por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

JOSÉ DO VALE PINHEIRO FEITOSA

José do Vale Pinheiro Feitosa, mais que primo e amigo, é um irmão. Nem vou falar sobre a amizade, pois disto ele mesmo se encarregou neste Azul Sonhado de 25.10.11 (http://catadoradeversos.blogspot.com/2011/10/joaquim-pinheiro-bezerra-de-menezes.html).  Prefiro registrar alguns fatos da convivência guardados na memória. Zé do Vale aposentou-se recentemente após 40 anos de bons serviços prestados ao povo brasileiro.  
A última vez em que o encontrei, quando ainda na ativa, era chefe do Departamento da Saúde Complementar e esteve em Recife para acompanhar a intervenção em três planos de saúde que estavam agindo fora das normas. Por falar em normas, participou ativamente da formulação das regras que disciplinaram a atuação dos planos de saúde privados.
Em ocasião anterior, o visitei quando era o coordenador nacional da política para prevenção e tratamento de doenças tipo tuberculose e hanseníase, época em que os índices destas doenças caíram drasticamente, a ponto do Brasil merecer citação na OMS.
De outra feita, estive com ele quando era o encarregado do combate à cólera.  A doença que dizimava populações do Peru e Bolívia, contaminou o Brasil a partir da região Norte, atingiu o Nordeste, chegando a registrar casos no sul do país.  A pronta ação do Ministério da Saúde debelou a epidemia com velocidade superior a da chegada. As iniciativas do médico sanitarista cratense receberam elogios do próprio Ministro da Saúde.
Entre os cargos que exerceu, está o de secretário adjunto da Saúde do Rio de Janeiro.
Sou testemunha de um fato incomum, destes que só acontecem com pessoas reconhecidas. Em 1981, dia de sábado a tarde, fomos passear no bondinho de Sta. Tereza, no RJ.  Numa das paradas, um trombadão arrancou violentamente a bolsa de Tereza, esposa de Zé do Vale e correu entrando numa das ruas estreitas do bairro. Na ocasião, Tereza conversava tranquilamente com minha esposa, Raquel, cada uma com os respectivos filhos no colo.  Os gritos assustados das duas fizeram o condutor parar o bonde.  Aproximou-se um Senhor de cabelos grisalhos, se dirigiu a Zé do Vale e perguntou o que tinha acontecido. Informado, pediu ao responsável pelo bonde que aguardasse um pouco. Menos de meia hora depois, um grupo de seis pessoas retornou e uma delas devolveu a bolsa com todos os objetos.  Do grupo, fazia parte o Presidente da Associação dos Moradores da favela do Escondidinho.  Pediu  mil desculpas pelo incidente. Zé do Vale trabalhava Sábado e domingo pela manhã como voluntário no posto de saúde da comunidade.    O respeito a ele na localidade era tão grande que nas duas ocasiões em que o então candidato a Governador do Estado, Leonel Brizola, circulou por lá, fez questão de levá-lo junto na caminhada.  
Quem age assim jamais pode ser taxado de incompetente e muito menos de covarde. De fato, Zé do Vale é filho do Professor José do Vale Feitosa, mas não precisou do pai como escudo ou escada. Subiu na vida por mérito próprio, por sua competência.
Fossem a autoridades do Crato mais comprometidas, seguiria o exemplo da Fundação Araripe e convidava Zé do Vale para emprestar sua experiência e conhecimento em prol da população carente do Crato. Pelo amor que ele tem pela sua cidade natal, pagaria para vir.

