por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 19 de abril de 2012

por socorro moreira



Estado de graça
Olhos na estrada
Nos ares
Em todos os lugares
Onipresença diária

Nem digo que o tempo foi lento
Dormi e sonhei enquanto te esperava

Fugi das lembranças
Interroguei desencontros
Perdi endereço
Desisti no tempo
Fiquei branca na esperança

Agora uma luz ilumina o caminho
Escuto os teus passos aprendendo a voltar

"Excelências" - José Nilton Mariano Saraiva

Procedente de Mossoró/RN, com destino a Brasília/DF, transitou pelo aeroporto de Fortaleza o “ínclito” e “ilustríssimo” cidadão brasileiro, senhor Carlos Augusto Ramos, “carinhosamente” conhecido pela alcunha de Carlinhos Cachoeira.
Trancafiado há pouco mais de um mês no presídio federal de segurança máxima daquela cidade potiguar (onde não podia receber visitas íntimas, o advogado precisava agendar visitas e até o banho de sol tinha tempo limitado) em razão das suas muitas e graves estripulias à margem da lei, “Sua Excelência” Carlos Cachoeira estaria com depressão profunda e altamente “fastioso” (dizem que chegou a perder 15 quilos), além de não ter se dado com a temperatura um tanto quanto elevada daquela cidade.
Em razão disso e apesar de altamente periculoso (mantém relações ultra-suspeitas com o senador Demóstenes Torres, o governador goiano Marconi Perilo e provavelmente muitos outros políticos, do alto e baixo clero, além de comandar uma quadrilha de marginais outros) o “coitadinho” tanto reclamou que sensibilizou o desembargador federal Tourinho Neto, do Tribunal Federal da 1ª Região, que resolveu acomoda-lo num ambiente menos rigoroso (uma prisão normal, o presídio da Papuda, em Brasília) onde certamente dará um jeito de lhe disponibilizarem celular e outros artefatos que o viabilizem voltar a comandar sua quadrilha (e, se brincar, até escolherá o cardápio que lhe aprouver); o perigo é o tal desembargador, em conluio com algum médico famoso (indicado pelo bandido) lhe “arranjar” alguma doença que o obrigue a transferir-se para algum hospital da capital federal, de onde, dia seguinte, “baterá asas” rumo ao outro lado do mundo. Alguém duvida ???
A propósito, já não estaria na hora de se arranjar um jeito de investigar as decisões emanadas e subscritas pelos ilustres desembargadores brasileiros, com assento nos muitos tribunais superiores espalhados por esse nosso imenso país ???
Afinal, não é nenhuma novidade que quando se trata de “livrar a cara” de ricos e poderosos bandidos, “Suas Excelências” sempre se prontificam e são expeditos em descobrir alguma brecha na lei, normalmente favorecendo-os.
Ou alguém já esqueceu: 1) que, o então Desembargador Carlos Veloso resolveu libertar o ex-governador paulista Paulo Maluf da prisão por “sentir pena” de vê-lo trancafiado junto com o próprio filho (Flávio Maluf), mesmo que comprovadamente envolvidos na malversação do dinheiro público; 2) que, o Ministro Marcos Aurélio Melo concedeu um habeas-corpus ao banqueiro italiano Salvattori Cacciola (que houvera se beneficiado de uma informação privilegiada do Banco Central, numa dessas intervenções na área de câmbio) ao tempo em que sugeriu que o próprio, por ter dupla cidadania, bem que poderia evadir-se para a Itália (no que foi prontamente atendido); 3) que, no exercício do cargo de Presidente do STF, o Ministro Gilmar Mendes foi de uma agilidade a toda prova quando, atropelando ritos processuais, concedeu, em um só dia, dois habeas-corpus a outro banqueiro-bandido, Daniel Dantas, beneficiário-mór (fraudulentamente) das privatizações comandadas pelo tucano Fernando Henrique Cardoso; 4) que, mesmo depois de condenado pela Justiça Federal, do Ceará, em três oportunidades (a quatorze anos de prisão, cada uma delas), em razão do rombo estratosférico de R$ 7,5 bilhões, no BNB, o também tucano Byron Queiroz valeu-se do padrinho político poderoso e, depois de recorrer, foi absolvido, por unanimidade, pelos senhores Desembargadores do Tribunal Regional Federal, do Recife (sem dúvida, uma desmoralização pública para a Justiça Federal, do Ceará).
Enfim, são tantas, tão suspeitas e tão recorrentes as intervenções das “Excelências” com assento nos diversos tribunais superiores, beneficiando preferencialmente (ou quase que unicamente) aqueles que “têm bala na agulha” (mesmo que bandidos comprovadamente periculosos), que não há como deixar de se pensar que existe alguma “recompensa”, algum “esquema”, alguma espécie de “agrado”, por baixo dos panos (provavelmente numa conta bancário no exterior).
Daí, certamente, o incômodo provocado ultimamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cuja presidenta, Eliana Calmon, contundentemente referiu-se à existência de “bandidos de toga”, no seio do Judiciário brasileiro.
Você, aí do outro lado da telinha, o que acha ???

