por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 8 de maio de 2012

Na Rádio Azul



"Rogerio, o Fazedor de Pipas"- por Ignez Olivieri



Quando te vejo, Rogerio és minha infância
Que vem de longe e me faz lembrar
Das nuvens brancas como carneirinhos
E tuas pipas entre elas pelo ar
Presas por um fio que só tu sabias guiar.
Tu eras meu herói criança,
Tudo sabias sem precisar perguntar.
Gostavas da rua e eu tinha medo
Da liberdade que ias buscar.
Lembro-me do som da pesada corrente
Que o portão trancava e vagarosamente
Tu desenrolavas para voar.
Voaste tanto, voaste pela vida,
Voaste nos amores e nas paixões.
Voaste tão alto como as pipas
Que sempre tão feliz soltavas
E sempre carregaste no coração.


Ignês Olivieri

Correia de Transmissão - José do Vale Pinheiro Feitosa

Não sei se acontece com vocês: receber e-mails furibundos contra Fidel, Chávez, Kirchner, Morales e, claro, Lula e seus derivados. De vez em quando ao sabor do mais evidente na mídia: Kadhafi, Assad, Putin, a China e o Irã. Fechamos a lista? Não existem outras coisas como as FARCs, os Sandinistas, e eventuais movimentos de mesmo naipe que desagradam os emissores de tais e-mails. 

Algum tempo passado alguém me cobrou uma posição sobre Ingrid Bettencourt naquele tempo uma prisioneira vítima de sequestro das FARCs. Parecia querer-me colocar em contradição talvez pensando que defenderia sequestros odientos e de impacto político negativo. Acontece que Ingrid foi solta e logo depois se envolveu em notícias extremamente negativas para ela, entre as quais o fato de ser herdeira milionária e ter financiado de modo fraudulento a campanha presidencial de Sarkozy. Nem um murmúrio daquela provocação surgiu sobre a evolução dos fatos. 

Associo esta prática como a um motor que já tem uma estrutura pré-definida e que existe meramente para servir de correia de transmissão ideológica de um tipo de escolha da história. Estes motores simplesmente passam adiante aquilo que chega pronto e mesmo quando existem resíduos sólidos no combustível que os movem, não são capazes de reclamar nem a pureza necessária ao seu bom funcionamento. Existe a mesma prática e a mesma natureza no campo oposto da ideologia exposta. Funcionam do mesmo modo e com o mesmo comportamento mecânico. O que de nós temos conta é que os motores são invenções nossas, somos críticos, aceitamos a pluralidade da realidade e buscamos caminhos que universalize o bem estar geral da humanidade. Mas considerando suas contradições, inclusive com a natureza. 

Hoje mais de um milhar de palestinos prisioneiros de Israel faz uma greve de fome e não se ler ou se ouve a repercussão do fato. Pelo menos nas dimensões que refletem, por exemplo, se for algum dissidente cubano ou chinês manchetes estampariam – alguém duvida que a história do dissidente cego fosse uma narrativa para juntar “emoções” às negociações de Hillary Clinton em visita à China? 

O Governador da Flórida deixou furibundo os anticastristas do estado: após promulgar uma lei que punia empresas que operassem na Flórida e em Cuba (atingia a Odebrecht), escreveu uma carta pedindo à União que referendasse sua lei. Acontece que o estado não pode legislar sobre questão exterior, mas a ação da dissidência cubana queria impor a lei com base na decisão federal de manter o boicote a Cuba. 

E o caso Valladares? Armando Valladares praticou atos de sabotagem no interior de Cuba, foi preso por isso e virou um herói paraplégico a “sofrer numa cadeira de rodas”. A pressão foi tanta que o governo cubano resolveu liberá-lo num avião que o levaria à França. Os policiais que transportavam Valladares, empurrando a cadeira de rodas disseram: "explicamos-lhe que ou se levantava sem ajuda e subia ao avião para ir a França, ou seguia fingindo e o devolvíamos ao cárcere. Ele saltou disparado da cadeira de rodas como um gato e subiu correndo ao avião." Isso não lembra o caso Cachoeira e a Veja? Fraude e farsa e o pessoal transmitindo.

