por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 28 de janeiro de 2014

"GEORREFERENCIAMENTO" - José Nilton Mariano Saraiva

Você, refestelado na poltrona aí do outro lado da telinha, por acaso já ouviu falar em GEORREFERENCIAMENTO ??? Não ??? Despreocupe-se, a palavra parece não constar em nenhum dicionário. No entanto, saiba que além de complicada, aqui traduz e traz embutida mais uma grande sacanagem que querem perpetrar contra o Crato e o sue povo, tendo, como não poderia deixar de ser, Juazeiro do Norte como principal, “inocente” e privilegiado beneficiário (como o foi com a tal Região Metropolitana do Cariri, lembram ???).

Agora, entretanto, há que se atentar para a gravidade do problema que, embora de uma cretinice sem tamanho, materializar-se-á em curto espaço de tempo se a população e as diversas autoridades constituídas do município (Prefeitura, Câmara de Vereadores, Associações Comunitárias, Clubes de Serviço e por aí vai) não tomarem desde já uma providência enérgica, séria e urgente (mesmo ao custo de sublevar-se contra a ordem estabelecida).

Fato é que, como já não têm nada para nos tomar (porquanto através de manobras políticas pra lá de desonestas – vide a relacionada ao campus da Universidade Federal do Ceará  - conseguiram nos tirar tudo), agora a cambada de Juazeiro do Norte resolveu ser chegada a hora de nos tomar, simplesmente... parte do nosso território. Sim, senhores, é vero, acreditem e façam fé: um pedaço do nosso município, com tudo que lhe estiver sobre, poderá ser agregado a Juazeiro do Norte (via componente político).

Evidente que inconfessos interesses permearam tal situação. Assim, aproveitando que as nossas fronteiras municipais são imaginárias (assim como o são as estaduais), deu-se a articulação política via Secretaria de Planejamento do Estado do Ceará, Assembléia Legislativa, Instituto de Desenvolvimento Agrário do Ceará, Associação de Prefeitos do Ceará e União dos Vereadores do Ceará, e tendo como cabeça o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), chegou-se ao plano de se partir para uma tal “redefinição das fronteiras municipais” (objetivando o quê, mesmo ???).

Que, no caso específico, nada mais será do que “fatiar”, “dividir” ou “repartir” o nosso município entre Juazeiro do Norte, Barbalha, Farias Brito e Caririaçu. Claro que o maior quinhão – o distrito Santa Rosa, - onde futuramente seria instalado o nosso parque industrial, será destinado a Juazeiro do Norte.

A conseqüência disso tudo ??? A se concretizar tamanho golpe, nossa população decairá, os eleitores do município decrescerão e, por via de conseqüência, a nossa cota do Fundo de Participação dos Municípios será reduzida (pois é, além de queda...coice).

Assim, clamando para que as nossas autoridades acordem, saiam do marasmo, não se acovardem e atentem para a gravidade e o perigo que corremos (mesmo que tenham que botar a boca no mundo), e dada à similitude das situações, tomamos a liberdade de anexar o oportuno...

No caminho com Maiakóvski

“Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam nosso cão, E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada”.


Senhor prefeito, senhores vereadores, povo do Crato: vergonha na cara e vamos à luta.

A CRISE VEM PELA CORRIDA DA MOEDA - José do Vale Pinheiro Feitosa

O mundo é assim. Já foi diferente. Será outro.

A SERASA EXPERIAN como é da natureza do seu negócio fez uma pesquisa com um recorte sociológico com base na capacidade de consumo. Desprezou o território e seu processo socioeconômico. Vamos tomar este caminho.

Antes uma explicação. Os limites do território processo é o espaço e a atividade humana (política e cultura). Os limites do recorte de consumo não é a produção e nem a circulação da mercadoria, mas o seu consumo. E no caso a capacidade de consumo.

Esta capacidade de consumo é controlada por outros fatores que não apenas a base econômica, por exemplo o poder do Estado, as máfias, as corporações, as multinacionais, os grupos de interesses ou as elites organizadas e mais outras organizações culturais como igrejas e tantas outras. Temos aí o efeito da concentração de poder de poucos repercutindo sobre todos.

Na verdade tal concentração tende a criar uma organização geral confluente no interesse do poder concentrado e marcar a vida das pessoas desde as opções de gravidez, passando pelo parto, os cuidados com a criança, a escolaridade, a inserção no mercado de trabalho e por último a capacidade de consumo.

Eis que o mundo todo funciona como este todo concentrado. Por isso vamos sofrer aperto no que se chama crise cambial. O desequilíbrio geral das moedas, especialmente dos países emergentes. A Argentina e Venezuela, por exemplo. O big brother americano vai elevar os juros e os dólares especulativo que faziam a festa dos emergentes vão fugir deles.

A estimativa é que esta corrida vá cair na jugular, extravasando os dólares que irrigavam as economias emergentes. Com a crise do país concentrador de riquezas estes dólares estavam na especulação de commodities e corriam para as economias emergentes para tirar melhores lucros do que na estagnação econômica americana.  

Eles estariam retornando ao leito seguro do poder imperial e os emergentes em crise cambial. Todo mundo. Inclusive o Brasil, Chile e México aqui na América Latina. Segundo estimativa o país com menor vulnerabilidade seria e própria Argentina que já dar cambalhotas.

A crise cambial, se acontecer com a força que se imagina, será a grande bandeira dos candidatos de oposição: Aécio Neves e Eduardo Campos. Este é o cenário.


Como todo cenário vejamos as cenas que nele se desenrolarão pois certamente na história não existe um escritor que defina o enredo todo. Muito é da percepção social e política. E aí na hora da onça beber vale a política, as alianças, os sacrifícios aceitáveis, a capacidade de luta e assim por diante.