por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
PERFIL APROXIMADO DE UMA POSSÍVEL SOCIOPATIA - Primeira Parte - por Ulisses Germano
E geralmente gostam de usar óculos escuros durante a noite
Seus corpos agem de forma rígida
Não balançam a bunda, isto é,
Sambam na vertical... como quem engoliu um espeto!
(não vejam aqui uma regra geral, por favor!)
Mas além disso, é possível observar
Que eles possuem um ar de intelctual vencido
Citam Deus e até Mário Quintana com uma intimidade tão íntima!
Defendem a cristandade com mira automática!
Enfim, encobrem o pensamento escatológico
Amando a Pátria acima de tudo
Tentando fugir do incestuoso desejo
De possuí-la...
Pobres criaturas embotadas
Detentores da Peste Emocional!
Quando é que vocês irão apreender
Que a "benevolência depende da beneficência?!"
A demonstração de força de um homem fraco
É proporcional a sua capacidade de bajular.
Quem amou este pais mais do que Betinho?
Quem amou este pais mais do Dom Helder Camera?
Quem amou este pais mais do que Glauber Rocha?
Quem amou este pais mais do que Mário Lago?
Quem amou este país mais do que Jorge Amado?
Quem amou este país mais do que Tom Jobim?
Quem amou este pais mais do que Caymmi?
... Quem ama este páis não esquece estes nomes!
Defendo até a morte o direito do outro escrever e falar tolices
mesmo discordando diametralmente dos seus discuros sofistas
disfarçados de bem feitor da boa vontade alheia. O perigo de tudo isso
é que o nosso povo ainda é público!
Ulisses Germano
Presidente do Partido das Questões Pertinentes - P.Q.P.
Os blogs da extrema direita já estão a serviço do golpe político - José do Vale Pinheiro Feitosa
Uma rede de blogs da nossa região, um blog que funde a palavra democracia com a cidade e muitos blogs da extrema direita de outras plagas. Instituições militares, inclusive colégios militares se juntaram ao blog “verdade sufocada” do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra para repercutirem a ordem do dia da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, assinada pelo comandante interino Coronel Mario Luiz de Oliveira.
O Coronel Ustra que teme a verdade que teria sido sufocada é um caso típico que em psicologia se chama de transferência. Transfere seus problemas aos outros. Qual o problema do Coronel Brilhante Ustra? A Comissão da Verdade que foi sancionada hoje. Ele era o comandante do DOI-CODI no período mais duro da ditadura militar e sob o seu comando, inclusive com participação pessoal dele, a tortura até a morte foi praticada em instalações do exercito brasileiro.
A repercussão da Ordem do Dia nos blogs da região faz parte de uma campanha de torturadores e responsáveis pela tortura, inclusive os generais presidentes já postos na memória histórica por falecidos serem. Os blogs da região passam a adotar a versão inodora, mas cruel, esterilizada, mas tóxica de um grupo de brasileiro de extrema direita que mais uma vez se perfilam para perseguir governos, partidos políticos e cidadãos.
No ambiente de uma crise econômica mundial, a virulência desta ordem do dia, passando uma borracha na história pesquisada, documentada e extraída os fatos fundamentais, bem demonstra que as “vivandeiras dos quartéis” não se acabaram como um fenômeno histórico. Historicamente despreparadas, obtusas, com idéias próprias acavaladas por terceiros, certas pessoas funcionam como correia de transmissão do ódio e da perseguição no ambiente da internet e através de blogs e e-mails.
A ordem do Coronel Mario Luiz não é uma ordem, é uma chamada à desordem, à divisão entre as pessoas, é se postar desde já num contraponto para ser punido e servir aos propósitos de uma geração de torturadores e desviantes que agora terão que sair dos sótãos escuros para a luz do dia. A Comissão da Verdade, eles sentem na pele, os aproxima historicamente dos fatos pessoais, das responsabilidades de cada um, inclusive da obediência devida. Todo o desmentido da história e interpretação pessoal do coronel não passa de uma cortina de fumaça para esconder dos brasileiros o que já ocorre do outro lado da fronteira na Argentina.
