por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 13 de agosto de 2011

Homenagem ao Pai


PAI PERFEITO
Isabela Pinheiro
Pai, Você procura o bom mesmo só tendo ruim.
Você me guia pelos caminhos que achava que era o fim
Por 15 dias se ausenta
Mas em apenas dois mostra sua presença.
Quando achei que a vida não tinha valor
Me mostrou que apagando com um sorriso toda tristeza que me invade posso viver melhor.
Você sabe o que eu penso
Por apenas um olhar
Faz de tudo para ver um sorriso meu
E quando acho que já acabou
Me mostra um novo começo
Um melhor jeito de olhar o mundo
Procuro sempre ser um pouco de tudo o
Que você representa para mim.
A admiração que sinto por você é
Maior do que qualquer palavra que eu possa dizer.
Te amo papai mesmo que não esteja aqui.
Isabela Pinheiro, 10 anos - 4º série - Colégio Santa Sofia - Garanhuns - PE

"Chumbo grosso" - José Nilton Mariano Saraiva

Meio mundo e mais uma banda dele passaram por agruras inimagináveis quando, em razão da crise braba que eclodiu em seu mercado imobiliário (em 2008/09), o governo dos Estados Unidos da América descobriu que o “buraco” era mais em cima, que a “coisa” era mais horrenda do que se imaginava, que o “bicho” estava fora de controle (em razão, principalmente, da tolerância excessiva como fora tratado até então) e, enfim, que o país estava tecnicamente quebrado, falido, insolvente e (consequentemente) absolutamente incapaz de honrar os vultosos compromissos assumidos (tanto interna, como externamente).
Assim é que, da noite-pro-dia, aquelas grandes, respeitáveis e até então (tidas como) inexpugnáveis corporações financeiras americanas (da estirpe de um Banco Lehman Brothers, por exemplo) viram desmoralizadas e a ruírem por terra suas econométricas previsões e inviabilizados na plenitude seus infalíveis diagnósticos, já que levadas de roldão ao “olho-do-furacão” (em razão, repetimos, dos generosos e comprovadamente irresponsáveis financiamentos ao setor imobiliário); só restou ao governo americano, na tentativa de conter uma crise sistêmica (de proporções amazônicas) intervir no mercado, via disponibilização de TRILHÕES de dólares (praticamente a “fundo perdido”), objetivando “segurar a onda”, ou “debelar o vendaval”, prevenindo que a economia não colapsasse definitivamente; acabou por não consegui-lo, porquanto o estrago fora cumulativo (ao longo de anos e anos) e descomunal (valores estratosféricos).
Como, no entanto, os Estados Unidos da América ainda exercem uma enorme influência além mares e fronteiras (apesar do franco declínio já há algum tempo), era previsível que qualquer espirro, gripe ou sintoma de febre de que fosse acometido haveria de repercutir em todo o mundo (nenhuma novidade), o que findou por acontecer no rastro de tal crise; assim, economias antes consideradas fortalezas sólidas e portos seguros (pra investimentos), acabaram por acusar o golpe e tiveram que contorcer-se e adaptar-se à nova e dramática realidade (raríssimas foram as que, de certa forma, “agüentaram o tranco” e conseguiram a muito custo equilibrar-se sobre a “lâmina da navalha”).
Na “terra Brasilis”, um “analfabeto abirobado”, então incrivelmente respondendo pela Presidência da República (por determinação soberana do seu povo), virou alvo de chacotas e zombarias mil quando ousou afirmar, desabridamente, que o tal “tsunami” financeiro que varria o mundo não passava de uma “marolinha” e que o Brasil conseguiria, sim, “tirar de letra”, nadar de braçadas, atravessá-lo galhardamente, principalmente em função dos sólidos fundamentos econômicos implementados; e ao valer-se da credibilidade conquistada, no e ao longo do seu frutífero primeiro mandato (2003/06), apelou para que a população economicamente ativa (agora acrescida dos milhões de trabalhadores que ascenderam à classe média, em função do aumento real do salário) fosse às compras, consumisse o essencial e, enfim, fizesse a “roda girar”; e assim, apesar do ceticismo e da descrença de muitos, não deu outra: o nosso (agora) vigoroso mercado interno funcionou como um grande colchão receptor de impactos, ou uma eficiente blindagem protetora, e o Brasil acabou por seu um dos últimos a entrar e um dos primeiros a sair da crise braba que varreu o mundo impiedosamente, de norte a sul, leste a oeste.
Hoje, uma nova e mais profunda crise se faz anunciar (aliás, já chegou), originária (de novo, outra vez, novamente) dos Estados Unidos da América, mas com sérias ramificações por todo o continente europeu (vide as situações de penúria total que atravessam Portugal, Espanha, Turquia e outros menos famosos, todos literalmente falidos); e, acreditem, todos os indicativos apontam que dessa vez é “chumbo grosso”, madeira pra dá em doido.
Dispondo de portentosas reservas cambiais de 350 bilhões de dólares (é o sexto país do mundo com maior nível de reservas, ficando atrás apenas da China, Japão, Rússia, Arábia Saudita e Taiwan), o Brasil ainda assim aguarda com expectativa os reflexos de mais essa catástrofe econômico-financeira planetária, capaz de abalar e desestruturar nações de qualquer credo ou ideologia.
Medidas preventivas já foram tomadas e mais uma vez o nosso pujante e vigoroso mercado interno há de ter papel crucial e preponderante nessa travessia penosa e eivada de percalços e armadilhas; e a própria presidenta Dilma Rousseff (tal qual o fez o então presidente Lula da Silva), humildemente já se pronunciou publicamente, estimulando a população a “não deixar a peteca cair”, blindando a nossa economia mais uma vez.
Evidentemente que já tem nêgo aí “lambendo os beiços”, esfregando as mãos e com rojões preparados pra espocar, na torcida silente e covarde para que o Brasil não dê certo, sucumba, vá ao fundo do poço.
Vão quebrar a cara, de novo !!!

