por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 12 de junho de 2013

#FortalezaApavorada - José Nilton Mariano Saraiva

A incompetência e despreparo do titular da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Ceará (que foi escolhido a dedo e rebocado lá de Sobral pelo próprio Governador Cid Gomes), fizeram com que o Estado do Ceará (e principalmente a capital, Fortaleza) virasse manchete dos principais jornais e noticiosos do país, porquanto os índices de criminalidade atingiram números recordes nos últimos meses.  A coisa chegou a tal ponto que o Ceará disparou na liderança no que toca ao número de homicídios cometidos, suplantando inclusive o Estado de São Paulo, que detém uma população muito superior à nossa. E mais: por aqui os bandidos já não fazem nem questão de esconder o rosto (com máscara ou capacete), porquanto sabem que o setor está sem comando, acéfalo, um zero à esquerda.    
Por conta disso, surgiu nas redes sociais o movimento civil #FortalezaApavorada (assim mesmo, sem separação das palavras), que pretende reunir os diversos segmentos sociais objetivando “acordar” as autoridades competentes, concitando-as para a gravidade da situação. E, para tanto, convocou a população em geral pra se fazer presente a um protesto pacífico, com data, hora e local marcados (dia 13.06.13, às 15:00 horas, na cercanias do Palácio do Governo).
Foi o bastante para que o Governo do Estado preventivamente soltasse uma nota pública em que, mesmo reconhecendo a falência da política de segurança pública adotada pelo Estado (“...o Governo do Estado tem a consciência e a humildade de reconhecer que alguns crimes cresceram de forma intolerável; são eles o assalto à mão armada nas regiões de melhor renda e os homicídios nos bairros mais pobres”), ainda assim tenta tirar o braço da seringa e partir para a ofensiva ao denunciar/sugerir, sem nenhuma prova do que afirma, que “...grupos partidários e marginais de uma milícia que está sendo combatida dentro do organismo policial, pretendem se infiltrar na manifestação com o intuito de provocar violência e gerar repressão que escandalize a opinião pública”.

Numa mostra de que - tal qual cego em tiroteio, que não sabe pra onde correr ou o que fazer - tenta ameaçadoramente desestimular quem pretende comparecer ao ato ao literalmente sugerir que o “pau vai cantar”, conforme constante do último parágrafo da sua nota: “Aproveitamos para pedir aos participantes do movimento que evitem trazer crianças para a manifestação e não aceitem provocações de indivíduos infiltrados”.  

Tal ameaça nos faz lembrar aquele comandante nazista que, confortavelmente instalado em sua suíte na parte mais alta do campo de extermínio e cercado por seguranças, divertia-se em “praticar tiro ao alvo”... com seres humanos indefesos.

E aí, vamos lá ???