por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Qual a direção, candidata ??? - José Nilton Mariano Saraiva

À medida que se aproxima o tão esperado “dia D”, as trapalhadas se sucedem no comitê de campanha da candidata Marina Silva, num eloqüente atestado de que, tal qual “biruta” de aeroporto, não há uma direção a ser seguida; assim, há, sim, prenúncio de chuvas e trovoadas à frente, já que tudo dependendo de momentâneas conveniências “político-climáticas”.
Primeiro, tivemos aquela história envolvendo os integrantes da LGBTs que, sentindo-se ofendidos com o contido no programa de governo da candidata a respeito da comunidade, exigiram e conseguiram que a própria viesse de público “desdizer”, “desautorizar” e “modificar” apressadamente o que ali houvera sido publicado sobre, mesmo que sob a ridícula alegativa de que tudo não passara de uma “falha processual na editoração”. Houve, pois, falta de firmeza e sobraram conveniências.
Depois, a comprovar que o seu programa de governo não passa de uma colcha de retalhos, onde tudo cabe e tudo é permitido, bastando para tanto que se “copie”, se “cole” e se “assuma” como próprias, idéias e opiniões de outrem, a inserção naquele “documento oficial” de textos completos (ipsis litteris), publicados na Revista da USP nº 89, de autoria do professor Luiz Davidovich, sem que os respectivos créditos lhes fossem atribuídos; ou seja, mesmo com o  “flagra” registrado, para todos os efeitos ali se achavam insertas idéias exaustivamente debatidas pela candidata e seu comitê de campanha. Houve, pois, desonestidade.
Pois bem, agora mais uma “peraltice”: é que, quando registrou sua candidatura à Presidência da República, o senhor Eduardo Campos houvera declarado formalmente possuir um patrimônio de R$ 546 mil. Eis que hoje se descobre que um dia após a sua morte, o senhor Eduardo Campos teria feito uma “doação” de R$ 2,5 milhões para o partido, o PSB. Mesmo sem levar em conta o “inusitado” de uma “doação” ter sido feita um dia após a morte do doador, a pergunta é: se o seu patrimônio total era de R$ 546 mil, como explicar uma “doação” que corresponde a quase 5 (cinco) vezes tal patrimônio ???  Caixa dois ??? Sobras de campanha ??? Dinheiro não contabilizado ??? E a Marina, sabia disso ???

Diante de tanto amadorismo, despreparo (ou seria má-fé ???), cabe questionar: a) é com essa turma tão “preparada” que a candidata pretende gerenciar um país complexo como o é o Brasil, num presumível governo do PSB ??? b) vamos aceitar isso tudo passivamente ??? c) somos tão ingênuos ???


Do Youtube

         
Letra - O Circo - Sidney Miller(1)

Vai, vai, vai começar a brincadeira
Tem charanga tocando a noite inteira
Vem, vem, vem ver o circo de verdade
Tem, tem, tem picadeiro de qualidade
Corre, corre, minha gente que é preciso ser esperto
Quem quiser que vá na frente, vê melhor quem vê de perto
Mas no meio da folia, noite alta, céu aberto
Sopra o vento que protesta, cai no teto, rompe a lona
Pra que a lua de carona também possa ver a festa
...
Bem me lembro o trapezista que mortal era seu salto
Balançando lá no alto parecia de brinquedo
Mas fazia tanto medo que o Zezinho do Trombone
De renome consagrado esquecia o próprio nome
E abraçava o microfone pra tocar o seu dobrado
...
Faço versos pro palhaço que na vida já foi tudo
Foi soldado, carpinteiro, seresteiro e vagabundo
Sem juízo e sem juízo fez feliz a todo mundo
Mas no fundo não sabia que em seu rosto coloria
Todo encanto do sorriso que seu povo não sorria
...
De chicote e cara feia domador fica mais forte
Meia volta, volta e meia, meia vida, meia morte
Terminando seu batente de repente a fera some
Domador que era valente noutras feras se consome
Seu amor indiferente, sua vida e sua fome
...
Fala o fole da sanfona, fala a flauta pequenina
Que o melhor vai vir agora que desponta a bailarina
Que o seu corpo é de senhora, que seu rosto é de menina
Quem chorava já não chora, quem cantava desafina
Porque a dança só termina quando a noite for embora
Vai, vai, vai terminar a brincadeira
Que a charanga tocou a noite inteira
Morre o circo, renasce na lembrança
Foi-se embora e eu ainda era criança




