por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 8 de julho de 2019

"JUIZ ALGUM TEM UMA CONSTITUIÇÃO PARA CHAMAR DE SUA" - José Nilton Mariano Saraiva


Nos últimos 02/03 três anos, aqui mesmo neste privilegiado espaço (através de diversas postagens), afirmamos de forma peremptória e contundente, que a esculhambação jurídica vigente hoje no país se devia aos prolixos, preguiçosos e pernósticos integrantes do Supremo Tribunal Federal, em razão de chancelarem as recorrentes e cabeludas arbitrariedades perpetradas pelo juiz de primeira instância, Sérgio Moro, notadamente no tocante ao estupro diuturno da nossa Carta Maior.

Eis que, hoje, com o autêntico tsunami provocado pelas acachapantes informações do site The Intercept Brasil, envolvendo a República de Curitiba, começam a aparecer manifestações de toda ordem, na condenação dos abusos perpetrados na Operação Lava Jato.

Nelson Jobim, por exemplo, (que não é flor que se cheire, frise-se), mas que foi Ministro da Defesa e Presidente do Supremo Tribunal Federal (onde militou durante anos) foi cáustico para com o juiz de primeira instância, ao afirmar que os componentes daquela Corte Maior  foram vergonhosamente omissos ao tratar da questão (“vocês toleraram os abusos do Moro”).

Hoje, o próprio relator da Lava Jato, Luiz Edson Fachin, um dos principais defensores da Lava Jato e Sérgio Moro, declarou seu desapontamento com o mesmo, acrescentando que os juízes que cometem abusos têm que ser exemplarmente punidos, já que “Juiz algum tem uma Constituição para chamar de sua. Juiz algum tem a prerrogativa de fazer de seu ofício uma agenda pessoal ou ideológica. Se o fizer, há de submeter-se ao escrutínio da verificação”.

Como apenas uma ínfima parte das informações em poder do The Intercept Brasil foi divulgado, a tendência natural é que se forme um rolo compressor incapaz de ser detido, e que, ao final, sejamos cientificados, através de áudios e vídeos (existem, sim), de detalhes do modus operandi mafioso não só de Sérgio Moro e “comparsas” da República de Curitiba, mas, também, de ministros dos tribunais superiores (já imaginaram um áudio de uma conversa entre Sérgio Moro e Gebran Neto, do TRF4 de Porto Alegre combinando a “dosimetria” da pena a ser aplicada ao ex-presidente Lula da Silva ???).