por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 23 de junho de 2014

"Decepcionante" - José Nilton Mariano Saraiva

Dez dias após seu início, com jogos quase diariamente, tem sido prá lá de “decepcionante” a Copa do Mundo de Futebol, que ora se realiza no Brasil, sob os auspícios da FIFA.

E os motivos são vários: a) os estádios (ou Arenas) além de “pebas”, não foram concluídos (deverão sê-lo somente em 2038, conforme preconizado por uma tal revista VEJA, vulgarmente conhecida por “ÓIA”); b) o clima de insegurança é “palpável” e notório, e espraia-se por todas as cidades sedes, do Rio Grande do Sul ao Amazonas; c) em razão disso, o fluxo de turistas não foi o esperado (afinal, só os mais corajosos aventurar-se-iam a vir participar de uma festa dessas num país subdesenvolvido e repleto de índios e marginais); d) como reflexo, os comerciantes, que investiram pesado (principalmente da rede hoteleira) já sentem no ar a perspectiva de prejuízos milionários; e) em termos de comunicação, a Internet no Brasil tá uma “merda” só, impossibilitando que os visitantes se comuniquem com familiares, bem como que os jornalistas de todo o mundo não tenham condições de enviar suas matérias às redações; f) o transporte mostra-se ineficiente (tanto o público como o privado), além do que as vias de acesso não oferecem condição de tráfego; g) o caos aéreo é uma dura realidade, já que as empresas que operam o setor  não têm estrutura nem aeronaves suficientes pra atender os que aqui aportaram (mesmo que em número reduzido); h) os aeroportos, funcionando a “meio-pau” são um péssimo cartão postal, envergonhando-nos; i) o povo brasileiro, deseducado por natureza, tem tratado os “gringos”com desdém e menosprezo, desferindo-lhes “patadas” a torto e a direito; j) os jogos até aqui realizados têm tido um público chinfrim, já que esse mesmo povo nunca concordou com a sua realização; k) enfim, paira o sentimento de que, por ser um país subdesenvolvido, o Brasil não atrai nenhuma atenção, mesmo sendo sede de uma competição de tal porte, tanto que os jornais do mundo inteiro não fazem a mínima questão de divulgar (a Copa e o país).

Em resumo, a Copa do Mundo, no Brasil, tem sido “DECEPCIONANTE” sob todos os aspectos que se possa imaginar, só que: para determinados segmentos da mídia nacional (capitaneados pela tal VEJA) que, desde o anúncio da sua realização, diuturnamente optaram por tentar esvaziá-la, a ponto de insuflar a própria mídia internacional, fazendo-a embarcar na canoa furada do caos que seria; tem sido “DECEPCIONANTE” para os profetas do caos, os maus brasileiros, os eternamente do contra, os sectários e radicais de plantão que, por questões político-partidárias (ou simplesmente por serem contra o atual governo), anunciaram em alto e bom som, com estardalhaço, que “não vai haver Copa nem Olimpíada” (para tanto, fizeram o possível e o impossível pra isso).

Pois é, APESAR DELES, a verdade verdadeira é que até aqui não temos apenas uma Copa do Mundo; temos a maior de todas as Copas, a “Copa das Copas”, a nossa Copa (do Brasil), com tudo pronto e funcionando às mil maravilhas (salvo questões pontuais); temos tido embates monumentais dentro das quatro linhas, tanto que o número de gols marcados já é um recorde: e, mais importante, temos a certeza de que os “gringos” literalmente “redescobriram o Brasil”, já que vivamente impressionados com a beleza do nosso país, com a segurança que encontraram em nossas ruas e, principalmente, com a recepção, o carinho e afeto que lhes estão sendo ofertadas pelo povo e governo brasileiro (ontem, na Beira Mar, aqui em Fortaleza, dava pra ver e sentir quão felizes estavam alemães, americanos, ganenses, suecos, mexicanos, portugueses, japoneses e mais uma “ruma de alienígenas”; um espetáculo digno de nos fazer sentir orgulho do Brasil). 

E mais: por paradoxal que possa parecer, a mesma mídia internacional que antes alertava sobre o perigo iminente de se viajar ao Brasil e, principalmente, sobre se tínhamos ou não condição de sediar um evento de tamanha magnitude como a Copa do Mundo, agora não só se penitencia publicamente como é pródiga em derramar fartos elogios sobre a organização e a nossa capacidade em fazê-lo.

Uma prova ??? 
A declaração de um antigo ferrenho crítico, o jornalista britânico Jason Davis: “SE A COPA DO MUNDO FOR ASSIM COMO ESTÁ SENDO NO BRASIL, QUE TODAS AS COPAS DO MUNDO SEJAM NO BRASIL” (ipsis litteris).

É pouco ou querem mais ???