por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 23 de julho de 2011

Por Nívia Uchôa





Vera e Luís Felisberto

Graça Barreto

Cobertura fotográfica do lançamento do livro "No Azul Sonhado"- Por Nívia Uchôa

Emerson Monteiro e Raimundo Bezerra Filho




Nicodemos, Salatiel e Evânio

João do Crato,.Blandino, Salatiel, Socorro, Nicodemos, Ulisses,Jurandir Temóteo, Abidoral Jamacaru


Geraldo Ananias, George Macário, Nezinho Patrício, Raimundo Filho e Daniele Esmeraldo













Stela Siebra














Maryfran Nunes Oliveira



Os mrestres da fotografia e vídeo ( Nívia Uchôa e Laerton Xenofonte)




Teresa Moreira e Marisa Sobreira

João Marni


Dona Almina

Rosineide Esmeraldo

Tales e Socorrinha




Missão Cumprida!



AGRADECIMENTOS ESPECIAIS A TODOS  QUE CONTRIBUÍRAM NA REALIZAÇÃO DESTE SONHO..IMPOSSÍVEL CITAR TANTOS NOMES !

fotos Nívia Uchôa

Miragem- socorro moreira


(Para Ulisses)

Outro dia lá em casa
Da janela eu avistei
Uma sombra da imagem
De mulher que desejei
Pés descalços
Alvoroçados
Saia leve, flor do mato
Projeto de sol manchado
Cabelo despenteado
Travo doce
Na flauta da ilusão.

Por Norma Hauer - GADÉ

Uum nome estranho para quem nasceu em 23/07/1904, sendo batizado como Oswaldo Chaves Ribeiro. Mas foi como GADÉ que ficou conhecido em nossa música popular,como pianista e compositor.
Nasceu em Niterói, onde se apresentava como pianista, vindo mais tarde para o Rio de Janeiro para exercer um cargo no extinto Lóide Brasileiro, de saudosa memória.
Como compositor, teve suas músicas gravadas pelos grandes vultos de sua época, como Carmen Miranda, Joel e Gaúcho, Almirante...
Com Herivelto Martins e Dalva de Oliveira, esteve na inauguração da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte e aqui no Rio foi pianista nas Rádios Clube, Mayrink Veiga, Tupi e Nacional.
Suas músicas mais famosas eram todas de um humorismo sutil. Assim, com Joel e Gaúcho, gravou "Estão Batendo"

Estão batendo,
Se for comigo diga que não estou.
É a mulata que há muito tempo você abandonou.
Está zangada, de cara feia trás um vassourão na mão...
Pelo que eu vejo, ela está disposta
A fazer barulho e te meter a mão...”

Ou, ainda com Joel e Gaúcho,"Que Barulho é Esse ?"

Que barulho é esse,oh Juracy, aí no corredor ?...meu chatô não é pomar de amor"

Com Odete Amaral gravou "Quem é que Paga a Gasolina?

“Quem é que paga a gasolina p’ra você andar
"pelas ruas da cidade a bancar o lorde,
bancando Pintacuda, a 120 a hora"....

Pintacuda era um corredor italiano que fez parte do "Circuito da Gávea", vencendo-o duas vezes. Imaginar o que foi aquele Circuito nos anos 30 e compará-lo com as atuais corridas de Fórmula 1 é o mesmo que comparar água com vinho.
Em compensação, nenhum carro com a velocidade dos atuais poderia correr no Circuito da Gávea, cheio de curvas perigosas.

Voltando a GADÉ, lembremos que Almirante foi quem gravou as mais bem humoradas de suas composições, como "Faustina"

“Oi, Faustina, corre aqui depressa,
Vai ver quem está no portão.
É minha sogra com as malas,
Ela vem resolvida a morar no porão.
Vai ser o "diabo", vamos ter sururu com o vizinho"...

Almirante gravou também "Vou-me Casar no Uruguai", naquele tempo em que não havia divórcio no Brasil e era comum os "desquitados" irem "casar no Uruguai", para dar satisfação à sociedade hipócrita da época.


A letra da música “Vou-me Casar no Uruguai” terminava mais ou menos assim:

Você se vista e vá p’ra casa de seu pai,
Que vou juntar minha bagagem
E vou casar lá no Uruguai”


GADÉ faleceu em 27 de outubro de 1969, aos 65 anos.

Norma

"Porque hoje é sexta..."



Rodoviária de Paranavaí-Pr- Imagem de Edmar C ordeiro Lima


Por José Carlos Brandão



O CÁRCERE DE BÁRBARA DE ALENCAR

Eu vi o cárcere de Bárbara de Alencar.
No subsolo, a pequena cela de tortura;
Atrás das grades, pedras, paredes de pedras,
A cela onde um homem não cabe em pé.