"Etiquetas" - Agnaldo Timóteo


BATUCADA SILADADA

instintumbalacobaco instintumtelecoteco 
serconcret'éserdiscreto serdiscret'éserconcreto
instintumbalacobaco instintumtelecoteco
recorecotrecoteco  recorecotrecoteco 

Ulcis


Sarau ao luar - Noite de 11 de agostoi


Verônica e Carla

Carla e Linéa(minhas  noras)

Eu,Peixoto e Cosme
Victor


André, Victor e Caio( filhos)
Gilberto, Flaviano e um cavaquinho encantado



Linéa e André ( recém-casados)

Verônica,Vera,Lídia e Washington



André, eu e Ulisses

Caio

Músicos

Rosineide e Vera


Vera. Lídia e Washington
Fabiana e Zé Flávio


Hugo Linard,Ulisses, Fernando,Luiz, Picha

As raízes cearenses de Arraes

raízes cearenses de Arraes

O início da história é parecido com o de vários outros nordestinos que, pela dura realidade do Semiárido, emigraram da terra natal para outros centros e, a partir daí, transformam o próprio destino. A cidade de origem em questão é a pequena Araripe, no Ceará. O destino, o Recife. E o retirante, Miguel Arraes de Alencar, que em terras pernambucanas construiu uma longa trajetória política. O próximo sábado (13) marca o 6º ano da morte do socialista.
A história de Arraes se confunde, em grande parte, com a das lutas sociais no Nordeste brasileiro. Ele foi vereador, deputado estadual, deputado federal e governador por três vezes, sempre atuando politicamente em Pernambuco, apesar das raízes cearenses. Nasceu em Araripe e viveu por alguns anos no Crato, onde estudou até o ginásio.
Uma mudança que contribuiu bastante para a sua formação política. No Araripe, onde passou a infância, apesar de pertencer a uma família dona de propriedades, as diferenças sociais não eram gritantes, segundo ele próprio costumava contar. Naquela época, na primeira metade do século passado, os donos de fazendas e os agricultores que trabalhavam nelas, de certa forma, viviam da mesma maneira. Não havia tantos bens de consumo.
O primeiro choque social foi quando mudou-se para o Crato na adolescência. A cidade era uma região canavieira e as diferenças sociais entre os donos de terra e o povo eram mais visíveis. As dúvidas sobre essas diferenças surgiram aí e eram, de modo geral, tratadas por tios, primos, professores e padres sempre com explicações de cunho religioso: “Foi Deus quem quis”.
O início da conscientização política aconteceu mesmo quando fez o treinamento no Tiro de Guerra. Seu instrutor era Gregório Bezerra, um pernambucano com atuação importante entre os comunistas da primeira metade do século passado. Ele, pode-se dizer assim, foi uma espécie de mentor de Arraes. Desse contato surgiu a militância política do cearense.
Cronologia de Arraes
1916
Miguel Arraes de Alencar nasce em Araripe, no Ceará
1934
É aprovado no vestibular da Faculdade de Direito da Universidade do Brasil (atual UFRJ). Aprovado  em concurso público de Escriturário do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), foi lotado em Recife, para cuja Faculdade de Direito conseguiu transferência, formando-se em 1937.
1947
É designado para a Secretaria da Fazenda de Pernambuco pelo governador Barbosa Lima Sobrinho.
1950 a 1954
Deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD), em Pernambuco
1954 a 1958
Deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD), em Pernambuco
1959
Assume novamente a Secretaria da Fazenda
1959 a 1962
Prefeito do Recife, Pernambuco, pelo PSD
1963 a 1964
Governador do Pernambuco, pelo PST, com apoio do PCB
1964
Cassado pelo Governo Militar
1965
Exílio na Argélia
1979
Retorno ao Brasil
1983 a 1987
Deputado federal, pelo PMDB
1987 a 1990
Governador do Pernambuco, pelo PMDB
1990
Ingressa no PSB
1991 a 1995
Deputado federal (Congresso Revisor), pelo PSB
1995 a 1998
Governador do Pernambuco, pelo PSB
2003 a 2005
Deputado federal, pelo PSB
2005
Falece em 13 de agosto no Recife

