por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

UMA FRASE. UMA ORAÇÃO. UMA CONSTATAÇÃO?

"Eis uma verdade profunda e imbecil: todos vigiam e controlam todos para que ninguém faça aquilo que todos querem fazer" Gaiarsa

E Cuba continua uma Referência - José do Vale Pinheiro Feitosa

Outro dia, bem no espírito fl x flu interiorano, recebi um e-mail sobre a miséria da saúde em Cuba. Pretendia ser outra versão do que dizem os relatórios dos organismos mundiais sobre o bom desempenho da gestão de saúde e seus resultados naquele pequeno país. O texto fora produzido e divulgado pelo virulento movimento anticastrista de Miami que convenhamos não tem isenção alguma para construir honestamente outra versão dos fatos.

A verdade deste debate se encontra em organismos multilaterais, representantes das nações, onde todas as versões são importantes e os indicadores são universais e comparáveis. Não existe outro modo de se debater e é necessária uma rápida evolução da cata de lixo na internet para enfrentar o debate de modo qualificado.

Se Cuba não chegou ao céu da bonança, não dispense os pecadores de alhear-se do que ocorre no Chile, nos EUA, Canadá ou Alemanha. Alhear-se deste modo é se tornar prisioneiro de uma ideologia de almanaque, que todo os dias repete o mesmo mantra e se torna obtusa como uma cegueira de compreensão do que se enxerga.

A UFPA (United Nations Population Fund) das Nações Unidas acaba de publicar informe sobre o Estado da População Mundial em 2011, com o subtítulo emblemático: 7 bilhões de pessoas: seu mundo, suas possibilidades. A essência é mudar a pergunta estratégica para o futuro, ao invés de perguntar-se: Somos demasiados numerosos? A pergunta a ser feita é: O que posso fazer para que o nosso mundo seja melhor?

Se tomarmos alguns indicadores sobre mortalidade precoce, esperança de vida ao nascer, escolaridade e saneamento básico entre sete países, alguns que estão no topo do desenvolvimento - Canadá, EUA e Alemanha – incluindo Cuba e Chile por serem o modelo ideológico, acrescentei a Costa Rica por sempre ter sido referência de boas políticas humanas e, claro, o Brasil.

Cuba está muito bem em níveis comparáveis com maior grau de desenvolvimento humano, à exceção da Mortalidade Materna onde seu comportamento diverge muito dos países de maior desenvolvimento igualmente ocorre com o Brasil, Costa Rica e numa escala menor o Chile. Cuba atinge as melhores posições, mas é preciso dizer que o conjunto dos sete países já estão num patamar muito acima do que foram no século XX.

A feição pavorosa contra Cuba não se sustenta, mas diferentemente do Chile cujos indicadores também são bons, Cuba enfrenta um bloqueio econômico da nação mais poderosa do mundo. Como uma pequena nação o Chile nunca deixou de perder o apoio dos EUA, mas Cuba foi largada ao vento com o fim da União Soviética. Os fluxos de capitais e financiamento são completamente diferentes do que as demais nações se sujeitam. Cuba continua a provar que é possível viver fora da ditadura do capital financeiro. E isso não é pouco.

Se alguém pode ser diferente, todos também podem fugir da “cortina de ferro” dos juros do sistema financeiro que controlam os países.

Um Cariri cinzento - Emerson Monteiro



Neste término de mês, novembro de 2011, após madrugada chuvosa, manhã mostra cara cinza qual quem quer inverno a tornear as encostas lá de longe no horizonte azul balançando orvalhos luminosos nas cercas e folhas de árvores e arbustos. Espécie de paisagem própria para refletir movimentações do lado de fora, os dramas financeiros, as bolsas em constante oscilação que sujeitam envolver gentes e bichos nos motivos eletrônicos do tempo, e querendo ou descontente com o clima que espreme sentimento nas perguntas sem resposta, roupas mofadas no fundo da alma sem jeito de olhar a neblina brejeira de qualquer direção.

Repassassem dizeres dos jornais, achariam nisso um futebol que mexeu com as pessoas que buscaram futebol no final de semana, e alimentavam sonhos de sucesso no esporte coletivo em nosso Cariri. As notas, no entanto, pelos cantos perdidos de páginas apressadas, falavam solteiras que dormiram cedo na solidão a dois das multidões alvoroçadas no estádio. E horas do expediente ganharam só dinheiro de sobrevivência na educação dos filhos, bilhetes de loteria, folhas de pagamento, impostos e taxas, esforçados nas horas do expediente do pão, suor, rosto, etc.

Ando pouco mais e encontro as histórias dos valores nas questões políticas estrangeiras, parlamentos convulsos, praças cheias, câmbios de países europeus atolados nas dívidas ilusórias... O desejo antigo de falar nas flores que iluminam casas e pessoas, belezas de gerações ensaiando gritos de vitória travados no ar. Jovens, ruas e monumentos perto das férias dos oceanos agitados... Alegres janelas iluminadas... Vozes cheias de possibilidades nascidas em forma de viver feliz da multidão de chances, no Céu daqui da Terra.

Bom, isso de admitir clima novo de inverno, corações e presentes... Crer nas letras e nos vocábulos que falam de transformação, e animar o mundo pelas folhas arrancadas dos sempre calendários mil que viajam na eterna Felicidade.

A NOTA


No velho livro, uma data e a nota:
“Trocaram o nosso gato.”




Exposto à luz
Inspira o anverso sem registro
A poesia é um sentimento
invisível
Nas entrelinhas ela caminha e treme
Só para
Quando sai do círculo.

socorro moreira

Carta ao Tom 2010 - José do Vale Pinheiro Feitosa

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LIGUE A MÚSICA E LEIA O TEXTO


Pois bem, confesso. É um amor mais longínquo que minha própria vida. Pode ser ouvida uma modinha, o casco dos cavalos nas pedras de tuas ruas curvas, tuas ladeiras, as montanhas que se espremem logo na borda para demarcar os limites da planície do mar. Pode acontecer entre o século XVIII e XXI que sempre sentirei saudades.

