por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Colaboração de Altina Siebra


Natal somos nós quando decidimos nascer de novo, a cada dia, nos transformando.
Somos o pinheiro de natal quando resistimos vigorosamente aos tropeços da caminhada.
Somos os enfeites de natal quando nossas virtudes, nossos atos, são cores que adornam.
Somos os sinos do natal quando chamamos, congregamos e procuramos unir.
Somos luzes do natal quando simplificamos e damos soluções.
Somos presépios do natal quando ajudamos ao próximo.
Somos os anjos do natal quando cantamos ao mundo o amor e a alegria.
Somos os pastores de natal quando enchemos nossos corações vazios com Aquele que tudo tem.
Somos estrelas do natal quando conduzimos alguém ao caminho do bem.
Somos os Reis Magos quando damos o que temos de melhor, não importando a quem.
Somos as velas do natal quando distribuímos harmonia por onde passamos.
Somos Papai Noel quando criamos lindos sonhos nas mentes infantis.
Somos os presentes de natal quando somos verdadeiros amigos para todos.
Somos cartões de natal quando a bondade está escrita em nossas mãos.
Somos as missas do natal quando nos tornamos agradecimento, oferenda e comunhão.
Somos as ceias do natal quando saciamos de pão, de esperança, qualquer pessoa do nosso lado.
Somos as festas de natal quando nos despimos do luto e vestimos a gala.
Somos sim, a Noite Feliz do Natal, quando humildemente e conscientemente, mesmo sem símbolos e aparatos,
sorrimos com confiança e ternura na contemplação interior de um natal perene...
que possamos lembrar disso todos os dias do ano.

Feliz Natal!!!!!!!


Autor Desconhecido

DONA CANÔ - José do Vale Pinheiro Feitosa


Um jornalista paulista estranhou a quase comoção midiática com a morte de Dona Canô, mãe de Caetano e Bethânia. Como profissional da relevância dos fatos, ou seja, aquele que escolhe o quê é notícia e o quê não é notícia, compreende-se a métrica dele. Mas a métrica de Dona Canô passa por outras razões, especialmente a nossa alma interiorana e, especialmente, nordestina, religiosa e profundamente ligada aos séculos de formação da nação.

A própria imagem dela é a de uma senhora gravitante da vida familiar e, por extensão, da matriz de identidade de todos os seus membros. Muitos imaginam que seja por ser mãe dos dois artistas baianos, mas isso não explica tudo. Embora a conjuntura seja essa, na estrutura é outra coisa.

Os filhos foram o veículo para torna-la a referência de um modelo de matrona ou de uma liderança que norteia os vários caminhos. Mas ela já era isso mesmo antes dos filhos acontecerem. Claro que aquele modo excêntrico dos dois serviu para acentuar o modo normal de Dona Canô e foi esta expressão concêntrica que a tornou muito mais que o jornalista paulista não conseguiu enxergar na quase comoção do dia.

Quem sabe alguém compare a morte de Dona Canô à morte de Ledo Vivo, seja por excessos de exposição midiática ou por alguma falta dela, mas aí já estamos caindo no “ledo engano” como se costuma brincar. Dona Canô é a avó ou a mãe de muita gente em símbolo e disciplina.   

foto de Samuel Araújo


Zoom- socorro moreira


foto by samuel araújo



Batateira, Seminário
Arajara e Lameiro...
Pegadas, e passaradas
Sombreiros- os imbuzeiros

Casas avarandadas
Verde folha na Chapada
Ipês soltos, no Granjeiro

Pés rachados
Gado magro
Jumento passa sem carga
To seco -diz o abacateiro
Galinhas ciscam, em terreiros
Pote de barro, água fria.
Bicas, levadas
Acolá e bem ali
Brasa no fogareiro
Bolo de pubaa cheirar

Sacro é o  veio da vida
Amor leve, leve passa
Secando e se descompondo
Num cordão quase encarnado

