por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Foto de Evandro Peixoto


Adoramos o show de Wagner Tiso e Tunai!

socorro,fabiana e rosângelalegenda
Foto de Evandro Peixoto

Plas ruas da cidade- uma música de Paulo Cesar Pinheiro






2015- reflexão nr 5

 

Algo morreu dentro de mim. Algo começou a acontecer, e eu ainda não sei lidar com esta nova página.

Não dá para brincar com a vida. Ela é um jogo e o jogador. Somos a bola.

Confio na capacidade humana de se adaptar a novas realidades. O otimismo ou inocência traz qualquer sentimento de alegria, ou desafio.... Vamos voltar a brincar de ser feliz, sem muitas ilusões, e mais consciência.

As perdas diárias sangram como picadas de insetos. Algumas se transformam em chaga, mas a cicatrização é decidida pelo tempo, e o tempo é nosso aliado.

Estou tocando a vida...Quem me dera saber tocar violão!
 
socorro moreira



 


O SESC Crato apresentou na noite de ontem Wagner Tiso e Tunai.Parecia um sonho...Acho que foi mentira!



Musicais da Broadway - José do Vale Pinheiro Feitosa

"Nada vem do nada." Um processo de acumulação é o que é a cultura. O desenvolvimento da música por séculos, especialmente na Europa. Daí evoluiu o canto. Que juntando orquestra e voz e coro se fez ópera. Que se derivou para o  Folies Bergère, Vaudeville e chegou aos musicais.

Que tem suas fases. As fases da história, dos momentos sociais e econômicos, que se traduz em cultura e comportamentos. Por convenção se diz que os musicais tiveram sua fase de ouro. É verdade. Quando o gênero explora ao máximo seus componentes: história, composição, voz, orquestração, coreografia e cenários no palco.

A época de ouro dos musicais aconteceu entre os anos 30 e final dos 40. E um dos filmes clássicos de musicais foi On the Avenue. De 1937. Direção de Roy del Ruth (dirigiu mais 40 filmes, a maioria musicais e de personagens populares do EUA), com Dick Powell, Madeleine Carroll e Alice Faye (participou em muitos musicais, inclusive com Carmem Miranda de quem foi amiga).

Agora a composição das canções de On the Avenue é do grande Irving Berlin. Nascido na Sibéria, fez carreira musical nos EUA. Tinha um talento especial para a música, embora nunca tenha aprendido a ler partitura. Compôs mais de três mil canções. Era um dos únicos a compor música e letra. Compôs 17 trilhas sonoras para filmes e 21 trilhas para musicais da Broadway.

A lista de composições conhecidas de Irving Berlin é imensa de modo que para dar significado a quem ele era musicalmente, citamos a conhecidíssima Cheek to Cheek. Mas vamos ficar com as músicas de Irving Berlin para o filme On the Avenue.

Escutem só esta abertura. É a clássica abertura da ópera, quando todas melodias eram tocadas pela orquestra da performance. Assim foi em On the Avenue que trata de um clássico romance entre rico e pobre (melhor dizendo entre rico e classe média). Um namoro entre a Broadway e famosa Park Avenue dos milionários, onde fica, por exemplo, o famoso hotel Waldorf Astoria.

On the avenue - abertura

Agora a primeira música do musical: He Ain´t Got Rhythm, cantada por Alice Faye e performance dos Ritz Brothers (grupo de comediantes filhos de judeus austríacos que fez performances em musicais e filmes). Observem o quanto Alice Faye tem um swing especial enquanto canta e dança e especialmente observem a performance dos Ritz Brothers, especialmente no final dele. Tem um momento que a coreografia consegue um efeito fantástico: as mulheres dançam de cócoras e os três irmãos bem esticados, causando neles um efeito elástico  genial.

He Ain´t Got Rhythm

Agora uma tradução rápida da letra uma vez que não há legenda para as melodias no filme. 


