por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Um violão e um compositor, especiais, na janela do sono

Efemérides do dia 27 de Janeiro

Nascimentos

* 1756 – Wolfgang Amadeus Mozart, compositor erudito austríaco (m. 1791).
* 1808 – João Caetano, teatrista brasileiro (m. 1863).
* 1832 – Lewis Carroll, escritor inglês (m. 1898).
* 1906 – Radamés Gnatalli, músico e compositor brasileiro (m. 1988).
* 1925 – Waldir Azevedo, músico brasileiro, autor do chorinho "Brasileirinho".
* 1933- Ary Fontoura, ator brasileiro.
* 1944 – Nick Mason, baterista do Pink Floyd.
* 1948- Mikhail Baryshnikov, bailarino russo.
* 1949 – Djavan, cantor e compositor brasileiro.
* 1964 – Bridget Fonda, atriz estadunidense.

Mortes

* 1901 – Giuseppe Verdi, compositor de óperas do período romântico italiano (n. 1813).
* 1961 – J. Cascata, compositor brasileiro (n. 1912).

Claro, que eu sinto vontade de homenagear  todos eles !
Se na relação consta algum dos seus ídolos , reporte-se a ele de alguma forma .
Nem que seja lembrando um chorinho de Waldir Azevedo...


J.Cascata


Álvaro Nunes (Rio de Janeiro, 23 de novembro de 1912 — Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1961), mais conhecido como J. Cascata, foi um compositor e cantor brasileiro.
Ele estava sempre entre os vinis do meu pai, e até entre os primeiros discos que tenho na lembrança: os de cera. Eram pesados, mas de uma magia impressionante para uma criança de poucos anos. Eu ficava acompanhando o movimento da agulha e ,naturalmente ,decorava as letras das canções.
Não consigo resistir a estas páginas do passado porque são históricas para mim.

No simples, a Abundância !



Estou com os olhos cansados.Tenho visto filmes incontáveis
Já não choro nas cenas de amores que findaram.
Sinto-me livre para um recomeço.Seja de qualquer natureza.
Quando soltamos um embrulho pesado, recuperamos em agilidade ,e sobretudo ficamos disponíveis para novos encargos.
Os que nos são inerentes, se assumidos por amor, não pesam na balança dos sacrifícios. Tornam-se a nossa força maior para encarar os desafios.
Tenho todas as razões para viver minhas alegrias, em doses sustentáveis...Elas quando chegam em bando, trazem consigo minhas esperanças!

Socorro Moreira

Movimento dos Barcos - Jards Macalé / Capinam

Movimento dos Barcos
(Jards Macalé / Capinam)


Estou cansado e você também
vou sair sem abrir a porta
e não voltar nunca mais
desculpe a paz que lhe roubei
e o futuro esperado que nunca lhe dei
é impossível levar um barco sem temporais
e suportar a vida como um momento além do cais
que passa ao largo do nosso corpo
não quero ficar dando adeus
as coisas passando
eu quero é passar com elas
e não deixar nada mais do que cinzas de um cigarro
e a marca de um abraço no seu corpo
não, não sou eu quem vai ficar no porto chorando
lamentando o eterno movimento dos barcos.

Nel Blu Dipinto Di Blu

"Nel Blu Dipinto Di Blu" é uma canção com música de Domenico Modugno e letra de Franco Migliacci,interpretada por Domenico Modugno no Festival de San Remo, em 1958,obtendo o Primeiro lugar.

Foi eleita para representar a Itália no Eurofestival da Canção, no qual foi a terceira classificada.

Em 1989, o grupo Gipsy Kings a adaptou como rumba flamenca, e a tornou um sucesso mundial.

No espetáculo intitulado " Congratulations:Festival da Eurovisão da Canção"organizado para celebrar os 50 Anos do Festival da Eurovisão,em 2005, a música italiana de 1958 foi escolhida como a segunda melhor música.

Em 1958, também, ganhou dois Grammy como a" Canção do Ano " e o " Disco do Ano ".
"Volare", como ficou conhecida, é considerada uma das mais famosas canções que representam a música italiana.

Letra original

Penso che un sogno così non ritorni mai più:
mi dipingevo le mani e la faccia di blu,
poi d'improvviso venivo dal vento rapito
e incominciavo a volare nel cielo infinito...

Volare... oh, oh!...
cantare... oh, oh, oh, oh!
nel blu, dipinto di blu,
felice di stare lassù.

E volavo volavo felice

più in alto del sole ed ancora più su,
mentre il mondo pian piano

spariva lontano laggiù,

una musica dolce suonava

soltanto per me...

Volare... oh, oh!...
cantare... oh, oh, oh, oh!
nel blu, dipinto di blu,
felice di stare lassù.

Ma tutti sogni nell'alba

svaniscon perché,
quando tramonta,

l a luna li porta con sé,

Ma io continuo a sognare

negli occhi tuoi belli,
che sono blu come un cielo

trapunto di stelle.

Volare... oh, oh!...
cantare... oh, oh, oh, oh!
nel blu degli occhi tuoi blu,
felice di stare quaggiù.

E continuo a volare felice
più in alto del sole

ed ancora più su,

mentre il mondo pian piano

scompare negli occhi tuoi blu,
la tua voce è una musica

dolce che suona per me...

