por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 10 de abril de 2012

NOITE ILUSTRADA- Norma Hauer


No dia 10 de abril de 1928 nasceu, em Minas Gerais Mário Souza Marques Filho, que se tornou conhecido com o nome de NOITE ILUSTRADA. E porque esse apelido?

Há duas versões: uma diz que sua primeira apresentação como cantor foi em uma revista musical denominada Noite Ilustrada e ele adotou o nome. Outra versão diz que ele estava esperando para se apresenrar em público quando, sentiu algo embaixo de seu paletó. Era um exemplar da revista Noite Ilustrada. Aí, resolveu adotar seu nome artístico como Noite Ilustrada.

Isso em seu estado natal.

Veio para o Rio onde depois de passar por empregos modestos foi ser sambista na Escola de Samba Portela. Não ficando muito conhecido aqui, foi tentar a vida em São Paulo trabalhando em casas noturnas. Foi quando PauloVanzolini o conheceu e deu-lhe para gravar o que constituiu seu primeiro sucesso: “Volta por Cima”; mais tarde do mesmo Vanzolini gravou seu conhecido samba “Minha Rainha”.

Além dessa gravou inúmeros outros sambas como “Cara de Boboca”;”Barracão”;”Toalha de Mesa” ...

Mais um grande sucesso ele obteve quando gravou, de Noel Rosa de Oliveira, o samba “O Neguinho e a Senhorita.”

Noite Ilustrada estava residindo em Atibaia (SP) quando faleceu em 28 de julho de 2001, aos 75 anos.


Norma

ROBERTO SILVA- Norma Hauer



ROBERTO SILVA -O PRÍNCIPE DO SAMBA.

Nascido no morro do Cantagalo em Copacabana, no dia 9 de abril de 1920, recebeu o nome de Roberto Napoleão da Silva, mas ficou conhecido no meio musical apenas como ROBERTO SILVA, cognominado o “Príncipe do Samba”.

. Aos seis anos de idade o pai mudou-se com a família para o subúrbio de Inhaúma. A mãe o presenteou com uma flauta, que logo foi trocada por um violão. Mas como gostava de cantar, não aprofundou estudos em nenhum dos instrumentos.

Desde cedo começou a cantar músicas de Benedito Lacerda e Pixinguinha e gostava de imitar os cantores da época de ouro do rádio, sofrendo grande influência de Orlando Silva.

Mas.como todo menino pobre, precisou trabalhar muito cedo (aos 12 anos).

Em 1938, estreou no programa "Canta mocidade", da Rádio Guanabara, onde trabalhou até 1940.

No ano de 1943, após fazer um teste na Rádio Mauá cantando "Risoleta", de Raul Marques e Moacyr Bernardino (sucesso anterior de Luiz Barbosa) e a valsa "Neusa" de Antonio Caldas e Celso Figueiredo (gravação original de Orlando Silva), foi contratado e permaneceu na emissora até 1946. Ali participou de vários programas, dentre eles "Trabalhadores cantando”.

A partir de então, gravou nos anos seguintes, obtendo vários sucessos, como: “Raiou o Amor”;”Maria Teresa” (um de seus maiores sucessos); ”Você diz que é Baiana”; “Dupla Razão”; “Rico Ri à toa”; Notícia”....

Em dois LPs com os nomes de “Descendo o Morro” 1 e 2 regravou várias sucessos de outros cantores, como “Agora é Cinza”;”Juracy”; “Seu Libório; ”Ai que Saudades das Amélia”;”Aos Pés da Cruz” e outros.

Em rádio trabalhou nas Nacional, Mayrink Veiga e Tupi, enquanto que na televisão atuou na Excélcior.

Em 2002 atuou durante três meses no “Show” “ O Samba é Minha Nobreza”, no cinema Odeon e comemorando, 70 anos de carreira, apresentou-se no “Carioca da Gema”, na Lapa.

Anualmente se apresenta na Cinelândia, durante o carnaval, cantando sucessos dos carnavais de sempre. Como se apresentou este ano em que está completando, em plena atividade, 92 anos.

Mas não é só nesse período que se pode ouvi-lo.

Normalmente se apresenta em “shows” aqui no Rio e em vários estados do Brasil, sendo difícil acreditar que esteja com 92 anos, tal sua atividade profissional.

E sua aparência física.

Parabéns a Roberto Silva por mais um ano vitorioso.


[Norma Hauer]

EVALDO RUI - por Norma Hauer


Ele nasceu na mesma data de Francisco Matoso (8 de abril de 1913) e também viveu pouco :41 anos.


Evaldo Rui Barbosa, irmão do radialista (e também compositor) Haroldo Barbosa , embora já tivesse gravado com Carmen Miranda em 1934, na realidade começou sua carreira com Custódio Mesquita, tendo com ele composto, em 1943, sendo projetado no ano seguinte com:"Como os Rios Correm pro Mar", "Feitiçaria", "Rosa de Maio" e "Gira...Gira...Gira" ; os dois primeiros gravados por Sílvio Caldas e os outros por Carlos Galhardo,

São, ainda,de sua autoria, com Custódio Mesquita, "Algodão","A vida em 4 Tempos", "Valsa do Meu Subúrbio" e"Promessa",também gravadas por Sílvio Caldas.

