por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 8 de fevereiro de 2014

"Verve bandida" - José Nilton Mariano Saraiva

Escorregadio e esperto, esse, sim, é bandido até a raiz da medula. Tanto é fato que, antevendo que seria pego no julgamento do tal “mensalão” (nunca comprovado e que teve detenções arbitrárias, sim), o senhor Henrique Pizzolato tratou de se armar de tudo que era previsível, a fim de escapar, antes que fosse detido. E aí sua verve bandida aflorou com toda a pujança e maledicência: valeu-se de um documento de um irmão morto já há mais de trinta anos para assumir sua identidade (já há cinco anos) e providenciar outros documentos que lhe permitissem fugir do país e instalar-se na Itália, já que possuidor de dupla cidadania. Assim, devido à sua cidadania italiana, estaria em relativa segurança naquele país, uma vez que o país europeu não extradita seus nacionais.

Acusado de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato foi apenado a 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado, mais uma multa de R$ 1,3 milhão. E, muito embora a Polícia Federal tenha conseguido incluir o seu nome na chamada “difusão vermelha da Interpol”, deixando-o na lista internacional de criminosos procurados, o senhor Pizzolato só será preso se conseguirem flagrá-lo num ouro país, como recentemente ocorreu com o também bandido Alberto Cacciola (que houvera fugido do Brasil, se instalado na Itália, mas, ao sair para se divertir em Mônaco, foi preso e recambiado ao Brasil).

Pergunta: se foi condenado num julgamento atípico (sem provas, mas por simples deduções) teria o senhor Henrique Pizzolato agido corretamente, ao não esperar por tempo ruim ??? Ou corretos estão seus colegas de malfeitos que, por confiarem na Justiça, acabaram na cadeia ???  


Mas... e o ministro Gilmar Mendes, acusado por um dos seus pares (ministro Joaquim Barbosa) de desfigurar o conceito do judiciário brasileiro, já não deveria ter sido enquadrado em alguma lei por conta das suas fanfarronices (lembremo-nos que, sem maiores justificativas, concedeu habeas-corpus duas vezes num mesmo dia a fim de beneficiar o marginal Daniel Dantas).