Euclides do Crato : o Geômetra Político de Chico Mendes


“Não há nada como o sonho para criar o futuro.
Utopia hoje, carne e osso amanhã.”
Victor Hugo
Chico Mendes virou lenda. Nascido em 1944 em Xapuri, no Acre, seu nome sedimentou-se, historicamente, na luta pela preservação da Floresta Amazônica. Sindicalista, Seringueiro, Ativista Ambiental, Chico ficou eternamente lembrado, em todo mundo, por sua intransigente luta contra a vil e escravagista exploração do trabalho rural , na Região Norte do Brasil. Ainda criança viu-se imerso no expropriador Ciclo da Borracha, onde levas de pobres seringueiros viam-se lanhados pelo poder do capital ,da mesma forma com que as seringueiras eram talhadas para a extração do leite.
Iniciou a vida de líder sindical , tardiamente, aos 30 anos, como Secretário Geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. Já a partir de 1976, participou dos famosos “empates” que eram pacíficas manifestações dos trabalhadores impedindo os desmatamentos , quando colocavam os próprios corpos para proteger as árvores. Além de ações em defesa dos nativos na posse de glebas de terra numa região historicamente infestada de latifúndios. Participou , depois, da fundação do Sindicato dos Trabalhadores rurais de Xapuri e elegeu-se vereador pelo MDB , ali já começaram as ameaças de morte contra ele. Não bastasse isso, em plena ditadura militar, vê-se acusado de subversão e é preso e torturado. Foi um dos fundadores do PT e um dos dirigentes do partido no Acre. Por influência dos fazendeiros, é incluído na Lei de Segurança Nacional, sob falsa imputação de assassinato de um capataz de fazenda, sendo absolvido no decorrer do processo.
Em 1981 assume a Presidência do Sindicato de Xapuri, cargo que ocuparia até o fim dos seus dias. Em 1985, Chico liderou o I Encontro Nacional dos Seringueiros, quando foi criado o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS) que ganhou fama internacional com a proposta da “União dos Povos da Floresta” que unificava propostas de seringueiros, castanheiros, pescadores, indígenas, quebradores de coco babaçu e ribeirinhos, com a criação de Reservas Extrativistas.
Em 1987 leva denúncias sobre a devastação da Floresta a fóruns internacionais, conseguindo bloquear o financiamento do BID a projetos de destruição ambientalista. Recebe inúmeros prêmios internacionais por sua luta em defesa do Meio Ambiente, entre eles o Global 500 da ONU. Após a desapropriação de terras e a criação das primeiras Reservas Extrativistas, aumentam as ameaças à sua vida. Era uma Morte Anunciada. Em 1988, aos 44 anos, tomba sob os tiros de escopeta dos fazendeiros Darly e Darcy Alves da Silva. Após o assassinato, mais de trinta entidades se reuniram para formar o Comitê Chico Mendes. Mataram o homem, não arrefeceram sua luta, até 2006 , mais de 43 Reservas Extrativistas já tinham sido criadas, abrangendo mais de 8,6 Milhões de Hectares e abrigando mais de 40.000 famílias. Com Chico Mendes, o Brasil inteiro despertou para um olhar ambientalista, como até então nunca tinha acontecido.
Quase todos têm uma clara dimensão do legado de Chico Mendes. Ficava sempre no ar, no entanto, uma incógnita. Como se formou politicamente o Líder Sindical? Nascido numa região, à época esquecida do mundo, sem escolas, a única escapatória do pobre era o extrativismo do látex. A indústria de extração era centralizada numa elite feudal que explorava os trabalhadores até a última gota. A ausência de educação formal para os seringueiros era por si só uma técnica que tinha o fito claro de impedir o crescimento político dos seringueiros. Aquilo não interessava ao patrão, primeiro porque afastava as crianças do trabalho, diminuindo a produção e , por outro lado, abria um perigoso campo para o conhecimento do mundo e futuras e inevitáveis reivindicações. Não sabendo ler nem contar, abria-se a perspectiva da expropriação, da dissimulação. O seringueiro estava sempre devendo, dizia o próprio Chico na sua biografia. O Acre, o Brasil, o Ambientalismo brasileiro mudaram devido a um desses acasos imprevisíveis, desses toques da sorte que, imediatamente, os mais crédulos debitam a forças superiores.
Segundo Chico, em 1962, aos 18 anos, ele enfurnado no seringal, era completamente analfabeto. Pois um dia , chegou no seu barraco um seringueiro diferente, com um outro linguajar e que terminou impressionando toda a família. Aos poucos ganhou a confiança dos companheiros e interessou-se por Chico, oferecendo-se para ensiná-lo a ler. O pai concordou e aí, todo sábado, nosso futuro líder sindical caminhava três horas , mato a dentro, até o barraco do mestre, onde , não tendo cartilhas, usava jornais velhos para alfabetizar o nosso Chico. Aos poucos, o aluno foi aprendendo as primeiras letras. Muitas vezes as aulas varavam noites e , aos poucos, o professor foi introduzindo e discutindo notícias políticas dos jornais.
