por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Calor Térmico/Calor Humano. Por Liduina Belchior.

O primeiro é aquele que deixa o ser humano extremamente "arreliado" porque a temperatura é quente demais, tudo acontece em excesso: banho, água ingerida; o sono é agitado, a pessoa se cansa com facilidade e se irrita á toa. O humor, por conseguinte, oscila; as plantinhas sofrem, aumenta o número de formigas, a água da torneira sai quente e... haja protetor solar! É o famoso calor do BRO! Mas não há necessidade de tanta reclamação, pois novembro chegando, vem a chuvinha do caju, em dezembro vem a do pequi e chegando janeiRO, tudo melhora., pois vêm as chuvas do inverno e o calor alivia, que é uma beleza! Já o calor humano, este não é determinado pelo fator climático, mas pelas nossas inferências e experiências internas. Um dia estamos bem, outro mais ou menos e outros, até ruim. São as intempéries da vida. Prestemos então, atenção especial ás mudanças de estado d'alma. Deus nosso Pai, tem algum propósito para nós. Procuremos desvendar esse mistério Divino e pensar junto com Ele. As tribulações vêm e voltam, como as alegrias, voltam e vêm. Nada demora a vida toda. Todavia, aproveitando o espaço, desejo a mim e a vocês, um excelente momento de calor atmosférico, como também, um belo instante já, de calor humano. Vamos viver, vamos viver!

A morna morte? - José do Vale Pinheiro Feitosa


Os blogs do Crato estão morrendo? Com terço nas mãos no meio da noite? Um silêncio eleitoral quando se clamam por vozes, eles se calam. O que seria uma vanguarda e um painel de ideias distintas se tornou um cantochão litúrgico? Afinal os espíritos também admitiram a mortalidade tão certa e enrijecida quanto uma fábrica de cerâmica? Isso reflete o tempo político-eleitoral da cidade?

Entre as cidades da região, Juazeiro e Barbalha e comparativamente a Sobral o resultado das eleições para vereador mostra o perfil mais frágil em termos de liderança nos resultados auferidos nas urnas do Crato. Com uma câmara de vereadores composta por 19 eleitos, a metade dos eleitos representa o percentual mais baixo em relação ao total de votos válidos: Crato tem 20,05% (dos 9 para 19 eleitos), Juazeiro do Norte 26,61% (dos 10 para 21 eleitos), Barbalha 29,19% ( dos 7 eleitos para 15 eleitos) e Sobral 29,24%. O vereador do Crato que teve mais votos auferiu 2,9% dos votos válidos, enquanto em Juazeiro o mais votado teve 3,54%, em Barbalha 5,89% e Sobral 4,3%.

Mas isso reflete um passivo político conservador, oligárquico, dirigindo a administração e a política para o mesmo grupo de famílias e agentes econômicos. Junto com setores remanescente do poder rural, do comércio de varejo e uma religiosidade tão avessa a mudanças igual foi no passado, a cidade efetivamente parece desidratada em passado, mas não necessariamente em futuro.  

Claro que o enumerado não explica tudo, mas serve de guia para pensarmos o futuro como algo que pode ser diferente. A eleição desse ano não mostra nada de mudança nos resultados de ponta, mas efetivamente não aponta um novo tempo. É um resultado meramente “administrativo”, mas de um significado político surpreendente. Ganhou a proposta do “bom administrar” por efeito de comparação com o “ruim administrar”.

Mas o problema não se encontra em administração, o problema é efetivamente político. Como superar as enormes diferenças com relação aos bairros populares, aos distritos, ao enorme impacto ambiental, especialmente nas bacias hidrográficas, a pressão sobre as bordas da APA Araripe, a extração de mineral, o consumo de madeiras, as fontes de água e agora o impacto sobre a paisagem que se preparam com empreendimentos de usinas eólicas.

O bom administrar trás a marca do resultado que é fácil de extrair em empresas, mesmo que em ambiente de concorrência. Mas na vida real das pessoas o resultado é como direcionar recursos inelásticos para rapidamente nivelar as diferenças abissais entre bairros de ricos e bairros de pobres como a Batateira? Então aí é que o modismo administrativo vai esgotar-se em contradições: os compromissos com a estirpe empresarial aponta o que todo conteúdo privado aponta: para quem pode pagar. O exemplo da nossa SAAEC fugindo do bem comum e da cota social, foi bem típico desta verve por resultados.

Enfim, os blogs não estão mortos, a cidade não está morta e na contradição entre ricos e pobres, distritos e sede da cidade e entre bairros populares e o centro bem atendido, reside o futuro. Onde a cidade pode se reconstruir como opção política e como mobilidade social.  

Enquanto o Baião esquenta pra ser servido

Amigos do Cariri,
Mais uma faixa do Baião de Nós pode ser entreouvida, neste miniclipe.
O vídeo é só uma prova, mas abaixo dou a ficha completa.



Click zap

(Paulo Costa/Tiago Araripe)

Muita mensagem não vale um click
muita notícia não resiste ao zap
ainda ontem eu estava triste
entrei no vupt e saí no vapt

Muita coisa não vai nem em zip
muita bomba não passa de traque
ainda há pouco escapei da gripe
que bom que é não viver no Iraque

Eu estou bem aqui no Recife
pra ser feliz eu não preciso claque
não adianta vir com dedo em riste
a sua raiva eu sei é de araque

Eu tenho dito
tenho dito, tenho dito
não é só com palavras
que a gente faz bonito

Eu tenho dito
tenho dito, tenho dito
não vem com blá-blá-blá
pensando que acredito

Sou campeão de deletar e-mail
e de pôr um freio no que me aborrece
porque a vida é o que acontece
enquanto a gente vê TV ou está na internet

Eu estou bem na Serra do Araripe
pra ser feliz eu não preciso claque
não adianta vir com dedo em riste
a sua raiva, eu sei, é de araque

Eu tenho dito...
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Voz: Tiago Araripe
Baixo: Fernando Nunes
Guitarras: Juliano Holanda
Bateria: Rafa B
Teclados: Esdras dos Anjos
Percussão: Gilu
Vocais: Clarissa Araripe e Paula Machado
Arranjo de base coletivo
Arranjo de metais: Ivan do Espírito Santo
Sax barítono: Ivan do Espírito Santo
Trumpete: Roque Netto
Trombone: Nilsinho Amarante