por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


Por Everardo Norões


Sesta

o galho de árvore
a penetrar na nuvem
pássaro a resvalar
no clarão da pele
lampejo de água
na chuva adormecida
sopro de luar
no cobre da bandeja
um sim dissimulado
na dobra do vestido
augúrio de festa
no aceso de dentro
molécula explodida
no cristal
da taça

Ribamar - Por Norma Hauer





Ele nasceu no dia 9 de dezembro de 1919, aqui no Rio de Janeiro, recebendo o nome de JOSÉ RIBAMAR PEREIRA DA SILVA.
Foi um dos principais parceiros de Dolores Duran.

Conheci-o quando não era ainda um nome famoso, como funcionário do Ministério da Educação.

Na época já tocava piano e era conhecido como pianista entre seus colegas de rapartição.

Iniciou sua carreira de músico profissional em 1950, acompanhando Dolores Duran. Ainda nesse ano, venceu o concurso para escolha de um pianista de música popular na Rádio Nacional.
Em 1952 teve sua primeira composição gravada: o bolero "Duas vidas", com Esdras Pereira da Silva (seu irmão), na voz de Fernando Barreto. Atuou como violinista de Fafá Lemos e com outros grupos, formando em 1953 seu próprio grupo.

Quando ele lançou, de sua autoria e Dolores Duran, o samba "Idéias Erradas ", na voz de Carlos Galhardo, ofereceu-me o disco "ainda tininho", recém-saído da gravadora.

"Ternura Antiga" letra de Dolores, ele musicou após a morte da autora, que confiava nele para musicar alguns de seus versos. Isso quando ela não fazia letra e música.

Da dupla, podemos ainda "apontar""Quem sou Eu"; "Pela Rua; "Se eu Tiver ", isso sem citar o mais bonito "Ternura Antiga", cujo sucesso ela não conheceu.

Ribamar faleceu em 6 de setembro de 1987, sem completar 68 anos.

Tocando em boates e outras casas noturnas, conheceu Marisa "Gata Mansa", que o acompanhou por toda sua vida artística.

Foi um dos principais parceiros de Dolores Duran.

Conheci-o quando não era ainda um nome famoso, como funcionário do Ministério da Educação.

Na época já tocava piano e era conhecido como pianista entre seus colegas de rapartição.

Iniciou sua carreira de músico profissional em 1950, acompanhando Dolores Duran. Ainda nesse ano, venceu o concurso para escolha de um pianista de música popular na Rádio Nacional.
Em 1952 teve sua primeira composição gravada: o bolero "Duas vidas", com Esdras Pereira da Silva (seu irmão), na voz de Fernando Barreto. Atuou como violinista de Fafá Lemos e com outros grupos, formando em 1953 seu próprio grupo.

Quando ele lançou, de sua autoria e Dolores Duran, o samba "Idéias Erradas ", na voz de Carlos Galhardo, ofereceu-me o disco "ainda tininho", recém-saído da gravadora.

"Ternura Antiga" letra de Dolores, ele musicou após a morte da autora, que confiava nele para musicar alguns de seus versos. Isso quando ela não fazia letra e música.

Da dupla, podemos ainda "apontar""Quem sou Eu"; "Pela Rua; "Se eu Tiver ", isso sem citar o mais bonito "Ternura Antiga", cujo sucesso ela não conheceu.

Tocando em boates e casas noturnas,conheceu Marisa "Gata Mansa", passando a acompanhá-la ao piano, até sua morte em 6 de setembro de 1987, sem completar 68 anos.

Norma

Colaboração de Geraldo Ananias

 
 
 
Geraldo Ananias Pinheiro Tudo é real e recente. O pessoal da Escola Santa Tereza (de Altaneira-CE) foi até Taboquinha e gravou, recentemente, todas as cenas (in loco) do curta. Casa de minha vozinha, essa aí em cima (onde minha mãe nasceu e viveu até se casar); o pé de juazeiro (eu costuma brincar e, mais tarde, namorar debaixo da sombra dele); o acude (hoje seco). Como pode ver nas fotos e no filme, tudo está seco e triste, menos o pé de Juazeiro, que continua verde, forte e firme, porém sem graça. Ninguém já não o visita mais, nem mesmo avião perdido. Ele ficou só, desencantado no meio do sertão tórrido, esperando a nossa volta. Está calado, pensativo, sem entender nada do que aconteceu. Todo mundo foi embora. Muitos morreram. Talvez seja por isso que ele não balança mais seus galhos, suas folhas ao vento, como fazia antes. Até Luiz Gonzaga, o rei do Baião, que o alegrava com seus cantos (a inesquecível canção juazeiro) morreu. Restou só a saudade, que é, no dizer do poeta, o amor que fica." Agora, meu amigo, restam lembranças. Assim, para amenizar um pouco a saudade que sinto no peito e na alma, fico a cantar: "Juazeiro, juazeiro, me arresponda por favor; juazeiro, velho amigo, onde anda meu amor. Ai, Juazeiro, ela nunca mais voltou; aí, juazeiro, como dói a minha dor..."