Só depois de um ano, segundo o próprio Chico, o mestre se identificou. Chamava-se Euclides Fernandes Távora. Era Tenente do Exército e havia participado, junto com Luiz Carlos Prestes , da Intentona Comunista de 1935, ele e inúmeros outros colegas de farda. Depois da débâcle, fora preso com vários outros em Fernando de Noronha. Ele, no entanto, tinha vários parentes importantes do outro lado. Era sobrinho de Juarez Távora e sob a influência do tio, conseguiu fugir da Ilha, vindo para Belém. Ali participou de um outro Movimento que tinha a influência do Major Barata, terminando por ser novamente preso.
Fugira novamente , agora para a Bolívia. Ali, já na década de 50, Euclides participou de movimentos de Resistência de operários bolivianos e mineiros. Houve grande repressão por lá também e, no pega prá capar, ele novamente escapuliu , embrenhando-se na selva boliviana , terminando por atravessar os seringais e vir bater ali no Acre, estabelecendo-se na Fronteira do Brasil. Ali mesmo, imerso na floresta, travestido de seringueiro, foi que Euclides Távora conheceu Chico Mendes e fez com que mudassem os rumos do Sindicalismo e Ambientalismo brasileiros.
É ainda o próprio Chico Mendes quem disseca cuidadosamente como o professor , aos poucos, o foi conduzindo pelos ínvios caminhos da política brasileira. Lia as colunas políticas dos jornais e discutia com o aluno , cuidadosamente, o que estava por trás das letras frias. Após o Golpe Militar de 1964 , então, os ensinamentos políticos se intensificaram. Euclides conseguiu um Rádio e junto com Chico ouvia os programas em português da “Voz da América” , A “BBC de Londres” e a “Central de Moscou”. As discussões furavam as madrugadas : por que essas rádios tinham versões tão diferentes sobre o mesmíssimo Golpe Militar ?
As lições estenderam-se até 1965, quando Euclides reforçou a importância do Movimento Sindical na resistência à ditadura estabelecida e reafirmou o otimismo quanto ao aparecimento de novos sindicatos e novas lideranças. Segundo Euclides, era preciso entrar nas organizações sociais todas eivadas de pelegos, pois só havia condições de mudar o status quo através de um trabalho interno, que remexesse as entranhas do monstro. O final da história é do conhecimento de todos.
O mais interessante, amigos, é que Euclides Fernandes Távora, segundo o próprio Chico Mendes revela na sua biografia, era cratense. Seu pai , Joaquim Távora, aqui morou por muitos anos e, segundo informações de Chico, todos os filhos teriam nascido aqui. Joaquim Távora procedia de Jaguaribe, onde teria nascido na Fazenda Embargo. Era Joaquim filho de um outro Joaquim : Antonio do Nascimento e Clara Fernandes da Silva Távora. Este casal, além do pai de Euclides , foi pródigo em filhos importantes ao Brasil : Juarez Távora, um dos líderes do Tenentismo de 1922 e candidato à Presidência da República em oposição a Juscelino Kubistchek ; Manoel Fernandes Távora , médico e depois Senador, que estudou no Seminário São José, em Crato e aqui clinicou por todo ano de 1903. Manoel inclusive trabalhou no Amazonas e Acre, razão possível da escolha da Região Norte por Euclides, após a Intentona Comunista. Sem falar em outros Távoras igualmente ilustres: Dom Carloto Távora, Bispo de Caratinga em Minas Gerais; Monsenhor Antonio Távora; o Desembargador Elisário Távora e o advogado Belisário Távora, estes últimos tios, pelo lado materno, do pai do nosso Euclides.
Depois de 1965, não conseguimos qualquer informação sobre o paradeiro do nosso Euclides Távora, o cratense mestre do grande Chico Mendes. O certo é que como um Nostradamus ele , visionariamente, parecia antever o futuro. Previra que os anos de chumbo durariam de 10 a 20 anos, que o movimento sindical se organizaria e que se a Ditadura Militar pensava que humilhando, torturando e cortando o movimento libertário, o exterminaria, estava redondamente enganada. Podava apenas os galhos, as raízes germinariam como por encanto e o povo organizado aspergiria as novas sementes ao vento e, em breve, o Brasil seria um grande “empate” contra a opressão e a injustiça social. Euclides sabia que o sonho e a utopia são apenas um dos estágios da realidade : como a pupa e a borboleta.