Muita Maria nascendo
Morrendo muito João
- É  lei da renovação

Olhar cego no vazio
Busca uma solução
Passa natal, Carnaval
Procurando um conhecido
Sozinho na multidão

Risos, rugas
Dos desgostos de agosto
Ciclo de datas festivas
Espirro meu pó de giz
Agora fui professora

Pigarro prende o soluço
Perco o fio da meada
É seta pra todo lado
- Um dia já fui feliz!

por socorro moreira






Rasteira
Vestido curto, brejeira
Guarda um olhar
Que foi seu

Unhas felinas, vermelhas
Cheiro de capim-cidreira
Vento balançando tetas
Trejeitos- moça faceira!

Coração pegando fogo
Oração no azul de cima
Todo pintado de estrelas

Lua, luzes do Natal
Transformem tudo em sereno
Tirem o sal de toda mágoa

Deixem o beijo ser pimenta
Mais puro, o melado favo

Abençoado o amor
Que sabe esperar setembro
E deseja o ano todo
A vela da perdição

Presente de Natal



                                   --- Trimmmmmmm !!!!!!!

                        O estampido do telefone soou dentro da sua alma , como se tratasse de uma locomotiva a vapor. É que os últimos meses tinham sido terríveis. Funcionário de uma estatal, com salário minguado , mas regular, há um ano aderira a um destes fabulosos planos de demissão voluntária. Não dava mais para suportar o ambiente de trabalho: cobranças ininterruptas e o chefe olhando pra ele com aquele cara de carrasco , de “cuidado , você é o próximo!”. Pegou a indenização parca que lhe pagaram pelo seu suicídio prematuro e abriu um pequeno negócio de portões eletrônicos. De início a firma andou de vento em popa: com a incrível insegurança urbana, os homens precisam criar os seus castelos inexpugnáveis, pensando que assim podem se isolar do mundo. Chegou até a imaginar que a demissão tinha sido uma das melhores decisões que havia tomado.
                        Em pouco, porém, o mercado se viu saturado, eram tantos e tantos outros , na mesma situação dele, dividindo  a mesma fatia do bolo! Não bastassem as pequenas piabas iguais a ele, com a globalização entraram peixes grandes no aquário e , aí , a ração só costuma sobrar  para os tubarões! Quebrou e se encontrava naquela situação desesperadora: os amigos antigos se afastaram, os cobradores batiam à porta a todo instante, os filhos já tinham sido transferidos para escolas públicas, o aluguel atrasado quatro meses e ninguém mais aceitava seus vales. Os vizinhos diziam, com sorriso maroto:                          --“Não tem crédito nem para comprar a vista!”.
                        Esse era o fosso verdadeiro em que se encontrava no exato momento em que o telefone tilintou , desesperadamente: talvez por isto foi que penetrou tão agudamente no fundo da sua alma.

                        --- Trimmmmmmmmmmm!!!!!!


                        Nos últimos dias aquele aparelhinho havia feito pacto com o demo. Atendê-lo configurava-se em causa imediata de aborrecimento. Cobradores circulavam sua casa , como aves de rapina e as chamadas eram uma espécie de aviso prévio do ataque faminto e guloso. Assim, pediu à esposa que atendesse e desse uma desculpa qualquer: saiu, viajou, foi para a missa! A companheira atendeu contrafeita : já não mais suportava criar estórias fantasiosas e  esfarrapadas. O semblante tenso da mulher relaxou um pouco,  quando ouviu a voz do interlocutor, do outro lado da linha. Conversou pouco e formalmente: tudo bem, tudo em paz, todo mundo com saúde! Virou-se aliviada para o marido e passou o fone:

                        --- Sua mãe!