Bárbara recebia uma só refeição por dia,
Mas era muito: alimentava-se de pedras
E de orgulho ferido e erguido como bandeira.
As pedras eram cabras mansas para Bárbara.

Ordenhar: Bárbara tirava leite das pedras.
“Quem me pedirá contas de meus atos?
Meu marido, meus filhos, o meu Ceará?

Quem combate o bom combate não sucumbe.
Eu colho na derrota toda a minha vitória.”
Ouvi a voz de Bárbara, viva, nas pedras.



A FRESTA - José Flávio Vieira




– Não se esqueça de pôr a janela dentro da minha mala, minha filha! Aquela frase, dita de supetão, turvou o ânimo de toda a família. D. Mafalda mostrara-se sempre um exemplo de lucidez. Viúva precoce, conduzira toda récua de filhos com cabresto curto. A duras penas, com o minguado salário de professora, realizara o milagre dos pães e dos peixes. Nada faltou aos meninos do essencial e, vez por outra, permitia-lhes um ou outro artigo mais chique, pois entendia perfeitamente que é do supérfluo que se alimentam os sonhos. Seu esforço e sua rédea apertada surtiram o efeito imaginado, aos poucos se deparou com os rebentos encaminhados, quase todos formados e tocando a vida sem maiores atropelos. Todos reconheciam o árduo trabalho da mãe que lhes dedicou o melhor de seus dias e retribuíam-lhe com o conforto, o afeto e o carinho tão necessários à velhice. D. Mafalda morava na antiga casa da família apenas com uma agregada de muitos anos e que praticamente já fazia parte do clã. Apesar da distância, os filhos ainda lhe eram ligados umbilicalmente. As rugas e as cãs que lhe foram ofertando os anos proporcionaram-lhe um ar tranquilo de monge tibetano. Todos os problemas envolvendo netos, bisnetos, noras, genros e os próprios filhos invariavelmente vinham bater à porta da velha senhora, e seus conselhos não só abriam caminhos, desarmavam espíritos, como adquiriam força de lei. Ao quebrar, no entanto, o cabo da boa esperança, aí por volta da oitava década, o peso da idade começou a aparecer mais perceptível. D. Mafalda apresentava lapsos frequentes de memória, muitas vezes já não reconhecia parentes mais próximos. A velha mucama relatava: ela andava “tresvariando” e conversando “arisias”. Os filhos preocuparam-se de início, levaram-na à consulta com geriatra, mas aos poucos perceberam que a seiva que nutria o caule de D. Mafalda começava a secar e aqueles lapsos significavam a queda das primeiras folhas, o ressequimento dos primeiros galhos que antecediam o fenecimento da frondosa árvore. Reunidos os filhos, optaram por deixá-la morando no seu próprio cantinho e contrataram duas enfermeiras para acompanharem o tratamento da mãe, uma vez que a velha empregada, artrítica, já não possuía forças para cuidados mais continuados.
Poucos meses depois, a companheira inseparável de D. Mafalda, subitamente, fez a viagem derradeira. Dormiu na terra e acordou no céu, conforme se comentou no velório. A perda da amiga de luta abateu intensamente a inabalável matrona. Sentiu quase como se perdesse o esposo novamente. Nos dias mais difíceis, a secretária fora de tudo: irmã, colega, confidente e ajudara na criação dos meninos como se os tivesse dado à luz. Esta nova perda embotou visivelmente o ânimo de D. Mafalda. A partir daí parece ter se acentuado seu processo de demência. Nova reunião e os filhos acharam mais sensato transferi-la para a casa da sua primogênita. Leocádia, após o divórcio, morava praticamente só, pois a filharada já ganhara o mundo e tinha vida própria. A aterradora frase de D. Mafalda soara justamente no momento em que Leocádia arrumava os pertences da mãe, providenciando a transferência planejada.
– Não se esqueça de pôr a janela dentro da minha mala, minha filha!
Passado o primeiro estupor (Meu Deus, mamãe agora pirou de vez!), os parentes começaram a refletir sobre a frase pronunciada por Mafalda. Enquanto arrumava os velhos guardados, acumulados ao longo de tantos anos, cada um embebido de vida e de passado, Leocádia começou a pensar no pedido da mãe. Que bom seria se se pudesse levar a janela da nossa casinha, a cada mudança que se fizesse na vida! Bastava colocá-la em uma das paredes da nova residência e teríamos fresta aberta para o éden. Ao sentir saudades dos antigos vizinhos, era suficiente apenas se postar diante da janela mágica e perguntá-los pelas novidades. À noite, quando o silêncio baixasse sobre a cidade, seria possível conversar com os conhecidos fantasmas do casarão antigo, ao se aproximar da janela que trouxemos na mala. O bulício da rua sagrada da nossa infância estaria sempre ao nosso alcance se pudéssemos carregar aquele velho rasgão que nos uniria eternamente ao passado. Além de tudo, furtada a janela, qualquer dissabor que nos turvasse a alma, saltaríamos para o quintal da nossa juventude e nos banharíamos nos seus indevassáveis mistérios: a goiabeira confidente, o velocípede veloz, a tina com seus segredos aquáticos. Depois, voltado o enlevo, ajoelharíamos na úmida areia e colheríamos todos os cacos dos nossos sonhos partidos, das nossas ilusões fragmentadas, da nossa felicidade espedaçada nas calçadas da realidade. Teríamos então todo o tempo do mundo para tentar refazer o quebra-cabeça. Quando assim nos aprouvesse, nos seria dado o direito de fechar a janela e mergulhar no presente, mas cuidadosamente deixaríamos a tranca frouxa, para qualquer emergência mais premente.
É, pensou Leocádia com seus cacarecos, D. Mafalda talvez ainda esteja mais lúcida do que pensávamos. No auge do delírio talvez tenha nos legado sua mais sábia lição: qualquer mudança que empreendermos na existência, nunca se deve esquecer de colocar na mala uma janela. É que as portas da vida estão sempre à frente, mas a felicidade, a alegria, o prazer estão nas pequenas janelas que por acaso tivermos a capacidade de escancarar para o pomar da nossa juventude e da nossa infância.

