por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 5 de fevereiro de 2012


O anel que tu me deste
eu quardei pra me ajudar
construí numa viola
de madeira, o teu altar


o amor que tu me tinhas
eu roubei pra me salvar
toda hora em que a danada

da saudade me pegar



(Trecho de “Nas Terras do Benvirá” de Geraldo Vandré)


Para quem quer conhecer "Os Camaradas"

Onda de frio na Europa - Emerson Monteiro

O clima da Terra mudou a olhos vistos. Fenômenos já surpreendem populações inteiras nos mais diversos lugares, no entanto, com explicações plausíveis para tamanhas transformações nos acontecimentos, verdadeiras ameaças à sobrevivência e bem estar das espécies. Em 2010, por exemplo, houve mais terremotos na face do Planeta do que em todos os anos anteriores, causando apreensão e prejuízos, abrindo espaço às preocupações humanas com relação ao que sujeita ocorrer nas próximas décadas.

Em dias recentes deste princípio de ano (2012), a Europa atravessa grave crise climática diante das excessivas temperaturas verificadas, ocasionando, pelo menos, duas centenas de mortes em países de baixas temperaturas. Além das vidas em perigo, devido o abastecimento de gás natural e outras energias sofrerem drástica redução entre os mercados, gerando ainda mais deficiência nos instrumentos de reversão do quadro verificado.

Fortes indícios dos males de uma selvageria predatória longe de controle apontam, pois, à irregularidade racional de uso dos meios existentes para viver. Regiões reconhecidas pelo regime de chuvas regulares e fartas agora defrontam estiagens e secas de causa dó, fora mesmo das previsões, motivo de perdas sucessivas nas safras.

As razões das consequências, no entanto, crescem nas principais causas, dentre essas o desperdício dos recursos naturais a pontos jamais imaginados, pela ganância agressiva e perversa, em detrimento da Humanidade como um todo. Fome agressiva do domínio gratuito de bens preciosos a tudo justifica, febre doentia de esbanjamento e supérfluos que parece ilimitada, sobretudo das nações ricas, fora dos escrúpulos necessários à sustentação, imposição da própria miséria ética desse tempo do salve-se quem puder.

E nisso claudica o sistema da produção mundial, aberto à livre competição dos acúmulos desmedidos. O interesse dos grupos de poder predomina sob a justiça coletiva, peso comprometedor que e a quase ninguém sensibiliza para respostas proporcionais ao problema.

Milênios de desmatamento, guerras, testes nucleares, exploração incontrolada e poluição em massa só de longe cobram o preço impagável de tudo o que o amadorismo apocalíptico ora transforma em alertas extremos da Natureza mãe, em gritos de atenção surdos e valiosos.

Tratado Social - por José do Vale Feitosa


Tratado social
Rio, 1979


Venho da data perdida,
o arroio seco da prisão,
qual ferida cindida,
inunda meu coração.


Nem prisão ou perdão.
Atitudes de Salomão.


Sou cara ou coroa;
trocado e guardado,
dinheiro, direito escrito,
órfão qual papel no vento.


Em povo ou socialização.
atitudes de subversão.


Minhas obrigações traídas.
Os tratados sociais da aldeia,
tal qual carnes moídas,
se perdem nesta cadeia.


Nem acordo ou tratados.
Povos mal acabados.


Venho da data perdida.
O governo fechado e palaciano,
Debulha o meu feijão.

Feminino , singular - por Socorro Moreira



A paixão me fez, me faz chorar
O amor me faz, me fez feliz !
As desgraças são inevitáveis
As alegrias são contraídas.
Os amigos nos acompanham
e nos deixam acompanhados de nós mesmos
Os amantes nos desacompanham
Os maridos nos trocam por qualquer "barato",
quando não são amigos !
Não entendo de inveja feminina
Batom vermelho
deixa qualquer mulher sedutora
Independente da idade, peso...
O que faz a diferença é o cheiro ,
o brilho do olhar, a leveza da palavra,
a verdade do sorriso,
e o pulsar dos sentimentos !
Posso morrer amanhã,
mas quero viver todo dia
das auroras , dos poentes,
e dos sonhos que assaltam
as minhas madrugadas.
Quero a adrenalina
do imaginar ,
sem a dor do arriscar...
Quero todas as doses de alegria,
em pessoas,
que me deixam embriagada de vida.
Quero os meus amigos, no acaso,
e nesse ocaso do dia !
Pode ser em pingos, em fatias,
em raios de luz, em flash da lembrança,
ou vestidos de qualquer pano...
O que vale é a presença constante !
socorro moreira

Não digam que isso passa - por Lya Luft


Não digam que isso passa,
não digam que a vida continua,
e que o tempo ajuda,
que afinal tenho filhos e amigos
e um trabalho a fazer.
Não me consolem dizendo que ele morreu cedo
Mas morreu bem ( que não quereria uma morte como essa?)

Não me digam que tenho livros a escrever
e viagens a realizar.
Não digam nada.

Vejo bem que o sol continua nascendo
nesta cidade de Porto Alegre
onde vim lamber minha ferida escancarada.

Mas não me consolem:
da minha dor, sei eu.

Dúvida - por Rosa Guerrera


Você palmeira amiga
Que sombreou o deserto da minha vida...
Gota d'água que respingou
O meu rosto suado pelas andanças vazias
Você rio tranquilo
Onde depositei minhas esperanças.
Chuva fininha que lavou
As mágoas do meu coração ...
Hoje, você !
E amanhã, AINDA VOCÊ ?
Ou apenas o deserto a retratar
Num oásis sem palmeira
O meu rosto molhado
Pelo pranto da saudade ...

Homenagem a César Pinheiro - por Júlio Pinto de Sousa


Homenagem a César Pinheiro

Pelos caminhos da vida,
um certo dia encontrei um cidadão
de olhos grandes e de bom coração.

Honesto a vida inteira
Cesar Pinheiro, Cesar Pinheiro
foi no Crato que ele nasceu
era um cidadão verdadeiro.

era simples
em toda aquela região
bom filho,bom esposo, bom pai
e bom irmão.

Só vivia fazendo o bem
tinha muito amor no coração
Recebia todos com atenção
Fazendo caridade a qualquer cidadão

Cesar Pinheiro era Pai ou Irmão
não sei comparar, queria lhe fazer alusão
e agradecer,obrigado Cesar Pinheiro,
pelo que fez pro compadre Julião.

Joaquim,Jose, Antonio,Maria Edith,
Maria Amélia e Maria Benigna,belos irmãos
Compadre Cesar, são seus filhos
Que vivem na maior união.

Compadre Cesar, a sua cadeira
esta no mesmo lugar
quando vou chegando meu coração começa a soluçar.

Sustando as lagrimas
nos olhos, não posso soltar
só pra não ver
Comadre Almina chorar.

Júlio Pinto de Sousa (Julião)
22.09.2003