por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 7 de maio de 2011

CASTRO BARBOSA- POR NORMA HAUER


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Ele nasceu em Sabará/MG em 7 de maio de 1905 e recebeu o nome nada simpático de Joaquim Silvério (este nome lembra alguém?) de Castro Barbosa, mas ficou conhecido no meio artístico apenas como CASTRO BARBOSA.

Já em 1931 no Rio de Janeiro, quando trabalhava no Lóide Brasileiro, fez um teste na Rádio Educadora e foi apresentado a Almirante, que o convidou a participar de um programa radiofônico, em cuja emissora conheceu Noel Rosa, Custódio Mesquita, Nonô e Francisco Alves.
Convidado pelo compositor André Filho, gravou seu primeiro disco em fevereiro de 1931, com a marcha Uvinha (André Filho) e o samba”Tu hás de sentir (Heitor dos Prazeres), e no mesmo ano o samba “Tá na Mona”, com o Bando La Lua.

Foi quando conheceu Jonjoca (João de Freitas Ferreira), e com ele formou uma dupla para concorrer com Mário Reis e Francisco Alves.
A dupla que se formou (Jonjoca e Castro Barbosa) gravou entre 1931 e 1933 pouco mais de 20 discos, incluindo o Fox-samba “Flor do Asfalto”, de Orestes Barbosa e J.Tomás. A primeira gravação de uma composição de Orestes.

Mas “estourou” mesmo no carnaval de 1932, quando gravou, de Lamartine Babo e Irmãos Valença a marcha “O Teu Cabelo não Nega”. Sucesso de um lado, problemas do outro.

No disco original não constou o nome dos Irmãos Valença o que provocou uma verdadeira celeuma entre a Victor e os irmãos pernambucanos, autores do estribilho da marcha e...Os Irmãos Valença exigiram indenização e a Victor pediu que enviassem outras músicas (frevos) e a quem coube gravar o primeiro? A Carlos Galhardo que, iniciando sua carreira, foi requisitado para gravar um frevo dos Irmãos Valença.

A partir daí foram vários os seus sucessos carnavalescos, como, em 1937, Lig-lig-lig-lé (Osvaldo Santiago e Paulo Barbosa); em 1942, Praça Onze (Herivelto Martins e Grande Otelo) e, em 1943, China pau (João de Barro e Alberto Ribeiro).

Mas o que marcou a vida artística de Castro Barbosa foi sua participação (ao lado de Lauro Borges) na famosa PRK-30, primeiro na Rádio Mayrink Veiga e depois na Nacional.
Fazia a caracterização de um português.

A PRK=30 foi um dos programas humorísticos mais apreciados nos tempos áureos do rádio.

CASTRO Barbosa chegou a trabalhar na TV Rio, ao lado de Chico Anísio no Chico Anísio Show e, ainda no rádio, com Renato Murce nas “Piadas do Manduca”.

Castro Barbosa faleceu em 20 de abril de 1975, sem completar 70 anos, porque foi outro que morreu em seu inferno zodiacal.

NORMA

Memória da terra, de José Carlos Mendes Brandão- Por João Nicodemos





José Carlos Mendes Brandão - Foto: Sônia Brandão


Meu ofício preferido é fazer versos, embora goste de tantas outras atividades. Procuro ser objetivo e econômico com as palavras, quando escritas. Não me sinto capacitado para resenhar ou comentar o trabalho dos poetas. Mas não pude me conter diante do Memória da Terra do poeta Brandão. Livro de grande força emotiva onde o leitor pode viajar e se deleitar com imagens que nos remetem a uma nostalgia do paraíso, à infância da Terra e à natureza em estado puro. O olhar do poeta faz parte da paisagem telúrica e torna possível sentir o frescor da aurora dos tempos. Seus versos, construídos em refinada arquitetura, parecem surgir sem esforço, de alguma memória que também compartilhamos – como se fossem nossa própria memória. Bebemos da água do riacho e voamos com a garça desenhando a paisagem.
Na Terra do poeta “há domingos tão belos que até os cachimbos florescem” e a água, no silêncio do lago, vem morar em meus olhos...
Os poemas se apresentam vestidos de sonetos, com seus dois quartetos e dois tercetos, o que nos dá a medida da atenção que o poeta dedica à estética visual, à dança das palavras no branco do papel. O ritmo, porém, descumpre a métrica dos versos e surpreende numa polirritmia exuberante.
No terceto final de “Anoitecer”, nos indaga:

“Um pássaro num sino tange as nuvens.
De onde vêm, para onde vão
As crianças rindo na estrada?”