Quantas vezes, após alguns copos de cerveja, desci o morro cantando, atravessei o túnel da Rua Alice e tive a alegria de estar vivo com os olhos abertos para a Baia da Guanabara. O Corcovado feito manta entre outros morros, uma floresta que vem lá dos confins e se entranha bem aqui no meu peito.

O samba. É preciso ter vivido para compreendê-lo. Numa quadra de bloco, com um panelão de feijoada num sábado e no outro um mocotó com pimenta malagueta, para fazer fogo com a pinga que canta feito um tamborim, um reco-reco de ritmo ou um poema de cavaquinho.

E teus mitos. Paulinho da Viola, João do Vale (mesmo maranhense), João Nogueira, Monarco, tantos mitos que nenhuma quadra de Escola tem o dom de definir. Eles estão muito além do piso, mesmo quando ecoam na cobertura de zinco, é na abóbada do céu que os sons se entremeiam nos vales. Tantos e vários tamanhos que nem sei quantos.

O Angu do Gomes, um lenço na mão para tocar com veludo a palma da dama na Estudantina. Os tempos de arrebenta balão da lona do Circo Voador, a Lapa renascendo como a velha Itália compreendendo que era muito maior que suas ruínas imperiais.

As longas horas da música popular brasileira na Rádio JB. As meninas ousadas como Angêla Rorô, os encantos de novidades em tantas canções que nem Eduardo Dussek conseguiu domar toda a ironia. Mas não esqueça que por aqui passava a onda globalizada do Rock e a Rádio Fluminense, lá do outro lado da Baía, em Niterói dizia muito mais que muitos ouvidos para ouvi-la. E a Mundial, quem não lembra do precoce Big Boy falando do Bem, um restaurante de São Conrado onde um dia dançamos o Charleston com uma big band de primeira.

A praia, o Pier, Copacabana e as asas deltas de São Conrado. Os meninos nascendo, Cabo Frio, Búzios, Arraial do Cabo e o Pontal do Atalaia para um Por de Sol tão panorâmico ao qual até o sol estava embaixo. Eu realmente amo esta terra.

Mesmo quando falo em alma, não a imagino no etéreo mundo dos espíritos. Sempre atravessando estas serras, estes montes, as ruas irregulares, este modo de amar maior que tudo que tem fim. Não se pode amar como finalidade. O amor é o meio pelo qual a vida se realiza como chama que acende por natureza.

O Rio de Janeiro, esta terra que não empresto, não dou e nem troco. Não é mercadoria e nem objeto. È um tudo de vida e andar. Um muito que conclui o quanto se pode amar tantas outras mais chamas diferentes. Inclusive meu vale de origem e as dunas brancas do Ceará.

Figurante - Por Rejane Gonçalves



Comecei a rejeitar Emanuel ao perceber que ele se dava bem com a solidão. Dividi a casa ao meio e cada um tomou um pedaço. A mim coube o menor, quis ser justa, erguer a parede fora uma idéia minha. Ele não reclamou, ficava parado, vendo a casa pouco a pouco transformar-se em duas.
Aos oito anos, para que eu me curasse do hábito de comer terra, obrigaram-me a mascar folhas de fumo. Desde sempre, fumo cachimbo e como barro; minha língua acostumou-se ao roçar dos grãos arenosos e, quando o barro é colhido depois de uma breve chuva, um sumo marrom me escorre pelos cantos da boca, igual me escapa dos lábios o sumo transparente da pêra aguacenta. Sou dessas pessoas de quem dificilmente se consegue tirar alguma coisa, antes acrescentam outras. Engordei muito, talvez devesse mesmo ter dividido a casa. Desse lado eu só, do outro, ela e Emanuel.
Sobre mim o vidro embaçado, o avesso da roupa, a camada de tinta, apenas a lembrança turva dessas coisas que acabo de contar, se bem que falei mais para dentro do que para fora, como se fosse um treinamento, um jogo de desesquecer. Desabituei-me das pessoas, só lhe atendi pela curiosidade de saber se, num corpo, continua tudo igual. Agora você pode ir, a casa de Emanuel é a outra, colada em mim. Não, é impossível que você tenha vindo à minha procura, queira me entrevistar, sim, você tem razão quando afirma que a escritora sou eu, era, faz tempo que houve uma inversão. O que posso lhe adiantar é que depois das muitas histórias, do fazer e refazer criaturas, das incontáveis camadas de tinta a encobrir o mundo real, a atenção tem que ser redobrada, um pequeno descuido e os papéis se invertem. Eu achei que estava no comando, até o dia em que me percebi capturada no início de uma história, presa num espaço exíguo, poucas linhas, todas retas, nenhuma possibilidade de curvas, de tropeções em uma pedra qualquer, parágrafos previamente estabelecidos, hora certa de acabar, justificativa frágil para o corte do argumento, a mesquinhez do ponto, ponto final; até que senti o pincel cobrir-me com uma tinta amarela, bem pálida; até que mal enxerguei Emanuel que se preparava para outra demão e desistiu, como se temesse me avivar as cores. Não teve o amor, a consideração que eu sempre dispensei a ele, nem passou dias e noites a escolher os tons certos, a morrer engasgado com a bolha de ar que, dependendo da posição do pincel, tende a formar-se na textura da tinta. Fez-me um personagem esmaecido, aqueles que nas histórias não têm importância alguma. Bata à porta de Emanuel, ele é quem me inventa, quem sabe tudo sobre mim, quem coloca as palavras na minha boca, quem tem medo de trocar a cor da tinta. Que eu me lembre, ele nunca chegou aos pés do que eu fui. Ele é cauteloso, ciente dos perigos, protetor feito um cão de guarda, não é que não nos deixe sair à rua, deixa, mas se debruça na janela e mantém a porta escancarada, para que possa sair rápido e alcançar num tempo bem curto a criatura que, em busca de um distanciamento, tome um gole maior de fôlego.
Se eu me arrependo? Não, não. Por quê? Ora, por quê? Escreva aí, Emanuel, embora seja capaz, não enxerga claridade na sombra, não teria, pois, a coragem de se permitir criar um Emanuel.