                        Num primeiro momento, sentiu-se aliviado. Nada como ouvir a voz da mãe num momento destes. Certamente tinha sido o sexto sentido materno que havia , como um timer, disparado e a impulsionara a ligar imediatamente para o filho. A velhinha morava em outro estado e andava muito doente: perdera a vista praticamente, ouvia mal e deslocava-se com grande dificuldade. O filho pressentia, no entanto, que em meio à tamanha debilidade orgânica, havia uma força estranha e profunda, aquela energia materna, capaz de reacender as mais arrefecidas esperanças. No instante seguinte, porém, estacou absorto e vacilou : seria justo beber aquela última centelha de luz, da sua mãe ? Ela a cederia com o maior prazer e abnegação, mas seria justo?

                        --- Mamãe? Tudo bem ? Aqui tudo às mil maravilhas! Os negócios estão crescendo, como nunca imaginei ! Sou agora um dos maiores empresários do estado! Reformamos a casa e estou falando com a senhora, neste exato momento, deitado numa cadeira , na beira da piscina olímpica aqui do quintal. A mulher arranjou um trabalho na procuradoria do estado e está ganhando uma nota preta. Troquei o carro esta semana , por um outro do ano e importado. Como o Collor, já não agüentava estas latas de sardinha nacionais!  Queria até que o seu neto, mamãe, estivesse aqui para falar com a senhora, mas foi para os Estados Unidos, conhecer a Disney e só volta no fim do mês. Não vamos poder ir agora no final do ano, infelizmente, porque estou ampliando a fábrica, mamãe; logo que tiver uma folguinha, dou um pulinho por aí. Beijo, mamãe! Feliz Natal para a Senhora. Sei que a senhora tá feliz, sei, não precisa nem dizer.Tchau!
                        Defronte dele, a mulher embasbacada, parece que tinha visto fantasma. Ele, calmamente, desvendou o mistério: Ela, minha filha, está doente , já não pode vir nos visitar e ver a porqueira de vida que estamos vivendo e mesmo que viesse, está cega, não viria nada. Quantas vezes ela, na minha infância não fez o mesmo? Seu pai não tarda a chegar! Quando ganhar na Loteria te dou uma bicicleta! Vou arrancar este dentinho de leite, não vai doer nada!Esta foi a única maneira que eu encontrei de dar para ela um presente neste Natal!
                        A mulher , entre lágrimas, sorriu! Adivinhou que são afinal estas pequenas mentiras , estes leves engodos que tornam a vida suportável e que vão realimentando as nossas baterias gastas, pelo tempo afora  . Sem este filtro cor de rosa, a vida que já é um curta metragem ,surgiria aos nossos olhos, violentamente, com seu verdadeiro , sombrio e cru preto-e-branco. Estas mentirinhas, afinal, são como um prisma que se interpõe entre o frio e translúcido feixe de luz da vida e que acaba por fazer a refração , muitas vezes a transformando na beleza fugaz, mas multicolorida do arco-iris.

J. Flávio Vieira

Ataque aos Fundos aos Fundos de Saúde - José do Vale Pinheiro Feitosa


A manhã do Rio de Janeiro começou silenciosa. O Carioca dorme em razão do atravessar das horas da noite passada em volta da Ceia de Natal. O dia 25 de dezembro é um dos mais universais feriados do mundo Ocidental, assim como o primeiro de janeiro: quase tudo fecha e as ruas ficam desertas.

E foi nessa paz extraída do silêncio que a guerra se fez na minha consciência. Há no Brasil um discurso malandro e interesseiro, envolvendo eficiência dos recursos e meios públicos, que a título de inovação administrativa, promove iniquidade e serve para verdadeiros assaltos aos Fundos de Saúde. Promove-se a privatização da gestão do Sistema Único de Saúde sob o disfarce da coisa pública, através de Organizações Sociais e outras formas disfarçadas de promover desigualdades.

Em 1999, primeiro ano do Governo Garotinho, a Secretaria Estadual de Saúde começou um programa de valorização do funcionalismo público, convocando os aprovados num concurso, que o ex-Governador Marcelo Alencar estava deixando caducar, e diante das despesas com pessoal, dobrou a gratificação dos servidores da saúde. Em 2012, no mês passado, encontrei um médico de renome, aposentado pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, com o salário mensal de R$ 1.640,37. Menos de três salários mínimos. Era o mesmo salário decretado por Garotinho há treze anos.