(1) Sidney Álvaro Miller Filho (Rio de Janeiro, 18 de abril de 1945 — Rio de Janeiro, 16 de julho de 1980) foi um compositor brasileiro.
O carioca de Santa Teresa Sidney Miller despontou como compositor no cenário musical brasileiro durante a década de 1960, e assim como outros artistas que também estavam começando participou com algum destaque em diversos festivais de música, bastante populares nesse período. Cursou Sociologia e Economia, porém sem concluir nenhum dos cursos. No início da carreira chegou a ser comparado com o também estreante Chico Buarque, uma vez que tinham em comum, além da timidez, a temática urbana e um especial cuidado na construção das letras. Além disso, a cantora Nara Leão, famosa por revelar novos compositores, teve grande importância na estréia dos dois - inclusive gravando, em 1967, o disco Vento de Maio, no qual dividiam quase todo o repertório: Chico Buarque assinou 4 canções, enquanto Sidney Miller era o autor de outras cinco. O primeiro registro importante como compositor foi em 1965 no I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior (SP), obtendo o 4º lugar com a música Queixa, composta em parceria com Paulo Thiago e Zé Keti, interpretada por Cyro Monteiro. Em 1967 pelo famoso selo Elenco de Aloísio de Oliveira lançou o primeiro disco, na qual se destaca por re-trabalhar temas populares e cantigas de roda como O Circo, Passa Passa Gavião, Marré-de-Cy e Menina da Agulha. Sidney Miller compôs juntamente com Théo de Barros, Caetano Veloso e Gilberto Gil a trilha sonora para a peça Arena conta Tiradentes, dos dramaturgos Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri. Nesse mesmo ano, ao lado de Nara Leão interpretou a música A Estrada e o Violeiro no III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record (SP), conquistando o prêmio de melhor letra. Em 1968, também pelo selo Elenco lançou o Lp Brasil, do Guarani ao Guaraná, que contou com as participações especiais de diversos artistas como Paulinho da Viola, Gal Costa, Nara Leão, MPB-4, Gracinha Leporace, Jards Macalé, entre outros. O maior destaque do disco ficou por conta toada Pois é, Pra Quê. A partir de então Sidney Miller intensificou a carreira na área de produção. Juntamente com Paulo Afonso Grisolli organizou no Teatro Casa Grande (RJ) o espetáculo Yes, Nós Temos Braguinha, com o compositor João de Barro. Também com Grisolli, relançou a cantora Marlene, no show Carnavália, que fez bastante sucesso. Em 1969 produziu e criou os arranjos do Lp de Nara Leão Coisas do Mundo. Ainda em 69, ao lado de Paulo Afonso Grisolli, Tite de Lemos, Luís Carlos Maciel, Sueli Costa, Marcos Flaksmann e Marlene organizou o espetáculo Alice no País do Divino Maravilhoso, além de compor a trilha sonora do filme Os Senhores da Terra, do cineasta Paulo Thiago. Também para cinema, Sidney Miller foi o autor da trilha dos filmes Vida de Artista (1971) e Ovelha Negra (1974), ambos dirigidos por Haroldo Marinho Barbosa. Sidney Miller foi autor da trilha sonora das peças Por mares nunca dantes navegados (1972), de Orlando Miranda, na qual musicou alguns sonetos de Camões, e do espetáculo a A torre em concurso (1974), de Joaquim Manuel de Macedo. Em 1974 lançou pela Som Livre o último disco de carreira o Lp Línguas de Fogo.
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Sidney Miller! Deixou uma obra maravilhosa, e é tão pouco lembrada...