por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 16 de abril de 2014

DESCOBRIMENTO DA ÍNDIA - José do Vale Pinheiro Feitosa

O Everest bem próximo a nós

Quem precisa atravessar continentes para pousar na Índia? Nenhuma noção do outro, da diversidade humana, da enorme diferença dos valores ocidentais pode ser maior do que encarar a própria cultura daqueles erroneamente chamados índios.  

Aqui mesmo nas florestas da América do Sul seria suficiente. Mas com dúvidas se isso é possível em razão do desmatamento e do avanço além das fronteiras em busca do látex da seringueira, do ouro e pedras preciosas, do capim das manadas bovinas. O ocidente plantou edifícios sobre a alma dos originários e diferentes povos deste novo mundo.

Então que se tome uma aeronave e pelos céus se cruze o Atlântico, a África, suba a Península Arábica e pouse em Délhi. Ao norte da Índia. A imensa, distinta, multiétnica, matriz de grandes civilizações, culturas e de tudo que se pode reconhecer como Oriente. Não do Oriente do mediterrâneo irmão siamês do Ocidente.

Do verdadeiro Oriente das planícies, dos planaltos, dos mares e da mais superlativa cadeia de montanhas da terra: o Himalaia. Em tudo diferente: desde os perfumes, sabores, das cores, dos olhares, das falas, escritas e artes. Raiz difusora de grandes e complexas misturas de religiões, códigos de viver, fazer história e inventar o futuro tais como o Hinduísmo e todas as suas imensas variações, o Islamismo, o Budismo e do outro lado das montanhas o Taoísmo e o Confucionismo.

E de repente todo o meu corpo se encontra nas ruas de Délhi, Katmandu, Calcutá, Siliguri e Darjeeling esta cidade já nas franjas do Himalaia. Planícies e montanhas. Rios sagrados que nascem nas alturas e fertilizam as planícies. A Índia é uma aventura de descobrimento e ruptura.

Descobre-se o oriente e a mais completa alteridade. E rompe-se com o circuito euro-americano do turismo de classe média brasileiro. Ainda bem que agora se voltando para a Turquia e o que restou das colônias gregas da Ásia Menor.


Falar na Índia como ritmo de desenvolvimento dos BRICS é menos do que se encontra uma vez se estando nela. Nenhum relato de viajante, imagens fixas ou móveis, literatura e artes pode dizer o que é se encontrar nas ruas e estradas da Índia. Faz parte daquelas coisas que se necessita respirar, comer, beber, andar e dormir para se entender a verdadeira dimensão.

Mafiosas "Excelências" - José Nilton Mariano Saraiva

Agora é oficial. Não se pode ignorar ou tergiversar.

O presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), desembargador Luiz Gerardo Pontes Brígido, mostrando ser uma pessoa corajosa e destemida, declarou hoje (15.04.14) à mídia cearense aquilo que todo mundo já sabia, mas evitava imiscuir-se em razão da gravidade de que se reveste a questão e do “peso” dos atores envolvidos: a “corrupção” corria livre, leve e solta nos “plantões” de finais de semana daquela corte (e que a grana disponibilizada era coisa alta e apetitosa), face envolver bandidos de alta periculosidade.

Para se ter idéia do alcance e magnitude do problema, sabe-se que, irmanados, servidores daquela corte, advogados e até dois desembargadores participavam da perigosa quadrilha. O bem montado esquema, visando principalmente beneficiar bandidos envolvidos com o tráfico de drogas e assassinatos, constava da apresentação de “alvarás de soltura” apenas e tão somente no decorrer dos “plantões” dos finais de semana, quando à frente dos trabalhos estivessem os “sortudos” desembargadores que chefiavam o bando.

Para se ter idéia do alcance e propósitos das mafiosas “Excelências”, enquanto em dias normais a média de concessão dos tais “alvarás de soltura” se situava na faixa de 15 ocorrências, durante os “plantões” de final de semana (principalmente à noite) esse número saltava para 70 liberações (fala-se que cada liberação não custava menos que R$ 100.000,00).

Lamentavelmente, já se sabe que face à brandura das nossas leis, o tal “segredo de justiça” prevalecerá e não teremos oportunidade de conhecer quem são os corruptos (já identificados e denunciados ao Conselho Nacional de Justiça).


Agora, aqui prá nós: se tínhamos o Poder Judiciário como um fiel guardião contra os excessos praticados com os menos favorecidos, a quem agora recorrer ???