cebola e espere murchar e ficar transparente. Coloque os tomates picados e o palmito e deixe refogando por alguns minutos. Junte as azeitonas, o leite e tempere com sal e pimenta. Deixe mais alguns minutos até todo o tomate se desfazer e formar um molho grosso. Vá polvilhando a farinha de trigo aos poucos até que fique cremoso. Não deixe muito duro. Desligue o fogo e junte o cheiro verde. Misture bem e espalhe num prato. Cubra com filme plástico bem rente e deixe esfriar completamente antes de empregar.

Sugestões:
Substituir o palmito por frango, atum, ou bacalhau.
Associar ao recheio , um vidro de requeijão ou uma lata de creme de leite sem o soro

Receitas de Família




Tenho pilotado mal o fogão. fases...
Hoje vou subir a serra. Catar galinha caipira por aí. Fazê-la misturada com arroz e pequi.
As festas de final de ano  deixaram seus resíduos: fastio !
Gostaria de abrir espaço para um bloco :" Receitas de família".
Peço a colaboração especial de Fátima Figueiredo, que herdou todos os segredos culinários da  sua sogra, Dona Olga ( exímia culinarista).
Confio muitíssimo na alquimia  dos cozinheiros .Meus filhos, com exceção do Victor,  cozinham melhor do que eu.
Vou aguardar sugestões. Poderíamos  postar todos os domingos uma receita  diferente para o almoço em família.

Quem se habilita ?

PRK-30 - Por Norma Hauer


Foi em 14 de janeiro de 1901 que nasceu, no bairro de Santa Efigênia, em São Paulo, LAURENTINO BORGES SÁES, que ficou conhecido como o grande humorista LAURO BORGES, criador do programa PRK-30, um dos mais importantes, no gênero, no rádio brasileiro

PRK-30 foi primeiramente lançado na Rádio Mayrink Veiga como PRV-8. Esses dois prefixos de rádio são fictícios.
A PRK-30 fazia, no rádio, o que o recente programa Casseta e Planeta fazia na televisão: paródias de programas famosos. Isso é exemplo do que dizia o saudoso "Chacrinha": nada se cria, tudo se copia.

Mas vamos a Lauro Borges; antes de dedicar-se ao humorismo, Lauro Borges foi jogador de futebol, que obteve alguns sucessos. Começou ainda em São Paulo, como estudante do Ginásio São Bento. Passou por alguns clubes pequenos, até ser contratado pelo então Palestra Itália, hoje Palmeiras; passou por outros clubes paulistas. Seguindo para a Bahia, foi tri-campeão pela Associação Atlética da Bahia nos anos de 1924, 25 e 26.

Mas a partir de 1926 veio residir no Rio de Janeiro, foi funcionário da Light, enquanto aguardava para jogar no Botafogo(1927). Mas foi no Flamengo, onde atuou entre 1928 e 1931, jogando ao lado do então futuro técnico do Flamengo , do Vasco e da Seleção Brasileira : Flávio Costa, que obteve seus maiores êxitos como jogador.

Mas seu futuro estaria no rádio. Desde menino gostava de fazer imitações de sons de animais e vozes humanas, daí, seu destino maior:a PRK-30.
Na PRK-30 fazia vários personagens, modificando a entonação da voz, quando compunha esses personagens.

Ao lado do antigo cantor Castro Barbosa (aquele que primeiro gravou "O Teu Cabelo Não Nega") a PRK-30, já então na Rádio Nacional, alcançou um dos maiores sucessos, no humorismo radiofônico, ao lado do "Balança, Mas Não Cai" e do "Trem da Alegria" .

Foram três marcos da época de ouro do rádio.

PRK-30 estreou na Rádio Mayrink Veiga no dia 19 de outubro de 1944, permanecendo naquela emissora por quase 2 anos. Saiu do ar no dia 1° de setembro de 1946

PRK-30, NA RÁDIO NACIONAL.
Foi no dia 27 de setembro de 1946 que LAURO BORGES estreou seu programa na Rádio Nacional. O primeiro programa lotou o auditório de então PRE-8 e foi prestigiado por alguns artistas da Rádio Mayrink Veiga.
Pelas ondas curtas da Nacional atingiu todo o Brasil . Nessa época a Rádio Nacional já era a maior emissora do país. Por aí pode-se imaginar o que foi a PRK-30 naquela emissora.

Em 1950, Lauro Borges passou a transmitir o PRK-30, com o nome de PRK-15, na Rádio Record de São Paulo, fazendo o itinerário constante entre o Rio e São Paulo para apresentar seus programas.
Na Rádio Nacional de São Paulo, também com o auditório lotado, estreou no dia 17 de março de 1955.
Já nessa época a TV, inaugurada em 1950 foi tomando conta do público e os programas radiofônicos montados foram chegando ao fim.

Lauro Borges faleceu em 11 de junho de 1967, por causas nunca esclarecidas.
Inquérito sobre o assunto foi arquivado em 12 de outubro de 1972, sem solução.

Norma

Em sussurro... - por Socorro moreira



Sou das madrugadas
Sono chega, sono vai
sono volta com os cheiros da noite
e povoa a minha solidão
nas cruzadas dos pensamentos

Contenho-me e não entro
nos vãos dos teus sonhos
Dou-te a liberdade de viver encantamentos
ser feliz, sem a minha presença
Mas, e se essa intenção ,por descuido,
tocar a campainha do teu coração?
Aí, me vejo na tela das tuas imagens
Correndo  em minha direção
Um sorriso confiante...
Aquele que nem pergunta,
mas ganha  resposta sussurrada:
Eu cuido do nosso coração !