por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Rádio Azul


EX-CRAQUE DO FUTEBOL DO CRATO É DESTAQUE EM REVISTA DO CEARÁ


           A revista oficial do Ceará Sporting Club, chamada de 1914 (ano da fundação do clube), dedica a página 57 da sua edição de Agosto/2011 a Nélson Sá de Mendonça Vasconcelos, “Nelsinho”, como era conhecido no meio futebolístico. A razão da reportagem foi a comprovação de que o esquadrão alvinegro conseguiu o seu primeiro pentacampeonato em 1919, fato desconhecido por muitos torcedores. Pesquisando jornais e livros da época em arquivos e bibliotecas públicas da capital cearense, Nélson Sá constatou que o Ceará ganhou o título de 1915, um ano após sua fundação e sagrou-se campeão nos quatro anos seguintes. O resultado da pesquisa foi devidamente analisado pelo Departamento Jurídico do time cearense, encaminhado para a Federação Cearense de Futebol e para a CBF, onde o feito foi devidamente registrado.

                Nélson residiu no Crato entre 1964 e 1969, trabalhando no Banco do Brasil, de onde foi requisitado pelo Banco Central do Brasil, em Brasília. Quando morava no Cariri jogou futebol de Campo pelo Satélite, time formado por funcionários do BB, e depois fez parte do plantel do ICASA de Juazeiro. Nesta época, o futebol cratense era bastante movimentado e seu campeonato era disputado por times como o Sport Club do Crato, Cariri Sport Clube, Rebelde e o Magarefe. Também atuou no futebol de salão, defendendo o AABB.

                A reportagem salienta que Nelsinho jogou pelo Ceará, tendo sido campeão na categoria juvenil, em 1955, bicampeão em 1956, campeão novamente em 1957 e mais uma vez bicampeão em 1958, desta vez na categoria de aspirante. Nélson Sá, hoje aposentado, reside atualmente em Fortaleza e é casado com a cratense Maria Edith Arraes de Alencar Pinheiro.

AMAR


Vamos aconchegar-nos bem juntos um ao outro,
ouvindo o órgão do outono, na margem da noite.

A fonte se prostra e canta palavras de amor.
Nossas frontes estão douradas com o crepúsculo:

nós nos amamos com todo o ouro do crepúsculo.
Nossa casa floresce como um ninho na montanha.

Você tem a ternura nos olhos, onde eu mergulho.
Fiquemos parados, ouvindo a brisa entre os ramos.

Amar não se conhece: entra no corpo, com o sangue.
Alma é uma lamparina antiga que ilumina e enche

de sombras a casa, onde, sob o arco do mistério,
estamos juntos e não existe palavra que importe.

Vamos aconchegar-nos um ao outro, ouvindo a brisa.
Nós nos amamos e não conhecermos é o nome do amor.

Fiquemos parados, ouvindo o órgão da noite que chama.

                                     José Carlos Brandão




Poema amassado- socorro moreira

Tenho mania de amassar meus papeis.Acho que cuido pra que nada se avolume, porque nem sempre estou pronta para arcar com as consequências. Nesta mania já perdi o prazer de sentir e recordar muita coisa vivida com felicidade e alegria. Mas, é meu jeito virginiano de ser...Fazer o que?
Nesta viagem rabisquei uns versos , cujo destino foi parar no lixo.
Gosto das estradas. Não perco uma curva, uma casa abandonada, nem tão pouco aquelas iluminadas. Imagino as tantas vidas no seu cotidiano, e traço o diagrama das nossas intercessões.A fumaça na cozinha, o cheiro de café, os galhos secos castigados de sol, a visão inusitada de um ipê roxo.Daria matéria de  um conto pirotécnico, ou um cápítulo de novela de época.
Eu e Caio fizemos muitas retrospectivas , alem daquelas que os nossos silêncios confabularam.
Bom mesmo é observar a quilometragem e concluir, que a nossa casa está cada vez mais próxima.Chegar, jogar na lavanderia as roupas usadas, e redirecionar os costumes da casa. Aprendi  com a mãe da minha nora , a fazer um bolo fofo delicioso.
Anotem os ingredientes:

6 ovos
2 xi de açúcar
250 gr de manteiga
1 copo de leite
12 lata de leite moça
3 xi de farinha de trigo com fermento
10 gr de coco ralado.
O método é o de costume: gemas com açúcar e manteiga; adicionar ootros  ingredientes e, por último, as claras em neve.

Fica uma delícia !

Adorei ler a participação de alguns ,depois desta ausência  involuntária.
Acho que posto em excesso, e isso, até a mim, aborrece.. Bom mesmo é a novidade que nos chega de ângulos diversos.
Grande abraço. Feliz véspera de feriado!