VICENTE PAIVA- Norma Hauer


 Ele nasceu em São Paulo no dia 18 de abril de 1908. E parece que naquela época pegou a chupeta e cantou: Quem não chora, não mama Segura meu bem a chupeta. Lugar quente é na cama Ou então no Bola Preta"... Quem não conhece o mais famoso e antigo cordão carnavalesco do Rio? Pois seu estribilho foi composto por Vicente Paiva. E quem foi Vicente Paiva? Foi pianista, trabalhou no Cassino da Urca entre 1934 e 1945, deixando-o nesse ano para passar a compor para o teatro de revista, com Walter Pinto à frente, até 1962. Nesses períodos não deixou de compor também para o carnaval, sendo co-autor de um dos maiores sucessos do antigo "tríduo de Momo": "Mamãe eu quero, Mamãe eu quero Mamãe eu quero mamar. Dá a chupeta, Dá a chupeta. Dá a chupeta P'ro bebê não chorar". É, parece que ele gostava mesmo da chupeta. 

 Quando Carmen Miranda, após sua primeira temporada nos Estados Unidos, esteve aqui no Rio, Vicente Paiva compôs para ela gravar os sambas:"Voltei p'ro Morro"; "Ela diz que Tem;" e "Disseram que Voltei Americanizada", este em parceria com Luiz Peixoto. Isso porque o povo não a recebeu bem dizendo-a "americanizada". “Disseram que eu voltei americanizada Com o “burro” do dinheiro e estou muito rica Que não suporto mais o breque do pandeiro Que fico horrorizada ouvindo uma cuíca...” Heleninha Costa gravou outro grande samba de Vicente Paiva:" Exaltação à Bahia". Duas grandes composições abrilhantaram, como poucas, a voz de Dalva de Oliveira:"Ave Maria" e "Olhos Verdes". Nestas músicas, Dalva mostrou toda a grandeza de sua voz. Conhecido além fronteiras, foi convidado, em 1961, a tomar parte no Festival de Berlim. Regressando ao Brasil, faleceu em 18 de fevereiro de 1964, sem completar 56 anos..

Norma

Carta aos pretensos candidatos à Prefeitura do Crato


Outro olhar para políticas públicas para cultura

Pensar numa “Cidade da Cultura” no Crato pressupõe existirem cidades sem cultura. Logo essa indagação nos faz pensar sobre que conceito de cultura nos referimos e o que essa afirmação provoca no âmbito das discussões das políticas públicas para a cultura.

Podemos afirmar que o termo “Crato: Cidade da Cultura” é uma invenção das elites econômicas e intelectuais conservadoras da década de 50 do século passado, para se contrapor ao crescimento urbano, estético, econômico e social de Juazeiro do Norte, numa disputa que ainda hoje ronda as visões barristas que nos separam e nos atrofiam. Essa afirmação teve a serventia de colocar os cratenses num falso patamar de superioridade cultural e artística.

Apesar de este conceito ter permanecido, ele foi reinventado, negado e hibridizado ao longo dos anos, a partir de concepções diversas e divergentes, mas que comungam com a ideia de defesa do território simbólico e espacial.