Após a morte de Custodio, em 1945, Araci de Almeida gravou "Saia do Meu Caminho".

Compondo com seu irmão Haroldo Barbosa (em 1950) foi responsável por um dos maiores sucessos do carnaval de todos os tempos: "Nega Maluca", gravação de Linda Batista.

"Tava "! jogando sinuca

Uma nega maluca, Me aparece.

Vinha com o filho no colo

E dizia p'ro povo

Qie filho era meu..."


Seu fim de vida foi trágico e ao mesmo tempo romântico: morreu por amor.

Apaixonou-se pela cantora Elizeth Cardoso e não foi correspondido; resultado: suicidou-se em 4/8/1954.

Tinha apenas  41 anos


Norma

Aniversariou, em 9.04, ontem, o grande Ulisses Germano!




Ando envolvida por demais com a festa de Hugo Linard, e deixei de fazer a postagem que era de merecimento.
Pra mim Ulisses é uma festa diária.
Passa  tocando, criando, fazendo arte...Somos amigos vizinhos!
Ganhou o presente maior: a visita da sua mãe- figura linda!
Que Deus lhe conceda todas as graças !

Abraços, amigo!

"Surpresa" no Crato - José Nilton Mariano Saraiva

“Assim, tive uma ingrata surpresa, ao perceber que neste processo, estavam avançando em um projeto de continuísmo, com fortes interferências familiares. Nos últimos tempos, nunca fui consultado sobre uma eventual candidatura, seja em reuniões, pesquisas, consultas ou qualquer outro critério. Nunca fui convidado para qualquer discussão sobre essa escolha. Ultimamente, procurei pacientemente o diálogo, mais obtive o silêncio como resposta.” (Raimundo Bezerra Filho)

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Pois é, depois de se servirem por oito anos da “fidelidade canina” do próprio, não mais que de repente, sem dó nem piedade, e de forma desrespeitosa, humilhante e vexatória, o atual mandatário da cidade do Crato, familiares e amigos mostraram ao ex-aliado e ex-fiel colaborador, Raimundo Bezerra Filho (atual vice-prefeito), que, em termos de sucessão municipal, seu nome jamais esteve cotado para vôos mais altos, que não havia interesse em dar-lhe o aval para “sentar no trono”, que era “carta fora do baralho” e, enfim que o poder era privativo, familiar, espécie de “capitania-hereditária” tupiniquim. E o modus operandi para viabilizar tal projeto consistiu basicamente em isolá-lo de qualquer conversa, diálogo ou reunião, mesmo e apesar de terem sido procurados para tal mister.
Assim, antes de configurar lamento ou decepção de quem se achava merecedor e foi irremediavelmente preterido (ou rifado), as palavras do Raimundo Bezerra Filho nos remetem à crua e hipócrita realidade vigente na arena política, onde prevalecem as “conveniências” (primeiro os meus, depois os teus), o apetite desmesurado pelo poder (e tudo que ele representa) e o “jogo sujo” (onde do pescoço pra baixo é tudo canela), mesmo que de alguém que, guindado ao trono ancorado numa suposta “tradição familiar”, ao longo de dois mandatos jamais demonstrou qualquer vocação para gerir a coisa pública - e o estado deplorável, caótico, falimentar e de abandono do município está aí para comprovar). Se alguém duvida é só ir lá constatar, “in loco”.
Isto posto, passar como um rolo compressor por cima de um antigo fiel colaborador parece nada representar para os integrantes do atual grupo dominante, contanto que a perpetuação no poder se materialize ou o “....CONTINUÍSMO, COM FORTES INTERFERÊNCIAS FAMILIARES” seja mantido.
No tocante ao Raimundo Bezerra Filho, depois de ter “...O SILÊNCIO COMO RESPOSTA” (e de ter a coragem – antes tarde do que nunca - de denunciar tal manobra), até por uma questão moral só lhe resta se lançar (ou apoiar) candidato de oposição ao ex-chefe, familiares e seu grupo de áulicos (afinal, reza o velho ditado que... “a ingratidão apaga a afeição”). Ou não ???
E a população do Crato, já não estaria na hora de experimentar algo novo, acordar desse marasmo que já dura décadas ???
Ô povo desprovido de massa crítica !!!

Mexe com a nossa emoção!




Esta foto foi tirada no dia do aniversário de Dr. José Nilton, dia 05/06/1962, conforme consta no blog de Fideralina, de Várzea Alegre.


Coolaboração de Glória

Joaquim Pinheiro, dá pra identificar algumas?

Por Cora Coralina


Mãe

Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos,
não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar
para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.

Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições...
Empregos fora do lar?
És superior àqueles
que procuras imitar.
Tens o dom divino
de ser mãe
Em ti está presente a humanidade.

Mulher, não te deixes castrar.
Serás um animal somente de prazer
e às vezes nem mais isso.
Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar.
Tumultuada, fingindo ser o que não és.
Roendo o teu osso negro da amargura.
Cora Coralina

Cora Coralina



Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das principais escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais) quando já tinha quase 76 anos de idade.

Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.

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