por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 18 de junho de 2011


Foi num outono, quase inverno
que ela chegou, sem avisar...
Amigos não precisam de aviso...
chegam e pronto, está feita a festa...
Sempre um novo encanto.
O cavaquinho pelo telefone foi a senha...
e a amizade se fez...
para sempre...

Padre Antonio Viera terá Museu


Diário do Nordeste

Publicado em 18 de junho de 2011

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Equipe DA SECULT e de Várzea Alegre faz levantamento do acervo para o projeto de concepção memorial que deverá viabilizar a instalação do centro sobre a vida de Pe. Vieira
FOTOS: HONÓRIO BARBOSA
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CASARÃO HISTÓRICO foi alugado pela Prefeitura de Várzea Alegre para ser sede do novo espaço cultural da cidade
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Defensor ferrenho dos jumentos, Padre Antônio Vieira terá suas memórias preservadas em centro cultural
Várzea Alegre O acervo pessoal do padre e escritor, Antônio Vieira, vai ganhar um espaço apropriado, nesta cidade, localizada na região Centro-Sul. Parceria firmada entre a Prefeitura e a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) viabilizará em breve a instalação de um centro cultural, com museu, biblioteca, salas de pesquisa, leitura e vídeo. Nesta semana, começaram os trabalhos para catalogação de peças e livros e para a elaboração do projeto de concepção do memorial.

Desde terça-feira passada, três técnicas da Secult trabalham na seleção de objetos, fotos, livros e documentos do acervo pessoal do Padre Vieira. "Era preciso o trabalho de uma equipe especializada em instalação de museu", observou o secretário de Cultura do Município, Hélio Batista. "Inicialmente, está sendo feito um diagnóstico do material histórico".

O padre Antônio Batista Vieira nasceu em Várzea Alegre em 1919 e morreu em abril de 2003, aos 84 anos. Morava em Messejana, bairro de Fortaleza, onde havia instalado um sítio e um espaço próprio para conservação de seu acervo pessoal e pesquisa. Em 1986, criou o Instituto de Arte e Cultura que tem a sua denominação. "Após a sua morte, o acervo ficou abandonado e era preciso revitalizar a diretoria do instituto", explicou o secretário, Hélio Batista.

A Prefeitura alugou um imóvel no Centro de Várzea Alegre para instalação do espaço cultural. "É uma casa apropriada, antiga e que tem tudo a ver com a proposta do Instituto", frisou Batista. O passo seguinte foi solicitar, por meio de ofício à Coordenadoria de Patrimônio Histórico e Cultural (Cophc) da Secult, o apoio necessário para a implantação do espaço cultural. O coordenador da Cophc, Otávio Menezes, atendeu a solicitação do Município e enviou uma equipe técnica, que tem a participação da museóloga e arquiteta, Lídia Sarmiento, e as historiadoras, Jana Rafaella e Janaina Cavalcante. O clima entre os envolvidos no trabalho de catalogação do acervo é de expectativa e empolgação.

A denominação oficial do espaço ainda não está definida, mas a tendência é que seja Centro Cultural Padre Vieira, e terá espaços diversos. "Será um equipamento fundamental para elevar o nível cultural da cidade", observa Lídia Sarmiento.

Jana Rafaella observa que a cidade precisava reconhecer a importância histórica do filho ilustre. "Os moradores devem valorizar e ter consciência da produção cultural do Padre Vieira", disse. Para Janaina Muniz, o espaço cultural deverá ser um centro de "construção da memória da cidade" e do homenageado. "Queremos ajudar a construir essa identidade".

O secretário de Cultura avalia que a instalação do centro vai preservar um importante acervo histórico. "Queremos revitalizar esse passado, fazer com que a produção cultural e a memória do Padre Vieira fiquem eternizadas, seja uma referência e um lugar de pesquisa", destaca.

O sonho do secretário Hélio Batista, com o apoio do prefeito José Hélder, começa a se tornar realidade. "É o Município que vai ganhar com esse espaço", frisou. "Não queremos que seja um depósito de coisa velha, mas um ambiente de pesquisa e de atração da juventude".

Além de sacerdote e de escritor, Padre Vieira foi político, eleito deputado federal na década de 1960, foi cassado, após o golpe militar de 1964.