Quando assassinos e generais estão indo para a prisão perpétua. Quando até párocos que apoiaram os vôos da morte estão sendo chamados às barras dos tribunais. Quando os argentinos não pararam no primeiro degrau, como é o caso brasileiro da Comissão da Verdade e foram até ao chamamento da responsabilidade devida a cada agente de um regime que matava não por que se tratava de comunistas ou subversivos pura e simples, mas de mães, filhos e crianças, além de toda e qualquer coisa que cheirasse para eles como oposição, inclusive vindo de freiras religiosas.
Alguns blogs da nossa região afinal aderiram à verdade do golpe e da ditadura militar de 1964.
LIDO
Lendo a métrica poética
De um tradutor traidor
Que acredita que a estética
Se expressa no sentimento
E se foi sem dar aviso
Morar na lonjura libertadora
Dos lugares distantes
Onde a vida alcança os montes
Onde os montes celebram a vida
Que se aparta dos apartamentos
Das massas amorfas disputando
Com os urubus o resto dos restos
De tudo que restou do sobejo
Do banquete dos insensatos
Ulisses
Pois é, prá quê? (Sidney Miller)
Pois é, prá quê? (Sidney Miller)
O automóvel corre / A lembrança morre /O suor escorre / E molha a calçada
A verdade na rua / A verdade no povo / A mulher toda nua /Mas nada de novo
A revolta latente / Que ninguém vê /E nem sabe se sente/ Pois é, prá que?
O imposto, a conta / O bazar barato / O relógio aponta / O momento exato
Da morte incerta / A gravata enforca / O sapato aperta /O país exporta
E na minha porta / Ninguém quer ver / Uma sombra morta / Pois é, prá que?
Que rapaz é esse? / Que estranho canto / Seu rosto é santo / Seu canto é tudo
Saiu do nada / Da dor fingida / Desceu a estrada / Subiu na vida
A menina aflita / Ele não quer ver / A guitarra excita / Pois é, prá que?
A fome, a doença / O esporte, a gincana / A praia compensa / O trabalho a semana
O chopp, o cinema / O amor que atenua / Um tiro no peito / O sangue na rua
A fome, a doença / Não sei mais porque / Que noite, que lua / Meu bem, prá que?
O patrão sustenta / O café, o almoço
O jornal comenta / Um rapaz tão moço
O calor aumenta A família cresce
O cientista inventa / Uma flor que parece
A razão mais segura / Prá ninguém saber
De outra flor / Que tortura...
No fim do mundo / Tem um tesouro
Quem for primeiro / Carrega o ouro
A vida passa no meu cigarro / Quem tem mais pressa
Que arranje um carro / Prá andar ligeiro
Sem ter porque / Sem ter prá onde / Pois é, prá que?
Pois é, prá que? / Pois é!
(Colaboraçao de José do Vale Feitosa)
Amar verbo incondicional - José do Vale Pinheiro Feitosa
eu amo teus olhos baços,
não como lembrança do brilho de outrora,
amo as luzes finas,
penumbras que traduzem detalhes,
pupilas que escondem universos,
pálpebras pregueadas de resguardos,
amo teu olhar lento,
penetrando o irrevelado,
e assim me deixa leve,
leve de palavras não ditas.
como amo tuas rugas universais,
cada trajeto de tuas veias tortas,
as vigas musculares de tuas mãos,
as manchas solares de teu corpo,
amo a trajetória no tempo,
a longa espera dos espaços,
amo a delicadeza de tua pele frágil,
cada detalhe da superfície de teu mundo,
este mundo ao qual gravito.
amo teus cabelos opacos,
a rebeldia dos fios esquecidos da cor,
cada mecha que diz: até aqui vivi,
o modo displicente que parece pouco,
quando na verdade foram muitos anos,
e tantos que parecem evocativo sésamo,
sobre os ombros como se nunca houvesse fim.
amo tua coragem de viver,
pois a beleza não é estética plástica,
é um pouco de forma, um tanto conteúdo,
como uma fera que teima sobreviver,
uma criança que deita-se no colo para sonhar,
amo tua virtude de envelhecer,
sendo outra a cada passo
e a mesma no horizonte,
amo teu ardor de viver,
pois beleza não é grade da juventude,
ela é o que meus olhos amam,
como amo teus olhos baços,
tuas rugas universais,
teus cabelos opacos,
subterfúgio para amar tua coragem.