por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 22 de janeiro de 2015


Abidoral Jamacaru e seu jasmim- laranjeira- por João Nicodemos

Abidoral Jamacaru

Foto de Samuk
 
 
 
Que grande Alegria para nós todos que conhecemos e reconhecemos o valor humano e artístico de Abidoral Jamacaru. Sua obra é única, autêntica, irretocável e atemporal. Diria, em paráfrase a Mário Quintana, “os tolos, todos, que atravancaram seu caminho, passarão...Abidoral, passarinho!” E pássaro de voo seguro e certo de seu destino. Canta, e canto também, com ele, “Voo mais alto que o Homem que Sou! “Soul”... é isso: uma questão de alma! Almas que não se vendem, por dinheiro algum, nem sucesso fácil! Nosso Abidoral é assim... Sua história reflete uma cultura de resistência e, docemente resiste à estiagem de almas elevadas. A solidão do Condor que galga as mais inusitadas alturas, é voa só! Mas não lhe falta quem observe e admire a elegância com que cuida do seu jardim...do seu jasmim laranjeira... Acompanho sua obra desde que o vi pela primeira vez (e me lembro disso como quem ouviu o “Sargent Peppers” no ano de seu lançamento), com a mesma admiração, espanto e respeito. Tenho a imensa alegria de ser seu parceiro em alguns trabalhos e isso me honra. Abidoral Jamacaru não é um “produto” que se coloque nas vitrines do sucesso para ser substituído por similares... Não há similares de grandes criadores. Abidoral é um “processo”, um artista novo a cada canção, a cada acorde que inventa e reinventa. Em sua maturidade, já sabe que não há lugar para ele na prateleira do grande sucesso... que não há grandeza em vender sua rima, mesmo a troco de ouro. Eles todos, eles tolos, passarão... você, Abidoral, não!
(abraço do amigo João Nicodemos)
 




 Necessitamos estar conectados com o que vai pelo mundo. A maioria das notícias nos deprimem e fecham o nosso sorriso. Quando Zé do Vale dá uma trégua, e se distrai da política, parece que começa uma festa. Corro pra ver a lua,  conto quantas rosas brotaram no jardim,  entro no mundo dos  meus desejos: o mundo da música e da poesia.
Uma das coisas mais agradáveis deste blog  é ficar por dentro dos acontecidos, sem permitir que as emoções deixem de fomentar os nossos sonhos. Queria que toda humanidade  nunca perdesse a capacidade de se encantar,  sorrir , sem muito explicar.
 

VIVE LA FRANCE! - José do Vale Pinheiro Feitosa



Tornerai - com Dalida 

Tornerai composição italiana de Dino Olivieri e letra de Nino Rastelli. Foi registrada em francês como J´attendrai por Rina Ketty em 1938 com letra em francês de Louis Poterat. Foi a canção emblemática do início da segunda guerra mundial.



Tornerai - Tua sabes que te amo, não tenho que de ti /encontrar-me distante, diga-me por que? / A nostalgia não sente no coração / Não te recordas de mim. / Esta minha vida, não, não pode? Durar / Tu és fugitiva, deves tornar / Este meu coração, tu ainda queres. / Tornarás...a mim / por que? / O único sonho sei...do meu coração / Tornarás, por quê? / Sem teus beijos lânguidos, não viverei? / Aqui dentro de mim mesmo / a tua voz que diz, tremendo de amor, / Tornarei? Por que? Tu és o meu coração.


J´Attendrai

Esperarei!
O dia e a noite, esperarei sempre
teu retorno.
Esperarei  
Porque o pássaro fugitivo tenta se esquecer,
em seu ninho.
O breve tempo passa
batendo tristemente,
sobre meu coração tão pesado.
E, portanto, esperarei
Teu retorno.
(bis)
O vento traz-me
os rumores distantes.
Após minha porta
o escuto em vão.
Puxa, e nada.
Nada me vem.
Esperarei,
o dia e a noite, esperarei sempre
teu retorno.



Por que a primeira pedra sempre é lançada e a mão pioneira é cheia de pecados? Porque viver é rever posições, princípios e conhecimentos.

