por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Um Mantra de muitas palavras - José do Vale Pinheiro Feitosa


Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade tão diminuta entre os dois é a inesperada distância.

Viva e tente esperar que os padrões, as fórmulas e formas se apresentem igualmente as conhece. E quando elas se apresentarem examine o quão diferente são do que se esperava. É que nesta distância, mesmo que diminuta, uma grandeza de eventos sempre acrescenta algo ao imediato anterior.

Por isso teus conhecimentos dogmáticos perdem os pontos fundamentais pelo enxame de segundos que os transformam a partir de uma teia capilar de erros e críticas. Nem apenas essas modificações negativas, mas contribuições positivas que somam questões novas quando a soledade e a monotonia já se insinuavam como verdade.

E creia a história não é aquela dos personagens ilustres. Por isso toneis de elogios se esvaem no asfalto esburacado de uma classe dourando seus privilégios de serem lembrados. Mas a lembrança está no povo. No coletivo. Nesta imensa dimensão da proximidade que é distância universal.

Nem imagens coloridas em movimento, grandes e luminosas edições em papel de alta qualidade conseguem superar a iniquidade da adulação que permeia a narrativa estabelecida. Apenas toque a tela e verás a eminência do povo, num desfile sintético, a carregar o corpo de mestre Antonio Aniceto.

Antonio Aniceto com uma enxada e uma flauta de taboca foi a proximidade maior desta distância que existe para garantir a diversidade do mundo. Mas uma diversidade que existe para se aproximar, se igualar onde a terra para se plantar nunca seja por concessão.  

Assim como as surpreendentes orações do Papa Francisco a acabrunhar dogmas.


Então o que se dizer da mais recente declaração do Dalai Lama: “O que diz respeito às crenças sociopolíticas, considero-me um marxista. O marxismo é fundado em princípios morais, enquanto o capitalismo é baseado apenas em ganância e interesse pessoal. O marxismo está preocupado com as vítimas da exploração imposta por uma minoria. O fracasso do regime soviético não foi o fracasso do marxismo, mas o fracasso do totalitarismo.”

"ZERO" - José Nilton Mariano Saraiva

China e Coréia do Sul (lá do outro lado do mundo) se nos apresentam como dois exemplos emblemáticos do poder transformador da Educação rumo ao desenvolvimento de uma nação e, conseqüentemente, da alavancagem de uma melhor condição de vida aos respectivos povos.

E conseguiram alcançar tal desiderato só recentemente (há menos de 50 anos), quando seus dirigentes literalmente “viraram a mesa” ao optarem pela deflagração de uma autentica revolução no seu dia-a-dia, via direcionamento de uma significativa parcela do seu PIB (Produto Interno Bruto) para a área educacional. Tanto é que, hoje, são reconhecidos como potencias mundial e exemplo para as demais nações do planeta. Portanto diletos, bem-vindos e saudáveis filhos da era do conhecimento.

A reflexão é só para lembrar que aqui no Brasil temos o Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM, que avalia o conhecimento adquirido dos alunos que concluíram ou estão a concluir o Ensino Médio; serve como método de entrada em diversas universidades públicas substituindo seus respectivos vestibulares, através do Sisu; e é utilizado como critério de avaliação para oferta de bolsas de estudos pelo Governo Federal em universidades particulares pelo Prouni.

Pois bem, na última “seleção-prova” realizada pelo ENEM (dias atrás) dos 6.000.000 de candidatos que participaram, nada menos que 529.000 conseguiram a inacreditável “proeza” de zerar - tirar “nota 0”, sim senhor - na redação. Atestado inconteste da falência do modelo que aí está. Uma vergonha, aqui, na China, Coréia do Sul ou qualquer outra parte do mundo.

Convém ressaltar que muito antes dessa situação calamitosa se materializar, o Governo Federal já sinalizava sua preocupação para com o setor educacional, ao batalhar incessantemente pela alocação dos recursos oriundos da exploração do pré-sal para o Ministério da Educação.

Para que haja a mudança desejada, no entanto, temos de partir do pressuposto de que a “chave do sucesso” está numa varredura completa lá no “ensino médio”: reformando currículos; investindo pesado na formação de professores; incentivando a leitura e além do oferecimento de condições materiais que possam motivar a todos.Trata-se de uma tarefa hercúlea, mas que perfeitamente atingível, conforme já nos mostraram China e Coréia do Sul.

Só assim, a “tragédia” ocorrida no exame do ENEM desse ano servirá do tão necessário empuxo para que a nação ingresse de vez no seleto grupo de nações de primeiro mundo. 

Claro que temos tudo para chegar lá. É só seguir o caminho que China e Coréia do Sul nos apontaram: priorizar a Educação.