Que dizer das rimas? Enquanto fenômeno sonoro, fonético, simplesmente se ausentam dos versos dando lugar à supremacia da imagem que, em superposições cadenciadas vêm tangendo nossa memória e emoção. Confessa o poeta: “fui milagrado de garça no poente” numa invenção poética digna dos grandes. Do fazer poético, diz no poema Quietude que “o poeta escreve com estrelas, pedras e pássaros” e complementa numa conversa pessoal que “escreve poemas porque vai morrer”. Desconhece, talvez, que a Beleza não morre; mora no eterno.

“Sou a novilha lambendo a minha cara,
Sou o cavalo alazão galopando
Com um galo cantando nas ancas” (SANGUE E SONHO).

Depois de ler Memória da Terra, apreciando cada poema como quem saboreia um precioso néctar, reli alguns versos ao correr dos olhos pelas páginas. Percebi com alegre surpresa que os versos de Brandão, embora componham poemas coesos, têm vida própria e se constituem, muitos deles, poemas completos de um só verso. Posso dizer também que o livro todo seja um só poema, de inefável beleza. Assim como descreve no poema TEAR: “A sombra é pouca para tanta luz”.
Talvez todos sintamos um profundo desejo de perenidade, se não de eternidade e, movidos por isto decalcamos nossa vida nas paredes das cavernas cibernéticas em que habitamos. Brandão é mestre nesta arte e nos demonstra em seus livros e publicações virtuais nos blogs que administra.


Sobre o autor:

José Carlos Mendes Brandão é autor de sete livros de poesia: O Emparedado, 1975; Exílio, 1983; Presença da Morte, 1991; Poemas de Amor, 1999; O Silêncio de Deus, 2009; Memória da Terra, 2010, e O Sangue da Terra, 2010. É detentor de vários prêmios literários, como o “José Ermírio de Moraes”, para melhor obra publicada no ano (1983-1984); V Bienal Nestlé de Literatura Brasileira, por Presença da Morte (1991); Prêmio Brasília de Literatura, por Sol no Umbigo, inédito (1991); Prêmio Nacional de Literatura “Cidade de Belo Horizonte”, por Deus no Prego, romance inédito (2000); Prêmio Nacional de Literatura “Cassiano Nunes”, da Universidade de Brasília (2010); Prêmio Nacional de Literatura “Gerardo Mello Mourão”, do Ideal Clube, Fortaleza, CE (2010). Blog: http://poesiacronica.blogspot.com/ E-mail: jcmbrandão@gmail.com


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João Nicodemos é músico e poeta... principalmente poeta... busca a poesia, com instrumentos musicais, não musicais, pincéis e telas, xilogravura, objetos, sons e idéias, gestos... inclusive com papel e lápis também...






O mundo não é maternal (Martha Medeiros)- Colaboração de Eurípedes Reis


É bom ter mãe quando se é criança, e também é bom quando se é adulto.

Quando se é adolescente a gente pensa que viveria melhor sem ela, mas é um erro de cálculo.

Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.

O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se virarmos a noite na rua, não dá a mínima se estamos acompanhados por maus elementos. O mundo quer defender o seu, não o nosso.

O mundo quer que a gente fique horas no telefone, torrando dinheiro.

Quer que a gente case logo e compre um apartamento que vai nos deixar endividados por vinte anos. O mundo quer que a gente ande na moda, que a gente troque de carro, que a gente tenha boa aparência e estoure o cartão de crédito.

Mãe também quer que a gente tenha boa aparência, mas está mais preocupada com o nosso banho, com os nossos dentes e nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que a gente se drogue, que a gente fume, que a gente beba.

O mundo nos olha superficialmente. Não consegue enxergar através. Não detecta nossa tristeza, nosso queixo que treme, nosso abatimento. O mundo quer que sejamos lindos, sarados e vitoriosos para enfeitar ele próprio, como se fôssemos objetos de decoração do planeta. O mundo não tira nossa febre, não penteia nosso cabelo, não oferece um pedaço de bolo feito em casa.

O mundo quer nosso voto, mas não quer atender nossas necessidades. O mundo, quando não concorda com a gente, nos pune, nos rotula, nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não pára para nos ouvir.