A partir da década de 1970, começou a luta em defesa do jumento, que eram mortos em massa por frigoríficos. Mostrou intensa preocupação com o meio ambiente, preservação e consciência ecológica.

Acervo
No acervo há centenas de cartas trocadas entre amigos, parentes, governos e instituições internacionais. Objetos pessoais, peças artesanais, quadros, e dezenas de livros de sua autoria e centenas de publicações que compunham a biblioteca pessoal. O Centro Cultural deverá contar com uma biblioteca, sala de leitura, pesquisa, de exibição de vídeo, espaço para produção de peça artesanal de réplicas de jumentinhos, cordéis, xilogravura e até um ambiente cênico.

Fique por dentro
História
Padre Vieira nasceu na Serra dos Cavalos, em Várzea Alegre, no dia 14 de junho de 1919. Filho de pais pobres que viviam no campo, conheceu na infância limitações e privações peculiares à situação de pobreza. Trabalhou na roça. Estudou no Seminário do Crato e de Fortaleza, onde concluiu Filosofia e Teologia. Ordenou-se em 1942. Em 1964, cursou Administração de Empresas na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Depois, cursou Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Escrevia em jornais e publicou dezenas de livros: "100 Cortes Sem Recortes" (1963); "O Jumento, Nosso Irmão" (1964); "O Verbo Amar e Suas Complicações" (1965); "Mensagem de Fé, Para Quem Tem Fé" (1981); "Pai Nosso" (1983) e "Bom Dia, Meu Irmão Leitor" (1984).

Honório Barbosa
Repórter
O bonde passou
Perdi a linha
Tentei seguir
Mas meus passos 
Eram estreitos
Tarde  vi
Os meus defeitos...
Entenda
No vai e vem
De todos os dias
Antes da morte
Ninguém está derrotado


DANTE SANTORO - por Norma Hauer


VIDAS MAL TRAÇADAS

A dele foi até bem traçada, desde que nasceu em Porto Alegre-RS no dia 18 de junho de 1904.
Com apenas 15 anos veio para o Rio, com sua família, onde viveu toda sua vida artística.
Seu nome DANTE SANTORO, compositor, maestro, formou o Regional Dante Santoro, composto de flauta, cavaquinho, pandeiro e dois violões. Os componentes, com o tempo,iam sendo substituídos, mas a regência era sempre sua.
Assim, em 1934 estreou em discos, gravando , com Luperce Miranda, as valsas “Beatriz” e “Saudades de Jango” (Seria o mesmo, aquele que conhecemos anos depois, já saudoso ?).
Nesse mesmo ano, mais duas valsas, estas de sua autoria:”Hilda” e “Gilka”, que, 4 anos depois, recebeu letra de Milton Amaral e foi gravada por Vicente Celestino.

Em 1937, uma linda valsa, em parceria com Kid Pepe, foi gravada por Orlando Silva: “Lágrimas de Rosa”. O mesmo Orlando, em 1943 , gravou “”Olhos Magos”.

LÁGRIMAS DE ROSA

Sim eu sofro e ninguém sabe
Esta dor que já não cabe
Dentro em meu coração
Na sua inquietação
Por saber que alguém
Já sofreu também
Com resignação.

E as lágrimas que eu choro
Na dor em que me deploro
São lágrimas sem fim
Que brotaram dentro de mim
Ao ver despetalar-se num lacrimário divino
Aquela flor que era o meu destino.

Não... Jamais a minha vida
Se sentirá florida
Sob o perfume de outras falsas flores
Que possam vir
Pois a ilusão das flores
Jamais me fará sorrir
Cada pétala caída
É um pedaço de vida
Que sinto me fugir do coração
E assim
Verei meu triste fim
Sob o perfume da recordação
Daquela flor
Que foi meu grande amor

VIDAS MAL TRAÇADAS

Sim, eu sei porque fugi dos braços teus
E não pude escravizar a minha sorte
Ninguém sabe além de Deus
Que meu destino ingrato
Me negou o direito de te adorar
Tens tudo que eu não pude te ofertar

Tens riqueza e mocidade eu bem sei
Mas não tens no coração
Qualquer recordação,
Dos beijos que te dei
Odeias sem saber
Que por te querer
Os sonhos meus crucifiquei
E nunca te direi
Se o arrependimento, feriu meu coração

Dois anos se passaram
De tristeza e dor
E sem queixumes eu sofri
Sinto saudades de um amor,
Que tive em minhas mãos e perdi.