J. Flávio Vieira

Foto by Nívia Uchôa



Assunto: Enc: II ENCONTRO DOS FILHOS E AMIGOS DO CARIRI

Assunto: II ENCONTRO DOS FILHOS E AMIGOS DO CARIRI

CONVITE
A União das Associações dos Filhos e Amigos do Cariri convida Vossa Senhoria e Excelentíssima família para o II ENCONTRO DOS FILHOS E AMIGOS DO CARIRI (BAILE DE CONFRATERNIZAÇÃO)
Data: 05.11.2011
Local: Náutico Atlético Cearense
Hora: 22:00h
Banda: Brasas Seis
Convite: R$ 15,00 (haverá venda de ingresso na portaria)



Associação dos Filhos e Amigos do Crato

A Diretoria

ABOBRINHAS AO LÉO - por Ulisses Germano

1
Sozinho não somos nada
Uma folha a vagar no vento
A vida compartilhada
Nos livra do sofrimento

2
Mas em tudo há medida
E o regente é o pensar
A hora mais descabida
Só resulta em maltratar

"MONSTROS SAGRADOS" - José Nilton Mariano Saraiva

Como não poderia deixar de ser, por esse mundo afora são muitas e diferentes
as "falas" e o "modo de expressar-se" dos povos (na realidade, a cultura de cada um). Você já imaginou, por exemplo, como seria estranho e esquisito se de repente os brasileiros tivéssemos que escrever "de trás pra frente" (ou da direita pra esquerda), como é feito lá pras bandas do explosivo Oriente Médio ??? Ou se usássemos aqueles “garranchos” (na verdade, símbolos e não letras) usados lá no Japão e na China ???
Por essa e outras é que a nossa língua portuguesa é realmente algo fantástica, inigualável, rica, fabulosa. Um exemplo ??? Tomado de forma isolada (ou ao “pé-da-letra”), o substantivo “monstro” remete-nos, de pronto, a uma figura desprezível, horripilante, ruim, cruel, desprezível e, enfim, a alguma coisa contrária à própria natureza, algo como que uma autentica criação do “capeta” e seus discípulos.
De outra parte, se atentarmos para a palavra “sagrado”, até sem muito esforço intelectual seremos imediatamente induzidos a crer em algo que inspira respeito, divindade, estima, sublimação, digna de veneração, como se fora originária dos deuses.
O que poderia resultar, então, do inusual “ajuntamento”, um até pouco tempo atrás improvável “acasalamento”, uma espécie de associação, junção, sociedade (ou seja lá como se possa denominar), entre o substantivo tido como demoníaco e o adjetivo considerado quase que celestial, entre o profano e o sagrado, entre as supostas “representações” do capeta e do Divino ???
O que significaria, em sua acepção plena, a expressão “monstro sagrado” ???
“Na lata” e sem medo de incorrermos em alguma heresia ou qualquer disparate: ao adjetivarmos a palavra “monstro” com a qualificação “sagrado” (não tão comum nos dias atuais), estamos, na realidade, subvertendo o real e tétrico significado da palavra “monstro”, passando então tal expressão a assumir mesmo que transitoriamente a acepção de venerável, inalcançável, intocável ou inatingível.
Isto posto, vamos ao que interessa: dentre a infinidade de blogs que compõem a comunidade virtual dos dias presentes, a cidade do Crato tem o privilégio de sediar os blogs “No Azul Sonhado”, “Cariricult” e “Cariricaturas”, sem favor nenhum repositórios de cabeças pensantes às mais ilustres, felizes detentores de uma miscelânea de cucas privilegiadíssimas, enfim, ambiente, abrigo e certeza de um manancial intelectual de qualidade comprovada, trincheira de dá inveja a gregos e troianos (torna-se necessário, no entanto, que os seus responsáveis tomem os devidos cuidados a fim de evitar qualquer espécie de "contaminaçao" indesejada, que acabe por desfalcar o time).
E, dentre tantas e tão destacadas figuras, no meio de tantas “cobras-criadas”, de tantas sumidades, permitimo-nos, sem receio de ferir suscetibilidades, nomear duas figuras que, em seus respectivos estilos, se destacam pela maneira séria, competente, leve, envolvente e gostosa de expor publicamente; de um lado, temos suas narrações de “causos”, “reminiscências”, “mungangas” e “presepadas”; e, quando necessário, a manifestação didática e de maneira incisiva e contundente das suas posições políticas, suas visões do mundo, suas ricas experiências de vida.
Referimo-nos aos honrados, íntegros e respeitáveis senhores José Flávio Vieira e José do Vale Pinheiro Feitosa, cratenses que ultrapassaram fronteiras e dignificam e orgulham todos nós, filhos da terra de Bárbara de Alencar.
São os nossos “MONSTROS SAGRADOS”.