(obs. Enviei este conto para o 5º Prêmio Maximiano Campos de Literatura- em 28 de julho de 2009 – Postei no site às 2l.57. (pseudônimo: pão-ázimo)

Rejane Gonçalves

QUERO SER O TEU POEMA- por Rosa Guerrera



Hoje eu quero escrever o verso nunca escrito..

E sonhar o sonho nunca imaginado!


Hoje quero ser página aveludada

para que componhas em beijos

todas as fantasias que nunca vivi

e todos os delírios que nunca apeteci!


Quero que fiquem marcadas no meu coração

as interrogações do silêncio...

as verdades das exclamações

E as reticências das surpresas !


Para que amanhã em tatuagens eu sinta
no nascer de outro dia

a certeza de que ficou dentro de mim

o mais belo poema que o teu corpo...

escreveu sobre o meu corpo!

DOUTOR GERALDO MONTEDÔNIO – MEMÓRIA PRESERVADA


Meu pai, César Pinheiro Teles, tinha pouco mais de 20 anos quando um tabelião do Crato lhe entregou uma carta, remetida por um promotor do Estado do Rio de Janeiro, solicitando dados sobre os Bezerra de Menezes. Papai mandou as informações e junto enviou publicações locais sobre a história do Cariri.
A partir daí nasceu um vínculo, que se estendeu por mais de 50 anos, entre meu pai e o Dr. Geraldo Montedônio Bezerra de Menezes. Era raro um mês sem contatos. Houve intensa troca de publicações, remessas de livros, recortes de jornais, tudo enfim que um acreditava ser de interesse do outro. Assim, o Dr. Geraldo Montedônio virou “expert” em assuntos do Cariri. Conhecia a história da região e a genealogia dos Pinheiro e dos Bezerra de Menezes como poucos cratenses.
Com o passar dos anos, Dr. Geraldo Montedônio foi promovido a Juiz de Direito, Desembargador, Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, chegando a ocupar a Presidência do TST em vários mandatos. Além disto, foi catedrático da Universidade Federal do RJ e Diretor da Faculdade de Direito. Intelectual renomado, Membro da Academia Fluminense de Letras, exerceu vários cargos honrosos, detentor de inúmeras condecorações, inclusive comenda concedida pelo Papa Paulo VI pelos serviços prestados à Religião Católica. O governo do Rio de Janeiro o homenageou dando seu nome à Biblioteca Pública de Niterói.
Apesar da ascensão social e profissional, o Dr. Geraldo não reduziu o ritmo da correspondência com meu pai.
Curiosamente, só se viram uma única vez, em 1977. Convidado pelo então Governador Adauto Bezerra para a inauguração de um prédio da Justiça do Trabalho em Fortaleza, Dr. Geraldo condicionou sua vinda a uma viagem ao Crato para visitar meu pai. Compareceu acompanhado pelo General Raimundo Teles Pinheiro, primo com quem meu pai tinha grande afinidade e também trocava correspondência frequente. Na ocasião eu morava em Brasília e a visita me rendeu uma carta, mais parecida com relatório, detalhada em cinco páginas. Foi uma das grandes alegrias que a vida concedeu a meu pai.
Dr. Geraldo Montedônio era filho de José Geraldo Bezerra de Menezes e neto de Leandro Bezerra Monteiro. Seu avô, eleito deputado federal pelo Ceará, exerceu o mandato no Rio de Janeiro e fixou residência na então capital do império, dando origem ao ramo dos Bezerra de Menezes no Estado do RJ. O parlamentar cratense destacou-se na defesa do bispo de Olinda, D. Vital, e o do bispo do Pará, D. Antônio da Costa Macedo, presos por ordem do Governo Imperial na briga entre a Maçonaria e a Igreja Católica. Sua biografia foi publicada este ano pelo historiador cratense Armando Rafael registrando o centenário do seu falecimento.
Recentemente tomei conhecimento pela net da tentativa de mudança do nome da Biblioteca Pública de Niterói, que homenageava Dr. Geraldo, pelo de um outro professor fluminense falecido há pouco tempo. Fiquei surpreso. Acreditava não haver mais ambiente para comportamentos esdrúxulos como este. Felizmente a família agiu a tempo e a agressão a memória do Dr. Geraldo Montedônio Bezerra de Menezes não se concretizou.

Percurso Livre. Por Liduina Belchior.


Ficar enamorada sem amarras, sem grades, é uma vantagem sobre as outras paixões comuns.
Porque não existe cobrança e não tem dia nem hora regularmente marcados. Acontece sem compromisso, sem vínculo "apaixonatício" e o amor sobrevive sem cercas. Quando os dois não querem que exista vínculos, e esse fator é bem trabalhado emocionalmente, o amor vai tramitar por um templo onde se contempla e se medita a liberdade e todas as suas vantagens. Todavia, as pessoas que experienciam esse tipo de relação, necessitam administrar a lacuna da inexistência da regularidade nos encontros em dias tidos como nobres, comemorativos e tal. Caso esse fator fique bem resolvido, a provisão e a qualidade do processo relacional serão maravilhosos e o sentimento fluirá livremente, tranquilamente. Portanto não implicará em sofrimento existencial. E para que o máximo de liberdade não implique em máximo de tédio, é necessário que se faça uma análise e avaliação de valores, da formação, dos conceitos e das preferências. Aonde quer que exista a paixão e o amor; e na circunstância em que ocorrer, o mundo seja mais agraciado por estes sentimentos especiais. (Transcendentais).

