por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O SOL JÁ ESTÁ NO SIGNO DE AQUÁRIO – por Stela Siebra

Como temos todos os signos no mapa astrológico, devemos ficar atentos para os sinais de todos eles. É preciso compreender o verdadeiro significado do signo e fazer brilhar (estrelar) seu sinal.  
Estrelar AQUÁRIO é sair de um quadro de referências essencialmente subjetivo e pessoal para olhar a vida com uma perspectiva objetiva, social, solidária e ampla, justa e igualitária. Os ideais aquarianos estimulam consciência e interações sociais. Não podemos ficar de braços cruzados quando as mudanças e revoluções estão acontecendo; devemos sim participar, cooperar e desenvolver nosso espírito de solidariedade.
Vamos estrelar Aquário buscando a matriz primordial das coisas. Quando sairmos de um tipo de vida comum – centrados na nossa autoimagem – para buscar o modelo original, estaremos nos repotencializando, nos libertando e oficializando nosso encontro com o Sagrado. Aí começamos a realizar e estrelar PEIXES.

NOTICIAS DO JORNAL "O POVO" NOS IDOS DE 1930

-->



A palavra de Lampeão, o monarcha selvagem dos sertões

Os dados e as informações sobre que escrevemos esta reportagem foram colhidos do próprio Lampeão pelo sr. José Alves Feitosa, que há semanas, no alto sertão, com elle conversou demoradamente.

Offerecendo à A Noite essas notas interessantíssimas, o sr. Feitosa, offertamo-la, nós, aos nossos gentilíssimos leitores, a quem não queremos mais poupar o prazer curioso de sentir um bocado da psychologia pittoresca e da vida romanesca do jaguar terrivel dos sertões.


NO PÉ DA SERRA

Cabia o crepusculo sobre o escampado arido e esbrazeado daquelle recanto sertanejo do Estado do Ceará, no pé da serra do Araripe: o engenho de rapadura Boa-Vista, a cinco léguas da cidade de Missão Velha, quando o sr. José Alves Feitosa ali chegou.

Um crepusculo doloroso, sertanejo, manchando a paisagem de sombras e difundindo uma melancolia por tudo...
Gentis e acolhedores, os senhores de engenho o receberam, prodigalisando-lhe o conforto de uma hospedagem, onde elle repousaria da viagem exaustiva.
Ahi, foi que se aproximou de Lampeão.
Este assomara à porta, desarmado, fitando o recem-chegado, que o interpellou logo:
- É o capitão Virgulino Ferreira?
- Às suas ordens.
- Já o conhecia através de photographias.
- Ah? Foram esses retratos, de que o sr. fala, que me inutilisaram. Si não tivesse deixado phopographar-me, seria desconhecido e já poderia ter desaparecido, sumindo-me no mundo, indo para longe, ganhar a vida tranquilamente, sem attribulação dessa angustia constante de ser perseguido.
- E o sr. é perseguido? Dizem na capital que a polícia...
- ... não persegue, porque sou amigo dos officiais. É verdade, mas, ainda assim, as trahições, o sr. comprehende.
No anno passado, Isaias Arruda, meu grande amigo, chefe politico cearense, surpreendeu-me numa localidade deste Estado com um cerco policial terrivel, de que me livrei não sei como.
Estas cousas são que magoam...
Uma trahição, o diabo!
Gosto dos officiaes e odeio os chefes de policia.
Não é verdade que eu haja emboscado, para matar ao dr. Eurico Souza Leão. Ignorava que esse chefe de policia viajava, naquelle tempo, pelo sertão...
Se soubesse, com franqueza, eu teria aventurado...
- Como foi assassinado seu irmão?
- É invenção. Elle não foi morto. Está são, vivo e bolindo.
Aquillo foi brincadeira "só para atrapalhar"...
- E Sabino?
- A mesma coisa.
Está vivo, no Riacho do Navio, à frente de alguns homens. Vou encontrar-me, agora, com elle.
- Disse-me, ha pouco, que se pudesse abandonaria o cangaço...
- Sim. Por porque eu não vivo a vida do cangaço, por maldade minha.
É pela maldade dos outros. Dos homens que não têm a coragem de lutar corpo a corpo como eu e vão matando a gente na sombra, nas tocaias covardes.
Tenho que vingar a morte dos meus paes. Era meninote quando os mataram. Bebi o sangue que jorrava da pelle de minha mãe, e beijando-lhe a boca fria e morta, jurei vinga-la...
É por isso, que de rifle de costas, cruzando as estradas do sertão, deixo um rastro sangrento a procura dos assassinos de meus paes.
(...)
É por isso que eu sou cangaceiro.
Não sei quando hei de deixar os horrores desta vida, onde o maior encanto, a maior belleza seria extinguir a maldade daquelles que roubaram a vida de minha mãe e de meu pae a de minhas irmãs.
Dizendo isto, Lampeão ergueu-se, tomando o chapéo.
Despediu-se do nosso informante.
À porta um seu companheiro o "arreou", isto é, entregou-lhe as cartucheiras e o mosquetão, um fuzil Mouser cortado na extremidade do cano.
Apertando as mãos hospitaleiras de Rosendo, o dono da rustica engenhosa, o monarcha sanguinolento dos sertões tomou a estrada poeirenta para as incertezas do seu destino.
Deante da maravilha da vida de Lampeão cheia de episodios romanescos e impressionantes como aquelle em que ha a scena commovente e soberba do juramento sobre a bocca hirta de uma mãe, quem ousará atirar a primeira pedra sobre o quadrilheiro immortalisado nas chronicas sangrentas do sertão?

