por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 27 de setembro de 2014

Dilma avança na classe C, que pode decidir a eleição (POR PAINEL - 27/09/14)
Efeitos do bombardeio - A campanha agressiva fez Dilma Rousseff (PT) avançar rapidamente sobre Marina Silva (PSB) na chamada classe C, com renda familiar de 2 a 5 salários mínimos. Há uma semana, as duas estavam empatadas no grupo com 34%. Agora a petista abriu sete pontos: 37% a 30%. Na simulação de segundo turno, Marina viu sua vantagem de 11 pontos no Datafolha dar lugar a um empate técnico: 47% a 44%. O segmento é o principal alvo da propaganda de TV e concentra quatro em cada dez eleitores.

Zona vermelha - O discurso petista de que Marina ameaça os programas sociais teve forte impacto no Nordeste. No segundo turno, Dilma dobrou sua vantagem na região, de 13 para 26 pontos. Se a eleição fosse hoje, ela venceria a rival por 59% a 33%.

Derretendo  - Marina encolheu nos dois maiores colégios eleitorais. Em São Paulo, perdeu seis pontos em duas semanas e agora tem 34%. Dilma ficou com 27%. Aécio Neves (PSDB) ganhou seis pontos e aparece com 22%.

Distribuindo - Em Minas, Marina perdeu sete pontos em duas semanas e agora tem 19%. Seus eleitores se dividiram entre os mineiros Aécio e Dilma. A petista lidera com 36%, e o tucano foi a 29%.

Satisfeitos - Em uma semana, a presidente recuperou quatro pontos entre os eleitores que aprovam seu governo: subiu de 71% para 75%. Entre quem acha a gestão regular, ela ganhou três pontos, e Marina perdeu seis.

Sonháticos - A candidata do PSB perdeu a dianteira entre os mais jovens. Caiu de 37% para 32% em uma semana. Dilma foi de 32% a 36%.

Revoada tucana - Marina também desidratou entre simpatizantes do PSDB. Há uma semana, alcançava 31% no grupo. Hoje tem 23%. Aécio subiu de 56% a 68%.

Sem euforia - Dilma foi orientada a não se empolgar com a possibilidade de vitória no primeiro turno. “É besteira entrar nessa agora. Temos que botar o pé no chão”, diz um alto conselheiro.


A nova Geni  - O PT preparou outra peça de rádio contra Neca Setubal, aliada de Marina e herdeira do Itaú. “Para os banqueiros, tudo. Para os bancários, neca”, diz o jingle.

O disputado "voto vagabundo" - José Nilton Mariano Saraiva

“Made in PSDB”, porquanto idealizado, arquitetado e lançado no governo FHC, o tal “fator previdenciário” foi uma dessas maldades inomináveis para com centenas de milhares de aposentados brasileiros (para editá-lo, à época um suposto e contestável déficit da previdência foi brandido). No entanto, e como restou comprovado a posteriori, a explicação mais plausível nos remete ao fato de o então Presidente da República e seus áulicos terem que arranjar um bode expiatório para a gravidade momentânea das contas do governo, daí nada mais cômodo do que considerar os “velhinhos do INSS” uma espécie de trambolho, mercadoria de quinta categoria e, pois, desmerecedora de quaisquer direitos. Portanto, tunga neles. Tanto é que, sarcasticamente, a partir de então passou a rotulá-los de “vagabundos”. E a tratá-los a pão e água.

Como não há nada melhor que um dia atrás do outro com uma noite no meio, eis que agora, de olho nos votos dos milhões de “vagabundos” brasileiros, o candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, apadrinhado e referendado por FHC, resolveu ir de encontro aos ditames do chefe ao anunciar seu propósito de, se eleito, rever o tal “fator previdenciário”, reconhecendo-o como um ultraje àqueles que tanto deram pelo país (os aposentados). Como o fará, não detalhou. Entretanto, como já anunciou que se valerá de alguns dos integrantes do governo FHC, que editou o projeto original, fica difícil explicar a contradição de tal proposta. Até porque, seria uma espécie de “reprovação” (embora tardia) ao chefe.

De outra parte, pegando carona na proposta do concorrente, de pronto e de forma oportunista a candidata Marina Silva – aquela que se especializou em copiar, colar e assumir a paternidade de obras alheias, porquanto lhe falta substância, de pronto tratou de desfraldar a mesma bandeira, sem que, igualmente, tenha respostas de como o fará. Até porque, também alguns dos que estão ao seu lado hoje estiveram com FHC, no passado.

Fato é que entre as duas manifestações, uma constatação fica evidenciada: nenhum deles (Aécio ou Marina) até agora apresentou um novo projeto ou modelo em substituição ao “fator previdenciário”. E por uma razão simplória: porque inexistem estudos detalhados a respeito de como fazê-lo e porque a coisa é realmente complexa, não se resolvendo da noite pro dia.

Assim, os aposentados brasileiros hão de ter especial cuidado com o “conto do fator previdenciário”, que atualmente é vinculado harmoniosamente em “dose dupla” (por Aécio e Marina), com o objetivo único e exclusivo de ganhar o “voto vagabundo”.