O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa e qual é o nosso grau de instrução, mas não sabe nada dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego. Para o mundo, quem menos corre, voa. Quem não se comunica se estrumbica. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. O mundo não quer saber de indivíduos, e sim de slogans e estatísticas. Mãe é de outro mundo. É emocionalmente incorreta: exclusivista, parcial, metida, brigona, insistente, dramática, chega a ser até corruptível se oferecermos em troca alguma atenção. Sofre no lugar da gente, se preocupa com detalhes e tenta adivinhar todas as nossas vontades, enquanto que o mundo propriamente dito exige eficiência máxima, seleciona os mais bem-dotados e cobra caro pelo seu tempo.

Mãe é de graça.

Material pedagógico sobre literatura de cordel é disponibilizado virtualmente

O artista, poeta e ativista cultural Hamurabi Batista, juntamente com a acadêmica do curso de Letras da Universidade Regional do Cariri – URCA, Joana Mendonça criaram um material pedagógico sobre literatura de cordel. O recurso é um importante instrumento para se conhecer a história da literatura popular e até mesmo compreender o processo de construção da métrica.



A região do Cariri destaca-se pela grande efervescência da diversidade cultural e artística e a literatura de cordel é bastante produzida e difundida na região. Entretanto, são escassas as fontes de pesquisa e os recursos didáticos para serem trabalhados em sala de aula sobre essa questão. A criação deste trabalho denominado de “Oficina de Poesia Popular” contribuirá para popularizar esse tipo de literatura nas escolas públicas.


De acordo com Hamurabi Batista, a ideia de transformar o material em mídia digital partiu da intenção de atingir um número maior de pessoas. Ele acrescenta que essa é uma iniciativa do Ponto de Cultura Mestre Noza de Juazeiro do Norte, do qual ele é coordenador.


Os professores e interessados em adquirir o CD ou arquivo em formato PDF devem se dirigir ao Centro de Cultura Mestre Noza ou enviar e-mail para: hbcultura@gmail.com

Por Ana Cecília S.Bastos




AGENDA

Decididamente não me interessam as vãs soluções,
nem as posições corretas
— essas respostas que a gente busca na opinião
[ informada,
antes de conferir o próprio desejo;
nem os dados que o banco ou a polícia já guardam por ofício,
nem como envelhecemos igual
— por força não da idade, mas do hábito.

De todas as perguntas,
só quero reter a centelha.

Desejo saber a que horas do dia encontro no céu
[ este azul de agora.
Desejo saber a que horas da vida há este sorriso
[ nos olhos dos filhos.
Desejo saber quanto dura a paixão pela vida.



Ana Cecília de Sousa Bastos
In Uma Vaga Lembrança do Tempo
Fundação Casa de Jorge Amado/Copene

Linda foto de Pachelly Jamacaru


Parabéns, Fabiana!



Aniversariou ontem, minha doce amiga, Fabiana Vieira.
Estive contigo, espiritualmente!
Abraços e desejos de felicidade plena, em todos os dias da tua existência.




Curtinha.Por Liduina.



A morada da Poesia se mistura com a morada do AMOR.

No dia do silêncio - Por José de Arimatéa dos Santos

É no meu silêncio
Que imagens e momentos vividos
Afloram tão grandemente!
Todavia,
Procuro esquecê-los
Mas,
Tudo em vão!
Impossível apagar o ontem!
Assim,
Vou ruminando minhas agruras
Nesse meu silêncio ensurdecedor!

ORESTES BARBOSA - por Norma Hauer


Um dos mais férteis letristas de nossa música popular nasceu no dia 7 de maio de 1894 aqui no Rio de Janeiro.
Autor de versos maravilhosos, muitos musicados por Francisco Alves (14), outros por Sílvio Caldas (também 14) e inúmeros outros compositores.

ORESTES foi autodidata e muito cedo começou no jornalismo, sendo sempre um lutador pela democracia, a ponto de, em 1945, fundar um jornal exatamente com o nome de "Democracia", que não durou muito, mas foi combativo quando estávamos saindo da ditadura Vargas e enfrentaríamos as primeiras eleições livres.