Tens tudo que eu não pude te ofertar,
Tens riqueza e mocidade eu bem sei,
Mas não tens no coração,
Qualquer recordação,
Dos beijos que te dei....



Em rádio, DANTE SANTORO, estreou na Educadora, depois passou para a Vera-Cruz e em seguida para a Nacional, onde se manteve por 33 anos, sendo o responsável pelas trilhas de várias novelas, principalmente com Ghiaroni, em “Lamento Árabe”, gravada por Albertinho Fortuna . Este emprestou sua bonita voz para muitas novelas daquela rádio, mas não foi um cantor que se destacou muito, apesar de gravar, em versões, inúmeros tangos de sucesso.
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Em 1953 , para o carnaval, em co-autoria com Lupicínio Rodrigues gravou talvez seu único sucesso carnavalesco:”Quando eu For Bem Velhinho”.

Quando eu for bem velhinho,
Bem velhinho que usar um bastão.
Eu hei de ter um netinho, ah !
P’ra me levar pela mão.

Que ilusão!!! Os netinhos hoje levam seus vovozinhos para o asilo mais perto. Isso se seus “vovozinhos” não estiverem “sassaricando” aproveitando a chance de viajar de ônibus, barca ou metrô, sem pagar. Eu sou uma “vovózinha” assim.

1954 Dante Santoro mudou de gravadora, passando para a Sinter, onde gravou seu último disco, em 1956, ainda em 78 rotações, com “Mate Amargo” e “Posso Sofrer”.

Daí afastou-se, gradativamente, do meio musical vindo a falecer, aqui no Rio, em 12 de agosto de 1969, aos 65 anos.

Norma

Conheço Zé Flávio desde menino - José do Vale Pinheiro Feitosa

Quando alguém diz: esse aí conheço desde menino, a depender do assunto que corre e do tom da palavra, coisas muito diferentes podem ser tidas. Uma que conheço os podres do sujeito e outra que sei do berço e dos bons modos dele.

Taí, pois bem, eu conheço o Zé Flávio desde menino. E é hoje o que foi em menino, juntando muito mais ossatura do conhecimento, é claro. O que foi em menino é uma história que vem tirando fornadas de muito neste chão do nordeste brasileiro. Somos pobres, mas, não sei bem qual a vantagem disso, mas orgulho é orgulho, a caatinga é o único bioma genuinamente brasileiro. Pois Zé Flávio é brasileiro desde as folhas secas do verão até a nevasca verde do inverno.

Matosinho é como a terra mágica do velho Vicente Vieira. Eu esqueci o nome viu Zé, mas quando lembrava é porque ela era repetida o tempo todo. E Matosinho tem a narrativa que estava em Antonio, Manoel e no casamento a contragosto familiar da Laís. Matosinho não é um besteirol de dente escancarado do fácil riso: ele tem uma tensão desgraçada. Uma tensão que é essencialmente política.

O Zé Flávio tem lado político e é profundamente político. Talvez tenha tomado excesso de leitura e dedicação à medicina, pois sempre foi uma promessa de bom tom para a prefeitura do Crato. Não sei se ganharia as eleições, mas isso não é o mais importante, o caro para a cidade é ter alguém como o Zé propondo políticas públicas. O certo é que a situação do governo é sempre uma pauta ideal da oposição. Claro até que oligarquias se fundam e passam a manipular e atrasar o conjunto da sociedade.

Peguemos esta Mudança de Generéia. Encontramos a superação de uma sociedade que lentamente foi sendo invadida pelos artefatos e hábitos da segunda metade do século XX. Iremos, com humor, encontrando a corrida de todos em busca do chamado “progresso”. Agora ter as coisas do mundo exterior é o quente para o íntimo de Matosinho. E não ter é não ter conquistado o “progresso”. Por isso o faz-de-conta de Generéia. É mais importante a versão do que a realidade dos fatos.