GEORGE MACÁRIO - QUEM PRATICA POLITICALHA?


Senhor Presidente,
                                Eu vou pedir a gravação desta fita porque eu preciso apurar as palavras que foram ditas aqui em relação a D. Almina, que está,  está, demente e, ... na  época..., eu preciso apurar isto porque considero uma agressão, inclusive, inclusive, eu já fui agredida aqui com este tipo de fala, com estas  condições e eu gostaria que isto não acontecesse mais. Então eu quero a cópia da fita para analisar direitinho e farei toda uma apuração porque mesmo que ela esteja demente, aqui não é lugar de se estar denunciando a condição  de vida da pessoa idosa. Fica aqui o meu registro. Eu quero a cópia da fita.

           De forma extremamente desagradável, o líder do governo na Câmara Municipal mencionou o nome da minha mãe, Almina Arraes, em sessão no último dia 18.10.2011 no plenário daquela casa. O tratamento dispensado a minha mãe pode ser visto nos sites ) http://catadoradeversos.blogspot.com/2011/11/george-macario-camara-municipal.html
e http://catadoradeversos.blogspot.com/2011/11/o-video-de-george-macario-atacando.html), postados por mim e por José do Vale Filho. O vereador George Macário, além de deselegante, atribui a minha mãe característica que ela não possui mas que ele próprio praticou naquele momento: “criar fatos que não existem”, pois afirmou com fingida convicção que ela estava na “iminência de ser interditada pela família”, o que está muito distante da realidade.
          Com a repercussão negativa, o vereador, numa postura cínica, tentou jogar a culpa para terceiros, inclusive responsabilizando a Vereadora Mara como provocadora do incidente. O vídeo da sessão mostra claramente que a representante do PT limitou-se a pedir cópia da sessão para conferir o que foi dito momentos antes. Textualmente, justifica a solicitação com os termos “...vou pedir a gravação desta fita porque eu preciso apurar as palavra que foram ditas em relação a D. Almina, que está demente, eu preciso apurar isto porque considero uma agressão”.  O pronunciamento de Mara do PT pode ser visto no vídeo acima.
            Ante à solicitação, o Sr. Líder prefeito parece ter perdido o controle, como pode ser constatado na desesperada réplica, também postada neste azul sonhado (http://catadoradeversos.blogspot.com/2011/11/george-macario-2-sobre-almina-arraes.html).
                Talvez tenha faltado bom senso ou experiência ao suplente em exercício do mandato George Macário. Em vez da reação estaparfúrdia, se tivesse reconhecido o “engano” quanto a senilidade de minha mãe e pedido desculpas, o lamentável episódio teria sido minimizado.  A agressão foi imensurável, nos magoou muito, mas o crédito do Dr. Humberto Macário e de Noemita junto a gente é muito maior.

