por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 14 de dezembro de 2013

Saber e Ação a Fórmula do Acontecer - José do Vale Pinheiro Feitosa

As noites de sábado são a conquista da cidade. Ultrapassar o vão da porta do domicílio e se diluir na solução das ruas. Mesmo que um espaço a mover-se entre a origem e as luzes da cidade afinal por certo que se é movido a tal. 

O sábado é o descanso em sua origem hebraica.

Mesmo que jejum, que recolhimento familiar ou a sinagoga, o sábado é o sujeito que subordina a atividade das obrigações na comunidade. Desse modo subordina a rotina a passos para fora dela mesma. Para os risos, o desejo de um pelo outro, o efeito inebriante dos fermentados e destilados nas noites de sábado (nem tão judaico assim).

O sétimo dia pode até na alçada ocidental não ser o descanso. Mas a sua noite já é domingo desde as primeiras horas. As horas podem se avançar pela madrugada sem que a latência das obrigações se anteponham ao horário do despertar. E tudo acontece porque neste exato dia, abandona-se o modo indicativo de ação e se cai num modo inteiramente subjuntivo.

E toma-se o rumo do encontro, da música, da poesia, dos bares e das estrelas que lá já estão como sempre, mas nesse dia se manifestam com a ousadia dos olhos que já não se congelam apenas no rito da obrigação.

E por ser sábado, houve essa fração de letras apenas para publicar esse maravilhoso ditado. Em tudo maravilhoso, especialmente pela sintética forma de expressar a máxima.


 Um ditado: “Se o velho pudesse e o jovem soubesse, nada há que não se fizesse”.