O que você está estudando?
[1ª Co-Ed:]
psicologia
[Alice Faye:]
E você, querida?
[2 Co-Ed:]
filosofia
[Alice Faye:]
Bem, não leve isso muito a sério, porque
Eu sei que um professor de grande renome
[Co-Eds:]
Sim?
[Alice Faye:]
E ele é o homem mais solitário na cidade
[Co-Eds:]
Realmente?
[Alice Faye:]
Ele é tão inteligente quanto um homem pode ser
Mas ele nunca tem companhia;
[Co-Eds:]
Por que ele é o homem mais solitário na cidade? Hein?
[Alice Faye:]
Ele não tem ritmo.
[Co-Eds:]
Oh!
[Alice Faye:]
Toda noite, ele se senta na casa sozinho
Porque ele não tem ritmo
[Co-Eds:]
Muito ruim!
[Alice Faye:]
Toda noite ele fica lá e usa uma carranca
Ele atraiu alguma atenção
Quando encontrou a quarta dimensão
Mas ele não tem ritmo, por isso que ninguém com ele se importa
[Todas]: O homem mais solitário na cidade
[Alice Faye:]
Um homem todo voltado para si
Curvando-se em seus livros
[Co-Eds:]
Ele faria!
[Alice Faye:]
Sua esposa e família
[Todas]: Dando-lhe olhares de reprovação
[Alice Faye:]
Porque ele não liga
Quando os chamam, é chamá-lo no vazio
No mês de janeiro
Ele compilou um dicionário
Mas ele não tem ritmo, e ninguém com ele se importa
O homem mais solitário na cidade
[Todas]: Ele é solitário, ele é solitário
E ele é todo voltado para si
O homem mais solitário na cidade
[O Professor:]
Eu sei de todos os planetas no céu
Eu os medi inteiramente a olho nu
Eu vi tudo em Marte
Eu sei tudo sobre estrelas cadentes
Mas ainda assim eu sou um cara muito infeliz
Eu me pergunto por quê?
[Professores:]
Você não tem ritmo!
[O Professor:]
Sou capaz de ler as folhas de chá no meu copo
[Professores:]
Mas você não tem ritmo!
[O Professor:]
E descobri exatamente quão alto é até
[Professores:]
Mas você não tem ritmo!
[O Professor:]
Eu descobri, uma vez enquanto sóbrio,
Para onde as moscas voam em Outubro
Por causa desta descoberta sobre as moscas
Eu tenho o prêmio Nobel
[Professores:]
Mas você não pode fazer o Charleston
E você não sabe como fazer o Bottom Blasck, o novo ritmo
[O Professor:]
Céu, eu vejo o céu
Através do meu telescópio, enquanto admiro o pico mais alto do Mount Wilson
Vou explicar tudo em latim ou em grego
[Professores:]
Mas você não está tão quente ao dançar de rosto colado
[O Professor:]
Eu já dominava relatividade
[Professores:]
Mas quando tem festa
[O Professor:]
Eles nunca vão pensar em me perguntar
[Co-Eds:]
Você não quer saber por quê?
[Professores:]
Porque você não sabe como fazer a rumba
Essa é a razão pela qual você é um cara solitário
[O Professor:]
Ah, o amor!
Venus é linda esta noite e por isso é Jupiter
[Professores:]
Skipping de Júpiter de planeta para planeta
[O Professor:]
Jumping Jupiter!
[Professores e Co-Eds:]
Mas você não poderia ser mais estúpido
"Ritmo Porque você não tem
[O Professor:]
Por que, eu descobri ar líquido
[Professores:]
Mas você não tem ritmo
[O Professor:]
E eu tenho uma cura para a queda de cabelo
[Professores:]
Mas você não pode ficar quente
[O Professor:]
O Quê?
[Professores e Co-Eds:]
Não, você não pode ficar quente
[O Professor:]
O Quê?
Eu sou um cientista a ponta dos meus dedos
[Professores:]
Mas você não pode fazer nada com os quadris
[Co-Eds:]
E essa é a coisa que perde
[O Professor:]
Você quer dizer isso?
[Professores e Co-Eds:]
Sim! Ele tem isso! Ele tem isso!
Ele tem isso! Ele tem isso!

O homem tem ritmo!

Só para acompanhar esta música fora do musical:



E mais esta 


"HONORÁVEIS LADRÕES" - José Nilton Mariano Saraiva

A priori, há que se entender, independentemente da grita dos radicais e sectários de plantão, que ninguém pode governar sozinho, ninguém tem a capacidade de gerir uma média ou mega-estrutura sem que delegue poderes (os manuais de Administração ensinam isso), ninguém pode deixar de acreditar e confiar que as pessoas que lhe são indicadas são honestas, e mais, que estão imbuídas dos mesmos propósitos de seriedade no trato da coisa pública.

Deus e o Diabo, tendo por testemunha o povo brasileiro, sabem que os principais atores desse monumental esquema criminoso que tomou de assalto a Petrobras são muitos dos “políticos-mafiosos” com assento no Congresso Nacional, com os quais o Presidente da República, de boa fé, teve que aliar-se a fim de exercer a tal “governabilidade”. 

Assim, se gente desonesta foi posta em postos-chave da Petrobras, por “políticos-mafiosos”, com o específico fim de “meter a mão” (sem que o Presidente da República soubesse, evidentemente), agora que o esquema foi descoberto cabe a Justiça ir à caça desses marginais, denunciá-los à sociedade, exigir que paguem pela pilantragem efetuada.

 E aí, uma instituição em galopante, acentuado e corrosivo processo de perda de credibilidade, por conta de um sem número de decisões questionáveis – o Supremo Tribunal Federal - terá a ímpar e grande chance de redimir-se, de mostrar que os tempos são outros.

É que, como esses “políticos-mafiosos” são protegidos pelo tal “foro privilegiado” que lhes privilegia serem julgados pelos ministros-desembargadores do Supremo Tribunal Federal, a expectativa reinante é de que Suas Excelências resolvam atender aos anseios da sociedade,  disponibilizando os nomes  e crimes perpetrados por todos aqueles envolvidos no esquema monstruoso que abalou a nação.

É uma oportunidade única de “carimbar” como ladrões do erário todos aqueles que resolveram fazer da política uma atividade-bandida, porquanto abrirá espaço para que sejam obrigados a devolver tudo o que foi surrupiado  durante anos, além de enjaulá-los e bani-los da vida pública, ad eternum.

A promessa, feita lá atrás, foi de que em Fevereiro de 2015 começaria o julgamento dessa cambada de “políticos-mafiosos”. E, embora os mortais-comuns imaginem suas identidades, nada como a imprescindível “chancela” do Supremo Tribunal Federal para confirmar a lista dos “honoráveis ladrões”. 

Até porque, na perspectiva de se deixar envolver por abomináveis acordos e conveniências outras, livrando a cara dos mafiosos, estará o Supremo Tribunal Federal cavando a própria sepultura e firmando o respectivo  atestado de óbito.
 
Portanto, tá chegando a hora. Que os membros do  Supremo Tribunal Federal não nos decepcionem e tratem de honrar a magistratura.