Toda a degeneração recente da França, que sua história carrega na bolsa do canguru, toda a violência e tortura aplicada aos libertários da Argélia. A França, assim como Portugal, Espanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica foram as rapinas da África, América e Ásia. Alemanha e Itália não fizeram do mesmo porque chegaram tarde ao botim colonialista.

E nosso horror latino americano, com a escravidão, saque, tomada de terra, exploração mineral e da produção agropastoril, não se pode extrair da história. Mas o papel das lutas populares, das instituições desenvolvidas, a nossa cultura e tantas outras manifestações do povo não podem ser, igualmente, extraídas.

Agora não se pode aplicar um anátema a toda a França tomando por regra fatos e eventos do seu passado, mesmo o recente, tais como a repressão e tortura e o papel meio barro meio tijolo do seu povo da segunda guerra mundial. Pois na Franca se houve a República de Vichy, também aconteceu a Resistência e todo um ideal de social democracia no pós-guerra.

Nenhuma cultura produziu reflexões tão reais sobre a humanidade, a história e as civilizações. A França é um centro irradiador e fundador do que é a possibilidade de uma civilização mais igualitária, mais humanista, mais avessa à exploração do homem pelo homem.  

Há muita boca torta do hábito, muita facilidade argumentativa, muita preguiça intelectual e muito uso de velhas formas como se na realidade nada houvesse de mudança. Só que a França pulsa sua vida social e cultural na perspectiva crítica do presente e na projeção do futuro.

A civilização francesa é solidária, embora a malha social, sob crise econômica, desemprego e forte pressão imigratória seja geradora de fortes tensões. Há que se qualificar e classificar quem é quem nesta transição. A extrema direita é contra a migração e tem aversão aos muçulmanos, mas na França a maioria não é assim.

A própria recuperação do prestígio de Hollande e as manifestações de massa após o atentado contra os jornalistas do Charlie andaram no sentido de uma sociedade plural e democrática. Os fascistas compõem a minoria e neste episódio não conseguiram, mesmo que tenhamos que colocar um “ainda”, selar o cavalo da história.

E por fim: muita gente andou tendo dúvida sobre as críticas ao Charlie Hebdo. Muita gente andou se apegando ao argumento “analítico” de suas charges usadas fora do contexto. Muita gente repetiu o mantra sem jamais ter lido um número sequer da revista.

Humorismo tem uma natureza muito interessante: é tão sintético que é autoexplicativo. Mas é a síntese do que circula no momento e um tempo depois só faz sentido se contextualizado. Ou seja é uma das expressões mais datadas que existe.


Inclusive acabei de saber que a edição feita após a atentado será reproduzida no Brasil.  

CARNAVAL DA SAUDADE 2015

 
Estamos mais uma vez realizando o já tradicional Carnaval da Saudade do Crato Tênis Clube. Em 2015 comemoramos os 10 anos deste evento que tem se destacado na região do Cariri como a mais marcante festa do período momino. Uma festa marcada pelas marchinhas, frevos e sambas.

Em 2015 a festa será animada por duas orquestras da região do Cariri: A Orquestra Prisma, e a Orquestra Carnavalesca Azes do Ritmo, com as participações especiais do Maestro Hugo Linard e do grande Crooner Francisco Peixoto, que certamente farão o "Clube do Pimenta" ferver de alegria e muita emoção.

Dois grandes nomes da nossa cultura serão os homenageados: O Dr. Maurício Almeida Filho, Mauricinho, ex-presidente do Crato Tênis Clube, fundador da inesquecível "Cratucada", que tanto animou os carnavais do Crato, e um dos criadores do "Desfile das Virgens", famoso bloco de carnaval que começou nos anos 1970. O outro homenageado é o Maestro Hildegardo Benício, "in memorian", um músico de alma inteira, que viveu a maior parcela de sua existência, alegrando os seus semelhantes. Grande saxofonista que abrilhantou festas, tertúlias, e muitos eventos por esse Cariri afora. Um dos maiores ícones da nossa história musical.

E, como já é tradição, o Carnaval da Saudade 2015 vai sair a partir das 4 horas da manhã do CTC para encerrar em apoteose, na Praça Siqueira Campos.