J.Flávio Vieira









Parabéns, André Ricardo!

Que a vida te conserve a vontade de cantar, dançar, amar, ser feliz!

Meu muito amor!

Socorro Moreira

NADANDO EM ÁGUAS CLARAS- Carlos Esmeraldo



Numa noite úmida de fevereiro, sentindo-me inadaptado à cidade grande e seus inúmeros rostos estranhos, vi-me, como que de repente, envolvido por uma onda acolhedora, que me lançou no meio de um mar de águas mornas, claras e aconchegantes. Meu corpo flutuava livremente, sem necessidade de esforço para me manter na superfície daquela água deliciosa. Ao meu lado, uma multidão de rostos desconhecidos também flutuava. O sentimento de cada um daqueles banhistas parecia fundir-se ao meu, num processo de unificação sobrenatural. Inexplicável descrever com precisão a emoção que sentíamos. Um bem-estar invadia nossas almas, e aquele prazer inesquecível, que toda criança experimenta num banho de piscina, era comum a todos os companheiros daquele inacreditável passeio aquático. Um velhinho simpático se aproximou de mim, sorrindo. Então comentei com ele:

– Que banho maravilhoso! Sinto-me outro homem. – Ele então me perguntou:

– Você não sabe onde está?

– Não. – Respondi. E enquanto a brisa nos transportava suavemente para a praia,
ele me disse:

– Você morreu. Estamos na vida eterna.

– Que bom! – Exclamei com alegria. – Agora vou rever meu pai e minha mãe, que
estão aqui! – Ao que fui imediatamente contrariado pelo bom velhinho:

– Já faz mais de dez mil anos que estou aqui, e ainda não encontrei nenhum conhecido.

– Também pudera. Há dez mil anos, a população do mundo não era nem duzentos mil habitantes. Agora, não, eu conheci muito mais gente que já morreu que o senhor. – Disse-lhe eu, todo convencido, enquanto, sem que nos déssemos conta, estávamos na praia. Era uma estreita faixa de terra espremida entre aquele lago mágico e um alto, que nos lembrava o morro do Seminário do Crato.

Na encosta dessa pequena elevação, uma multidão incalculável se espremia olhando para o topo da montanha. De repente, vi duas mocinhas conhecidas lá do Crato, que estudavam em João Pessoa, e haviam morrido num desabamento da casa em que moravam, numa noite de grande chuva. E disse pro meu amigo:

– Está vendo? Já encontrei duas conhecidas. Aquelas duas moças são lá do Crato. – Disse-lhe, em tom de vitória. Ele retrucou imediatamente:

– Aquelas duas moças tem dois mil anos que morreram. Elas viveram na época de Cristo. Não podem ser do Crato, porque essa cidade ainda não existia. – Completou o amigo. Em seguida, ele acrescentou:

– É hora de Jesus chegar.

Aquele velhinho transpirava bondade por todos os poros, e me transmitia uma segurança e bem-estar nunca antes experimentado. Ajeitei-me nas pontas dos pés para poder melhor visualizar o Mestre, ansiosamente esperado. O meu bom companheiro explicava que todos os dias, àquela mesma hora, o Senhor vinha nos visitar.

