por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 1 de setembro de 2018

"LENDA VIVA"


LULA DA SILVA 

ESSE HOMEM É UM FENÔMENO. UMA ÚNICA PESSOA CONTRA MONOPÓLIOS DE MÍDIA, PODER JUDICIÁRIO (CORRUPTO), POLÍCIA FEDERAL, MINISTÉRIO PÚBLICO, FORÇAS ARMADAS, GIGANTES EMPRESÁRIOS, MULTIDÕES DE ZUMBIS, UM IMPÉRIO CAPITALISTA E, MESMO SENDO UM “PRESO POLÍTICO”, DE DENTRO DE SUA CELA O CARA LIDERA TODAS AS PESQUISAS E AGORA CHEGA AO TOPO DO TWITTER MUNDIAL. DAQUI A 1000 ANOS AINDA ESTARÃO FALANDO E ESTUDANDO O FENÔMENO LULA. SOMOS PRIVILEGIADOS DE SER CONTEMPORÂNEOS DESSA “LENDA VIDA”.

(TRECHO EXTRAÍDO DA INTERNET).

DEZ ANOS: SEM LENÇO E SEM DOCUMENTOS - José Nilton Mariano Saraiva


O dia: 18/06/2008 (portanto, pouco mais de dez anos atrás). A hora: 11:00 da manhã. O local: sede do Departamento da Polícia Federal, Bairro de Fátima, Fortaleza-Ceará.

Miseravelmente só (já que a Associação dos Aposentados do BNB, na hora "h", tirara o “braço da seringa”, negando-nos a competente assistência jurídica e, portanto, deixando-nos na mais completa orfandade), sem lenço e sem documentos e “tremendo mais do que vara verde”, ali nos encontrávamos, a fim de atender à lacônica e fria Intimação recebida dias antes, a fim de “prestar esclarecimentos de interesse da Justiça”.

Na pequena e desconfortável sala, que mal cabia os dois “birôs”, um computador, um arquivo e a cadeira do “visitante”, os dois delegados da Polícia Federal nos receberam e cumprimentaram, burocrática e formalmente.

De início, um deles indagou-nos se sabíamos por qual razão ali estávamos. Ante nossa ignorância (já que na Intimação não constavam detalhes), sacou da gaveta o livro de nossa autoria “BNB-A Verdade Nua e Crua (Sobre a Era Byron Queiroz)", que havíamos publicado três anos antes (em 2005) e arrematou, convicto; “Para esclarecer e confirmar as graves acusações aqui contidas”.

Quem fizera a denúncia e entregara o livro ??? Silêncio sepulcral.

E então... começou o “bombardeio” (que durou cerca de duas horas). Experientes, preparados, passados na casca-do-alho, possuidores da refinada técnica de extrair do “convidado” aquilo a que se propõem, os dois não demonstraram seguir um roteiro pré-determinado: abriam o livro, aleatoriamente, em uma página qualquer, e indagavam sobre o ali posto. Vez por outra, refaziam uma pergunta feita lá atrás, na tentativa sutil de encontrar alguma contradição, algum escorregão, uma falha sequer; e tome perguntas, questionamentos, pedidos de esclarecimentos. Uma coisa de louco.

Como, ao receber a “Intimação”, houvéramos imaginado o que lá trataríamos (só podia ser sobre aquilo), reuníramos todos os documentos citados no livro e, assim, a cada indagação, disponibilizávamos, tecendo um breve comentário, a peça correspondente. E o melhor: a “tremedeira” passara, sumira, se fora, escafedera-se, e, repentinamente, uma aura de segurança e total tranquilidade se apossara do nosso ser.

O certo é que, ao final daquele calvário (para nós), depois de receberem e garantirem que anexariam ao processo o “caminhão” de documentos que lhes entregamos (mais de 200 páginas), a agradável surpresa: “Senhor José Nilton – confidenciou um deles – parabéns pelo pleno exercício da cidadania”; ao que o segundo, complementou: “Se todos agissem assim, esse nosso país seria bem diferente”.

O sol do meio da tarde brilhava forte e abrasador, quando de lá saímos, famintos, mas tranquilos, leve, em paz com a vida e com a nossa consciência. Resolvemos, então, elaborar uma espécie de “mini-relatório”, a respeito, que encaminhamos a alguns poucos colegas do BNB. E aí, nos dias seguintes, sem que fosse essa a nossa intenção, a “coisa”, tal qual um rastilho de pólvora, se espalhou, multiplicou-se e até em uma reunião da Diretoria do BNB o assunto foi ventilado. Colegas de agências do Banco, por todo o Nordeste, chegaram a solicitar da AABNB que, através do seu jornal mensal, mostrasse a “fuça” (rosto) daquele “doido” (o que foi feito, a posteriori).

Inacreditavelmente, no entanto, alguns colegas aposentados do Banco, aqui e alhures, sentiram-se ofuscados, visivelmente incomodados, incompreensivelmente contrariados, constrangidos até e, a partir de então, cortaram relações, passaram a nos denegrir, a lançarem insinuações malévolas a nosso respeito, à tentativa de nos desqualificar (mesmo em ocasiões em que o assunto não tivesse nada a ver).

Isso tem nome ??? Tem, sim !!! Qual ??? O cardápio é variado e cada um pode escolher o que achar conveniente e apropriado. Da nossa parte, uma certeza: vamos continuar a cobrar, fuçar, questionar, a, enfim, exercer nossa cidadania. Na plenitude. Contundentemente.

Post Scriptum:

01) Quando lançamos o livro (3.500 exemplares), unidades foram encaminhadas, pela Associação dos Aposentados do BNB (que, depois, como vimos, “tirou o braço da seringa”), ao Presidente da República, alguns Ministros de Estado, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais, Desembargadores de Tribunais, Governador do Ceará, Prefeita de Fortaleza, Vereadores da capital e Diretores e Superintendentes do BNB. Se leram, ou não, são outros quinhentos. Fizemos a nossa parte.

02) Byron Queiroz e demais integrantes da quadrilha, após ação impetrada pelo Ministério Público (que fora acionado pela AABNB), foram condenados, pela Justiça Federal do Ceará, a 14 anos de prisão, devolução do valor subtraído, suspensão dos direitos políticos por 8 anos, indisponibilidade dos bens e tal. Recorreram ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife-PE, e foram inocentados, por unanimidade (é vero, senhores, podem acreditar; afinal, o “padim” do homem era o todo poderoso tucano Tasso Jereissati).

03) Posteriormente (em 02.09.09), nova condenação da mesma Justiça Federal do Ceará. Com a mesma pena e as mesmas supressões de direitos. Nova apelação ao mesmo Tribunal Federal (Recife) e a repetência do veredito (inocentados, por unanimidade), o que nos leva à velha conclusão: para o Judiciário brasileiro, cadeia foi feita pra pretos, pobres e putas.

04) O “rombo” que Byron Queiroz deixou no BNB foi de “insignificantes” R$ 7,5 bilhões (isso mesmo, com “B”, de bola).

05) Como a refrega com os aposentados do BNB foi intensa e desgastante (até mesmo para um marginal), Byron Queiroz faleceu pouco depois em razão de uma copiosa e letal hemorragia digestiva (para azar do Lúcifer, que com ele passou a conviver a partir de então).