Pensamento para o Dia 30/11/2011


“O que existe é apenas aquele que percebe tanto o sonho como o estado de vigília - o "Eu". Conheçam tal "Eu" e reconheçam que "Eu" é o mesmo que "Ele" (Deus). Você pode saber isso apenas por intensa disciplina espiritual, que não é maculada por raiva, inveja e ganância - os vícios que brotam do ego. Você deve observar cuidadosamente e controlar esses vícios. Quando você fica com raiva, você age como se estivesse possuído por um espírito do mal; seu rosto torna-se feio e assustador. Como a lâmpada vermelha piscando quando o perigo se aproxima, os olhos e o rosto ficam vermelhos e agem como um aviso para você. Preste atenção a esse sinal e silenciosamente fuja para um lugar solitário. Não dê vazão livre a palavras maliciosas. Uma vez que você cresce em sabedoria, o ego irá naturalmente cair. Portanto, desenvolva sabedoria e diferencie a natureza efêmera de todas as coisas objetivas. Então, o ego terá uma morte natural no campo do seu coração e você alcançará a salvação.”
Sathya Sai Baba

Romantik und das ewige Selbst*

O Romantismo por excelência (Clássico) entende-se do movimento ocorrido na Alemanha na metade do século XVIII, onde a idéia ‘contra a crença iluminista do império darazão e do progresso’ é substituída pelo conceito da razão subjetiva (metafísica). Onde o olhar sobre o homem é voltado para si, isto é, para a razão de seus sentimentos. Pois o Romantismo alemão teria sido o único dos movimentos que fora capaz de assumir-se como filosofia de vida, garantindo assim seu destaque diante dos demais movimentos românticos.

O filosofo francês Rousseau, a partir das publicações de seus livros: Confissões e Os Devaneios do Caminhante Solitário, ele contrapunha toda a realidade racional da época do Iluminismo. Investigou de forma subjetiva, uma perspectiva antes abandonada por variados filósofos, à concentração e apuração do Eu.

A natureza (entende-se por razão dos sentimentos) era o ponto de partida para a fortificação do movimento romancista alemão. Acreditava Rousseau, que ao voltar-se para si, o homem construiria a sua base de conhecimento de sua realidade intrínseca perante o mundo exterior e seus conflitos:

‘Deixei, pois, de lado a razão, e consultei a natureza, isto é, o sentimento interior, que se dirige a minha crença, independentemente da razão. ’ (GUINSBURG. J, p.80, O Romantismo (.) ROUSSEAU, Carta de 1758 a Vernes)

Sendo assim o sentimento se constituiria como a razão do individuo. Já que esta necessitaria primeiramente do sentimento para existir, ou seja, é preciso o homem sentir primeiramente para depois racionalizar. Acreditando assim que o desenvolvimento do homem se daria a partir do conhecimento interior.

O grande dilema do Romantismo seria as idéias filosóficas de Johan Gottlieb Fichte, no livro intitulado, Fundamentos de toda Teoria da Ciência. Onde a explicação para a realidade tinha um viés metafísico, não podendo ser considerado um fato estático, mas dinâmico capaz de induzir o individuo a uma ação concreta. O que Fichte denominava de ‘Eu, uma autoconsciência pura. ’

Este Eu se tratava, da pura subjetividade do homem, em especial da época romântica. Considerado como divino, infinito e absoluto, já que partia da pura criação interior sem influências extramentais. Ele acreditava que a realidade de cada ser era singular e individual.

O que nos permite dizer que se tratava de um princípio, no qual permitia compreender a realidade do eu (intrínseca) ao do mundo (exterior) a partir do esforço de conhecer a si mesmo internamente.

*O romantismo e o seu eu eterno

Texto produzido pelo estudante do 5º período de Letras da Universidade de Pernambuco, Wagner Bezerra Pontes
http://cronicascp.blogspot.com

Marcelo Randemarck Galvao



Grande presença musical, nas terras Cariris.
Ganhamos dois cds para serem presenteados, no Azul Sonhado.
O trabalho é da maior competência!
Quem ligar primeiro para o número 35232867, já ganhou!

Começando o último dia de novembro de 2011...



De de Walter Queiroz, em 1973 ("Eu quero nos teus braços ser eu mesmo, comer meu feijãozinho com torresmo, beber, deitar, dormir, talvez morrer", canta Maria Creuza).

A festa de Fátima Figueirêdo




A representação de amigos e parentes aconteceu.No começo parecia uma festa iluminada de religiosidade e bençãos.Fomos aspergidos por elas.
Na sequência, uma ceia deliciosa, e o som de Ibertson, Marcelo, Demontiê com a participação especial da cantora Norma.(Eles são ótimos!)
Tudo perfeito!
Uma noite festiva de carinho.
Eu, como sempre, aguardo o registro dos fotógrafos amadores, que estavam presentes.
Deus te abençoes, moça Fátima, e que esta data seja repetida com saúde e alegria, nos próximos e futuros anos da tua vida.

Parabéns!


A cidade deseja feijãozinho com torresmo ...




Época de definições de canditaduras.A gente tem apenas uma ideia, enquanto eles se encontram e costuram acordos.Mas isso é lá com eles, e com todos! 
A comunidade precisa mesmo participar das pré-escolhas, antes de um envolvimento pra valer.Enquanto isso , a gente sonha com mudanças, e até com manutenções.Nem tudo está errado, e o desejo do certo é gritante! Como procuramos a perfeição e nunca a encontramos, uma administração perfeita é utópia.Pensemos numa administração ideal...

O que você deseja para sua cidade?

-Ordem, paz, urbanidade, saneamento, saúde, educação,cidadania, democracia,inclusão social, apoio à cultura, preservação do patrimônio imaterial, correta alocação dos recursos materiais, tecnológicos e humanos?

Entendimento entre o poder municipal, estadual e federal?

A gente precisa opinar,buscar embasamentos , e o consenso, antes de ser partidários ou tendenciosos...

Queremos o melhor paras a nossda realidade, com progressivos e ousados redesenhos de novos projetos, sem que sofram solução de continuidade tudo que é bom, e está em andamento.

A voz do povo é a voz de Deus.

Povo é coletivo .Povo tem parcela de comprometimento, em todo processo administrativo.

Gostaria de elevar meu nível de consciência, lutar pela expansão do pensamento, que visa o bem-estar geral.