De repente, um forte clarão surgiu por trás de uma nuvem, e a multidão toda se agitava. Jesus estava chegando! À medida que Jesus se aproximava do morro, um vento forte balançava nossos cabelos e refrescava o forte calor daquela noite. O clarão aumentava de intensidade, fechando nossos olhos automaticamente. Fiz um esforço enorme para abrir meus olhos. Precisava ver Jesus. Naquele exato momento, a luz fluorescente do banheiro fora acesa, e o tique-taque do despertador me lembrava um novo dia de muito trabalho.

( do livro "No Azul Sonhado ")

A ÁRVORE E A SEMENTE DE UM NOVO TEMPO- Bernardo Melgaço




Certa vez, um pássaro pousou no galho de uma enorme árvore, numa floresta. Em seu bico, carregava uma pequena semente que, por um descuido, deixou cair lá de cima. A pequena semente, ao cair, se chocou contra o chão e, meio atordoada, procurou refazer-se do susto. Em seguida, ainda assustada, olhou para a árvore imensa, e disse:

– Senhora árvore, por favor, me ajude. Eu não sei me defender. Tenho medo de ser comida e morrer. Vejo que a senhora é muito alta, forte e experiente.

Então, a árvore respondeu, dizendo:

– Querida semente, tu és muito pequenina, mas não tenhas medo, que farei balançar os meus galhos de modo a saltar algumas folhas sobre ti, e assim estarás salva dos predadores que existem nessa floresta. Eu tenho mais de um século de experiência.

E assim fez se balançar, e várias folhas caíram sobre a semente, de tal forma que ainda sobrou um pequeno buraco para ela respirar e olhar para a grande árvore. A semente agradeceu, dirigiu-se novamente à árvore, e disse:

– Puxa vida, cem anos! Por favor, gostaria que me dissesse como é ser um dia uma árvore grande, forte e bonita, como a senhora!

A árvore, com muita doçura, respondeu:

– Querida semente, és muito pequenina ainda para compreender essas coisas. Mas, mesmo assim, direi algo de instrutivo. Eu sou uma espécie de árvore entre milhares e milhares que existem por aí, na floresta. Todas – inclusive tu serás também assim, um dia! – são constituídas de três partes básicas: a raiz, o tronco e a copa. Todas elas têm um duplo crescimento: um em direção às profundezas do chão, e o outro em direção ao firmamento do céu.

Em outras palavras, uma parte tua estará enraizada na escuridão do mundo do chão-terra, e a outra estará buscando luz, energia e claridade na imensidão do cosmo. Somos assim, ou seja, temos dois impulsos de crescimento. Um nos puxando para baixo, e o outro nos puxando para cima. Essa situação nos põe em conflito, porque são duas forças que nos remetem para lados opostos. O mundo do chão é escuro, às vezes úmido, às vezes seco, muitas das vezes duro, sofrido e bastante concreto. Esse crescimento é a base de nossa estrutura física. Por isso, temos que escolher com cuidado e prudência as substâncias e os alimentos que a natureza desse mundo nos oferece.

Terás momento de fome, sede, calor, frio e solidão. À noite, ficarás no escuro, e de dia serás aquecida pelo Sol; no verão, serás alagada pelas águas da chuva; no inverno, serás coberta de neve. O cupim e o homem são os nossos maiores predadores, por isso, não guarde teu tesouro na terra, guarde-o no céu. Mas, não te preocupes, porque o nosso Criador nos fez com sensibilidade para nos protegermos, e selecionarmos as coisas sem errar.

Nada é dado, mas tudo é conquistado com perseverança e mérito. O teu esforço pessoal é o caminho para a tua fortaleza no mundo interior do chão. Nunca te esqueças de cuidar da parte superior da copa, que te liga ao mundo transcendente do céu. Ela é extremamente importante, tanto quanto a parte de baixo da raiz. Terás um desafio muito grande, que é alimentar a tua raiz, fortalecendo-a cada dia, e ao mesmo tempo voltar-te constantemente para a luz transcendente do Sol da vida. Agradece sempre esse aprendizado, porque é uma lei da vida criadora.

Terás momentos difíceis e penosos, principalmente quando a espécie humana se aproximar de ti. Muitos deles perderam a sensibilidade, e não nos enxergam como uma parte sagrada da mãe natureza, mas como meros objetos para as suas riquezas egoístas. E mesmo que os homens te ataquem com serras, martelos, foices e palavras de ordem agressiva, entende que a tua missão é servir e morrer em vida dando sombras, frutos, alimentos, abrigos e água em tuas raízes.

A vida é uma árvore que deverá dar bons frutos; os homens são árvores também. Muitos deles vivem apenas dentro do chão, na escuridão, e não percebem o valor da copa e da luz do céu. Um dia, o homem perceberá, um pouco tarde, que o mal está na raiz. Nesse dia, novas sementes crescerão orientadas pelo céu de um novo tempo.

Aceita ser transformada no altar da vida: é a Lei!

Bernardo Melgaço