por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 12 de setembro de 2014

E CHEGOU AO "BAILE" VESTIDO DE MENSALÃO 2 - José do Vale Pinheiro Feitosa

A bala de prata, que mata o lobisomem, mais uma vez disparada pela Camarilha dos Quatro (Veja-Folha-Estadão-Globo) às vésperas de eleições, deu munição à esquálida campanha do PSDB. Adendo: que já é uma ave em extinção.

A Camarilha que conseguiu colar no PT o rótulo da corrupção com a seletiva ação do Ministro Joaquim Barbosa, agora pega o rótulo “mensalão” e imagina aplicar-lhe o número 2 para expulsar da política a Dilma e o PT juntos. Não é isso que algumas pessoas estão fazendo nos vidros de carros? Apenas escondendo quem, afinal, quer pôr no lugar?

Ontem no Terra Magazine, o seu editor Bob Fernandes diz: “Teve início há semanas – e prossegue com vindas e idas – uma revoada de executivos, e mesmo donos de algumas das empresas citadas em investigações da Operação Lava Jato. Aquela do escândalo da Petrobras.” Quer dizer aqueles “empreendedores” que cegam a menina dos olhos da miuçalha neoliberal da classe média reacionária dos vários rincões.  

Num filme americano sobre as “falcatruas” dos “empreendedores” com petróleo Árabe há um diálogo em que alguém, em conversa, denuncia a corrupção e tem por resposta que a corrupção é a energia do capitalismo. Alguns dados de Bob Fernandes: o processo da era Collor envolveu mais de 100 empresários de 400 empresas e tudo prescrito. Nos últimos 12 anos 4.928 funcionários públicos foram expulsos ou perderam a aposentadoria. Olhem só: 700 políticos (desde vereadores até o topo) perderam o mandato e tiveram direitos políticos cassados desde meados dos anos 90 e final destes.

Chega de estatística pois isso passa pela larga rede de corrupção de sonegação de impostos (inclusive do grande membro da Camarilha dos Quatro a Rede Globo de Televisão), pelas manobras de enganação dos consumidores, sem contar achacadores e outras mumunhas mais feito tipo o “por fora”, o “cafezinho do guarda”, ultrapassar a fila e por aí vão os “pecadilhos” desta gente bronzeada que sabe mostrar o seu “valor”.

Acontece que o lema “o povo não é bobo, abaixo a rede globo” funciona quando se trata da prática da ação política. De modo que o povo desconfia pois o jogo da Camarilha já está ficando óbvio. Vejam que a Camarilha tem um caminho único e tem a hegemonia de reacionários e da direita democratofóbica. Basta a Veja oferecer sua capa e os blogueiros a “serviço” assumirem a tarefa para que a massa, em correia de transmissão, corra para a trolagem.

Não é que aquilo que seria apenas o Mensalão 2 também foi dirigido para Marina Silva e para a memória de Eduardo Campos! E não foram os petistas não. Foi a “mídia” articulada da Camarilha. Mas a Marina é a grande esperança de “expulsar os petralhas”! E esta “gente” aí como é que fica, hein? Como é que vai jogar lama na Marina?

Afinal vamos ter disputa como sempre tivemos. Disputa democrática e com teses divergentes. Vamos ter vitoriosos e não vamos ter derrotados. Afinal é da natureza do processo que os resultados elejam dois tipos legítimos de mandatos: a situação e a oposição. Mas é preciso ter em conta que a regra é duradoura e passível de debate de mudança. Só após o debate e o processo eletivo é possível a mudança.

Não vamos esquecer de uma coisa. Foi a aliança PSDB e PFL (DEM) que instituiu o jogo de elite representado pela chamada “reeleição” que se diz e se tem até convicção foi comprada em notas volumosas para dar mais um mandato ao “príncipe do neoliberalismo”. Pois bem as regras do “príncipe” afinal não são bem reeleição. Se trata, a rigor, de um mandato de 8 anos e confirmação na metade do mandato. Falar em reeleição com a máquina na mão é, como sabemos, jogo de elite.

É preciso amor pra poder pulsar. É preciso paz pra poder sorrir. É preciso a chuva pra poder florir.”