tuas esquinas cegam o passista
e doem da ponta das unhas
até os anéis
no esquivar-se das mil armadilhas
que a tarde tem
a curva da ponte ressoa
no dorso de novo
e o dia se faz um caroço
onde as alturas do grito
apequenam quem cala
entre túneis e escuras galerias
esgota-se o coração
porque lá fora o mundo
é um baú de feras
sob algo infinito
espera-se que a luta
não resulte em luto
para quem aguarda
o perfurar de setas
na sombra do outro
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