Acontece que a mesma fonte pagadora, o Estado do Rio de Janeiro, paga a um médico contratado por via privada em média mais de R$ 5 mil por vinte horas de trabalho, além dos encargos sociais por ser contrato CLT e da taxa de administração que é um grande negócio para os amigos do poder. Como o Governador Sérgio Cabral e o Secretário Sérgio Cortes podem justifica uma desigualdade dessas? Será que não caberia uma lei de Anistia para os funcionários estatutários do Rio de Janeiro em face das “torturas” promovidas pela ditadura da privatização? Quem sabe Sobral Pinto não precisasse voltar do além e pedir a lei de proteção aos animais para os torturados funcionários públicos da saúde no Rio de Janeiro?

E como o principal partido aliado de Sérgio Cabral e Sérgio Cortes, o maior partido trabalhista do Brasil, o PT, pode aceitar uma situação dessas? Ela existe, é real e age a cada minuto em pessoas que estão vivendo esta iniquidade: um profissional concursado experiente tratado como lixo da história e um jovem profissional, contratado na prática do “mercado” de seleção e controle profissional no mínimo questionável.

No Governo Federal, em quase todos os Estados e nos Municípios, o Sistema Único de Saúde se torna cada vez mais em um comprador de produto. Há uma prática promovida pelo PT, PSDB, PMDB, PSB, PDT, entre outros partidos, de extinção do funcionalismo público da saúde e uma entrega, não ingênua, aos organizadores da farsa das Organizações Sociais. O Ministério da Saúde é um vazio de quadros próprios: não se faz concurso, quase todos os técnicos têm contratos precários ou através das mais variadas práticas de disfarce da realidade para não convocar concurso.

Há efetivamente uma trama em nome da eficiência. Não se pode nem culpar a guerra contra os Marajás do Collor, pois a saúde nunca foi terra desta gente, a não ser de forma incidental. Mas a verdade é que a primeira coisa foi sufocar os quadros da saúde, não os renovando por concurso público, rebaixando seus salários, denegrindo sua imagem como corrupto para, depois, começarem a contratação pelas vias transversas. O passo seguinte foi entregar as compras públicas a setores privados e agora a menina dos olhos de Ministro e Secretários é nem ter serviço próprio. Estão cientes de comprar serviços terceirizados sem que existam quadros e práticas eficientes para regula-los e controla-los.

Estamos, literalmente, retornando às práticas dos anos 70 que começaram a destruição do INAMPS e que hoje atacam a Saúde Suplementar. Uma prática que consiste em existir um grande fundo de financiamento (público, privado ou coletivo) sendo atacado por inúmeros agentes predadores de recursos, por venda de mercadorias tecnológicas cujo objetivo é o lucro e o fetiche da mercadoria. É a festa das grandes Corporações Multinacionais e a vilania dos profissionais de saúde. 

Nessa altura não acredito em ingenuidade de nenhuma autoridade da saúde, mas sei da perseguição criminosa aos funcionários públicos, especialmente em seus salários e, portanto, em sua dignidade. O que chama a atenção é a baixa resistência a essa narrativa dramática por parte do Ministério Público, Ministério do Trabalho, Justiça do Trabalho, Sindicatos e Conselhos de Classe. Em relação às entidades de classe até entendo a contradição, quem ganha três ou quatro vezes mais não pretende discutir a miséria do outro.

Existe uma farsa intencionada a pairar sobre esta realidade: chama-se responsabilidade fiscal. A proporção máxima que a folha de pagamento do funcionalismo pode ter em relação às despesas públicas. Se as despesas subiram tanto com as contrações privadas, como justificar que isso não seja despesa de pessoal? Talvez naquele momento a prudência legislativa, ao limitar os gastos com pessoal, tenha sido uma iniciativa para abrir esta porta da corrupção da equidade constitucional no SUS.   