Que sejam respeitados os nossos futuros candidatos,que a união faça a força, e que vença o líder de perfil mais condizente com a melhoria da comunidade.

Vamos trocar informações, pensamentos ,e ajudar na efetivação daquilo que queremos: 
Um Crato sempre lindo, humanizado, e rico em seus valores naturais!

Não sou política, não desejo o poder, sou uma simples cidadã cratense que ,como tantos, ama  a sua cidade, seu país, e pretende ter uma visão holística, em se tratando do planeta Terra !

Socorro Moreira

Curiosidades sobre Adoniran Barbosa- Por Joaquim Pinheiro



Adoniran era uma grande figura. Engraçado até pelo nome, o verdadeiro era José Rubinato. Nunca residiu em Jaçanã nem jamais existiu o trem das 11h. O último saia às 10h. Usou o nome para rimar com "manhã". Colocou esta hora porque 10h não era hora para terminar namoro. Iracema existiu de verdade mas não morreu atropelada. Ela recusou proposta de namora e Adoniran disse que ia matá-la e compôs a música. O amigo Ernesto, da música Arnesto, garantiu que jamais aconteceu o convite para o samba que não houve. Vi tudo isto na Globo News, por ocasião das comemorações dos 100 de nascimento de Adoniran Barbosa.  

Joaquim Pinheiro

O futuro da cidade- por Ulisses Germano



Só quem faz é o próprio povo
Bem-comum na sociedade
Precisa nascer de novo
Identidade e cultura
Quando estiver madura
Quebrará a casca do ovo

Enquanto isso a esperteza
Gera fama e dinheiro
É assim que a Vossa Alteza
De todos é o meeiro
E o povo ferrado engole
Com medo que sua prole
Passe fome no terreiro

Cartola (compositor)



Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, (Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1908 — Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1980) foi um cantor, compositor e violonista brasileiro.

Considerado por diversos músicos e críticos como o maior sambista da história da música brasileira, Cartola nasceu no bairro do Catete, mas passou a infância no bairro de Laranjeiras. Tomou gosto pela música e pelo samba ainda moleque e aprendeu com o pai a tocar cavaquinho e violão Dificuldades financeiras obrigaram a família numerosa a se mudar para o morro da Mangueira, onde então começava a despontar uma incipiente favela.[2]

Na Mangueira, logo conheceu e fez amizade com Carlos Cachaça - seis anos mais velho - e outros bambas, e se iniciaria no mundo da boemia, da malandragem e do samba.


Fernando Pessoa


Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.

É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".


HINO A PÃ
(de Mestre Therion *)

Vibra do cio subtil da luz,
Meu homem e afã
Vem turbulento da noite a flux
De Pã! Iô Pã!
Iô Pã! Iô Pã! Do mar de além
Vem da Sicília e da Arcádia vem!
Vem como Baco, com fauno e fera
E ninfa e sátiro à tua beira,
Num asno lácteo, do mar sem fim,
A mim, a mim!
Vem com Apolo, nupcial na brisa
(Pegureira e pitonisa),
Vem com Artêmis, leve e estranha,
E a coxa branca, Deus lindo, banha
Ao luar do bosque, em marmóreo monte,
Manhã malhada da àmbrea fonte!
Mergulha o roxo da prece ardente
No ádito rubro, no laço quente,
A alma que aterra em olhos de azul
O ver errar teu capricho exul
No bosque enredo, nos nás que espalma
A árvore viva que é espírito e alma
E corpo e mente - do mar sem fim
(Iô Pã! Iô Pã!),
Diabo ou deus, vem a mim, a mim!
Meu homem e afã!
Vem com trombeta estridente e fina
Pela colina!
Vem com tambor a rufar à beira
Da primavera!
Com frautas e avenas vem sem conto!
Não estou eu pronto?
Eu, que espero e me estorço e luto
Com ar sem ramos onde não nutro
Meu corpo, lasso do abraço em vão,
Áspide aguda, forte leão -
Vem, está fazia
Minha carne, fria
Do cio sozinho da demonia.
À espada corta o que ata e dói,
Ó Tudo-Cria, Tudo-Destrói!
Dá-me o sinal do Olho Aberto,
E da coxa áspera o toque erecto,
Ó Pã! Iô Pã!
Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã Pã! Pã.,
Sou homem e afã:
Faze o teu querer sem vontade vã,
Deus grande! Meu Pã!
Iô Pã! Iô Pã! Despertei na dobra
Do aperto da cobra.
A águia rasga com garra e fauce;
Os deuses vão-se;
As feras vêm. Iô Pã! A matado,
Vou no corno levado
Do Unicornado.
Sou Pã! Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!
Sou teu, teu homem e teu afã,
Cabra das tuas, ouro, deus, clara
Carne em teu osso, flor na tua vara.
Com patas de aço os rochedos roço
De solstício severo a equinócio.
E raivo, e rasgo, e roussando fremo,
Sempiterno, mundo sem termo,
Homem, homúnculo, ménade, afã,
Na força de Pã.
Iô Pã! Iô Pã Pã! Pã!

Fernando Pessoa

O "Hino a Pã" é uma tradução do Hymn to Pan, do prefácio do livro "Magick in Theory and Practice", de Aleister Crowley. Esta tradução foi publicada em outubro de 1931 em "Presença", de Pessoa.

(*) Mestre Therion é um dos nomes mágicos de Aleis

Oscar Wilde


Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde (Dublin, 16 de outubro de 1854 — Paris, 30 de novembro de 1900) foi um escritor irlandês.


"O amor é quando começamos por nos enganar a nós próprios e acabamos por enganar a outra pessoa."

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Torresmo a milanesa - José do Vale Pinheiro Feitosa


Adoniran Barbosa viveu o mundo do povo. Ele era povo. O povo era ele e o samba era a verdade como era o samba. Não este samba de picareta para alpinistas do sucesso. A idéia não era a salvação pessoal, Adoniran compunha para a salvação de todos nós. Especialmente de quem suava para uma renda com torresmo a milanesa.

