por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 12 de fevereiro de 2011

A ciência do próximo passo - Emerson Monteiro

Às vezes acontece parar o barco, isso na firme intenção de acertar e vencer os pensamentos da dúvida em relação ao que cabe fazer nas ações imediatas do percurso. Nessas horas, torna-se necessário saber agir e preencher o momento seguinte, independente de poder distinguir o duvidoso e o certo, sob as névoas das situações. Mas não existe a alternativa de não querer prosseguir, ir em frente. É a tal síndrome do próximo passo que quem vive atravessa a todo segundo, chova, ou faça sol, porquanto viver significa persistir na marcha.
Bem aqui, pois, entram no campo as lições dos que estudaram este assunto de seguir, de dominar as condições, dentro dessa linha inevitável dos caminhos constantes, onde agir representa quebrar os selos da porta do tempo, lacrada antes de nelas chegarmos. O direito universal de avançar, contudo, impõe leis para um desempenho satisfatório, quais sejam elas: evitar destruir as possibilidades dos outros, praticar conhecimentos adquiridos e confiar ao desconhecido nossas apreensões. No entanto, numa espécie de compensação, se deve saber colher o que plantou, no campo das práticas desenvolvidas no combate. Natural usar da justiça, porquanto a natureza ensina querer a si aquilo que oferecer aos demais, norma elementar do justo merecimento.
À medida que descobre os segredos da sabedoria, neste mundo perigoso, se anda nas estradas com a produção de resultados positivos. O valor que denominam cultura quer dizer tradição do conhecimento, guardada para posteriores experiências em forma de trabalho e técnicas.
O passo seguinte nada mais impõe do que praticar os modelos ensinados pelos outros e adquiridos por nós próprios durante as nossas ações. Parar, silenciar um pouco e tomar decisões exigem concentração, reflexão e atitudes verdadeiras.
Escolher o jeito ideal só no decorrer das jornadas se aprende e transmite, na ciência de caminhar pela vida afora. Tantos, milhões até, acertam e empreendem iniciativas de proveito, o que também todos podem cumprir de igual maneira. Resta somar tristezas, alegrias, fracassos e sucessos, para montar a solução dos enigmas e das ocasiões. Neste procedimento, reunir coragem e disposição de trabalhar, outra das leis essenciais ao bom êxito dos planos de voo. Acrescentar boa vontade, amizade, humor, convicção, prazer, iniciativa, emoção; descortinar o tempero dos pratos deliciosos que, por isso e bem preparados, reservam as estações dadivosas das existências mais felizes.

Por Socorro Moreira

Por um fio tênue e tenso
te susténs intenso.

(Assis Lima)



Não vivi o dia de ontem.. Estive stand by. O telefone tocou e eu escutei de longe, sem forças, nem vontade pra atende-lo. Não suporto mais notícias ruins.Pensei até em desligá-lo em definitivo.
Amanheceu de novo. Da janela do meu quarto sinto a claridade natural, o vento fresco das manhãs, que ainda não foram aquecidas pelas lareiras de Outubro..Victor optou em permanecer no mesmo endereço.Vou atrás de mudar as cores das paredes e portas, alterar o visual do ambiente com plantinhas, e novos adereços. A poeira das coisas estável anima a minha tosse.
Abro o guarda-roupa e sinto vontade de encurtar todos os meus vestidos; de transformar em bermudas, as minhas calças Compridas Por que não aprendi a fazer roupas de bonecas?
Meu pretenso amor folga em mim. Vejo-o de longe, numas conversas bonitas, e fico numa felicidade silenciosa, como ela deve ser, pra permanecer.
São 5,30 da manhã. Vou começar o dia diferente: tirar o carro da garagem, fazer feira no mercado, ir à costureira, ou, se duvidar, encarar estrada pra Mauriti ou Várzea-Alegre. Ir a busca de um céu, cheio de nuvens, onde a poesia esteja celebrando a vida.
Dá-me teu sorriso? Quero morde-lo!

um Bonsai de Casa por Joao marni


Pelo  menos por três vezes, vi cada um deles: “O pai da noiva” e “ Casamento grego”. Comum aos dois filmes, a alegria em família e a camaradagem, especialmente a dedicação do genitor pela filha única.

Ao final, em ambos, uma festa espetacular de casamento. Hilariantes. No segundo fiquei mais emocionado, pois o velho grego tirou do envelope a certidão de compra de uma casa para o casal. Vizinha à deles! É o que seguramente faria, se pudesse. Moraríamos todos num condomínio em família. Alguém poderia argumentar que proximidades assim não dão certo, e tal... Mas acho que discordâncias e até confusões são melhores trabalhadas, entendidas e resolvidas em consangüinidade. Ainda não consegui essa que seria mais uma das minhas realizações; mas espere! Estou começando! Minha neta Maria Alice havia pedido a mim uma casa de bonecas. Num desses lances de pura sorte, nossos amigos Maurílo e Lôra iriam se desfazer de uma. Fiquei com o melhor que havia dos escombros, desmontada a casa com muito zêlo. Cuidei de escolher o local da construção no nosso jardim, após as discussões de praxe com a avó.

