por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 25 de junho de 2020

"MADEIRA DE DAR EM DOIDO" - José Nilton Mariano Saraiva


Quando no exercício da sua atividade profissional (jogador de futebol), o argentino Diego Simeone ficou conhecido pela alcunha de “madeira de dar em doido”, popularmente adotada no meio futebolístico pra designar aquele jogador durão, voluntarioso em excesso, obediente tático por excelência, de uma exacerbada e genuína valentia.

Assim, com Simeone, do pescoço pra baixo (evidentemente que do adversário) era tudo canela. E haja porrada, a torto e a direito (às vezes, até deslealmente). Às reclamações porventura existentes, a velha máxima: futebol é jogo prá homem, se quiser moleza vá jogar gamão ou dominó.

Pois bem, apesar desse excesso de valentia, e até por isso mesmo,  Simeone brilhou não só na Argentina (e com sua seleção), mas mundo afora; mas, de tanto viajar e de tanto se dedicar e mostrar a velha garra portenha (quem dera os brasileiros neles de espelhassem), cedo cansou, encerrando prematuramente a carreira.

Então, dedicou-se à função de treinador. E eis que conseguiu levar o modesto time do Atlético de Madrid (no qual atuou e foi campeão como jogador) ao título espanhol (2013/14), depois de 19 anos na fila, desbancando os milionários e poderosos Real Madrid e Barcelona, que sobraram na curva. Sem dúvida, um feito espetacular e que alavancou sua carreira profissional.

O que chama a atenção no time por ele treinado é que seus comandados refletem a imagem e semelhança do antigo jogador Simeone, em termos de obediência tática, de dedicação, de entrega, de doação, de valentia, de vigor físico. Todo isso, aliado a um preparo físico excepcional, faz com que a equipe “simeonesca” se defenda em bloco e em bloco parta para fulminantes ataques (tal qual a seleção da Holanda, de 1974), daí a dificuldade dos adversários em derrotá-la. Claro que, aqui acolá imprevistos acontecem, mas normalmente a vitória é certa (em citada temporada, foram apenas 04 derrotas em 38 jogos).

O título do Campeonato Espanhol foi mais um exemplo do sucesso do clube durante a "era Simeone". Afinal, esse foi o quarto título até o momento do treinador desde que assumiu o comando em 2011: Liga Europa (2011-12), Supercopa da Europa (2012), Copa do Rei (2012-13) e Campeonato Espanhol (2013/14).

A prova definitiva que Simeone veio para ficar, e do reconhecimento do seu trabalho, está no fato de que ainda hoje (após 10 anos) permanecer firme no comando do Atlético de Madrid e ser adorado pela sua vibrante torcida.





A "SINUCA DE BICO" - José Nilton Mariano Saraiva

O “jogo de sinuca” é uma das diversões mais saudáveis e prazerosas pra se passar o tempo e jogar conversa fora, preferencialmente com uma “geladérrima” ao lado e uma suculenta “panelada” assistindo tudo. E, claro, com a torcida vibrando e dando pitaco, ao lado. Difícil imaginar que ainda exista alguém que não o tenha praticado, independentemente da idade, credo, raça ou sexo.


Relativamente fácil, o objetivo é “encaçapar”, em um dos seis buracos existentes na mesa de jogo, obedecendo a uma pré-determinada sequência numérica, bolas de cores distintas e valendo entre 01 e 07 pontos. Para tanto, existe uma oitava bola, apelidada de “carambola” (ou traidora), que é a que se presta unicamente pra “empurrar” as “co-irmãs” pro “buraco” (pra dentro da caçapa), evidentemente que impulsionada pela maestria do “taco” do jogador. Consagra-se aquele que ao final fizer mais pontos.

Como em todo jogo, entretanto, no de sinuca também existem suas técnicas, segredos e táticas. Dentre elas, certamente a que apresenta maior grau de dificuldade para o “jogador da vez”, é quando o adversário lhe aplica a famosa “sinuca de bico”.

A “sinuca de bico”, que muitos cognominam “beco-sem-saída”, se dá quando o jogador tem a bola-da-vez protegida atrás de uma ou mais bolas, de forma que fica extremamente difícil acertá-la, mormente em estando a mesma na “bica” pra ser encaçapada.

É aí que entra a excelência e refinamento técnico do jogador da vez, que terá obrigatoriamente que usar as bordas da mesa de jogo (tabelas) para atingir a bola-do-jogo, sem tocar nas que estão entre elas. Há que se usar o chamado “efeito”, a fim de encontrar um “caminho alternativo” pra se atingir o objeto de desejo (a bola da vez): pelos lados, por cima, jogando prá trás, enfim, inventando uma “marmota” qualquer.

Fato é que o esporte cresceu tanto que até já existem redes de TVs que patrocinam e exibem campeonatos de sinuca, trazendo para tanto “experts” do mundo inteiro na arte de encaçapar as bolinhas. E você ficará de “queixo-caído” se tiver oportunidade de ver o que os grandes mestres “aprontam” em cima do tabuleiro verde.

Vale conferir.