Nas sombras que as ruas permitiam, na obra que o dinheiro financiava e o operário tão pouco vê dele. E aqui Clementina de Jesus, a África transporta para a América rasga a farsa do país e diz o que ocorre no nível do povo.

Se segura Maria, se segura Maria, que hoje não tem dinheiro não. Se segura Maria.....

Pode guardar as panelas - José do Vale Pinheiro Feitosa

“Pode guardar as panelas que hoje o dinheiro não deu”. São todos negros, quase negros, um branco, enegrecido e tantos mulatos nem brancos e nem negro, quase índio, quase branco, quase negro.

A pior frase que uma família poderia ouvir do pai provedor: eu sei que dói no coração, falar do jeito que falei, dizer que o pior aconteceu. Assim como estes economistas boçais analisando a crise mundial. Como os abutres querendo carne antes que os corpos faleçam.

E vem alguém e diz, como se uma decisão médica indicando um benzetacil para uma amigdalite: a China acordou e vai tomar as providências, pois encomendas não existem para suas empresas exportadoras.

Só que amanhecerá com levas de operários, sem nem cantar um samba, indo para suas casas esperar uma vaga. Uma vaga pior do que o vácuo quântico: nem partículas existem circulando, se criando do nada e se anulando na antimatéria.

Uma vaga memória que tem de comer, agasalhar-se no frio, pagar as contas que garantem sua permanência enquanto pagá-las. O pior aconteceu pode guardar as panelas que hoje o dinheiro não deu.


Aumento do diabetes - Emerson Monteiro

Segundo a Federação Internacional do Diabetes, uma organização guarda-chuva com mais de 200 associações de diabetes em torno de 160 países, o número de pessoas acometidas por essa doença irá crescer dos 366 milhões atuais para 552 milhões até o ano de 2030, isto apenas no período desses próximos 19 anos.

Nas Américas Central e do Sul, existem 25 milhões de pessoas acometidas pelo mal. Em face da urbanização e da mudança na idade da população, os números aumentarão em cerca de 60% até 2030. O Brasil dispõe da maior incidência, com 12,4 milhões de diabéticos, seguindo-se Colômbia, Venezuela e Argentina.

O problema clínico ora considerado se relaciona à insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas para o transporte de glicose, por via sanguínea, até os tecidos do corpo humano. O excesso de açúcar no sangue é uma condição crônica, enquanto a produção deficiente de insulina, ou uma resistência excessiva à sua ação, ocasiona níveis elevados de glicose no sangue.

Dois tipos principais do diabetes ocupam o terrível escore. O tipo 1, de início prematuro, vinculado a problemas na produção de insulina; e o tipo 2, com início mais tardio e relacionado com fraca resposta do organismo à insulina.Dado importante nisso tudo: Medidas simples, como alimentação balanceada e atividades físicas previnem o diabetes tipo 2. O diabetes também pode ser ocasionado por carência de insulina, pela resistência a esse hormônio ou por ambas as razões.

O diabetes tipo 2, tipo mais comum da afecção, compreende a maioria dos casos. Ocorre geralmente em adultos, mas cada vez mais os jovens vêm sendo diagnosticados da doença. O pâncreas não produz a insulina suficiente para manter normais os níveis de glicose no sangue, de comum porque o corpo não responde bem à insulina. Muitas pessoas não sabem que estejam acometidos do diabetes tipo 2, mesmo sendo doença grave. Nisto, o tipo 2 do diabetes está se tornando corriqueiro devido o aumento de casos de obesidade e de ausência da prática de exercícios físicos.

Em face da gravidade deste assunto, aqui relacionei alguns itens médicos divulgados pela mídia, no propósito de avisar dos riscos severos das alimentações improvisadas e fora de controle, sobretudo quanto ao uso excessivo do açúcar e outros elementos portadores de glicose adotados indiscriminadamente nos dias de hoje.
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Orgasmo de pleonasmo:
"Voltou pra tras de volta de novo outra vez!!!"


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Um forte abraço apertado é um abração.
Um forte abraço grande e apertado é um abraçãozão.

"O futuro da cidade"!

Em aberto!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

CACOFONIA VIAJANTE - por Ulisses Germano


                Numa noite silenciosa e fagueira,  minha mãe e eu estávamos no coração da casa (cozinha) conversando miolo de pote, jogando conversa fora, tomando café. Num certo momento, quando a conversa já estava escasseando, ela chegou bem pertinho de mim e me disse que iria cantar a letra de uma canção que há muito tempo sua mãe (minha avó Micinda) cantava, e que era tido como "imoral". Pegou solenimente o bandolim e dedilhou acompanhando uma canção cacofônica:

EVA COAVA
O CAFÉ QUE ADÃO TOMAVA
ADÃO FUROU O COADOR
E NUNCA MAIS EVA COOU
                           Trocamos uma gaitada tão intensa que reverberou nos talheres!
 
                   Ainda hoje utilizo esta pequena canção quando vou falar em sala de aula sobre os  aspectos que deram origem a composição de duplo sentido. Esta inofensiva e pequenina canção do Coador de Eva remonta a um tempo muito antigo e é um curioso exemplo de como os versos e as melodias viajam por este Brasil a fora por meio do bastão da oralidade:  num encontro que tive com um grupo de teatro (Mostra SESC - 2004) tive a surpresa de ouvir a mesma letra e canção cantada por uma cantora mineira que me revelou ter aprendido de sua avó!
                        Seja encarado como "som desagradável" ou vício de linguagem, o interessante e sabido é que desde o  padre Antonio Vieira do Brasil Colonial e do Jumento é Nosso Irmão, passando por Quintino Cunha, Patativa do Assaré e Bastinha Job que se cria versos cacofônicos e picantes  com o  velho intuito de descontrair e quebrar formalidades.
                         Freud explica, mas não replica! 