http://luzdefifo.blogspot.com.br
http://afnneto.blogspot.com.br
http://blogdomendes

COPIADO DO BLOG CARIRICANGAÇO.BLOGSPOT.COM

Expedição Foto Crato


A CHUVA CAI
             A chuva cai no telhado do meu quarto,
             Eu contemplo o teu retrato,
             E me ponho a imaginar.
             Cada goteira o meu coração invade,
             Uma onda de Saudade,
              Que me faz acreditar.

             Que o próprio tempo,
             Solidário esta comigo,
             E faz questão de ser amigo,
             Quando eu sofro por alguém,
             A natureza também parece que chora,
             Só porque tu foste embora,
             Ao me ver chorar também.

             Chora a natureza a noite inteira
              Suas lágrimas em goteira
              Vem molhar meu barracão.
             Este barracão todo furado.
             Que chove por todo o lado,
             E tem lama pelo chão.

            Hoje tu moras num apartamento,
            Enquanto eu vivo ao relento,
            Onde sozinho fiquei.
            Pisas num tapete aos pés da cama,
           Enquanto eu piso na lama,
           Na lama onde te encontrei.


Essa canção é linda!
Não a encontrei na net.
Seria o intérprete Alcides Gerardi?
E o autor?
Alguém sabe?

por socorro moreira


Os últimos dias resolveram mudar o ritmo
Fizeram coreografia com um bando de tartarugas
Céu nublado,tardes quentes,tudo mudo


Agora  é 2013

E o vinho espera abril
O milho espera S.João...
Até dezembro voltar
Com cestas de intenções

Há uma possibilidade de felicidade no ar
Há uma possibilidade de alegria
No final do dia, quando o sol esfria...
Uma bola prateada que se chama lua
Enche de magia a nossa vida!

Por José Flávio Vieira



Crato & Creta


Crato é Creta
Creta é Crato
A lua que lambe Creta
Alua os doidos do Crato
No palácio de Cnossos
Crato guarda os seus destroços
Não pense que é desacato

E que é coisa de cretino
Mas o mar que enrosca Creta
Explode nas fontes do Crato
Largue o ar aristocrático
Repare bem no retrato
Crato e Creta ,Creta e Crato
Moram na mesma cratera
Pense de forma concreta
Que Minos mata no Crato
O Minotauro de Creta ?
Vai ser o maior barato
Quando a espada discreta
Dilacerar do Nó Górdio
Que ata o Crato a Creta
Quem sabe o fio de Ariadne
Marque a passagem secreta
Último ato do Teatro:
Teseu reinventa Creta
E o Tesão refaz o Crato .
J Flávio

Por Nicodemos




Tudo se transformou
da noite pro dia
Turva natureza
casa vazia
Meus sonoros pigarros
de repente ficaram mudos
Isso é vida ou utopia?


Vou viver no preto e branco
Mais uns anos...
Eu quero água  das nascentes
Pra lavar o que ficou guardado
Meu sonho adormecido
Embotado de fumaça
Agora se espreguiça
Apagado de saudade!



socorro moreira