por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 18 de junho de 2011

SAUDADE BICHINHA DANADA - por Rosa Guerrera


Eita bichinha teimosa essa tal de Saudade!
Chega sorrateiramente , escancara as portas do coração da gente e faz aquela arruaça .E não adianta querermos expulsa-la .Ela fica ali , passeando nos quatro cantos das nossas recordações.trazendo lembranças gostosas de fatos e pessoas que representaram sorrisos, paz , ternura e amor ...

Exatamente como a definiu um poeta nordestino nessa pequena trovinha ; “ Saudade /palavra doce / que traduz tanto amargor/ Saudade é como se fosse / espinho cheirando a flor “.

E é inútil tentarmos discordar dessa poética realidade!

Vejo a saudade ,mesmo dentro dessa teimosia de chegar sempre sem hora marcada , esse cheiro de flor revestido muitas vezes em espinhos . Espinhos que nos marcaram , e deixaram cicatrizes profundas nas nossas verdades , mas que ainda trazem o aroma de uma felicidade desfrutada.
Impossível alguém afirmar que sente saudade de momentos solitários, de palavras ásperas, de amores não verdadeiros .

E mesmo doendo , castigando o coração da gente , a saudade sempre fala de instantes marcados por dias alegres , ainda que tenham sido seguidos por despedidas ou desencontros .
E quando ela me surpreende com essa entrada brusca, juro que eu amo essa bichinha teimosa. Amo porque ela chega até o meu coração em mil formas . Numa foto desbotada , num sorriso que alegrou a minha vida , numa palavra sussurrada ao meu ouvido ,num beijo doce e prolongado , num olhar terno , num universo momentâneo,enfim : “ quem nunca sentiu saudades , por certo nunca amou”.

 por rosa guerrera

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