Provincianismo: a pedra que interrompe o trânsito - José do Vale Pinheiro Feitosa

Não é piedade e nem superioridade diante da manifestação de alguns conterrâneos. Mas o ranço de uma guerra ideológica cheirando a 1964 promove uma angústia de uma longa noite indormida e jamais acordada. Assim como um espasmo asmático que não se consegue respirar.

Há uma vontade de sair da roda e jamais retornar. Não existe possibilidade de arejar idéias e nenhuma contribuição se pode imaginar. E já me adianto aos arrufos que substituem argumentos: arejar idéias é de mão dupla. Ninguém é dono do oxigênio.

A guerra fria que ainda vive em postagens dos nossos blogs tem mesmo o que muita gente diz: um imenso provincianismo. Até aquela inveja de Juazeiro ou a demissão de qualquer esperança. A regra tem sido se queixar das perdas como se estas não fossem parte do estado cultural das coisas.

Estamos a algumas horas do mês de dezembro e nenhum blog da região, especialmente aqueles que freqüento, estão discutindo o futuro da cidade. Como não tenho o domínio da notícia aí, ou estes blogs estão fora do assunto ou teremos o mesmo de sempre.

Ontem recebi um e-mail de Ana Arraes, sobrinha de Almina, deputada federal, mãe do governador de Pernambuco e atual conselheira do Tribunal de Contas da União repercutindo o caso do vereador. O Maurício Tavares publicou a matéria do G1 do Globo no Cariricult.

O blog no Azul Sonhado também publicou a mesma matéria. Os leitores leram como um fato passado e, no entanto, não é. Agora explodem os motivos de Almina, não pela repercussão na grande mídia nacional, mas exatamente por que o caso é emblemático da discriminação, do descuido com a ética, do exercitar-se de público como um touro Miura numa arena.

E no corpo da matéria a mais incrível confissão oligárquica e provinciana: só publicaram a parte que interessava à oposição. Provincianismo é esta pedra que interrompe o caminho e jamais se desloca para que as coisas transitem. Ora gente fina: publicaram o que interessava à cidadã em defesa da sua dignidade.

Giacomo Puccini



Giacomo Antonio Domenico Michele Secondo Maria Puccini, mais conhecido como Giacomo Puccini (Lucca, 22 de dezembro de 1858 — Bruxelas, 29 de novembro de 1924) foi um compositor de óperas italiano. Suas óperas estão entre as mais interpretadas, até hoje, incluíndo La bohème, Tosca, Madama Butterfly e Turandot. Algumas de suas árias, como "O mio babbino caro" de Gianni Schicchi, "Che gelida manina" de La bohème, "E lucevan le stelle" de Tosca e "Nessun dorma" de Turandot tornaram-se parte da cultura popular.

Amanhã é o dia Dela!

Fátima Figueirêdo



Feliz Aniversário, amiga!
Devo-te  carinho e amizade.

Grande abraço de todos que fazem o "Azul Sonhado"!

tudo 
já 
foi
dito
repito
tudo
já 
foi
redito
...
quem
cala
sente

Ulicis
Crato-CE

Tua imagem

No céu
Um fiapo
De lua

Nele eu vi
Bem nítida
A imagem tua

E senti mais viva
A saudade
Dentro de mim.

Leves impressões...- socorro moreira


Eu desconhecia cidades onde o capacete é “proibido” (ele evitaria a identificação de um malfeitor).
Por outro lado as leis de trânsito tornam-se livres.
Numa moto, onde dois é pouco, três é bom, quatro é normal, cinco é radical?
(Loucura!)
Acho legal a acessibilidade de um meio de transporte para a maioria das pessoas de baixa renda ou não. A motocicleta é econômica, ágil... Mas, convenhamos, complica demais o trânsito, e aumenta o índice de acidentes. O risco é geral.
Como encarar esta realidade?
Tão bom quando andávamos a pé, volteávamos na praça, dançávamos até a madrugada, sem um pingo de preguiça!
Lembro quando não existiam semáforos no Crato, e Juazeiro.
Aqui é como naqueles tempos... O diferencial são as motos.
Uma peculiaridade positiva desta cidade é que todos trabalham incansavelmente. A gente sente que, mesmo depois de bem sucedidos, não se acomodam, nem por idade!
Homens de 93 anos, lucidamente, gerindo os seus negócios. Incrível!
O custo de vida não é barato.
Sonhei com uma casinha de interior com quintal e jardim... Que nada! Ainda não...!
Existem novas e modernas construções de pequenos espaços pelo aproveitamento do terreno. Setor imobiliário altamente inflacionado.
Escutei que alguém da terra teria ganhado na sena e capitalizara em imóveis. Os demais habitantes, que não foram premiados com a sorte, vivem no mesmo “status” do poder adquirir, sem posses!
A comida de restaurante tem a galinha caipira mais deliciosa que já provei.
Nota 10 para a Panificadora. Preço justo, aliando bom gosto e bom paladar.
Meus olhos esperam o sinal verde. Esperança de prósperos dias para mim, e para todos!

"Só deixo o meu Cariri, no último pau-de-arara" !

Esta bela música é versão de "I will wait for you" do filme Os guarda chuvas do amor com Catherine Deneuve,


Leno e Lilian
Sua Lembrança



Mesmo longe eu não consigo lhe esquecer
No luar tão lindo posso ver você
Volte, por favor, pra me fazer feliz
Porque sempre amor, muito eu lhe quis

E por onde eu ande, e por onde eu for
Sinto aqui tão grande meu eterno amor
E sonhando sempre em lhe abraçar
Meu caminho eu sigo a chorar

E minha vida triste vai seguindo assim
Trazendo mil lembranças que não têm mais fim
De um amor lindo que se acabou
Mas não vai se apagar

E por onde eu ande, e por onde eu for
Sinto aqui tão grande meu eterno amor
E sonhando sempre em lhe abraçar
Meu caminho eu sigo a chorar






