por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Só os tolos consideram aquilo felicidade - José do Vale Pinheiro Feitosa

“Não tenha inveja daqueles que vivem no paraíso dos tolos, pois apenas um tolo consideraria que aquilo é felicidade” – Bertrand Russel em 1969, no Um Decálogo Liberal

Vamos juntar os “causos”: rolerzinho, aumento de presos no Brasil e 85 bilionários com patrimônio igual ao que tem metade da humanidade. São assuntos que abordei nas últimas três postagens.

Fazem sentido: a ditadura dos bilionários (decidem onde e como investir, como deve funcionar a produção, a distribuição e o consumo e, portanto, a política, a cultura, as instituições do Estado e a religião) exclui, persegue, aprisiona e pune. Cria regimes políticos e instituições, os mantém e os conserva.

E antes de tudo têm o controle quase absoluto da violência. Criam e controlam as forças que reprimem e punem. Uma civilização com esta característica é mais absoluta do que o Olimpo Grego. Naquela civilização os deuses (ou os conceitos que representavam) se contradiziam. Nesta a hegemonia pretende-se total.

Agora retorno ao décimo ponto de Bertrand Russel. Só os tolos acreditam que algo assim é duradouro e permanente. O controlador absoluto sofre o controle absoluto. O seu controlado o controla. O controla pela necessidade permanente que o controlador tem de controlar.


Mas é preciso enxergar que só os tolos consideram o seu sucesso dentro desta ordem como a felicidade.  

De "solução" a "decepção" - José Nilton Mariano Saraiva

Quando pela primeira vez se candidatou ao governo do Estado do Ceará, o “carro-chefe” da campanha do então candidato Cid Gomes focava na (in)segurança pública, porquanto um verdadeiro caos. Para tanto, deu-se divulgação exacerbada a um programa denominado “Ronda do Quarteirão”, que seria a redenção do setor.

Assim, uma turma de elite foi treinada para fazer frente à bandidagem e, sob o argumento de que necessitavam de equipamento capaz de enfrentar em igualdade de condições os mafiosos, a providência primeira do jovem governador recém-eleito foi adquirir centenas de caminhonetes da marca Hilux, tração 4 rodas, da Toyota, revendida no Ceará pela empresa Newland (a quem foi garantida a manutenção a frota por anos a fio).

No entanto, de “solução” o “Ronda do Quarteirão” transformou-se em “decepção”, porquanto efetivamente nada mudou no quesito segurança pública no Estado do Ceará. Assim, a bandidagem nunca se sentiu tão à vontade para “trabalhar”.  E mais: os caríssimos e luxuosos carrões em que circula a tropa de elite vivem se envolvendo em acidentes diversos, em razão (comenta-se), do despreparo dos seus guiadores na condução de máquinas tão sofisticadas (não teriam sido treinados para).

Fato é que, de lá até cá já se passaram sete anos, o Governador se acha no último ano do seu segundo mandato e a (in)segurança pública continua a grassar em todo o Estado, constituindo-se o seu calcanhar de Aquiles, enquanto a “menina dos olhos” do governador, o “Ronda do Quarteirão”, é pessimamente avaliado pela população.

Pois não é que agora, faltando menos de um ano para entregar o bastão a quem vier lhe suceder, o senhor Governador do Estado resolveu adquirir nada menos que mais 400 (quatrocentos) novos carros da marca Hilux, da Toyota, com valor unitário de R$ 179.000,00 (cento e setenta e nove mil reais) perfazendo um gasto total de R$ 71.600.000,00 (setenta e hum milhões e seiscentos mil reais), conforme o Diário Oficial do Ceará, de 14.01.14.

Além da “inoportunidade” em gastar toda essa grana já no final do seu mandato, o “detalhe” é que o processo licitatório para a compra dos 400 carrões teria sido ganho pela General Motors (Chevrolet), mas Sua Excelência arranjou um jeito (aumento na cilindrada dos carros) de privilegiar a Toyota e especificamente a empresa Newland (que continuará responsável pela manutenção da frota.


Será que alguém receberá alguma “comissão” ???

O CÉU ESTRELADO DO MEU AVÔ - por Stela Siebra

                                                 
Era uma vez um avô poeta que louvava a Deus louvando a sacralidade da natureza. Era um avô sábio e simples, brincalhão e contemplativo.
Antigamente, não muito antigamente, a energia elétrica não havia chegado aos sertões do nordeste brasileiro, o que fazia com que as noites fossem escuras como breu nas fases de lua minguante e nova. Mas o manto estrelado do céu era um convite à contemplação do infinito, à leitura do mistério das constelações distantes, à viagem interior em busca do brilho divino dentro de nós.
A noite, seja clara de lua cheia, seja clara de estrelas, é tempo e espaço propício aos astrólogos, aos poetas, aos buscadores da Beleza Infinita de Deus.
Stela Siebra

Ouvindo Estrelas José Augusto Siebra