José do Vale Pinheiro Feitosa !





Ele nos encontrou através do blog Cariricult, em 2007.
Foi um dos fundadores do Cariricaturas, constava como administrador( embora nunca tenha feito uso desse privilégio). Contribuiu, diferencialmente e especialmente, com tal blog por mais de dois anos. Sem ele, o blog não teria existido.
Domina assuntos; tem propriedade; sempre pacificador, encara conflitos e desafios com diplomacia e maturidade.
Amigo dos amigos, da família, e principalmente, amigo do Crato.
A cada texto seu eu aprendo, sobretudo!
No dia em que o Zé do Vale se afastar dos blogs do Cariri, perderemos uma das maiores das nossas forças, um dos maiores dos nossos valores- nossa grande expressão!
Mas,o “ Azul Sonhado” e o Cariricult lhe pertencem. Que reine entre nós enquanto existirmos!

Grande abraço,carinhoso e amigo, em nome de todos,  para Zé do Vale!
uma coisa é ser beatnik
bem outra
é comprar roupa
demodeé
numa
boutique

Por João Nicodemos






JURÁSSICO


Pessoas sinceras
honestas consigo mesmas
quando trocam idéias
são como dinossauros
que
a brigar
com imensos movimentos
destroem metade da floresta
a sua volta

Guel Arraes- no dia mundial do Cinema




Nasc: 12/12/1953
Nome de Nascimento: Miguel Arraes de Alencar Filho
Cidade: Recife, Pernambuco
País: Brasil

Guel Arraes é diretor de núcleo da Rede Globo e um de seus funcionários mais influentes.

O Olhar do Sol - por José do Vale Pinheiro Feitosa


Por voltas das 6:30 horas com a janela aberta para o Corcovado percebo que o meu olhar é o olhar do sol. Como dizem os cantadores cegos com suas rabecas acompanhando o canto: a luz dos meus olhos. A floresta, em sua encosta virada para a Lagoa Rodrigo de Freitas, se destaca em trama, predominantemente vertical, dos troncos de suas árvores. Iluminam com tal intensidade que se sobressaem sobre todo aquele mar de folhagem.

Quando no zênite deste horário de verão, por volta das 13:30 horas, o meu olhar mudou. As copas das árvores tomaram a encosta do morro numa variação de verdes com uma suavidade de relevo. Quase todas as árvores estão do mesmo tamanho e o machado lanhante não abriu clareiras que rebaixam a vegetação ao tamanho da relva.

Por volta das 17:OO já tenho outro olhar. Como uma terceira visão, que não é a última, pois afinal virão os olhares matizados de reflexos urbanos na fase de lua nova e os da lua cheia igualmente concorrente das luzes da cidade. Neste terceiro olhar todos os troncos estão à sombra da minha percepção. As copas para o meu lado escureceram o verde, cada uma delas teima em ser o limite da minha visão, mas não consegue, pois a encosta se prolonga a oeste esticando o olhar.

E tomando por base os nossos olhares, o meu e o do sol, ao extrair sentenças da verdade terei falado do momento que o sol me deu. Seja a encosta de troncos de árvores, copas iluminadas, verde limitante ou o plano azul escuro inclinado a sul.

Como assistindo ao noticiário das sete horas na televisão e um milionário que mudou a constituição da cidade conquistou o terceiro mandato para prefeito de Nova York. Como esta notícia é banal e se passa despercebida, afinal são as excentricidades milionárias.

Mas causam furor se certas hipóteses de terceiro mandato vierem à tona e outras já realizadas neste olhar que o sol das ideologias oferece aos seus quadros. Como se o tom da matéria jornalista já fosse a própria iluminação solar. Um abrandamento quando as intenções ocorrem em “campo amigo”.

Afinal existem poderes acumulados e controle de fundos de dinheiro para que a sociedade aceite o mesmo mandatário por seis ou nove anos. Como existe um espírito conservador de que o Estado se faz por si mesmo independente do quadro político sobre ele. Neste caso naquelas sociedades em que a oposição se lixou no próprio embate.