por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A "Loirinha do Sertão" – por Pedro Esmeraldo

Antonio Ferreira Mandaçaia era um senhor aloirado, nem rico e nem pobre. Era controlado em seu trabalho, no ramo agropecuário. Habitava numa fazenda situada no rústico sertão nordestino. Na sua atividade, predominava a criação de gado bovino e uma agricultura rudimentar, baseada na cultura de grãos que servia para complementar o custeio de sua fazenda com cerca de 200 hectares. Sua propriedade, cortada pelo riacho, era por isso favorecida pois tal benefício reforçava a aquisição de produtos ardilosos que facilitava o bom desempenho do plantio agrícola.

Antonio Ferreira Mandaçaia era alegre, tinha de cerca de 1,75m. de altura, o que o elevava como um cidadão eficiente, o que facilitava vencer suas dificuldades no trabalho e a péssimas situação climática, que, vez por outra, aparece na região Nordeste. Além da criação de gado bovino, seu Antonio se esforçava para a criação de outros animais da raça caprina, a qual era adaptada na nossa região e, por isso, facilmente vendável.

Seu Mandaçaia não perdia a esperança e procurava estender-se a toda sorte de cultura favorecida ao meio-ambiente seco do clima semiárido nordestino.
Era valente, corajoso e enfrentava situações com bravura. Não perdia oportunidades, aproveitava todas as neblinas que surgiam no meio do tempo. Por isso era bem sucedido na sua colheita, já que conseguia um melhor preço em tempo hábil, auxiliado pela lei da oferta e da procura.

Pai de uma filha loira, linda, que praticava todas as manhãs a equitação, a arte do esporte na sela. Seu pai tinha o maior prazer de adquirir bons cavalos tipo manga-larga para satisfazer o desejo da filha, chamada Sandra.
Essa menina desde seis anos possuía o apelido de “Loirinha do Sertão”, porque lá só havia ela com esta característica. Loirinha costumava cavalgar nas estradas da fazenda, junto com sua companheira de estudos, Rita Maria, filha do capataz e muito amigo do seu pai.
Quando as duas completaram 16 anos tiveram de se deslocar até a capital do Estado a fim de prestar exame vestibular para medicina, um desejo de ambas. Permaneceram as duas na capital até suas formaturas em medicina, voltando para casa somente após o término dos seus estudos. Eram umas meninas equilibradas e estudiosas. Forçaram a barra, procuraram adaptar-se emocionalmente ao meio no intuito de se qualificarem para exercer com precisão o seu trabalho.

Quando estavam fora de casa, comeram o pão que o diabo amassou, já que os pais não muito ricos, tiveram de controlar as despesas enviando somente o necessário para a sua manutenção escolar. Mas as duas souberam compreendera situação e ajudaram o pai a manter a economia, deixando-o à vontade para que enviasse o mínimo possível de acordo com a suas possibilidades.

As duas foram coerentes, souberam suportar com dignidade a dificuldade dos pais e respondiam com bom procedimento estudantil, deixando os pais totalmente enaltecidos e conformados pelo bom proveito das filhas.
Está aí um exemplo de compreensão mútua que toda a juventude deveria seguir, pois se a maioria dos estudantes assim fizesse, o Brasil estaria numa situação bem elevada de dignidade moral, e seria um bom mostruário de trabalho para juventude desqualificada que prefere entregar-se ao vício da droga e da ociosidade.a Mandaçaia era um senhor aloirado, nem rico e nem pobre. Era controlado em seu trabalho, no ramo agropecuário. Habitava numa fazenda situada no rústico sertão nordestino. Na sua atividade, predominava a criação de gado bovino e uma agricultura rudimentar, baseada na cultura de grãos que servia para complementar o custeio de sua fazenda com cerca de 200 hectares. Sua propriedade, cortada pelo riacho, era por isso favorecida pois tal benefício reforçava a aquisição de produtos ardilosos que facilitava o bom desempenho do plantio agrícola.