Estou de férias nos primeiros quinze dias do ano novo e a maior parte desse tempo vou dedicar à construção da casa de Maria Alice. Já comprei e instalei a “piscina” da sua morada quando aqui vier em folguedos, porque duvido que ela queira sair: Uma caixa d’água de 250l enterrada até próximo à borda. Seu novo endereço terá cerca de 13m² de um só vão, onde poderá brincar de dona de casa e de professora. Espero que repreenda bem seus bonecos quando esses não lhe obedecerem enquanto mãe de fantasia, e que grite quando seus alunos não estiverem atentos aos seus ensinamentos. Afinal, deixar rolar é dar oportunidade para o arrependimento, no choro depois, na casa grande.

Uma janela e porta na frente, com duas outras janelas, uma em cada lateral. Um luxo! Que cresça assim, feliz da vida, com tantos mimos. Caiu no terreiro certo. Que estude e seja gente grande e independente, e que lhe cause espanto e indignação o que os homens públicos fazem com as pessoas que moram em barracas improvisadas, de paus e lonas de plástico, negras feito os corações daqueles.

Que peça a Deus que me perdoe por esse excesso. É que amo muito a meus netos, presentes e futuros, e nada é caro para a visão do paraíso no sorriso deles. Deus é avô? Se for, estou perdoado.
Crato -ce

"Rhapsody in Blue " - Uma música Inesquecível






Uma das mais lindas composições ( 1924 ) do famoso compositor americano George Gershwin.Foi tema do filme do mesmo nome ( 1945 ), e fêz parte da trilha de vários outros filmes.O maravilhoso e multi- premiado musical "Sinfonia de Paris",com Gene Kelly e Leslie Caron, tem um pas-de-deux,simplesmente fantástico, com a música "An American in Paris" ( que,por sinal, dá nome ao filme ) desse grande músico.

"O Paraíso dos Avós"

A casa de Maria Alice fica situada na Pça Maria Olga , que pertence ao jardim dos avós : João Marni e Fátima. Não é de chocolate, nem de taipa ...É uma casinha em miniatura, de verdade !Tudo muito simples mas de uma beleza incrível. Com certeza materializa o desejo infantil de ter uma casinha de bonecas , num tempo experimental, que a infância permite. Os adultos estavam lá compartilhando da alegria.
Jobin ,  o cachorro de Maria Alice, fez a festa .
Um dia de sábado deveras inesquecível! 
Os anjos-de-guarda marcaram presença , e se revezarão , numa eterna vigília.

Inspiração!

Imagem/Internet

E assim, se inspira o poeta...
Através dos seus sonhos e de palavras feito luz.
O sentimento atravessa o peito e num ímpeto, grita sorrindo!
E grita aos berros num lamento.
E grita de choro num dado momento.
E grita na dor de uma saudade. Uma dor contida, desmedida...
Ou sussurra aos quatro cantos sem cantos os seus prantos.
Ou de emoção, paixão, ou comunhão com o universo.
O sentimento vem lá do fundo da alma.
A imaginação brota de onde?
Dalgum canto que nem sei...

Mara*

Sobre o Pífano- por Ulisses Germano



"O pífano na realidade é uma fusão da flauta indígena com a flauta trazida pelos portugues e jesuítas. Defendo esta tese pois é sabido que a flauta dos nossos índios possuiam poucos recursos (três quadro furos) e as flautas trazidas já no tempo das caravelas eram de 7 furos como conhecemos atualmente. O atrito cultural contribuiu para os surgimentos de novos instrumentos adaptados por nossos músicos da Pindorama e, posteriormente, da Terra dos Papagaios."

CORAÇÃO ESTRADEIRO (ao mestre Dominguinhos) - Por Marcos Barreto de Melo

nesse cavalo de aço
sem arreio, sem espora
levo um sorriso, um abraço
viajando mundo a fora
sou andante sanfoneiro
nasci pra tocar baião

meu coração estradeiro
tá sempre alegre, feliz
vivo cantando o amor
e a vida da minha gente
andando sem paradeiro
por este imenso país

caminhoneiro disfarçado
enfrento qualquer estrada
na seca ou na invernada
sigo o roteiro traçado
dias e dias sem lar
só pra meu povo cantar

trago no peito a sanfona
que num acorde dolente
faz renascer a saudade
da terra pura e pungente
ou de uma antiga paixão
que ficou lá no sertão

rodando, cortando chão
na poeira do sertão
ou numa grande cidade
vou cumprindo a missão
sem esquecer a lição
com a mesma simplicidade

cada fronteira cruzada
é uma etapa vencida
é mais um passo na vida
mas, é também despedida
uma saudade incontida
de quem ficou na estrada