Desigualdade inspirou a militância

Próximo de completar seis anos de sua morte, a reportagem do Diario de Pernambuco foi conhecer de perto o nascedouro de um dos maiores clãs políticos do Brasil. No Crato, onversamos com uma das três irmãs de Arraes que ainda estão vivas. Ouvindo as histórias contadas por dona Almina Arraes, 87 anos, é fácil perceber que a grandeza alcançada pelo homem público teve origem na simplicidade. A casa onde Miguel Arraes passou a infância e parte da juventude resiste à evolução da cidade. Localizada no centro do Crato, ela se mistura aos diversos prédios comerciais existentes e é praticamente o único sinal de que naquele lugar, onde hoje pulsa o comércio local, antes existiam casas onde moravam, sossegadamente, diversas famílias. Nos cômodos da grande casa, em quase todos os lugares, as fotos relembram o ex-governador.
Uma em especial, imensa, decora o escritório e é a preferida da irmã de Arraes. A imagem dele ainda jovem faz Almina viajar no tempo. “Ele era um homem muito bom e amado por todo mundo. O que eu mais admirava nele era a sua preocupação com o povo, com quem mais precisava de verdade. Ele sempre foi assim: simples e atencioso com os mais humildes”, diz.
Essa característica se evidenciava com o passar dos anos e, um dia, quando viu três flagelados presos em um curral por tentarem fugir para Fortaleza (CE), devido à seca, Miguel Arraes sentiu, segundo relato de sua irmã, “o desejo mais forte de olhar para aqueles que, em geral, são esquecidos e marginalizados pela sociedade”. Sobre esta cena, o próprio Arraes chegou a dizer: “Foi um horror difícil de compreender e marcou meu jeito de ver as coisas”.
Arraes deixou o Crato para estudar no Rio de Janeiro, de onde partiu para o Recife, lugar onde construiu a carreira política. As viagens para o Crato passaram a acontecer em grandes eventos – casamentos, aniversários e para levar os filhos para passarem férias.
A vida pública já fazia parte do dia a dia de Arraes. “Miguel enfrentou dificuldades, porque seu governo era muito popular e Pernambuco tinha uma política muito forte contra os socialistas. Ele lutou pelos direitos trabalhistas e causou insatisfação em muita gente que explorava os trabalhadores”, relembra Dona Almina.

Na gestão, o choque com os usineiros

O primeiro governo de Arraes foi considerado de esquerda, tendo em vista que ele forçou usineiros e donos de engenho pernambucanos a estenderem o pagamento do salário mínimo aos trabalhadores rurais e deu forte apoio à criação de sindicatos, associações comunitárias e às ligas camponesas. Com o golpe militar de 1964, ele foi preso e exilado na Argélia, na África. O retorno ao Brasil aconteceu em 1979, graças à anistia. Na volta, sua primeira parada foi no Crato, onde fez uma rápida visita à mãe, Dona Maria Benigna Arraes de Alencar e, em seguida, viajou para o Recife, onde foi recepcionado por uma multidão de mais de 50 mil pessoas. Depois disso, elegeu-se deputado estadual, foi governador por dois mandatos e, por último, deputado federal.
No seu último mandato como deputado federal fez parte da base aliada do governo do então presidente Lula. Ele foi responsável pela indicação de ministros que iriam ocupar o Ministério da Ciência e Tecnologia no primeira gestão petista e conseguiu destaque, na função, para seu neto e herdeiro político Eduardo Campos, atual governador de Pernambuco.