Antonio Ferreira Mandaçaia era alegre, tinha de cerca de 1,75m. de altura, o que o elevava como um cidadão eficiente, o que facilitava vencer suas dificuldades no trabalho e a péssimas situação climática, que, vez por outra, aparece na região Nordeste. Além da criação de gado bovino, seu Antonio se esforçava para a criação de outros animais da raça caprina, a qual era adaptada na nossa região e, por isso, facilmente vendável.

Seu Mandaçaia não perdia a esperança e procurava estender-se a toda sorte de cultura favorecida ao meio-ambiente seco do clima semiárido nordestino.
Era valente, corajoso e enfrentava situações com bravura. Não perdia oportunidades, aproveitava todas as neblinas que surgiam no meio do tempo. Por isso era bem sucedido na sua colheita, já que conseguia um melhor preço em tempo hábil, auxiliado pela lei da oferta e da procura.

Pai de uma filha loira, linda, que praticava todas as manhãs a equitação, a arte do esporte na sela. Seu pai tinha o maior prazer de adquirir bons cavalos tipo manga-larga para satisfazer o desejo da filha, chamada Sandra.
Essa menina desde seis anos possuía o apelido de “Loirinha do Sertão”, porque lá só havia ela com esta característica. Loirinha costumava cavalgar nas estradas da fazenda, junto com sua companheira de estudos, Rita Maria, filha do capataz e muito amigo do seu pai.

Quando as duas completaram 16 anos tiveram de se deslocar até a capital do Estado a fim de prestar exame vestibular para medicina, um desejo de ambas. Permaneceram as duas na capital até suas formaturas em medicina, voltando para casa somente após o término dos seus estudos. Eram umas meninas equilibradas e estudiosas. Forçaram a barra, procuraram adaptar-se emocionalmente ao meio no intuito de se qualificarem para exercer com precisão o seu trabalho.


Quando estavam fora de casa, comeram o pão que o diabo amassou, já que os pais não muito ricos, tiveram de controlar as despesas enviando somente o necessário para a sua manutenção escolar. Mas as duas souberam compreendera situação e ajudaram o pai a manter a economia, deixando-o à vontade para que enviasse o mínimo possível de acordo com a suas possibilidades.

As duas foram coerentes, souberam suportar com dignidade a dificuldade dos pais e respondiam com bom procedimento estudantil, deixando os pais totalmente enaltecidos e conformados pelo bom proveito das filhas.


Está aí um exemplo de compreensão mútua que toda a juventude deveria seguir, pois se a maioria dos estudantes assim fizesse, o Brasil estaria numa situação bem elevada de dignidade moral, e seria um bom mostruário de trabalho para juventude desqualificada que prefere entregar-se ao vício da droga e da ociosidade
.

Por Pedro Esmeraldo

Aprendi... (Arthur da Távola)

"... Aprendi, outro dia que perdoar
é a junção de " per " com "doar".

Doar é mais do que dar.
Doar é a entrega total do outro.
O prefixo "per" que tem várias acepções,
indica movimento no sentido "de"
ou em "direção" a ou "através"
ou "para" etimologicamente falando,
portanto, perdoar, quer dizer doar ao outro
a possibilidade de que ele possa amar,
possa doar-se.
Não apenas quem perdoa que se
"doa através do outro".
Perdoar implica abrir possibilidades de
amor para quem foi perdoado,
através da doação oferecida
por quem foi agravado.
Perdoar é a única forma de facilitar
ao outro a própria salvação.

Doar é mais do que dar: é a entrega total ...

Perdoar é doar o amor,
é permitir que a pessoa objeto do perdão
possa também devolver um amor que,
até então, só negara ...

SAUDADE ......por Rosa Guerrera


Quando lembro você
tudo fica triste .
A própria natureza
perde toda a razão de ser!

E eu esqueço todos os beijos
que recebí ontem,
os carinhos,
as promessas escutadas
já não possuem nenhum valor para mim.
Só você me aparece nítido,
vivo, brilhante em meu coração.

Quando lembro você
sinto saudade de tudo.
Saudade da minha infância,
do meu primeiro abraço,
do primeiro beijo,
do primeiro pecado.