Marcos Barreto de Melo

Indômita incompetência - José Nilton Mariano Saraiva

É algo abjeto, vergonhoso, nojento e, incrivelmente, repetitivo. Tal qual abutres famintos e insaciáveis, que se banqueteiam com a carniça pútrida, eles estão pouco ligando para as mais elementares e comezinhas regras de civilidade e humanismo. Nem que a porca torça o rabo, o importante é marcar presença, sair bem na foto, arrotar alguma frase de efeito que possa adiante ser aproveitada em proveito próprio e, enfim, fazer barulho, pôr-se em evidência. Legislando em causa própria, a determinação é cada um buscar puxar brasa para a própria sardinha, cuidar de ativar o próprio fogo, aparecer por cima de pau e pedra, independentemente dos meios ou métodos utilizados em tal mister.
Esse, sem tirar nem acrescentar, o quadro dantesco e surreal propiciado por políticos sem um pingo de escrúpulo ou vergonha na cara, após a enxurrada que se abateu sobre o Crato. E, dúvidas não tenham, o “disse-me-disse”, o puxa-encolhe, a forçação de barra vai continuar por semanas a fio.
Não é de estranhar, pois, que, por enquanto, duas versões, absolutamente díspares e antagônicas tenham emergido após o autentico dilúvio que quase risca o Crato do mapa: de um lado, dourando a pílula, rasgando seda e promovendo um verdadeiro carnaval fora de época, os simpatizantes e empregados da prefeitura da cidade, cujo chefe (prefeito) teria garantido, firmado, reafirmado e assegurado o irrestrito e absoluto apoio do Governo Federal à reconstrução do que foi levado pela enchente, através da liberação das verbas necessárias para tal, em razão, principalmente, dos contatos feitos e projetos apresentados em Brasília (por ele, prefeito, e comitiva); de outro, a posterior, extemporânea e abusada manifestação pública de alguns dos “nobres” Deputados Estaduais, em pleno recinto da Assembléia Legislativa, desdizendo tudo o que houvera sido dito pelo prefeito e assessores e protestando veementemente contra o presumível descaso desse mesmo Governo para com a grave ocorrência, já que o senhor Ministro da Integração Nacional teria afirmado desconhecer o problema e, até, “debochado” da situação, em função de divergências de cunho político.
Fato é que, prego batido e ponta virada, o prefeito e assessores (não mais que repentinamente guindados à condição de “pop-stars” e entusiasticamente saudados e aplaudidos pelos áulicos de plantão) voltaram de Brasília de mãos abanando e cantando amor febril, com a recomendação de, se quiserem algo de concreto, ELABORAR UM MÍNIMO E CONSISTENTE PROJETO, realista e substancioso, capaz de justificar a montanha de dinheiro que estavam a reivindicar (chegou-se a ventilar um estapafúrdio valor “entre 50 e 100 milhões de reais”, ninguém sabe com base em que ou em quais parâmetros).
No frigir dos ovos, o que sobressai disso tudo é a tentativa de aproveitamento de uma tragédia que se abateu sobre milhares de pessoas, objetivando alavancar projetos de cunho pessoal; é a tentativa frustrada de transformar apadrinhados políticos sem qualquer expressão em super-heróis, sumidades instantâneas; é a desfaçatez em querer fazer crê que graças à intervenção de uma burocrática primeira-dama uma vida teria sido salva da enchente (e só por conta disso, conforme flagrante expeditamente captado pelo fotógrafo oficial); enfim, vige o sentimento de espetacularizar outras manifestações tão grandiloquente quanto ocas e vazias.
Só que, comprovado restou, uma atávica e indômita incompetência grassa nos quadros da prefeitura, daí o fracasso da “missão Brasília”, já que incapazes de elaborar e estruturar pelo menos um simplório projeto digno do nome, bastante para sensibilizar quem tem a “chave do cofre” (apresentem um projeto consistente e viável que verbas não faltarão, já dizia o presidente Lula da Silva). Será pedir muito ???
Quanto às pobres e indigitadas vítimas ??? Que se explodam, à espera de uma nova tromba d’agua, quando tudo recomeçará, “ad eternum” !!!

Sinto tua alma por perto,
percebo a tua saudade,
será que penso errado
ou vives fugindo de ti?

Personalidade Feminina - por Socorro Moreira

Eneida acompanhada da avó Emlia, a mãe Zuleika...


Elegância


Sobriedade, simplicidade
Postura, atitude
Beleza, inteligência,
Esposa de Dr.Jósio Alencar Araripe,
Seu nome : Eneida Figueiredo !
Eneida om os pais : José de F.Filho / Dona Zuleika,e filhos...


*Trabalhamos como professoras do Colégio Estadual na década de 70, atuando em cadeiras diferentes ( lógica x humanas). Conversávamos sobre a vida, prazerosamente, nos intervalos das aulas.
Carinho sempre!
Saudades!

Fotos do acervo de Flamínio Araripe ( filho de Eneida)
inspiração
é chumbo,

trocado
não dói. 

(João Nicodemos)
“Azul Sonhado”, catando prosa e verso, conquistou seu espaço, neste primeiro mês de atividades.
O que seria deste céu, sem o chão da amizade, bordado por tantas estrelas?

Já somos mais de 50 colaboradores. Já somos plurais. ”Somos todos iguais neste azul!”


Bom dia !


Homenageando este grande nordestino, que hoje completa idade nova .
Parabéns, Dominguinhos !