A região do Cariri, notadamente as cidades de Crato e Juazeiro do Norte tem uma produção estética e artística efervescente, criativa e misturada em que o tradicional se mescla do contemporâneo, em que o popular e o erudito se hibridam fazendo frente à hegemonia da cultura de massa. Em que a tradição e os novos tradutores da cultura, arte e estética se brindam nos terreiros e nas conexões cibernéticas.

O discurso sobre o “artista da terra” e da “cultura de raiz” deve ser substituído por uma compreensão mais ampla e consistente, que considere os agentes da produção simbólica (artistas), como seres dotados de identidade e história, que dialogam constantemente com o seu umbigo social e o mundo e que não rastejam em terras úmidas, como as minhocas. Mas que são voadores e andarilhos, dóceis e bravos, resistentes e frágeis. Trabalhadores que trocam a sua mão de obra manual/intelectual pela sua subsistência. A produção intelectual e artística não deve ser vista com um hobby ou uma vitrine gratuita de apresentações. Por lado a cultura não é vegetal e por isso não pode ter raízes. A cultura é viva, é dinâmica, se reinventa, se hibrida, criar teias, se modifica constantemente e não se enclausura em padrões fixos ou determinações institucionais.

Essas colocações desapontam as concepções de gestão cultural ou de políticas públicas para a cultura que assinalam como caminhos visões que privilegiem determinadas produções simbólicas em detrimentos de outras perfazendo muitas vezes o percurso ilusório do discurso da “Cidade da Cultura”. Por lado, é inviável pensar que a gestão da cultura é um banco de financiamento público para todos e tudo.

Para pensar a gestão da cultura e das políticas para cultura no Crato se deve considerar as conquistas alcançadas, visando consolidar-las e aprofundar-las para evitar retrocessos e atropelos pelas gestões posteriores.

Outro fator, importante neste aspecto é que o Crato não ficou a margem dos processos de discussões da conjuntura nacional no tocante a políticas públicas para cultura e deu inicio a alguns aspectos jurídicos que devem ser reforçados e tornados triviais para a população e o poder público.
Diante do exposto, apresento algumas questões que são essenciais para refletir sobre as políticas públicas e a gestão da cultura na cidade do Crato. Para facilitar o entendimento se compreende como políticas publicas, ações que tem caráter “permanente” e são amparadas por aspectos jurídicos e gestão da cultura como formas organizacionais de gerir o setor e normalmente tem um caráter efêmero e se modificada de gestor para gestor.

A intenção não é recriar a roda, mas reforçar concepções que vem sendo defendidas pelos diversos agentes da produção simbólica e intelectual do campo progressista no país e que ganhou conteúdo e forma mais encorpada a partir do governo Lula, tendo como referencial dessas concepções figuras como Celio Turino, Juca Ferreira, TT Catalão, Gilberto Gil, Sergio Mamberti, Américo Córdula e Marilena Chaui, dentre outros e que teve como caixa de ressonância e empoderamento os diversos segmentos organizados do povo brasileiro que cotidianamente se reinventam, se pluralizam, se diversificam e se hibridizam, em cada ponto vivo das culturas do Brasil.

Quais são, portanto esses norteadores para se pensar as políticas e a gestão da cultura no Crato?
É preciso ter um norte que não seja fechado, mas que carregue um direcionamento que compreenda a cultura e a produção simbólica como direitos humanos, capaz de possibilitar que as pessoas possam se desenvolver e participar plenamente da vida.

Portanto é imprescindível que as políticas públicas para cultura sejam refletidas de forma intersetorial, pois ela deve ter ligação com o desenvolvimento econômico, social, educacional, turístico, comunitário, agrário e desportivo da cidade e da população.

Outra questão fundamental é garantir a acessibilidade da população as diversidades de linguagens estéticas e artísticas e as manifestações culturais de caráter tradicional e contemporâneo visando o entrelaçamento do popular e do erudito, do regional e do universal, sem hierarquias ou segmentações.

O patrimônio histórico, cultural, arquitetônico e artístico da cidade deve se tornar patrimônio vivo da população, o que só possível com a interação e processos educativos baseados em relações de identidade e pertencimento.