Sinos natalinos- socorro moreira



Quando dezembro se aproxima, o vermelho entra em cena, na sina da paz.
Minha mãe adorava o Natal. Gastava suas parcas economias, no último mês do ano.
Árvore enfeitada, Menino Jesus na estrebaria, peru emilhado, no quintal. Todos os cheiros e cestas. Papeis celofanes embalando quitutes, mimos e sonhos.
Herdamos o compromisso de oferecer, simbolicamente, pequenos gestos de carinho...
Manhã do dia 28 de novembro de 2011.
Da janela do hotel, vejo uma nova cidade; um riacho seco, a torre da Sé.Cheguei por acaso? Intuitivamente sinto que estou prestes a cumprir nova missão.
Só preciso de saúde!
Como esquecer os mandamentos que nos mantêm vivos com qualidade?
- Comer menos, tudo que é veneno; vigiar o inflável; beber o que hidrata; caminhar, pedalar, se espreguiçar e relaxar; objetivar a vida, no sentido da alegria...!
Para mim o amor é felicidade. Para quem o amor é fácil, o ser feliz é contingência!
Tenho urgências de obediências.
Obedecer é honrar! O caminho da inteireza é tão árduo que não respeita os desejos.
Escolher o prazer, entre tantos...
Saber beliscar, lamber, sem saturar o excitante. Respirar o mundo calmamente, percebendo que os sinos natalinos tocam em surdina, no dia a dia.

Qual a distância entre você e você mesmo? - José do Vale Pinheiro Feitosa

Parece óbvia a resposta sobre qual seja a distância entre a Bessarábia e a Bessarábia. Entre você e você mesmo. Parece óbvia a nulidade, mas não é nula esta distância.

Ela é como a distância entre Crato e Campos Salles. Tantos campos existem entre um quarto e outro. Entre a Bessarábia, você e tudo novamente repetido.

Elevar-se. Ninguém chegará a Campos Salles sem subir. Ampliar a visão e os horizontes. Desdobrar os verdes, as cidades e a humanidade individualizada e coletiva ao mesmo tempo.

O pé de Visqueiro. Todos, por comestível, pensa na alma sendo o piqui. Mas não o é. O Visgueiro tem a leveza florida, assim como um bordado. Tem suas vagens, suas folhas de abrigo e uma copa de tornar referência. A referência da Chapada.

As retas de infinito. As rotas linheiras, margeadas pelo carrasco, a vegetação de serrado, de araticum e maracujá peroba. Casas perdidas supridas por barreiros. Entre a colheita e os sacos de venda, na beira da estrada, aos centos de piquis.

Os cânions. Na face para Nova Olinda. Tem pontes de pedras. Taludes de arenito. Uma paisagem dos sertões e do alto a marca de volume, a Chapada para que na volta o viajante reencontre o destino.

O açude do Latão. Que se tornou uma inclusão através da torre plena de morcegos. Se a implodiram, basta olhar com o canto do olho que a silhueta tênue persiste como toda certeza prevista e demonstrada nunca acontecida.

No Morro Dourado. Há mais que uma posse. Além de uma herança. De uma produção agropecuária. Há um agregado nominativo que enche o olhar de brilho, de ouro, de dourado do sol se pondo. E o Morro, dourado feito um estado d´alma.

Baixio do Facundo. Morena Libório sobre as sombras de cajaraneiras e umbuzeiros. Montada num cavalo majestoso, como majestade é Morena depois Brito, depois pernambucana dos canais de Recife.

Xique-Xique. Potengi já levou seu nome. Os lajedos, o mandacaru do fruto sedutor, o rabo de raposa crescido nas locas, os bodes nas beiradas da lasca de pedra. Dizem que hoje o canto dos ferreiros ecoa na madrugada. Tão maleável quanto meu coração qual o ferro rubro no calor da forja.

A BR. Isolou o Araripe. Suas famílias tradicionais. A igreja onde num domingo seguimos desde a origem para destinar o vigário que lhe faltava. Padre Limaverde. No almoço de agradecimento lembrando os ensopados de cobra.

Campos Salles. A distância entre a Bessarábia e a Bessarábia, entre você e você. Existe por ser um ente e como tal tecedura do viver.

Cai Chuva!

Chuva! caia sobre mim, com cheiro de jasmim...
Chuva! caia na semente, que semeei ali em frente...
Chuva! caia por toda esta gente, e a faça tão contente...
Chuva! caia em todo sertão, para ouvir o canto do azulão...
Chuva! caia ainda no sertão, para se melhor repartir o pão...
Chuva! caia agora, caia em boa hora...
Rosemary Borges Xavier
Menestel que canta a vida
Com o intuito de animar
Nunca toca na ferida
Não deseja ensimesmar
Tem no pulso um metrônomo
O seu ritmo é autônomo
Todos querem acompanhar

Ulisses Germano

domingo, 27 de novembro de 2011

A falta de Érico Verissímo - Carlos Drummond Andrade


Falta alguma coisa no Brasil
depois da noite de sexta-feira.
Falta aquele homem no escritório
a tirar da máquina elétrica
o destino dos seres,
a explicação antiga da terra.

Falta uma tristeza de menino bom
caminhando entre adultos
na esperança da justiça
que tarda – como tarda!
a clarear o mundo.

Falta um boné, aquele jeito manso,
aquela ternura contida, óleo
a derramar-se lentamente.
Falta o casal passeando no trigal.

Falta um solo de clarineta.


Fonte: Memória Viva

Amanhã é o dia DELE!


foto Nívia Uchôa


Parabéns, grande Abidoral Jamacaru!

- Pessoa e artista especial.
-Nós o amamos!




Reflexões...


Guardei a poesia para dias vindouros. Meus olhos enxergam um novo horizonte.
Como diz Nicodemos, “todos os lugares são iguais”; como dizia minha mãe, "cá e lá más fadas há”.
As pessoas “carentes” elevaram o seu nível de exigências( isso é ótimo!).
A classe assistente precisa de humanização.
 Até harmonizarem-se, as mudanças sofrem um tempo de transição.
Estamos sempre num ponto de convocação do povo lá de cima. Chegam novos desafios.
Que seja assim, ou assim seja!

socorro moreira