por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 16 de abril de 2012

Fotos de Nívia Uchôa

queridos!
Entre Verônica e Zélia Moreira

Foto de Nilo Sérgio


Jorge Veiga- Por Norma Hauer



Foi no bairro do Engenho de Dentro, aqui no Rio de Janeiro, que ele nasceu no dia 14 de abril de 1910. Recebeu o nome de Jorge de Oliveira Veiga, mas ficou conhecido JORGE VEIGA e venceu como cantor e compositor , ficando com um nome famoso durante vários anos , sendo hoje uma grande saudade, que marcou nossa música popular.

Como todo menino pobre, exerceu profissões modestas e, na de pintor de paredes, enquanto pintava, cantava o repertório de Sílvio Caldas..Assim, o dono de uma loja onde ele estava trabalhando, ouviu-o e o levou para se apresentar na Rádio Educadora do Brasil.

Daí para fazer sua primeira gravação não foi difícil; gravou seu primeiro disco com Antenógenes Silva e. da autoria deste. o samba “Adeus João”, que não fez sucesso, mas abriu-lhe as portas para ingressar definitivamente na vida artística.

Em 1942 ingressou na Rádio Guanabara, onde conheceu Paulo Gracindo, que lhe deu apoio , ajudando-o a cantar frente a um microfone. Foi Paulo que lhe deu o título de “Caricaturista do Samba”.

Em 1944 conheceu seu primeiro grande sucesso: o samba “Iracema”, de Raul Marques.

“Oh Iracema, logo vamos ao cinema,.

Por sua causa, hoje não fui trabalhar

Não me dê o bolo.

Oh Iracema, você é o meu consolo...

Estamos combinados,

Nós nos vamos encontrar

Naquele ponto de bonde

Na Praça Mauá

Não quero perder a primeira sessão.

Vamos ver aquele filme

“Sempre no meu coração”

Aqui, mais uma vez, o bonde “entrou” em nossa música popular e um grande filme estava fazendo sucesso:”Sempre no meu Coração”.


Com as portas abertas, vieram outras gravações para receber outros sucessos, como “”Rosalina”; “Fui um Louco”; ou “Cabo Laurindo”,

Cabo Laurindo ficou um personagem fictício, como o herói da 2ª Guerra, logo que esta terminou.

No carnaval de 1947 ele gravou um samba de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira de nome “Eu Quero é Rosetá”. Não é que a censura cismou com esse samba, proibiu-o, mas depois o libertou ?

Afinal o que queriam dizer com a palavra “rosetá”? Até hoje é um enigma, mas o samba afinal foi libertado e obteve grande sucesso.

Em 1951, Jorge Veiga realizou o sonho de todos os artistas de sua época: foi contratado pela Rádio Nacional e, ao microfone dessa rádio lançou um recado para os aviadores:

“Alô, alô, senhores aviadores que cruzam os céus do Brasil:”aqui fala Jorge Veiga da Rádio Nacional . Estações do interior, queiram dar seus prefixos para guia de nossas aeronaves”..

Será que isso ajudava ou atrapalhava?

Em 1953 gravou sua primeira composição, o samba “Boêmia”.

Torcedor do Flamengo, gravou o samba “Flamengo” e o “Hino da Torcida do Flamengo”.

Em 1959 gravou um samba de breque que. anos antes, fora sucesso com Moreira da Silva: “Acertei no Milhar”, de Wilson Batista e Geraldo Pereira. O samba voltou a ser sucesso.


Em 1964 gravou, de Miguel Gustavo, uma crítica aos então cronistas sociais: “Café Soçaite”, onde cita o nome de Ibraim Sued, então em grande evidência.

CAFÉ SOÇAITE

Doutor de anedota e de chapanhota

Estou acontecendo no Café Soçaite

Só digo enchanté, muito merci, all right

Troquei a luz do dia pela luz da Ligh.

t

Agora estou somente contra a dama de preto

Nos dez mais elegantes, eu estou também

Adoro "aniverside", só pesco em Cabo Frio

Decididamente eu sou gente bem.

Enquanto a plebe rude na cidade dorme

Eu ando com Jacinto, que é também de Thormes

Terezas e Dolores, falam bem de mim

Eu sou até citado na coluna do Ibrahim.

E quando alguém pergunta "como é que pode?"

Papai de Black-tie, jantando com Didu

Eu peço outro Whisky

Embora esteja pronto

Como é que pode?

Depois eu conto...

. Nesse mesmo ano, obteve outro êxito:”Bogorrilho”, de Paquito e Romeu Gentil.

Em 1979 foi lançado um LP de nome “O Eterno Jorge Veiga”, com os maiores sucessos de sua carreia, que nesse mesmo ano terminaria com seu falecimento no dia 29 de junho, aos 69 anos.


Norma

GILBERTO ALVES- por Norma Hauer




DE LANTERNA NA MÃO



Foi no dia 15 de abril de 1915 que ele nasceu aqui no Rio de Janeiro, recebendo o nome de Gilberto Alves Martins, mas ficou conhecido apenas como GILBERTO ALVES.

Foi cantor e radialista, sendo seu último trabalho realizado na Rádio Globo onde, primeiro com programa de reminiscências, depois com carnaval “enfeitava” as noites cariocas.

Cedo saiu de casa à procura de emprego, tendo exercido algumas profissões modestas, até que o destino o colocou frente a Jacó do Bandolim.
Depois se relacionou com Silvio Caldas, sendo que Almirante foi quem o incentivou a cantar, a gravar e a atuar no rádio.
Começou na Rádio Clube do Brasil, cantando, ainda, em outras emissoras cariocas, ficando por mais tempo na Tupi.
Nunca foi contratado pela Rádio Nacional.

Sua primeira gravação foi de um samba de Ataúlfo Alves, de nome "Mulher,Toma Juízo", que não fez muito sucesso, mas abriu-lhe as portas para a vida artística.

Somente quando gravou de Roberto Martins e Mário Rossi a valsa “Trá-lá-lá...conheceu seu primeiro sucesso.

Depois gravou com vários outros compositores, tendo conhecido sucessos com "Natureza Bela" (de Felisberto Martins) que se transformou em enredo de uma Escola de Samba, na época em que as escolas desfilavam apenas na Praça 11.
Depois vieram, "Pombo Correio" ;"Adeus"; "Duas Sombras"; "Rosa Maria", "De Lanterna na Mão"; "Um Sonho Para Dois"; “Sinfonia dos Tamancos”; “Santa Terezinha”....
No carnaval obteve grande sucesso com “Cecília”.

Em seus últimos anos de vida, retirou-se para a cidade de Jacareí, em São Paulo e anualmente vinha ao Rio, no período pré carnavalesco para apresentar músicas dos carnavais antigos na Rádio Globo.

Seu último trabalho realizado na Rádio Globo onde, primeiro com programa de reminiscências, depois com carnaval “enfeitava” as noites cariocas.

Da última vez que aqui esteve, pediu-me que escrevesse sua biografia, como fizera com a de Carlos Galhardo.
Disse-lhe para mandar-me material para pesquisa, que o faria com prazer.

Não deu tempo; naquele mesmo ano (1992), no dia 4 de abril, faleceu lá mesmo em Jacareí, em seu “inferno zodiacal” .

Norma

Hermógenes Teixeira de Holanda- nosso  eterno professor!

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Fotos by Nívia Uchôa


Amanhã abriremos uma página especial... Existem muitas fotos para postagem. Aguardem!



 
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