"Efeito Retardado" - José Nilton Mariano Saraiva

Uma bomba de efeito retardado e com um poder de destruição fenomenal, aguarda e espreita aquele que tomar posse na Prefeitura do Crato, a partir de 01.01.2013. Por essa razão, tornar-se-á imprescindível que os senhores pretendentes ao trono desde já tenham como obrigatória e principal bandeira a realização de uma preventiva e rigorosa auditoria por parte de uma empresa especializada, visando não receber gato por lebre.
Sim, porque, embora o bom senso recomende e a responsabilidade imponha que às vésperas de transferir o cargo para o sucessor, aquele que está no poder cuide de arrumar a casa, limpar as gavetas e recolher seus pertences, no Crato a coisa funciona de modo um tanto quanto diferenciado ou, pra ser mais preciso, impregnada de um perigoso determinismo heterodoxo.
Senão, vejamos: ao apagar das luzes dos seus dois mandatos, que em termos práticos perfizeram longos oito anos de pasmaceira, isolamento e retrocesso (nunca dantes experimentado pelo município), e coincidentemente às vésperas de uma eleição em que tenta viabilizar o candidato oficial (que certamente terá dificuldade imensa em razão do abandono a que a cidade está relegada), o atual prefeito, numa atitude inadmissível para os dias atuais, resolveu “admitir-contratar” centenas de novos funcionários (embora saibamos que tem gente sobrando e sem ter o que fazer nos quadros do poder municipal), onerando, conseqüentemente, a folha de pagamento do município num valor bastante expressivo (cálculos modestos apontam para um valor suplementar estimado em mais de R$ 1 milhão, entre salários e encargos, com os novos contratados, se forem chamados os 360 aprovados no recente, extemporâneo e dispensável concurso patrocinado pela prefeitura).
E aqui, algumas interrogações clamam por respostas: 1) em termos de custo-benefício (ou de “praticidade”, em português bem claro) o que os novos contratados poderão oferecer ao gestor-contratante (em final de mandato) e à própria comunidade cratense, já que só disporão de quatro, cinco meses para adaptar-se à máquina; 2) como se acha na melancólica fase crepuscular do seu reinado, não seria mais sensato, coerente e responsável, da parte do prefeito-sainte, deixar para o novo inquilino do paço municipal a tarefa de decidir pela contratação ou não de novos colaboradores; 3) ou essa contratação, presumivelmente desnecessária, objetivaria, desde já, dificultar a vida do sucessor, já que mui provavelmente terá que assumir o desgastante ônus político de demitir muitos, no início do mandato; 4) se procedente a informação de um dos (amadores) membros do staff municipal, de que o valor atualmente arrecadado com o IPTU (de todo o município) se situa na faixa aproximada de meio milhão de reais (daí a esfarrapada desculpa para a falta de investimento),  como se admitir ou explicar o inchaço exponencial do item “despesas com pessoal”, exatamente na hora do adeus; 5) se for constatado, como tudo leva a crê, que há excesso de gente prestando serviço à prefeitura, quem contratou desnecessariamente deverá ou não ser responsabilizado pelo incremento das despesas, assim como por possíveis indenizações do tal excesso; 7) já não estaria na hora de alguma ONGs, clube de serviço, associação comunitária e por aí vai, convidar-acionar o Ministério Público Federal a participar incisivamente desse jogo, porquanto o artigo 19 da Lei de Responsabilidade Fiscal, ancorada no artigo 169 da Constituição Federal, reza que a despesa total com pessoal, em cada período de apuração, não poderá exceder o percentual de 60% (sessenta pro cento), em todo e qualquer município da federação (e com a nova e extensa leva de contratados, é perfeitamente plausível a perspectiva de que o município de Crato esteja incorrendo no grave crime de “irresponsabilidade fiscal”, objetivando fins meramente eleitoreiros).
           

Billy Blanco





William Blanco Abrunhosa Trindade, mais conhecido como Billy Blanco (Belém, 8 de maio de 1924 — Rio de Janeiro, 8 de julho de 2011), foi um arquiteto, músico, compositor e escritor brasileiro.

Entre seus sucessos destacam-se "Sinfonia Paulistana", "Tereza da Praia", "O Morro", "Estatuto da Gafieira", "Mocinho Bonito", "Samba Triste", "Viva meu Samba", "Samba de Morro", "Pra Variar", "Sinfonia do Rio de Janeiro" e "Canto Livre". "Sinfonia do Rio de Janeiro" é composta por dez canções, escritas em parceria com Tom Jobim, em 1960. As canções que formam a suíte são "Hino ao Sol", "Coisas do Dia", "Matei-me no Trabalho", "Zona Sul", "Arpoador", "Noites do Rio", "A Montanha", "O Morro", "Descendo o Morro" e "Samba do Amanhã".



Keith Jarrett


Keith Jarrett (Allentown, 8 de maio de 1945) é um compositor e pianista estadunidense. Suas técnicas de improvisação conjugam o jazz a outros gêneros e estilos, como a música erudita, o blues, o gospel e outros.

Por um período da minha vida, só ouvi  Keith Jarrett.
Consegui absorvê-lo, integrá-lo nas minhas gavetas musicais.
Grande músico!