Nada mais político do que isso. Mas, afinal, se tem uma coisa que a pós-modernidade ainda não “desconstruiu” é o fato que a cultura é o conteúdo da política. Todo “agente” da cultura deve refletir sobre tal aspecto. Quando pensa em ser apenas um isento artista, ou isento pensador, ele tem a posição política do status quo.

Matosinho está de mudança como Generéia.

SAUDADE BICHINHA DANADA - por Rosa Guerrera


Eita bichinha teimosa essa tal de Saudade!
Chega sorrateiramente , escancara as portas do coração da gente e faz aquela arruaça .E não adianta querermos expulsa-la .Ela fica ali , passeando nos quatro cantos das nossas recordações.trazendo lembranças gostosas de fatos e pessoas que representaram sorrisos, paz , ternura e amor ...

Exatamente como a definiu um poeta nordestino nessa pequena trovinha ; “ Saudade /palavra doce / que traduz tanto amargor/ Saudade é como se fosse / espinho cheirando a flor “.

E é inútil tentarmos discordar dessa poética realidade!

Vejo a saudade ,mesmo dentro dessa teimosia de chegar sempre sem hora marcada , esse cheiro de flor revestido muitas vezes em espinhos . Espinhos que nos marcaram , e deixaram cicatrizes profundas nas nossas verdades , mas que ainda trazem o aroma de uma felicidade desfrutada.
Impossível alguém afirmar que sente saudade de momentos solitários, de palavras ásperas, de amores não verdadeiros .

E mesmo doendo , castigando o coração da gente , a saudade sempre fala de instantes marcados por dias alegres , ainda que tenham sido seguidos por despedidas ou desencontros .
E quando ela me surpreende com essa entrada brusca, juro que eu amo essa bichinha teimosa. Amo porque ela chega até o meu coração em mil formas . Numa foto desbotada , num sorriso que alegrou a minha vida , numa palavra sussurrada ao meu ouvido ,num beijo doce e prolongado , num olhar terno , num universo momentâneo,enfim : “ quem nunca sentiu saudades , por certo nunca amou”.

 por rosa guerrera

José Saramago




Pensador.info


José de Sousa Saramago (1922 - 2010) é um escritor, roteirista, jornalista, dramaturgo e poeta português galardoado com o Nobel da Literatura em 1988. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.

Saramago é conhecido por utilizar frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional. Os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros: este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência, a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento. Muitas das suas frases (i.e. orações) ocupam mais de uma página, usando vírgulas onde a maioria dos escritores usaria pontos finais. Da mesma forma, muitos dos seus parágrafos ocupariam capítulos inteiros de outros autores. Apesar disso o seu estilo não torna a leitura mais difícil, os seus leitores habituam-se facilmente ao seu ritmo próprio.

Nasceu na aldeia de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18.

Publicou o seu primeiro livro, o romance \"Terra do Pecado\", em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966.

Entre os livros de maior destaque estão o Memorial do Convento e o Evangelho Segundo Jesus Cristo.

Procópio Ferreira



João Álvaro de Jesus Quental Ferreira(Rio de Janeiro, 8 de julho de 1898 — Rio de Janeiro, 18 de junho de 1979), mais conhecido como Procópio Ferreira, foi um ator, diretor de teatro e dramaturgo brasileiro. É considerado um dos grandes nomes do teatro brasileiro.

Procópio descobriu cedo o talento de envolver a plateia, arrastando aos seus espetáculos contingentes de público de fazer inveja aos maiores sucessos de hoje. Em 62 anos de carreira, Procópio interpretou mais de 500 personagens em 427 peças.

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Maria Bethânia



Maria Bethânia Viana Teles Veloso, mais conhecida como Maria Bethânia, (Santo Amaro da Purificação, Bahia, 18 de Junho de 1946) é uma cantora brasileira que tem a marca de ser a segunda artista feminina em vendagem de discos do Brasil, sendo a maior da MPB, com 26 milhões de cópias. Atende pela alcunha de Abelha-rainha por causa do primeiro verso da música que dá nome ao LP Mel de 1979.

Considerada por muitos brasileiros uma das maiores cantoras da história do Brasil. É irmã caçula do compositor Caetano Veloso e da poetisa e escritora Mabel Velloso.

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