Família relembra trajetória

. Imagem: JULIANA SANTOS/DB/D.A PRESS
Ao falar sobre o irmão, Dona Almina abre um sorriso simples, mas cheio de significado. Ela conta que as lembranças que tem de Miguel Arraes são belas, “porque ele sempre foi um exemplo, sempre tendo cuidado com quem mais precisava, por isso, sempre foi tão amado, tão querido”. Na casa onde mora com a irmã Ana, 91 anos, Dona Almina faz questão de manter vivas as lembranças do irmão. “Ele passou a maior parte da vida em Pernambuco, mas aqui sempre foi um refúgio para ele”, destaca Almina.
Ela salienta que Arraes viveu a política até os últimos instantes de vida e, na opinião de Almina, o momento de grande dor, como foi a morte dele, também foi um símbolo do homem público que representou. “Foi uma consagração, diante de tanta demonstração de amor por meu irmão. Nos confortou o imenso carinho do povo com ele. As pessoas, emocionadas, cantavam as músicas das campanhas dele e recitavam versos”, lembra. Dona Almina comenta que um verso recitado em seu velório representa bem o respeito que os pernambucanos tinham por Arraes. “Ele não morreu, ele foi plantado em Pernambuco”.
Fonte: Diário/PE

Por Ulisses Germano

Cada momento ao lado dela voa
E eu me sinto feliz mesmo sabendo
Que partirei deixando ela vivendo
Novos tempos de um futuro à toa


Curvo-me ao tempo que nela sobra
Aproveitando o que ainda me resta
Abrindo risos e abraços em festa
O dia se esvai e em si se redobra

13 de agosto de 2011
Aqui, onde o talento verdadeiro
Não nega o povo o merecido preito;
Aqui onde no público respeito
Se conquista o brasão mais lisonjeiro.

Aqui onde o gênio sobranceiro
E, de torpes calúnias, ao efeito,
Jesuína, dos zoilos a despeito,
És tu que ocupas o lugar primeiro!

Repara como o povo te festeja...
Vê como em teu favor se manifesta,
Mau grado a mão, que, oculta, te apedreja!

Fazes bem desprezar quem te molesta;
Ser indif'rente ao regougar da inveja,
"Das almas grandes a nobreza é esta."

Castro Alves

Meu Parecer, rsrs... Por Liduina Vilar.

Sábado? É prá curtir e ser feliz, thurma.
"Vamo" nessa? Beijão azulsíssimo.

NAS MOENDAS DAS PARLENDAS - por Ulisses Germano



I

Encontrei um bobo
Na casca do ovo
Se ele sobreviver
Vai nascer de novo

II
Tá tristonho?
Inventa um sonho
Tá infeliz?
Limpa o nariz

III
Quem planta segredos
Só colhe silêncio
A sina do medo
Matou seu Fulgêncio

IV

Menina atriz
Que mente tão bem
Advinha e desdiz
Na vida também

V

Um, dois, deixemos para depois
Três, quatro, façamos um  trato
Cinco, seis, agora é tua vez
Sete, oito, sejamos afoito
Nove, dez, devolva meus pés

VII

Tive caspa na careca
No nariz criei meleca
A menina nunca peca
Quando brinca de boneca
VIII
O hipopopopopótamo
Hipipipinotizou
O dia ficou monótono
Quando o gagago falou
XIX
Mato a sede, mato a fome
Quem de mágua não chorou?
Vê se some e nunca tome
Na água que magoou

 X

Ela nunca está errada
Tem domínio de mulher
Mas por dentro tá atada
Sem saber mais o que quer

XI
Veja quanta porcaria
Deletei de uma só vez
Quem seguir em romaria
Encontrará o marquês

XII

As parlendas são besteiras
Sem sentido aparente
Vão comendo pelas beiras
Contando a vida da gente

XIII
Digo folcloricamente
Travando a língua, só mente
Quem esquece furtivamente
Que um dia já foi semente

Ulisses Germano