A sociedade está sendo enganada com televisões de telas planas nas esperas dos hospitais e com seguranças vestidos de paletó azul marinho nas portas dos elevadores. A conta é alta, em iniquidade, em gastos públicos e na formação de uma mercantilização danosa, pois sem limites e assaltante do patrimônio público. Basta tomar conhecimento do recente caso de Duque de Caxias envolvendo as tais Organizações Sociais.   

"Ninho de aviões" - José Nilton Mariano Saraiva

O “Bairro de Fátima”, aqui em Fortaleza, é um desses lugares onde qualquer pessoa com um mínimo de bom gosto gostaria de fixar moradia. E por uma razão simplória: é perto de tudo (da rodoviária, do aeroporto, do Iguatemi, do centro da cidade, do comando da polícia militar, da praia, e por aí vai) tem de tudo, e de tudo todos usufruem. Tem bares, barzinhos e barzões, farmácias, pizzarias, mercadinhos, óticas, churrascarias, supermercados, agencias bancárias, hospitais, lotéricas, revendedoras de automóvel, postos de combustível, feiras livres, o Estádio Presidente Vargas, pedintes nas esquinas, feirinhas semanais, vários shoppings e , enfim, o que você possa imaginar. O habitat é tão atraente e “apetitoso” que, hoje, – e aí é aí que mora o perigo – existem mais de 20 torres (cada uma com mais de 15 andares) sendo erguidas (e em ritmo alucinante) já que a procura é intensa.  E, como sabemos, na esteira da especulação imobiliária vem a falta de sossego, o caos no trânsito, a absurda valorização do metro quadrado (para os que pretendem adquirir algum imóvel por aqui), enfim, a barafunda tende a ser respeitável.  
Mas, pra completar e fazer a diferença, o “Bairro de Fátima” tem algo que nenhum outro bairro de Fortaleza possui: um autêntico “ninho de aviões”.  Explicando melhor: localizado à rua Luciano Carneiro (caminho do aeroporto), o Shopping Fortaleza Sul é um equipamento relativamente modesto em relação aos seus congêneres espalhados pela capital, já que com apenas 167 lojas, todas  elas dedicadas ao ramo de confecção, preferencialmente feminina. E aí temos o “pulo do gato”, aí é que se esconde o exemplar segredo, a utilização competente do tal marketing, o uso do fetichismo econômico na sua mais pura essência: para exibir as mercadorias (ainda devidamente etiquetadas), os proprietários da lojas resolveram que nada melhor que o emprego de possantes “aviões”. No caso específico, mulheres esplendorosas, na flor da idade, exalando sensualidade por todos os poros, perfumadas, super produzidas, cujos corpos esculturais, metidos em suas mini-saias generosas, parecem ter sido torneados e esculpidos à mão, de tão perfeitos, de par com uma simpatia contagiante, e que guardam uma missão exclusiva: “taxiar” (desfilar) pelos corredores do shopping, pra cima e pra baixo, indo e voltando, num balanço cheio de charme, graça e atração. E aí é só você se acomodar na área central onde existe um self service, pedir um chope com um tira-gosto básico e ficar literalmente “babando” ao assistir o desfile daquelas máquinas fabulosas, fantásticos “aviões”, autênticos monumentos em carne e osso, ali, à sua frente. A dúvida (que não tivemos ainda coragem de tentar elucidar), é saber se o preço fixado nas “etiquetas” penduradas nas saias e blusas exibidas contempla, também, o seu “recheio”, o seu “miolo”, a sua essência. Será que com uma “cantada” competente você finda levando tudo ???  A conferir. 





o ritual é o mesmo
banho, perfume, batom

brincos de fantasia
vestido novo, sapato apertado

chegou a hora da ceia
vale beliscar
vale mastigar uma cereja, que seja!

sem missa do galo
sem esperar papai noel
sem novidades...

natal dos ófãos

natal de crianças felizes
- elas fazem a festa, e nos devolvem alegria!