por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 15 de abril de 2014

O "GIRO DA RODA" - José Nilton Mariano Saraiva

As recentes e oportunas postagens do Zé Flávio e do Carlos Esmeraldo tendem sinalizar para o tão almejado “recomeço” do Crato (e o seu despertar para uma nova era), porquanto provocadoras de reflexões e debates sobre os erros cometidos no PASSADO e o que poderá ser feito HOJE na perspectiva de que tenhamos  algum FUTURO. 

De um lado, o Zé Flávio foca sua análise no saudosismo e pessimismo dos cratenses, deixando transparecer terem sido fatores determinantes e responsáveis pelo estado de hibernação que acomete a cidade já há uns 40 anos; aproveita a oportunidade e nos chama a atenção para a necessidade do estabelecimento de metas que representem a vocação da cidade, sugerindo cuidados com a Cultura e a Ecologia.

Já a vertente ofertada pelo Carlos Esmeraldo, além de reforçar o explicitado pelo Zé Flávio, basicamente nos direciona à necessidade de “união” do povo cratense em prol da cidade.

Particularmente, entendemos que há, sim, perspectiva de reversão do quadro, desde que nossa população se conscientize da necessidade de engajar-se mais efetivamente nessa luta.

Afinal, como negar que o Crato chegou a esse deplorável estado de paralisia em razão da irresponsabilidade do seu povo no momento de usar sua arma mais importante, o voto.

Sim, porque optar por um quadro político sem nenhum vínculo ou comprometimento mais sério com a cidade (nas eleições proporcionais), ou que na eleição majoritária (prefeito) escolha o candidato levando em conta a tal “tradição famíliar”, como recentemente fez o nosso povo, é algo imperdoável (assim como escolher pessoas despreparadas e que objetivam apenas “se fazer” na política, é crime).

Como mostrou o Carlos Esmeraldo em sua postagem, é através de uma representação política atuante e unida que conseguiremos a tão sonhada alavancagem da economia, E isso representa o quê ??? Ora, implantação de indústrias e atração de empreendimentos comerciais de porte, com a conseqüente criação de empregos, geração de renda, aumento do consumo, movimentação do comércio e, alfim,  benefícios para a cidade, via recolhimento de impostos e taxas. Assim, aumentando sua base arrecadadora, o poder municipal terá condição de investir em novos planos e projetos, que decerto beneficiarão a cidade e seus habitantes. A isso se deu a alcunha de o “giro da roda”. Portanto, façamos a “roda girar”, no Crato, e o resto virá em conseqüência.

Claro que, como mostrou o Zé Flávio, a chegada do progresso tem sua porção dicotômica (ônus-bônus, positivo-negativo e por aí vai), comumente deixando seqüelas, tipo aumento da criminalidade e de roubos, transito caótico e demais mazelas. E aí surge o grande dilema: crescer e se sujeitar a isso tudo (já que decorrência desse mesmo progresso) ou ficar “deitado eternamente em berço esplêndido” (à espera que as coisas aconteçam naturalmente), abdicando do desenvolvimento e tornando-se uma cidade dormitório (como o é o Crato hoje), onde apenas um restrito grupo de pessoas se beneficia. Mas, se optarmos por isso, como o poder municipal arranjará dinheiro até para saldar sua folha de pessoal  ???

Urge, pois, que comecemos a mudar o jogo, via realização de seminários e debates, objetivando “acordar” os habitantes da cidade no tocante a influencia do seu voto quando da escolha dos que nos representação nos mais diversos foros .

Em suma: para nos catapultar do marasmo vigente, educação, política e economia se nos afiguram como complementares e necessários, porquanto essenciais numa possível retomada de crescimento.

Post Scriptum


“Educando o jovem não será necessário punir o homem” (autor desconhecido).