por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 12 de abril de 2023

 "DECEPÇÃO OCEÂNICA" - José Nílton Mariano Saraiva


Após se mandar do Brasil antes do término do seu mandato, claramente objetivando fugir de uma prisão iminente por conta das inúmeras transgressões às leis brasileiras, perpetradas quando esteve aboletado na cadeira presidencial, o psicopata que exerceu a Presidência da República do Brasil nos últimos quatro anos foi procurar abrigo no colo de Donald Trump, ex-presidente americano, um seu igual.

Lá, sem ter o que fazer e enfiando bufa no cordão, passou a cuidar dos preparativos finais para um pretenso golpe de Estado visando voltar ao poder (já que houvera sido derrotado em eleições livres), golpe este que seria materializado quando seus comparsas de governo (os milicos apátridas,  traidores e mercenários que lhe deram sustentação quando no exercício da função) dessem o “sinal verde”.

Tanto que houvera dito a acompanhantes, dias antes, que “o melhor está por vir”, ou seja, a bandalheira e selvageria ocorrida em 08.01.23, quando seus adeptos quebraram as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, foi, sim, coisa pensada e arquitetada por ele e seus reacionários e improdutivos generais de pijama.

É que, hostis à democracia, antidemocráticos por natureza, contrários às ideias voltadas para a transformação da sociedade, defensores de princípios ultraconservadores ou mesmo contrários à evolução social e política, referidos milicos haviam elaborado um plano de poder por pelos menos 20 anos.

Tanto, que milhares deles já integravam a folha de pagamento do governo, com salários exorbitantes e sem ter o que fazer, cujo exemplo maior é o arquejante e semimorto general Villas Boas Correia (aquele que, segundo o psicopata, fora um dos principais responsáveis por sua vitória) e que ainda se deu ao luxo de arranjar uma “boquinha” numa instituição governamental para uma filha idosa e desempregada).

Fato é que, em Brasília, incontestavelmente os milicos permitiram que uma turba de malfeitores e desordeiros, potencialmente violentos, pagos e alimentados por meses, acampassem em espaço do próprio Exército, onde foram orientados, insuflados e protegidos de como agir na hora do quebra-quebra, que assustou não só os brasileiros, mas todo o mundo civilizado (uma autêntica barbárie).

E então, após o animalesco modus operandi dos marginais sob seu comando, durante o 08.01.23, e ante a recorrente desaprovação dos povos nos mais longínquos rincões do planeta Terra, lá do seu exílio, nos Estados Unidos, o psicopata reconheceu que realmente houvera cometido uma série de graves “arbitrariedades” durante o seu (des)governo.

Imaginou-se, por aqui, que tal reconhecimento criminal por parte do próprio seria o necessário e suficiente para que o Supremo Tribunal Federal tomasse medidas correspondentemente duras e inflexíveis sobre, na perspectiva da volta de referida figura ao Brasil; ou seja, que um camburão da polícia fosse gentilmente recepciona-lo na saída do avião; e que, do aeroporto, seguissem diretamente para o presídio da Papuda, em Brasília.

Em vão.

Desembarcou falante, abraçou e distribuiu beijinhos para alguns gatos-pingados presentes, foi recepcionado na sede do partido e, como se sentiu à vontade, ali mesmo já se autoproclamou líder da oposição ao governo federal.

Não há como se negar que uma decepção oceânica se apossou da maioria da população brasileira ante a omissão do Supremo Tribunal Federal, já que, de viva voz, o psicopata houvera admitido explicitamente, ou enunciado de forma categórica e definitiva, ter cometido as tais arbitrariedades (sem contar outros crimes).

E agora, José ???