É necessário criar mecanismos de consulta permanente com os diversos segmentos para vislumbrar e efetivar políticas públicas, bem como possibilitar a criação de uma rede formada a partir do reconhecimento dos trabalhos de grupos e artistas nas comunidades rurais e urbanas como elemento de potencializar a troca de saberes e fazeres e o empoderamento político dos agentes culturais numa tentativa de redescobrir a produção simbólica do nosso povo.

Outra questão fundamental é agilizar o funcionamento do Fundo Municipal de Cultura e uma política de edital que incentive a produção artística de forma desburocratizada.

Criação de uma política de ocupação dos equipamentos culturais de forma permanente e adequação das necessidades técnicas.

Continuidade e consolidação dos eventos que vem sendo desenvolvido no Município pelo Poder Público Municipal, em especial o Festival Cariri da Canção, Abril prá Juventude e o Festival de Quadrilhas Juninas e incentivo aos demais eventos que já fazem parte do calendário turístico da cidade.

Revisão, discussão e aplicabilidade das resoluções da Conferência Municipal da Cultura.

Reconhecer as escolas como centros privilegiados de fruição e disseminação da cultura, da estética e das artes no sentido de transformar/adaptar esses equipamentos em espaços vivos de estudos, vivências, experimentações e circulação dos saberes e fazeres tradicionais e contemporâneos, regionais e universais, eruditos e populares. É primordial que as escolas possam atender as determinações da resolução estadual 411/2006 que fixa normas para o componente curricular Artes, no âmbito do Sistema de Ensino do Estado do Ceará, que vem sendo severamente descumprido pelo Governo Estadual e pelos Governos Municipais.

Esse é um ensaio para esboçar uma perspectiva mais abrangente que possa perpassar gestões e entregar ao povo o legitimo direito de protagonizar suas escolhas estéticas, artísticas e culturais de forma ativa e permanente.



Alexandre Lucas
Coordenador do Coletivo Camaradas, integrante do Coletivo Nacional Programa de Interferência Ambiental – PIA, pedagogo e artista/educador.
Prezados Escritores

Através desta vimos comunicar que estamos iniciando a organização de nossa segunda antologia que faz parte da trilogia Festas Pernambucanas. A primeira, Noite Feliz, já lançada em dezembro de 2012. A segunda, a que esta carta se refere, Olha pro Céu meu Amor, prosa e versos juninos com autores da literatura pernambucana, com lançamento previsto para junho deste ano. Seu nome foi lembrado para participar do projeto.
Caso aceite ter um texto seu incluído na coletânea, informamos que a temática é junina (sobre o São João), poderá ser inédita ou já publicada. A adesão tem um investimento de R$ 200,00 (duzentos reais), por cada antologia, os participantes receberão 10 exemplares. Essa importância poderá ser paga em mãos aos organizadores ou em depósito feito na conta abaixo:

Conta Poupança Caixa Econômica

Cássio Cavalcante
Valor: 200,00
Agencia: 2346
Operação: 013
Conta: 4860-6

Os textos terão o limite de duas páginas, sendo o valor de 30,00 (trinta reais) por cada pagina a mais. As remessas dos 10 exemplares via correios ficarão por conta do participante da antologia.
Para a execução da antologia solicitamos, além do texto de sua autoria, um perfil de no máximo 10 (dez) linhas. Tamanho 14, Times News Roman, Caso o participante enviar um perfil biográfico maior que o limite,  os organizadores ficarão aptos a fazer a adaptação para o limite combinado. o mesmo acontecerá com os participantes da antologia anterior com seus perfis maiores do que o que já foi dito. Necessitamos também de uma autorização para publicação de seu trabalho, que deverá ser entregue ao organizador responsável por sua participação. A revisão do livro será feita por Ariadne Quintella. Os texto deverão ser entregues ate o dia 15 de abril deste.
Colocamo-nos à sua disposição para quaisquer informações e esclarecimentos adicionais.

Cordialmente,

Cássio Cavalcante
81 3325.3415 – 81 8825.3047

Telma Brilhante
81 9967.0605

ORGANIZADORES

Foto de Auci Ventura