A primeira gravação de uma composição sua foi "Flor do Asfalto", com J.Thomaz, gravada por Francisco Alves em 1928. Chico só passou a fazer parceria com Orestes em "Abelha da Ironia"(1932).
Seguiram “”A Mulher que Ficou na Taça; “Não Sei”; “Romance”;. “Dona da Minha Vontade”; “Por Teu Amor”...

A primeira parceria com Sílvio Caldas foi em 1934, com "Soluços", gravação de Floriano Belham, um cantor que não ficou muito conhecido, fez algumas gravações, dentre elas o primeiro sucesso de Ataulfo Alves :"Saudades do Barracão".

Somente em 1936, Sílvio começou a gravar Orestes Barbosa, com "Santa dos Meus Amores", tendo na outra faca do disco de 78 rotações "Serenata", talvez uma das mais belas composições da dupla.
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No ano seguinte gravou, pela primeira vez, o clássico "Chão de Estrelas", com outra valsa: “Arranha-Céu”!.
Seguiram várias outras tais como “O Nome dela eu Não Digo”;“Quase que eu Disse”; “Serenata”... e em 1938 “Suburbana”.
Nesse ano, tiveram uma desavença e a valsa "Vestido das Lágrimas" última parceria da dupla, foi gravada por Floriano Belhem, tendo na outra face a também valsa da dupla “Soluços”.

Somente em 1952 Sílvio gravou “Vestido das Lágrimas”, em seu primeiro LP. 

Norma

De bobeira - socorro moreira




Tu que vives só partindo

Tu que chegas de mansinho

pisa as flores dos meus sonhos

se aconchega em meu carinho


se penso quando te esqueço

e sinto quando te vejo

desisto de controlar

o sentimento no peito


meu amor é tão intenso

mas não perde a lucidez

sabe esconder o desejo

deixa passar sua vez

Acordei cantando ...

Una lacrima sul viso
Bobby Solo

Da una lacrima sul viso
Ho capito molte cose
Dopo tanti, tanti mesi ora so
Cosa sono per te

Uno sguardo ed un sorriso
M'han svelato il tuo segreto
Che sei stata innamorata di me
Ed ancora lo sei

Non ho mai capito
Non sapevo che
Che tu, che tu
Tu mi amavi ma
Come me
Non trovavi mai
Il coraggio di dirlo, ma poi...

Quella lacrima sul viso
É un miracolo d'amore
Che si avvera in questo istante per me
E non amo che te

Non ho mai capito
Non sapevo che
Che tu, che tu
Tu mi amavi ma
Come me
Non trovavi mai
Il coraggio di dirlo, ma poi...

Quella lacrima sul viso
È un miracolo d'amore
Che si avvera in questo istante per me
E non amo che te che te che te...


João Nicodemos






o relógio da casa
da minha tia
batia...
batia...

minha infância era tranquila
segundo me lembro
não havia ponteiros de segundos

João Nicodemos

Nós e estas nossas mulheres amandas-Por José do Vale Feitosa




Certo que nesta aridez,
Existem notas, si, bemóis,
Grânulos múltiplos qual arco-íris,
Um rasgo que junta identidades,
A solda que diferencia as partes.

Certo que na seiva revelam-se,
Os corpos inertes dos cristais,
Insetos na película sólida da água,
Membranas unindo nadadeiras de patos,
O suor que revela o reservatório interior.

Certo que uma pedra é pó,
Mas na combustão do âmago da terra,
Os sólidos são líquidos de pura pressão,
Tais temperaturas ao ar livre da crosta,
Em gases evolar-se-iam.

Como certo é o talvez,
Ainda mais incerto se curvo,
Sobretudo se reto é certo,
Certo é que de incertezas,
E certezas feito bússolas,
Nossa natureza é árida e fértil.

Este grande desejo de perpetuar-se,
Teria que deter um modelo,
Uma fôrma que confirma,
Que é da mesma natureza,
Qualquer ponto do arco do tempo.

E como seiva das pedras,
Meu amor a tem como molde,
Da remissão dos meus pecados,
Da subtração de excessos materiais,
E da edição de partículas ausentes,
Que me totalizam as deficiências essenciais.

E profundo como a natureza do pênis,
Saber ouvir o canto das sereias,
Mais que Joyce, Glauber ou uma Polifonia,
Encontra-se a finitude da eternidade,
Do infinito que resulta da soma de finitos,
Nós e estas nossas mulheres amadas.

