por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 16 de abril de 2012

GILBERTO ALVES- por Norma Hauer




DE LANTERNA NA MÃO



Foi no dia 15 de abril de 1915 que ele nasceu aqui no Rio de Janeiro, recebendo o nome de Gilberto Alves Martins, mas ficou conhecido apenas como GILBERTO ALVES.

Foi cantor e radialista, sendo seu último trabalho realizado na Rádio Globo onde, primeiro com programa de reminiscências, depois com carnaval “enfeitava” as noites cariocas.

Cedo saiu de casa à procura de emprego, tendo exercido algumas profissões modestas, até que o destino o colocou frente a Jacó do Bandolim.
Depois se relacionou com Silvio Caldas, sendo que Almirante foi quem o incentivou a cantar, a gravar e a atuar no rádio.
Começou na Rádio Clube do Brasil, cantando, ainda, em outras emissoras cariocas, ficando por mais tempo na Tupi.
Nunca foi contratado pela Rádio Nacional.

Sua primeira gravação foi de um samba de Ataúlfo Alves, de nome "Mulher,Toma Juízo", que não fez muito sucesso, mas abriu-lhe as portas para a vida artística.

Somente quando gravou de Roberto Martins e Mário Rossi a valsa “Trá-lá-lá...conheceu seu primeiro sucesso.

Depois gravou com vários outros compositores, tendo conhecido sucessos com "Natureza Bela" (de Felisberto Martins) que se transformou em enredo de uma Escola de Samba, na época em que as escolas desfilavam apenas na Praça 11.
Depois vieram, "Pombo Correio" ;"Adeus"; "Duas Sombras"; "Rosa Maria", "De Lanterna na Mão"; "Um Sonho Para Dois"; “Sinfonia dos Tamancos”; “Santa Terezinha”....
No carnaval obteve grande sucesso com “Cecília”.

Em seus últimos anos de vida, retirou-se para a cidade de Jacareí, em São Paulo e anualmente vinha ao Rio, no período pré carnavalesco para apresentar músicas dos carnavais antigos na Rádio Globo.

Seu último trabalho realizado na Rádio Globo onde, primeiro com programa de reminiscências, depois com carnaval “enfeitava” as noites cariocas.

Da última vez que aqui esteve, pediu-me que escrevesse sua biografia, como fizera com a de Carlos Galhardo.
Disse-lhe para mandar-me material para pesquisa, que o faria com prazer.

Não deu tempo; naquele mesmo ano (1992), no dia 4 de abril, faleceu lá mesmo em Jacareí, em seu “inferno zodiacal” .

Norma

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