Volare... oh, oh!...
cantare... oh, oh, oh, oh!
nel blu degli occhi tuoi blu,
felice di stare quaggiù.

Nel blu degli occhi tuoi blu,
felice di stare quaggiù,
con te





Penso que um sonho assim
Não volte nunca mais,
Me pintava as mãos
E o rosto de azul.

Depois era de improviso
Pelo vento raptado
E começava a voar
No céu infinito.

Voar, oh oh!
Cantar, oh oh oh oh!
No azul pintado de azul,
Feliz de estar lá em cima.

E voava
Voava feliz
Mais alto do que o sol
E ainda mais para cima.

Enquanto o mundo pouco a pouco
Desaparecia longe lá em baixo
Uma música doce tocava
Somente para mim.

Voar, oh oh!
Cantar, oh oh oh oh!
No azul pintado de azul,
Feliz de estar lá em cima.

Mas todos os sonhos ao alvorecer
Desaparecem porque
Quando se põe a lua
Os leva consigo.

Mas eu continuo a sonhar
Nos teus belos olhos
Que são azul como um céu
Repleto de estrelas.

Voar, oh oh!
Cantar, oh oh oh oh!
No azul dos teus olhos azuis,
Feliz de estar aqui em baixo.

E continuo
A voar feliz
Mais alto do que o sol
E ainda mais para cima.

Enquanto o mundo pouco a pouco
Desaparece nos teus olhos azuis
A tua voz é uma musica doce
Que toca para mim.

Voar, oh oh!
Cantar, oh oh oh oh!
No azul dos teus olhos azuis,
Feliz de estar aqui em baixo.

No azul dos teus olhos azuis,
Feliz de estar aqui em baixo.


Fontes :
Vídeo Youtube
Imagem - Google Imagens
Wikipedia - Festival de San Remo
www.sanremo.rai.it/ -

Tiago Araripe - Lembranças de Socorro Moreira

 
Nos conhecemos literalmente, nos jardins da infância: Externato Cinco de Julho, Instituto S.Vicente Férrer, Colégio S.João Bosco. Muito tempo nas paralelas.
Éramos meninos tímidos, calados, e usávamos  óculos (quatro olhos).
Sabíamos que existíamos, mas em dimensões e mundo diferentes.
Ele me parecia  um cientista, tipo Einstein... Era diferente dos outros meninos. 
Figura alta, magra, rosto de feições perfeitas, mas não conseguia ouvir-lhe a fala. Seus óculos expressavam estudo, concentração, e um mundo interior inviolável.
Aquele mundo era feito de notas e criatividade...Hoje eu sei!
O tempo separa, o tempo promove reencontros, nas suas viradas.
Quem viaja no tempo tem noção das mudanças de estações, e aspira a primavera, espirra, e espera o sol da vitalidade.
Encurva-se ante os frutos do outono, e curte a chuva da fertilidade.
Tenho quase devoção por Tiago Arariripe, aquele menino que vivia num mundo sideral, e trouxe para o planeta Terra, a sua canção. Viva a sua arte!

Vamos escutar Tiago Araripe ? Para mim é um imenso prazer !

Dois fotógrafos da maior competência : Nicodemos e Emerson Monteiro

Foto de Emerson


Nas sombras, a luz e delicadeza da flor.O espaço escuro será reduzido em nós, depois desta imagem...

Os sabores. Todos os nossos sentidos se ativam. Isso nos faz acontecer, diante da foto do Nico.

Sertaneja

As lágrimas da

viúva secaram às

primeiras chuvas.

Enquanto isso, nos bastidores ...

Corujinha , Stella e Liduína, cantam nos bastidores.
Cheguei depois da noite, depois da madrugada, no meio da manhã, e fiz o replay da serenata.
O violão calado, no canto, e eu que não sei cantar, chamei os músicos da minha imaginação:
Nicodemos, Pachelly, Zé Nilton, João do Crato, Salatiel, Abidoral, Calazans, Cleivan, Dulce Pontes, Dominguinhos, Sivuca ,Carlos Galhardo, Thiago Araripe, Egberto Gismonti... Música é a loucura transformada em sanidade.
É céu aberto em notas, que nos faz amar, chorar, sorrir, dançar, dormir, sonhar...
Música me faz cozinhar diferente, sentir a vida como em notas de tons diversos, numa mesma diapasão.
Sou música na imaginação !
Canto também sobre o olhar, infinitas canções.
Cantemos !

Disse Corujinha :

E esse bolero,( Porque brilham os teus olhos ?)
Lindo de morrer,de Fernando César, lançado em 1957, na voz de Francisco Carlos "El Broto" ?

Passo o tempo a meditar
ansioso por saber
quantos peixes tem o mar...
Se a luz do teu olhar
é sinal de bem-querer...

Quantas velas tem o luar
Tu não sabes me dizer
Ah eu gostaria de saber
O que há em teu olhar

Quantos peixes tem o mar,meu amor
Tu não podes me dizer
Quantas velas tem o luar
Tu jamais irás saber
Nem ninguém irá contar.

Mas sobre a luz que brilha em teu olhar
Mesmo mentindo podias responder
Meus olhos brilham sem querer
Meus olhos brilham por te amar.

Pra quem quiser ouvir... www.radio.uol.com.br