Certo que Paris não incendiou-se
mas Hitler suicidou-se.
Tu vives pois me lês
E eu nem certo,
que ainda sou,
enquanto me lês.
Mesmo assim vivo em ti.

por José do Vale Pinheiro Feitosa

Tchaikovsky



Piotr Ilitch Tchaikovsky ou Chaikovsky em português europeu (em russo: Loudspeaker.svg? Пётр Ильи́ч Чайко́вский, por vezes, traduzido Pyotr Ilyich Chaikowsky); (Kamsko-Wotkinski Sawod, actual Chaikovsky, 7 de maio de 1840 – São Petersburgo, 6 de novembro de 1893) foi um compositor romântico russo.

Embora não faça parte do chamado Grupo dos Cinco (Mussorgsky, César Cui, Rimsky-Korsakov, Balakirev e Borodin) de compositores nacionalistas daquele país, sua música se tornou conhecida e admirada por seu carácter distintamente russo, bem como por suas ricas harmonias e vivas melodias. Suas obras, no entanto, foram muito mais ocidentalizadas do que aquelas de seus compatriotas, uma vez que ele utilizava elementos internacionais ao lado de melodias populares nacionalistas russas. Chaikovsky, assim como Mozart, é um dos poucos compositores aclamados que se sentia igualmente confortável escrevendo óperas, sinfonias, concertos e obras para piano.

wikipédia

Orestes Barbosa


Orestes Barbosa nascimento 07/05/1893 falescimento 15/08/1966
Compositor, letrista, jornalista e escritor carioca, aprendeu a tocar violão ainda na infância. Mais tarde trabalhou em redações de diversos jornais do Rio de Janeiro e publicou seu primeiro livro de poemas em 1917, "Penumbra Sagrada". Como jornalista, militou politicamente através de seus artigos, tendo sido preso por esse motivo algumas vezes. Acabou escrevendo o livro "Na Prisão", com seus relatos do cárcere. Escreveu outros livros de poesia e prosa antes de fazer suas primeiras letras para música: "Romance de Carnaval", valsa em parceria com J. Machado, e "Bangalô", com Osvaldo Santiago. Compôs também nos anos 30 o maestro J. Thomaz, Heitor dos Prazeres ("Nega, Meu Bem"), Nássara ("As Lavadeiras", "Caixa Econômica") e Noel Rosa ("Positivismo"). Outros parceiros foram Custódio Mesquita ("Flauta, Cavaquinho e Violão"), Francisco Alves ("Adeus", "Dona da Minha Vontade"), Wilson Batista ("Abigail", "Cabelo Branco"), Ataulfo Alves e Silvio Caldas, com quem compôs várias músicas, entre elas "Arranha-céu", "Suburbana", "Serenata", "Quase que Eu Disse", "Torturante Ironia" e seu maior sucesso, "Chão de Estrelas", considerado um dos hinos da MPB. Entre valsas, foxes e sambas, suas composições foram gravadas por intérpretes como Castro Barbosa, Silvio Caldas, Carlos Galhardo, Aracy de Almeida, Orlando Silva e Zezé Gonzaga. Na década de 70, Paulinho da Viola regravou sua parceria com Valzinho, "Óculos Escuros".


http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/orestes-barbosa

Elizeth Cardoso



Elizeth Cardoso (Rio de Janeiro, 16 de julho de 1920 — 7 de maio de 1990) foi uma cantora brasileira. Conhecida como A Divina, Elizeth é considerada uma das maiores intérpretes da música brasileira e um das mais talentosas cantoras de todos os tempos, reverenciada pelo público e pela crítica.

Data de lançamento do Livro

Esqueçam a data sugerida : 9 de julho/2011.
Algumas pessoas já manifestaram a impossibilidade de vir.
Informem a data que lhes convém !
Atentaremos para a conveniência da maioria.

 

NO TAPETE DE SÓCRATES



                                   
MATÉRIA DE POESIA

Faço de pedra o meu poema
de terra
e água.

Faço de sangue o meu poema
de suor
e dor.

Faço do tempo o meu poema
de memória
e esquecimento.

Faço da morte o meu poema
de perda
e permanência.



JUSTIFICATIVA

Sócrates, quando estava para morrer, quis aprender a tocar cítara.
 – Mas para quê? – disseram. – Você está para morrer.
– Ao menos terei tocado a minha cítara – respondeu.
Como Sócrates, eu escrevo os meus poemas.