E na impaciência
das noites vazias ,
eu me entrego a essa saudade contínua
que insiste ,
que se debate ,
que implora
para ficar com você !

Lúcio Alves por Norma Hauer



Ele nasceu no dia 28 de janeiro de 1927,em Cataguases-MG, mas apenas com 7 anos já estava no Rio .
Nessa época já tocava violão, que aprendera com o pai, integrante da Banda de Guataguases.

Seu nome Lúcio Cinbelli Alves, que ficou conhecido como LÚCIO ALVES.

Fez parte, ainda com 14 anos, do grupo "Namorados da Lua", que se apresentava nos Cassinos Copacabana e Urca.

No Teatro República, cantando "Nós os Carecas" venceu um concurso de carnaval e
foi ainda premiado no programa de calouros de Ary Barroso, sendo, assim, convidado para atuar na Rádio Tupi.

Nessa época, com Haroldo Barbosa teve seu samba "De Conversa em Conversa", gravado por Isaurinha Garcia, obtendo seu primeiro grande sucesso.

Vários outros compositores deram sucessos para Lúcio Alves, como Caymmi; Dolores Duran; Alcyr Pires Vermelho;até Flávio Cavalcanti, co-oautor de "Manias", um samba que marcou sua carreira.

Em 1947 o grupo se desfês e sozinho passou a ser mais conhecido, obtendo, no decorrer de sua vida, inúmeros sucessos, como "Manias"; "Solidão" (versão do bolero Sim`Palabras"); "Bolinha de Papel"; "Nunca Mais";"Sábado em Copabcabana"; "Na Paz do Senhor"; "Tereza da Praia";"Nova Ilusão" e seu maior sucesso :"Valsa de Uma Cidade".

Nos anos 60, 70 fez parte das produções da TV Educativa, onde liderou um programa de entrevistas que, em, 1972, entrevistou Carlos Galhardo, ao lado de Nássara e Luiz Cláudio.

Gravou vários LPs, um de músicas só com nomes de mulhjeres,: "Rosa";"Carolina";"Maria": "Januária" e outros.

Em 1978 fez parte do Projeto Pixinguinha, ao lado de Doris Monteiro.
Em 1988 lançou outro LP denominado "Há Sempre um Nome de Mulher", em benefício do programa nacional de aleitamento, patrocinado pelo Banco do Brasil.

Lúcio Alves faleceu em 3 de agosto de 1993, aos 66 anos.
por Norma Hauer

David Nasser - por Norma Hauer



Iniciando o ano novo de 1917, nasceu em Jaú,no interior de São Paulo , o jornalista e compositor David Nasser.

Ainda muito criança, mudou-se com sua família para São Paulo, viveu algum tempo em Mato Grosso e em 1935 já se encontrava no Rio, onde exerceu a função de jornalita no jornal "O Globo".

Mais tarde ingressou em "O Jornal", no "Diário da Noite e em "O Cruzeiro".

Como jornalista gostava de explorar as desavenças alheias numa verdadeira imprensa marrom.

Nessa posição, explorou dois casos rumurosos acontecidos com artistas conhecidos: o de Herivelto Martins com Dalva de Oliveira e o de Franscisco Alves , em relação a seus filhos. Pura "imprensa marrom".

Como compositor, teve sucesso logo em seu primeiro samba, composto em 1935, mas só gravado, por Aracy de Almeida, em 1939:"Chorei, Quando o Dia Clareou".

Daí partiu para "Canta Brasil"; "Minha Sombra"; Todo Mundo Reclama"; Camisola do Dia", Algodão"; "Mãe Maria"; "Coroa do Rei"; "A Mulher e a Rosa"; "Confete" e inúmeras outras música, quase sempre sucesso.

Gravou com todos os cantores famosos em sua época e fez parceria com quase todos os compositores, mas só vou destacar aqui a valsa "Exilado", lindíssima, gravada por Carlos Galhardo e feita em parceria com o compositor russo Georges Moran.

David Nasser faleceu em 10 de dezembro de 1980, aos 63 anos.
por Norma Hauer