por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

esperarei o dia

esperarei o dia enfim terminar
diga então pra onde foram
aqueles sonhos

tomei todos os trens possíveis
sempre na certeza
de falar com alguém
que dissesse que tudo
é tão simples
de onde eu vinha
onde as águas e o ar
estavam sempre quentes
e a cidade era toda minha

besteira dizer que o amor
é maior do que as estrelas
as nuvens se espalhando
sobre os telhados
o céu ao alcance da mão
nesse verão

o amor
arte de fazer sofrer
depois que a locomotiva
dos desejos descarrilha
e desce escada a baixo

vamos
qualquer canção daquele tempo
cabe nesse momento

SOB O CÉU DO DESERTO por João Marni

 



Necessário é que nos recolhamos e que fiquemos frente a frente com nós mesmos, não de um espelho, pois a imagem seria invertida.
Falo do mergulho ao nosso interior, buscando nossos motivos, com a alma nua e em silêncio, capaz então de perceber nossos ruídos, nossas dores, nossas culpas e os aplausos pelos nossos acertos.

Não será uma balança, posto que gramas do que fazemos pelo próximo pesam muito mais do que quilos por nós mesmos, quando no nosso prato só a vaidade, o egoísmo, a insensatez, a grosseria, a ingratidão e a cegueira - apesar de tanta luz -, e a mudez quando não gritamos pelo outro diante de uma injustiça!

Isso tudo deveria dar dó na gente!... Mas a percepção de que somos capazes de gestos bonitos, como perdoar ou “fazer o bem sem olhar a quem”, e saber que aquele sorriso que nem é para nós ficarmos felizes à distância, dá-nos esperança. É gratificante!
Entregar-se, doar-se, arriscar-se, não pensar mais em si.

No silêncio, olhar para cima e maravilhar-se com as constelações, tendo a convicção de nossa pequenez e que fizemos o que deveríamos ter sido feito!...Se assim for, ao amanhecer e durante todo o dia, o calor não nos incomodará e á noite o frio cederá lugar á beleza!

De quem temos que lembrar?







Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945 – São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira. De morte trágica e prematura, deixou vasta e brilhante obra na música popular brasileira. A discografia apresenta mais de 35 títulos. Vinícius de Moraes apelidou-a de Pimentinha.





Janis Lyn Joplin (Port Arthur, 19 de janeiro de 1943 — Los Angeles, 4 de outubro de 1970) foi uma cantora e compositora estadunidense. Tornou-se conhecida no final dos anos 60 como vocalista da banda Big Brother and the Holding Company, e posteriormente como artista solo.








Nara Lofego Leão Diegues (Vitória, 19 de janeiro de 1942 — Rio de Janeiro, 7 de junho de 1989) foi uma cantora brasileira.
Filha caçula do casal capixaba Jairo Leão e Altina Lofego Leão, Nara nasceu em Vitória e mudou-se para a Cidade do Rio de Janeiro quando tinha apenas um ano de idade, com os pais e a irmã, a jornalista Danuza Leão. Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo "Os Oito Batutas" de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Mais tarde, Nara tornou-se professora da academia.




QUER VENCER?

QUER VENCER?

Quer vencer os desafios?- confie em DEUS!
Quer ser bom no que faz?- Pratique!
Quer alcançar o objetivo?- Jamais desista!
Quer crescer?- tenha raízes.
Quer ver resultados? Persevere.
Quer ser feliz?- esqueça o passado
Quer falar bem?- Escute melhor.
Quer aprender?-Persista em ler.
Quer realização pessoal?- Sirva!
Quer fazer diferença?-Pague o preço.
Aqueles que nada fazem e esperam algum tipo de vitória estão enganados.
A vitória é dos que lutam, dos que agem, dos que "saem do porto".
A vitória é dos que se arriscam para alcançar o alto da montanha.

Um filme, uma música

Essa, descobri agora ...

História de Boêmio (um Abraço em Nelson Gonçalves)
Sérgio Sampaio
Composição: Sérgio Sampaio


Há muito qu'eu trago
No sangue comigo
A febre de um samba
Que é meu amigo
Há muito qu'eu molho
Seus olhos enxutos
Há muito qu'eu canto
Eu só sei cantar


Já fui derrotado
Brigando num ringue
Cantor consagrado
De tango e suingue
Depois destronado
Depois, um bandido
Há muito qu'eu canto
Eu só sei cantar


Pelas madrugadas
Boêmio convicto
Bebendo traçado
Cantando sozinho
Um samba quadrado
Até o sol reclamar


Eu hoje não posso
Ficar em silêncio
Depois de reinar
Neste palco imenso
Há muito qu'eu canto
Eu não posso parar
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Ouça músicas grátis

No instante impróprio- por socorro moreira


leve é a sorte, consorte
brinca de escrever
o fruir, o viver

ele estava no labirinto do desencontro
mas escutou um pássaro aterrissar...

preencho linhas
metade da página ,contrita
a outra metade sem tinta
implícito que estou unida
explícito : nada é pra sempre
só espero que ultrapasse
os anos da minha vida.


Pensamento para o Dia 19/01/2011


“A mente não deve ficar vagando em todas as direções indiscriminadamente como uma mosca. A mosca vive na loja de doces e corre atrás dos carros de lixo; a mosca (mente) deve ser ensinada a perceber a doçura do primeiro lugar e a presença de impurezas no segundo lugar, de modo que não abandone a loja de doces e siga o caminhão de lixo. Quando tal ensinamento é transmitido para a mente, ele é chamado de meditação. Por outro lado, veja a abelha! Ela tem contato apenas com a doçura; ela se aproxima apenas das flores que possuem néctar; não é atraída por outros lugares; nunca vai até lá. Da mesma forma, você deve abandonar todos os apegos pela atração sensorial.”
Sathya Sai Baba
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“As principais coisas a serem consideradas não são a que custo tem-se orado ao Senhor, ou o número de anos que se tem empenhado nisso, ou as regras e regulamentos que se segue, ou mesmo o número de vezes que se tem orado. As principais considerações são: com que disposição tem-se orado, com que grau de paciência tem-se esperado pelo resultado e com que disposição unificada tem-se implorado pela bem-aventurança Divina, independentemente da felicidade mundana e dos atrasos, sem cansaço e com uma atenção constante em si mesmo, em sua meditação e em suas tarefas atuais. Na medida do possível é necessário direcionar a mente para todas as coisas sagradas que produzem doçura e alegria associadas ao Senhor.”
Sathya Sai Baba

Versos no andar a pé- por socorro moreira



espero as horas sem teclas novas
sem o céu das estrelas
janela chama por meu olhar ,
cúmplice da estrada
tudo marcado e sagrado
quero voltas ...
algumas invictas !


Operário das letras
Desconcentra a comunicação
Ponte mantida!


Paixão dócil
tem solução
Na lucidez dos sentidos
nossos olhos
(mar de conhaque)
espumam-se


papel e lápis
borracha em desfunção
palavra mansa
conflito ardente
Fuga em dó
Ré menor
canção em pentaquilo
Sinto o cheiro incomum
da química dos conhecidos.

Parabéns, Dona Maria Valdenora !


Há 83 ela nascia, filha de Maria.
Abriu os olhos, soltou o choro,
numa fazenda de carnaúbas.
Piauí das trovoadas
Flora agreste
Vento embalando sono
Calor queimando a pele
Lamparinas acesas
vestidas de estrelas

Pequena,
crescida,
menina...
Voltou à fragilidade antiga
Cinco Marias cuidam do seu dia


O tempo é corrosivo e multiplicador !