Natureza - Por José de Arimatéa dos Santos


José de Arimatéa dos Santos
 Natureza
Que está presente
Em tudo
E as reações químicas
Nos revelam
Quão é perfeito o universo
E os seus átomos
Combinando-se e recombinando-se
Numa perfeição impressionante
Que nos revelam
A grandiosidade da vida
A transformar a todo instante
 Nossos sentimentos
Ao captar a força do amor
Que eleva e faz do ser humano
O ente importante
Nesse intricado conjunto
De beleza e solidariedade
Na construção da paz
E certeza da perfeição da natureza

CARMEN BARBOSA



Foi a 4 de setembro de 1912 que nasceu CARMEN BARBOSA, uma cantora de voz bonita, afinada, que morreu muito cedo, na véspera do dia em que completaria 30 anos. Em 3 de setembro de 1942.

Deixou pouca coisa gravada, mas três marcaram bastante sua rápida passagem entre nós: os sambas "Banalidade";"Quando a Violeta se Casou" e "Loteria do .Destino”.

Soube que Benedito Lacerda participou de quase todas as gravações de Carmen Barbosa, mas viveu com ela e a maltratava muito.
Teria sido esse o motivo de ela morrer sem completar 30 anos ?

Vou deixar aqui a letra de
LOTERIA DO DESTINO:

Feliz no jogo, infeliz nos amores
É o ditado que diz;
Eu só conheço dissabores
No jogo do amor eu sou infeliz.

Porém na loteria do destino,
P'ra ver a pouca sorte que eu tinha.
Um dia adquiri um gasparino
Quando acertei, não foi sozinha".

“Gasparino" era o nome que se dava às frações da Loteria Federal.

Eis a letra de "QUANDO A VIOLETA SE CASOU"

Quando a Violeta se casou
Gostou, gostou
Conseguiu aquilo que sonhou...
Gostou, gostou.

Pois ganhou bangalô
Onde o mar vai cantar.
No quintal, roseiral, todo em flor,
Ai que amor.

E nesse vai e vem
Ganhou neném também.
Qüem, qüem, qüem, qüem, qüem...

Continuo usando o trema. Como diferenciar “qüem” (imitação do choro de criança) de ”quem”, pronome, sem usar o trema ? 
Norma
Antes de mais nada
Olhe para a sombra
E sinta a cor cinza

Retalho - Por Assis Lima











Eu ia por um caminho
(e tu também),
avistei um passarinho
que me habitou menino,
e da memória
(seu ninho)
já não pude removê-lo,
e até o vejo
pousar no galho
(que oscila ao seu peso),
girar o bico,
inflar a graciosa coleira
e depois
voar
no arvoredo.


caminhos da cidade

tuas esquinas cegam o passista
e doem  da ponta das unhas
até os anéis
no esquivar-se das mil armadilhas
que a tarde tem

a curva da ponte ressoa 
no dorso de novo
e o dia se faz um caroço
onde as alturas do grito
apequenam quem cala  

entre túneis e escuras galerias
esgota-se o coração
porque lá fora o mundo 
é um baú de feras

sob algo infinito
espera-se que a luta
não resulte em luto
para quem aguarda
o perfurar de setas
na sombra do outro



"Tango Azul" - Los Tres Diamantes



Sin saber porque, siempre te busque,
y una noche cruel, tus lagrimas quise comprender
Llorabas de amor, tímida pasión,
ya te fuiste ilusión, y llora mi corazón
Corazón sin fe, corazón porque, si es imposible el amor,
sin besos que ya nunca jamás, olvidare,
Será un tango azul, que te cantare, y en un rayito de luz,
de luna, yo te besare,

Ya te fuiste ilusión y llora mi corazón,
Corazón sin fe, corazón porque, si es imposible el amor,
sin besos que ya, nunca jamás, olvidare
Será un tango azul, que te cantare, y en un rayito de luz,
de luna yo te besare,

Na casa feita de barro
Morava um menino alegre
 Luiz Gonzaga

A ordem das árvores
Naquele curió mora um pessegueiro
Em todo rouxinol tem sempre um jasmineiro
Todo bem-te-vi carrega uma paineira
Tem sempre um colibri que gosta de jatobá
Beija-flor é casa de ipê
Cada andorinha é lotada de pinheiro
e o joão-de-barro adora o eucalipto
A ordem das árvores não altera o passarinho
Naquele pessegueiro mora um curió
Em todo jasmineiro tem sempre um rouxinol
Toda paineira carrega um bem-te-vi
Tem sempre um jatobá que gosta de colibri
Beija-flor é casa de ipê
Cada pinheiro é lotado de andorinha
e o joão-de-barro adora o eucalipto
A ordem das árvores não altera o passarinho.